Nós estamos transcrevendo trechos do artigo “Comparison of Native Hawaiian Traditional Ho‘oponopono and Modern Restorative Justice Practices” [“Comparação entre o Ho‘oponopono Tradicional Nativo Havaiano e as Práticas Modernas de Justiça Restaurativa”], dos autores C. Malina Kaulukukui, MSW e Lorenn Walker, JD, MPH.
Esse estudo comparativo descreve como Nativos Havaianos e Ocidentais utilizavam práticas restaurativas. Os Ocidentais basicamente abandonaram essas práticas até a década de 1970 e o advento do movimento restaurativo moderno documentado por Zehr (2015). Esse capítulo explica o Ho‘oponopono e a Justiça Restaurativa moderna por meio da aplicação de cada prática ao mesmo caso específico, a fim de estudar e ilustrar as semelhanças e diferenças entre as duas práticas.
Comparison of Native Hawaiian Traditional Ho‘oponopono and Modern Restorative Justice Practices [Comparação entre o Ho‘oponopono Tradicional Nativo Havaiano e as Práticas Modernas de Justiça Restaurativa]
Fonte:
Kaulukukui, M. & Walker, L. (2021). Comparison of Native Hawaiian Traditional Ho‘oponopono and Modern Restorative Justice Practices, Comparative Restorative Justice. Ed. T. Gavrielides: New York: Springer, 305-323.
Site:
Cópia eletrônica disponível em: https://ssrn.com/abstract=4069020
View of Effectiveness of Ho’oponopono: A Comprehensive Review
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Comparação entre o Ho‘oponopono Tradicional Nativo Havaiano e as Práticas Modernas de Justiça Restaurativa
Autores:
C. Malina Kaulukukui, MSW
Lorenn Walker, JD, MPH
Tradução Livre Projeto OREM®
Introdução:
“As práticas tradicionais de resolução de conflitos das culturas Indígenas precedem claramente o desenvolvimento da justiça restaurativa (JR) moderna. Culturas Indígenas, cujas visões de mundo tradicionais podem ser totalmente diferentes das perspectivas Ocidentais, podem ter diferentes pressupostos sobre as suas práticas de resolução de conflitos (Pukui, Haertig & Lee, 1972; Yantzi, 1998).
Ho’oponopono tem sido praticado por séculos, enquanto as práticas modernas de Justiça Restaurativa começaram a se desenvolver na década de 1970, à medida que a mediação e a restituição ganharam força nos Estados Unidos e no Canadá (McCold, 2006). Embora existam semelhanças com a Justiça Restaurativa moderna e o Ho’oponopono, cada uma delas é uma prática de cura [healing] distinta. Ambas foram desenvolvidas com o propósito de reparar relacionamentos e os danos causados pelas ações erradas de outra pessoa. Para danos físicos, cura [healing] significa: ‘o processo de se recuperar, especialmente após um corte ou outra lesão, ou de fazer alguém se recuperar’ e para danos emocionais, cura [healing] significa: ‘o processo no qual uma situação ruim ou emoção dolorosa termina ou melhora’ (Dicionário de Inglês de Cambridge, n.d.). Pessoas diretamente prejudicadas por atos ilícitos podem sofrer de emoções dolorosas, assim como muitas das pessoas que têm causado danos. Oportunidades para cura [healing] são necessárias para todas as partes.
Esse capítulo descreve como os Nativos Havaianos e os Ocidentais utilizavam práticas restaurativas. Os Ocidentais basicamente abandonaram essas práticas até a década de 1970 e o advento do movimento restaurativo moderno documentado por Zehr (2015). Esse capítulo explica o Ho‘oponopono e a Justiça Restaurativa moderna por meio da aplicação de cada prática ao mesmo caso específico, a fim de estudar e ilustrar as semelhanças e diferenças entre as duas práticas.
O estudo comparativo relatado nesse capítulo é fruto do trabalho dos autores, que atuam nas respectivas áreas deles e juntos. Kaulukukui é um praticante haku de Ho’oponopono que também ensina a prática. Um haku é um líder respeitado, frequentemente um membro sênior da família ou um respeitado curador [healer] comunitário (Pukui & Elbert, 1986; Handy & Pukui, 1972). Kaulukukui também preside o conselho estadual de anciãos do Ho’oponopono do Havaí e é assistente social aposentado. Walker é um profissional, pesquisador e advogado especializado em Justiça Restaurativa que estuda, ensina e escreve sobre práticas modernas de Justiça Restaurativa. Cada autor tem trabalhado nas respectivas áreas deles há mais de 20 anos. Eles têm estado trabalhando juntos desde 2016, ensinando e estudando as semelhanças e diferenças entre o Ho’oponopono tradicional e a Justiça Restaurativa Moderna.
Justiça Social
A Justiça Restaurativa e o Ho’oponopono são baseados em princípios de justiça social. As definições Ocidentais de Justiça Social tendem a enfatizar princípios concebidos para promover o bem-estar das pessoas com os mesmos direitos, oportunidades, obrigações e benefícios básicos. Os princípios de Justiça Social Indígena ressaltam o impacto das disparidades psicossocioeconômicas sob a perspectiva da colonização, que têm que ser erradicadas antes que a justiça seja capaz de ser alcançada (Kaholokula, 2009). O Ho’oponopono tem recentemente desfrutado de um novo ressurgimento cultural após quase ter sido erradicado devido à proeminência da migração Ocidental para o Havaí e aos esforços para dominar a população Nativa (Silva, 2004; Kaholokula, 2009; Van Dyke 2008).
A Justiça Restaurativa e o Ho’oponopono são baseados em princípios de justiça social.
A chegada do Capitão James Cook às Ilhas em 1778 marcou o início de um contato sustentável com o Ocidente e de mudanças drásticas no Havaí (Lili’uokalani, 1898). Os Nativos Havaianos foram impactados negativamente pela introdução do Cristianismo em 1820, quando missionários moralistas denunciaram muitas das crenças e práticas tradicionais Havaianas. Além disso, o empreendedorismo Americano e Ocidental se espalhou rapidamente no Havaí. O deslocamento físico dos Nativos Havaianos de suas terras, bem como os esforços de aculturação Ocidentais para deslocar a cultura (por exemplo, a proibição da língua Havaiana nas escolas), criaram muita agitação e desespero social, cultural e financeiro em todo o Reino Havaiano (Lili‘uokalani, 1898). Empresários Americanos estavam ganhando acesso à estrutura política do Reino.
A derrubada ilegal da monarquia Havaiana em 1893 por empresários Americanos foi o golpe final que criou um povo subjugado cuja saúde física e bem-estar emocional, financeiro e espiritual resultaram em disparidades e desigualdades físicas e econômicas que têm perdurado por gerações. Os impactos intergeracionais de longo alcance do trauma histórico-cultural, incluindo a opressão internalizada, são bem documentados por pesquisadores Indígenas (Braveheart & DeBruyn, 1998; Cook, BP, Withy & Tarallo-Jensen, 2003; Kaholokula, 2007). Como na maioria das culturas Indígenas colonizadas, foram principalmente os homens que mais sofreram, visto que os papéis de liderança deles, essenciais dentro de suas comunidades foram enfraquecidos, resultando em sentimentos consideráveis de desempoderamento (Tengan, 2008).
Em 1993, para reconhecer a derrubada injusta do Reino do Havaí pelos Americanos, a Lei Pública dos Estados Unidos 103-150, conhecida informalmente como ‘resolução de desculpas’, foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos e assinada pelo Presidente Clinton. A resolução reconhece o papel dos Estados Unidos na derrubada, o fato de o povo Havaiano nunca ter cedido a soberania deles aos Estados Unidos e os extensos danos e devastação causados pela ocupação ao povo Havaiano (Lei Pública dos EUA 103-150).
Os Nativos Havaianos são um povo resiliente. Nas últimas décadas, os Havaianos, bem como outros povos Indígenas colonizados, têm se rebelado e resgatado as suas culturas (Kimura, 2016; Tengan, 2008; deSilva et al., 2017). Uma publicação recente da Faculdade de Medicina John A. Burns, da Universidade do Havaí, faz recomendações para alcançar a equidade em saúde. Uma recomendação é estabelecer espaços culturais Indígenas para que os Nativos Havaianos expressem a sua identidade cultural sem discriminação ou preconceito e inclui a revitalização de práticas culturais, protocolos, crenças, valores e tradições (Look, Soong & Kaholokula, 2020).
Ho’oponopono é uma das práticas de cura [healing] que tem sido adotada por uma nova geração que deseja fortalecer as suas famílias de maneiras mais tradicionais. Desde a década de 1970 e particularmente na última década, praticantes veteranos de Ho’oponopono, em colaboração com outros praticantes de cura [healing] tradicional e líderes comunitários, têm patrocinado formalmente iniciativas para treinar e orientar uma nova geração de estudantes interessados em se tornarem praticantes de Ho’oponopono nas tradições dos ancestrais. ‘Problemas Havaianos exigem soluções Havaianas’ (comunicação pessoal de Richard Paglinawan, 10 de maio de 2005).
Justiça Restaurativa Histórica Ocidental
Tanto as culturas Indígenas quanto as Ocidentais historicamente têm utilizado processos comunitários de gestão de conflitos que incluíam características restaurativas (Braithwaite 2002; Gavrieldes, 2011).[1] Os processos abordavam a restituição e visavam ‘restaurar a paz comunitária’ em resposta a comportamentos nocivos (Van Ness & Strong, 2002, p. 6). Há cerca de mil anos, a participação individual direta e a restituição foram abandonadas pelos Ocidentais e as características restaurativas foram eliminadas (Van Ness & Strong, 2002; Braithwaite, 2002), enquanto as culturas Indígenas continuaram a utilizar práticas de gestão de conflitos com características restaurativas.
[1] Alguns argumentam que os Ocidentais não forneceram historicamente processos restaurativos, incluindo Richards, 2004 e Daly, 2001 e 2015. Para o propósito de distinguir o Ho‘oponopono e a Justiça Restaurativa moderna, nós confiamos em Van Ness e Strong, 2002, Braithwaite, 2002, Gavrielides, 2011 e Weitekamp 1999, que têm descoberto que os Ocidentais historicamente forneceram processos de justiça que eram restaurativos por natureza.
O processo de reunir pessoas para sentar em círculos e discutir é uma atividade humana ancestral (Isaacs, 1999). Em adição ao círculo como sendo um significante padrão na comunicação e nos rituais humanos, o círculo é uma forma cultural simbólica e sustentada no plano físico, na arte e na ciência (Angier, 2009).

Na década de 1970, os Ocidentais reconheceram a necessidade de restituição e encontros pessoais entre as pessoas prejudicadas e aquelas que causaram o dano (Hudson, 1976). À medida que programas de mediação e restituição foram implementados, o movimento moderno de JR [Justiça Restaurativa] começou a se desenvolver (McCold, 2006).
John Braithwaite identificou cinco estágios da regulação Ocidental da atividade humana:
1. Um estágio pré-estatal, onde a Justiça Restaurativa e o banimento são dominantes;
2. Um estágio fraco, onde as penas corporais e capitais dominam;
3. Um estágio estatal forte, onde a polícia e as prisões profissionais dominam.
4. Uma fase Keynesiana de estado de bem-estar social, onde novas profissões terapêuticas, tais como o serviço social, colonizam o que vem a ser período experimental (provação)-prisão-liberdade condicional.
5. Uma nova fase de estado regulatório, em evolução contemporânea, de policiamento comunitário e corporativo (com uma justiça restaurativa revivida) (Braithwaite, 2001, p. 21).
A fase um e a fase cinco incluem a JR. A fase um pode ser considerada a fase histórica da JR e a fase cinco, a fase moderna da JR.
Desenvolvimento e Definição de Práticas Modernas de Justiça Restaurativa
O movimento moderno de JR teve início nos países Ocidentais na década de 1970, à medida que as pessoas se desiludiam com um sistema de justiça criminal focado principalmente em estabelecer culpa e punição (van Wormer & Walker, 2013; Gavrielides, 2008).
Na década de 1970, os primeiros programas modernos de JR relatados, que consistiam em encontros entre pessoas que foram prejudicadas pelo crime e aquelas a quem elas prejudicaram,[2] ocorreram nos Estados Unidos e no Canadá.
[2] Esses encontros são frequentemente chamados de encontros de ‘vítima e ofensor’, mas nós tentamos não usar esses rótulos e, ao invés disso, nos esforçamos aqui para nos referir a esses indivíduos como pessoas que prejudicaram ou que foram prejudicadas.
[O] primeiro uso sistemático da mediação como resposta restaurativa ao comportamento criminoso ocorreu em 1971. O Centro de Restituição de Minnesota [que] mediava a restituição em reuniões diretas entre infratores e as suas vítimas, em um programa de reeducação para homens adultos infratores de propriedade condenados à prisão (referências omitidas, McCold, 2006, p. 24).
Além das reuniões do Centro de Restituição de Minnesota, reuniões semelhantes eram realizadas em Arizona, Iowa e Geórgia (Hudson, 1976; Hudson & Galaway, 1979). Em Minnesota, pessoas condenadas à prisão eram selecionadas aleatoriamente para participar:
[Em] reuniões realizadas na prisão entre o infrator e as suas vítimas, com o objetivo de negociar um acordo de restituição que era apresentado ao [conselho de liberdade condicional] e, se aprovado, tornava-se parte do plano de liberdade condicional do infrator (Galaway, 2013, p. 18).
Embora não haja uma definição universalmente aceita de JR (Gavrielides, 2008), Walker, Rodgers e Umbreit (2018) revisaram o trabalho de Albert Eglash, Nils Christie e Howard Zehr para determinar a definição ‘mais amplamente adotada na literatura e na justiça restaurativa internacionalmente’ e concluíram que ‘a justiça restaurativa é um processo, não resultados específicos’ (Walker et al., 2018, p. 4 e 7).
Eglash (1977), Christie (1977) e Zehr (2015) enfatizaram a importância de permitir a participação pessoal das pessoas afetadas pela infração para lidar com o dano. Albert Eglash acreditava que ‘a justiça restaurativa considera as vítimas e as suas necessidades como uma consideração importante e lhes confere um papel fundamental tanto na obtenção de justiça quanto no desenvolvimento de um programa de reabilitação ou correcional’ (Eglash, 1977, p. 91).
‘Conflict as Property’ [‘Conflito como Propriedade’], de Nils Christie, foi publicado em 1977. ‘Desde a sua publicação, o conceito de conflito como propriedade tem se tornado axiomático na literatura de Direito Processual como justificativa para o envolvimento direto da vítima e reparação’ (Woods & Suzuki, 2020, p. 903). Oferecer uma oportunidade para que indivíduos prejudicados participassem diretamente de um processo para lidar com os seus danos representou uma mudança significativa em relação à dependência do sistema de justiça em relação ao governo para lidar com o problema.
Howard Zehr é historiador de formação e se considera um ‘jornalista da justiça’ (Hawai‘i Friends of Restorative Justice, 2020, p. 4). Ele descreveu as suas ideias sobre a justiça restaurativa moderna em seu livro seminal, ‘Changing Lenses’ [‘Mudando de Lentes’], que defende processos de cura [healing] para lidar com a injustiça. Zehr afirma que o livro é ‘uma obra de síntese, não de invenção’ (Hawai‘i Friends of Restorative Justice, 2020, p. 2).
Ho’oponopono
Ho’oponopono é uma prática tradicional de cura [healing] Havaiana muito reverenciada, que visa restaurar e manter relacionamentos saudáveis dentro das famílias. A prática oferece uma perspectiva e abordagem Indígena para a saúde mental, espiritual e emocional (Pukui, Haertig & Lee, 1972). Ho’oponopono significa ‘emendar ou corrigir alguma coisa; tornar alguma coisa mais precisa ou justa ou devolvê-la à posição ou status desejado; colocar em ordem; corrigir; comportar-se corretamente; limpeza mental; o antigo método Havaiano de clarear a mente… por meio de conversas familiares’ (Pukui & Elbert, 1986, p. 314). A prática é às vezes chamada de ‘terapia familiar ao estilo Havaiano’ e enfatiza o reconhecimento das transgressões, o perdão por essas transgressões e o desapego da dor e dos ressentimentos. As reuniões familiares de Ho’oponopono são conduzidas por um haku treinado, cujo próprio treinamento inclui uma jornada de autorreflexão e aprofundamento espiritual.
Ho’oponopono é uma prática tradicional de cura [healing] Havaiana muito reverenciada, que visa restaurar e manter relacionamentos saudáveis dentro das famílias.
Tradicionalmente, o Ho’oponopono tem sido praticado no Havaí há centenas de anos. Chun (2011) descreveu os primeiros exemplos de Ho’oponopono que eram praticados por chefes guerreiros, particularmente quando esses chefes lutavam com os seus parentes distantes. As características comuns a essas primeiras atividades de pacificação de ‘emendar ou corrigir alguma coisa’ incluíam: 1) um acordo entre os chefes para interromper os combates e se encontrarem pessoalmente a fim de evitar novas batalhas e conflitos; 2) mediação por um facilitador sábio e confiável, com conhecimento dos relacionamentos, posições, status e símbolos, que pudesse falar com cuidado e genuinamente com ambos os lados; 3) mediante uma resolução proposta, um compromisso de ambos os lados em aderir às soluções acordadas a fim de curar [to heal] o relacionamento rompido. Nesses exemplos, o termo Ho’oponopono não foi usado nos primeiros escritos, mas os processos de pacificação são de fato processos de Ho’oponopono.
Ho’oponopono significa ‘emendar ou corrigir alguma coisa; tornar alguma coisa mais precisa ou justa ou devolvê-la à posição ou status desejado; colocar em ordem; corrigir; comportar-se corretamente; limpeza mental; o antigo método Havaiano de clarear a mente… por meio de conversas familiares’ (Pukui & Elbert, 1986, p. 314).
O Ho’oponopono é guiado por uma visão de mundo holística que, em sua essência, se baseia em equilíbrio e concordância (Paglinawan et al., 2020). Tradicionalmente, os Nativos Havaianos valorizam o equilíbrio entre relacionamentos afetuosos com os outros, um relacionamento afetuoso com o mundo natural e um relacionamento respeitoso e profundo com seus guias e poderes ancestrais e espirituais. O Havaí é geograficamente separado do resto do mundo e os Nativos Havaianos desenvolveram práticas que valorizam e promovem uma vida harmoniosa, pois a vida em uma ilha exige relacionamentos colaborativos e recíprocos. Alguém não poderia simplesmente deixar a ilha facilmente!
O Ho’oponopono é guiado por uma visão de mundo holística que, em sua essência, se baseia em equilíbrio e concordância (Paglinawan et al., 2020).
Como todas as práticas tradicionais Havaianas, o Ho’oponopono está baseado em um contexto de espiritualidade, um reconhecimento de que uma essência maior que o eu [ser, self] é capaz de ajudar a guiar os participantes do Ho’oponopono. A qualidade e a força dessa espiritualidade dependem dos sistemas de crenças tanto do praticante quanto da família. Os parâmetros da espiritualidade são definidos por cada família, honrados pelo praticante e, muitas vezes é a força sempre presente que guia as sessões familiares. O haku praticante de Ho’oponopono lembra à família que havia uma forte crença tradicional de que uma ofensa contra outra pessoa também era uma ofensa contra os ancestrais, bem como uma ofensa contra as entidades espirituais. Essa noção ampliada da profundidade do erro em diferentes genealogias e reinos espirituais serve para firmar o membro da família na cultura, estabelecendo simultaneamente a importante responsabilidade de resolver o conflito honestamente.
…o Ho’oponopono está baseado em um contexto de espiritualidade, um reconhecimento de que uma essência maior que o eu [ser, self] é capaz de ajudar a guiar os participantes do Ho’oponopono.
Os primeiros Havaianos entendiam que a saúde física e o bem-estar emocional estavam interligados e eram essenciais para a saúde geral ideal. Esse conceito era conhecido como mauli ola, o sopro da vida, e abrange o equilíbrio físico, espiritual, mental e emocional do indivíduo, da família e da comunidade (Oshiro, 2015). Os primeiros praticantes chamados para tratar as doenças físicas de um indivíduo frequentemente exigiam que o doente se submetesse ao Ho’oponopono com a família dele ou dela se o tratamento não estivesse funcionando (Gutmanis, 2013). Esses praticantes presumiam que havia envolvimentos emocionais na família que afetavam negativamente a capacidade do doente de responder positivamente aos tratamentos à base de ervas e outros tratamentos físicos.
O legado sagrado do Ho’oponopono como uma tradição de cura [healing] baseada na família era transmitido e ensinado pelos anciãos da comunidade. Muitas práticas contemporâneas do Ho’oponopono tradicional baseiam-se fortemente na metodologia de Mary Kawena Pukui, que a aprendeu com a sua família em Ka’u, na Ilha do Havaí (Handy e Pukui, 1972). Na década de 1960, Pukui adaptou o Ho’oponopono para famílias contemporâneas em ambientes urbanos e rurais Havaianos. Ela descreveu a prática em seu livro de 1971 sobre práticas culturais Havaianas, ‘Nana I Ke Kumu’ (Olhe para a Fonte) (Pukui, Haertig & Lee, 1972). Pukui é creditada por reviver o Ho’oponopono, que estava em declínio nas décadas anteriores devido ao falecimento de praticantes mais velhos, que infelizmente foram submetidos ao ridículo e ao escárnio por aqueles que colonizaram as Ilhas, enquanto transmitiam o seu pensamento Ocidental. Os colonizadores Ocidentais eram críticos da visão de mundo Havaiana de que energias espirituais e poderes de cura [healing] existiam nos amados líderes, elementos naturais e objetos inanimados deles.
O ressurgimento do Ho’oponopono nas décadas de 1960 e 1970 é paralelo ao desenvolvimento da Justiça Restaurativa moderna durante o mesmo período. Alguns praticantes de cura [healing] tradicional Havaiana acreditam que o Ho’oponopono influenciou as práticas modernas de Justiça Restaurativa (K. Chan, comunicação pessoal, 12 de outubro de 2020). Zehr, em uma entrevista com John Briathwaite (2020), explicou algumas de suas ideias sobre a JR quando ele estava escrevendo Changing Lenses.
Ele disse que o seu entendimento se baseava no que ele conhecia como um historiador do ‘direito Europeu [que] se baseia em fontes Inglesas. Eu realmente me inspirei mais no lado continental das coisas’. As suas ideias não se baseavam em práticas Indígenas[3], mas ele reconheceu mais tarde que as ‘raízes’ da JR existiam antes de serem ‘reprimidas pelo sistema jurídico colonial’. Ele explicou que:
Eu tinha algumas ideias vagas sobre as justiças Indígenas, mas a maioria delas eram anedotas. Eu sentia que não tinha autoridade para falar sobre elas, mas eu fui. Eu comecei com a minha experiência. Depois, eu examinei a minha tradição religiosa, a tradição Cristã… [e] isso foi só mais tarde e particularmente, quando eu cheguei à Eastern Mennonite University e os meus estudantes de tradições Indígenas de todo o mundo começaram a vir me contar como isso ressoava com as tradições ou tradições legitimadas deles que tinham sido reprimidas pelo sistema jurídico colonial e eu comecei a reconhecer que as raízes dessa questão remontam a muito mais tempo (Hawai‘i Friends of Restorative Justice, 2020, p. 1-2).
[3] Vinte anos atrás, Lorenn Walker disse: ‘A conferência é um processo de resolução de conflitos em grupo baseado nas práticas dos povos Indígenas’ (2001, p. 20). Com o tempo, ela agora percebe que a JR assume muitas formas e se inspira em muitas fontes e, certamente, na sabedoria e nas práticas Indígenas, como observado por Zehr (Hawai‘i Friends of Restorative Justice, 2020).
O processo do Ho’oponopono tradicional inclui uma estrutura definida para identificar, discutir e resolver transgressões e conflitos familiares entre os membros. Cada participante da família fala diretamente com o haku e não entre si, a fim de conter explosões emocionais. O resultado desejado é a restauração da harmonia familiar por meio do reconhecimento dos erros e da busca e concessão do perdão. Somente quando o erro é reconhecido e as partes envolvidas estão dispostas a se redimir e se perdoar mutuamente, os participantes são encorajados a falar diretamente entre si. As sessões de Ho’oponopono são capazes de durar várias horas ou mais, dependendo da profundidade dos emaranhamentos familiares, bem como da capacidade dos membros da família de lidar honestamente com essas dificuldades. As famílias são incentivadas a se guiar pelos valores e princípios culturais Havaianos para fortalecer os relacionamentos a longo prazo.
O resultado desejado é a restauração da harmonia familiar por meio do reconhecimento dos erros e da busca e concessão do perdão.
Pukui ilustrou como as famílias se tornam enredadas quando os problemas não são resolvidos, usando a metáfora de uma rede de pesca emaranhada, em que a área do emaranhamento exige que a rede seja solta, uma área com nós de cada vez. Essa metáfora também ressalta a visão Havaiana de mundo da interconexão de todas as coisas. Na analogia da rede de pesca, um puxão em um nó emaranhado em uma seção da rede puxa as outras seções da rede em sua direção. Toda a rede é afetada (Pukui, Haertig & Lee, 1972).
Metodologia
Esse estudo qualitativo comparativo pesquisou duas práticas de pacificação: Ho‘oponopono e Justiça Restaurativa moderna, conforme definidas por revisões bibliográficas. Cada prática foi aplicada ao mesmo caso, a fim de comparar e contrastar semelhanças e diferenças entre elas. O caso foi pesquisado em um estudo quantitativo anterior conduzido por Walker & Hayashi em 2007 e 2009. As descrições das pessoas e dos fatos no caso estudado foram alteradas para proteger a privacidade dos participantes.
Metodologia Indígena
As práticas Indígenas frequentemente são examinadas por pesquisadores com formação Ocidental que buscam quantificá-las com evidências de sua eficácia. Praticantes Indígenas tradicionais, por outro lado, apontam para centenas de anos de evidências culturalmente sancionadas que orientam as suas práticas e cujas habilidades foram transmitidas de forma culturalmente sancionada. Além disso, a maioria dos pesquisadores ainda precisa definir e quantificar com sucesso o impacto da espiritualidade nos resultados da prática, embora algumas metodologias de pesquisa qualitativa tenham se mostrado promissoras (Morelli & Mataira, 2010). Embora a tensão entre a prática baseada em evidências e a prática culturalmente orientada persista, há uma aceitação cautelosa de que essa última tem mérito, com base em sua ênfase na eficácia e relevância no mundo real (Cook & Cook, 2016).
Kaulukukui, a primeira autora, passou por um treinamento rigoroso e culturalmente congruente na cultura Nativa Havaiana e no Ho’oponopono ao longo de mais de duas décadas, primeiro sentando-se literalmente aos pés dos mentores culturais dela (Paglinawan et al., 2012), depois por meio de um treinamento formal, que culminou em uma cerimônia de formatura ritualizada que simbolizava para a comunidade que ela era ‘abençoada’ por praticar como uma haku Ho’oponopono (Paglinawan & Paglinawan, 2012). São essas ‘credenciais’ que comprovam que ela é uma haku Ho’oponopono.
Estudo de Caso
Marissa tem 19 anos. Ela mora em uma casa unifamiliar em Honolulu com os pais dela, a sua irmã Kaylyn, de 16 anos e a sua avó paterna. Marissa trabalha em período integral em uma loja de ferragens, onde ela tem trabalhado há dois anos, desde que se formou no ensino médio. Ela também frequenta uma faculdade comunitária em meio período. Marissa divide o quarto com a sua irmã mais nova, Kaylyn. Ultimamente, Kaylyn tem pegado emprestadas as roupas novas de Marissa e as usa sem pedir permissão. Dois meses atrás, Kaylyn pegou emprestada uma das camisas novas de Marissa. Quando Marissa chegou do trabalho e viu Kaylyn usando a camisa dela, as irmãs começaram a discutir, o que rapidamente se transformou em uma discussão aos berros. A mãe delas entrou na garagem onde as irmãs estavam e tentou separar a discussão, colocando-se no meio delas e gritando para que elas parassem.
Marissa empurrou Kaylyn, que bateu a cabeça dela e ficou inconsciente. Quando a ambulância chegou, Marissa e a família foram questionadas: ‘Como Kaylyn se machucou?’ Após relatar o ocorrido, o motorista da ambulância disse que ela tinha que chamar a polícia. Marissa foi presa naquele dia por agressão a um membro da família. Kaylyn passou dois dias no hospital com uma concussão, mas se recuperou o suficiente, exceto por dores de cabeça periódicas que, segundo o médico, diminuirão com o tempo. Marissa sente remorso por ter machucado a irmã. Kaylyn se sente culpada pelo fato de a irmã dela ter antecedentes criminais, além de ter que cumprir obrigações obrigatórias. Kaylyn não apresentou queixa contra a irmã, no entanto, a lei estadual do Havaí exige que todos os crimes contra membros da família sejam processados. Marissa se declara culpada por agressão a um membro da família.
Ho’oponopono Aplicado a um Estudo de Caso
Com o consentimento de toda a família, incluindo o Pai e a Avó, de que se comprometerão com o Ho’oponopono, a família de Marissa é encaminhada a um praticante de Ho’oponopono para conduzir a(s) sessão(ões) familiar(ais) a ser(em) realizada(s) em casa. A família se identifica como Parcialmente-Havaiana[4] e, embora os membros expressem orgulho da herança cultural deles, eles mantêm uma orientação predominantemente Ocidental em suas vidas cotidianas. Eles entendem informações básicas sobre o Ho’oponopono.
[4] Parcialmente-Havaiano é um termo coloquial usado no Havaí, onde as pessoas frequentemente têm diversas origens étnicas e elas abraçam cada etnia, por exemplo, Havaiana, Chinesa, Negra, Filipina, Caucasiana, etc.
Após uma revisão do processo de Ho’oponopono com a família, o haku conduz uma breve avaliação das preferências espirituais da família. A Mãe frequenta uma igreja Cristã aos domingos, enquanto o Pai expressa a sua crença em ‘os caminhos dos meus ancestrais. O oceano é minha igreja’. As meninas frequentavam a igreja com a mãe delas quando crianças, mas não o fazem atualmente.
Como as sessões de Ho’oponopono são fundamentalmente espirituais, o praticante necessita honrar as crenças espirituais básicas de cada um dos membros da família. O haku necessita obter a permissão dos membros da família para conduzir uma oração de abertura de uma maneira que, de forma geral, honre o senso de espiritualidade de cada indivíduo. A ‘oração’ de abertura dessa sessão de Ho’oponopono é essencialmente um convite à família para reunir as suas forças, recursos emocionais, psicológicos e espirituais para ajudar a família a resolver a desarmonia. A oração incentiva a família a trabalhar junta como uma força unificada. Ela resume as questões gerais a serem resolvidas e os lembra das atitudes necessárias que necessitam estar presentes para corrigir os erros. Orações podem ser reflexões que invocam a crença de cada um em alguma coisa maior do que si mesmo para auxiliar na restauração da harmonia familiar. Dar instruções em uma oração sobre comunicação honesta, respeito, escuta generosa, etc., permite que os membros da família ouçam as instruções de uma perspectiva mais visceral, ao invés de cognitiva.
O haku então dá a cada membro afetado da família a oportunidade de descrever a situação da perspectiva dela, orientando que cada membro fale diretamente com o haku.
Cada ‘emaranhamento’ entre os membros da família é explorado separadamente. O emaranhamento principal nesse exemplo é entre Marissa e Kaylyn e um conjunto secundário de emaranhamentos é entre a Mãe e cada uma das filhas dela. Uma vez que cada membro da família reconheça a sua parte nos emaranhamentos, o processo de reparação e perdão pode ocorrer. A família começa a desmaranhar os nós que os tinham unidos e criado a desarmonia. O Ho’oponopono oferece à família a oportunidade de reparar essas feridas e desenvolver empatia ao ouvir as perspectivas dos outros.
O Pai e a Avó são parte da sessão de Ho’oponopono, mesmo que eles não estivessem presentes na altercação, porque os Havaianos acreditam na força da família e todos os membros são importantes no Ho’oponopono. As perspectivas do Pai e da Avó são evocadas.
O haku tece perspectivas culturais sobre como as responsabilidades individuais são definidas e alcançadas nas famílias Havaianas. As tradições de honrar os mais velhos são enfatizadas. Histórias tradicionais são frequentemente contadas para enfatizar valores e comportamentos importantes. A dinâmica familiar é vista sob a ótica do trauma histórico e do impacto da colonização e questões de luto e perda são exploradas com a família, conforme relevante (Paglinawan et al., 2020). A sessão de Ho’oponopono oferece à família a oportunidade de articular e fortalecer alguns dos aspectos culturais que podem ter permanecido latentes na família, mas que agora são capazes de serem vistos e discutidos com intencionalidade. O relacionamento parental pode ser foco de atenção subsequente, caso sejam levantadas questões e com o consentimento dos pais. Um objetivo abrangente e contínuo das famílias Havaianas é formar cidadãos com princípios para fortalecer a comunidade em geral.
O haku encerra a sessão de Ho’oponopono com uma oração, no mesmo estilo da oração de abertura.
As famílias podem optar por continuar o Ho’oponopono por várias sessões para aprender as novas habilidades de comunicação. Informações anedóticas indicam que as famílias costumam ser mais ativas em eventos culturais comunitários, motivadas por sua participação no Ho’oponopono. A altercação original, as suas consequências legais e escolhas disposicionais proporcionaram à família uma oportunidade cultural de crescimento sustentado.
Justiça Restaurativa Moderna Aplicada a um Estudo de Caso
No dia seguinte ao julgamento, Marissa conversa por telefone com uma facilitadora de JR que trabalha para a ONG que fornece serviços restaurativos para o programa comunitário. A facilitadora de JR tem sido treinada para usar a abordagem focada na solução (De Jong & Berg, 2008), que complementa os processos restaurativos que ela oferece (Lehmann et al., 2012). A abordagem focada na solução é orientada por metas e baseada em pontos fortes, o que faz com que ela seja altamente compatível com a JR. A abordagem focada na solução também pressupõe que cada indivíduo é o melhor especialista em sua própria vida (Walker & Greening, 2013). Quando a facilitadora fala com Marissa por telefone, ela a elogia por assumir a responsabilidade por suas ações e por querer saber mais sobre uma reunião restaurativa. Elas se encontram no dia seguinte e a facilitadora conta a Marissa sobre os diferentes tipos de processos restaurativos que a ONG oferece. Ela poderia se reunir apenas com a irmã em um diálogo restaurativo ou com toda a família e quaisquer outros apoiadores que cada um deles quisesse participar de um círculo restaurativo e focado em soluções. Marissa decide que prefere o processo de círculo para toda a família. A facilitadora entrará em contato com Kaylyn e os outros membros da família para sugerir a participação em um círculo.
A facilitadora pergunta para a Marissa:
‘O que você espera obter com o encontro com Kaylyn e sua família?’
‘Eu só quero dizer que eu sinto muito. Eu quero que eles me digam de coração para coração como eles se sentem. Eu me sinto tão mal. Eu gostaria que fosse eu quem estivesse machucada, não Kaylyn. Eu quero fazer as pazes com eles’, diz Marissa.
Em seguida, a facilitadora entrega a Marissa um folheto que descreve cada etapa do processo do círculo. Após o encontro, a facilitadora entra em contato com Kaylyn e os outros membros da família e uma reunião restaurativa é agendada na casa da família no domingo seguinte, às 14h, que é o horário e local mais convenientes para eles.
O processo leva cerca de duas horas e prossegue conforme explicado a Marissa. A família decide que Kaylyn abrirá o círculo cantando uma música e dedilhando o seu ukulele, o que ela faz. Cada membro da família compartilha o que eles amam em sua família e eles acreditam que são os seus pontos fortes, incluindo: ‘Ajudar uns aos outros, Ajudar os outros na comunidade, Estar presente em emergências’, etc. Os membros da família choram abertamente durante todo o processo. Kaylyn diz: ‘Eu sei que você não quis fazer isso, mana. Isso foi um acidente. Você sabe que eu perdoo você e sempre a amarei’. Esse é o único momento em que o perdão é discutido. Após a conclusão do processo e a definição do que Marissa fará para reparar o dano, a família compartilha a comida que a facilitadora trouxe para eles.
Dois dias depois, a facilitadora envia um plano por escrito para Marissa e a família. O plano inclui a data da reunião; o local onde foi realizada; uma declaração de que o seu propósito era abordar o dano causado por Marissa quando empurrou Kaylyn; do que Marissa mais se orgulha desde que foi presa; todos os pontos fortes da família que cada membro mencionou; o que os membros da família disseram que gostariam que Marissa fizesse para reparar o dano que ela concordou em fazer, incluindo fazer um curso de controle da raiva; ‘usar as palavras dela e não os punhos quando ela tiver um desentendimento com Kaylyn’; também foi acordado que ‘Kaylyn não pegaria mais emprestadas as roupas de Marissa sem a sua permissão’; e se a família quiser uma reunião de acompanhamento no futuro, eles entrarão em contato com a facilitadora.
Semelhanças e Diferenças entre a Justiça Restaurativa Moderna e o Ho‘oponopono
Tanto a Justiça Restaurativa Moderna quanto o Ho’oponopono unem pessoas na tentativa de reparar danos após incidentes de transgressão. Os encontros são voluntários e envolvem partes interessadas em situações específicas. Ambos são alternativas ao sistema de justiça criminal tradicional. Os processos são realizados em caráter privado. Cada processo oferece às pessoas afetadas por um incidente de transgressão a oportunidade de participar. Embora existam muitas semelhanças, também existem diferenças entre as duas abordagens. Entender as duas abordagens distintas ajuda a preservar a fidelidade das práticas e proporciona mais entendimento às pessoas na escolha se elas quiserem utilizá-las.
Tanto a Justiça Restaurativa Moderna quanto o Ho’oponopono unem pessoas na tentativa de reparar danos após incidentes de transgressão.
Uma diferença entre a JR moderna e o Ho‘oponopono é que a JR tem evoluído para uma variedade de processos. Hoje, ela é comum para as comunidades oferecerem mediação/reconciliação entre vítimas e ofensores por meio de pares, grupos e diferentes tipos de círculos ou conferências de pacificação, incluindo círculos de planejamento de reinserção para pessoas envolvidas com o sistema de justiça (Walker & Kobayashi, 2020). Há também um processo restaurativo para indivíduos que se encontram apenas com um facilitador e ninguém mais (Walker & Hayashi, 2007). Esse processo foi originalmente concebido para indivíduos que foram prejudicados por atos ilícitos, mas que não se encontraram com a pessoa que causou o dano (Walker, 2004).
Enquanto a JR moderna foi concebida especificamente para fornecer uma alternativa à justiça criminal, o Ho‘oponopono é principalmente uma intervenção baseada na família que, secundariamente, poderia incluir uma família no sistema judicial.
Os Nativos Havaianos continuam a ser desproporcionalmente encarcerados e impactados de forma desigual pelo sistema de justiça criminal. Um relatório de 2018, exigido por lei, de uma força-tarefa sobre como aprimorar o sistema de justiça criminal do Havaí incluiu recomendações para: 1) criar tribunais culturais, 2) desenvolver programas adicionais culturalmente relevantes e 3) expandir os programas de justiça restaurativa (Relatório da Força-Tarefa HCR 85, 2018). O Ho’oponopono tem sido utilizado informalmente ao longo dos anos com essa população; no entanto, há discussões em andamento para desenvolver um projeto piloto de Ho’oponopono a ser integrado à programação dos tribunais especializados (O Honorável Richard Bissen, Tribunal do Terceiro Circuito do Havaí, comunicação pessoal, 4 de maio de 2019).
O Ho’oponopono também é uma prática espiritual fundamental, com as suas proibições bastante práticas contra ofender os próprios guias espirituais. A Justiça Restaurativa moderna só é espiritual na medida em que uma pessoa que participa de uma prática restaurativa pode trazer a sua espiritualidade para o processo. Braithwaite aponta que, na Austrália, iniciar uma reunião restaurativa com uma oração Cristã seria ‘inapropriado em um processo restaurativo permitido pelo Estado’ (Hawai‘i Friends of Restorative Justice, 2020, p. 10).
A espiritualidade é definida pelos Ocidentais como ‘a qualidade que envolve sentimentos e crenças profundos de natureza religiosa, ao invés dos aspectos físicos da vida’ (Cambridge English Dictionary, n.d.). A espiritualidade Indígena é diferente da perspectiva Ocidental de espiritualidade. A espiritualidade Indígena tradicional incorporava uma relação profunda, permeável e recíproca com todas as coisas na natureza, tanto vivas quanto inanimadas. Esse relacionamento é visceral e difícil de articular usando princípios e linguagem Ocidentais. Por exemplo, a palavra Havaiana ‘mana’ implica uma força espiritual manifestada em pessoas e geografias. No entanto, a palavra possui vastos significados culturais, frequentemente experienciados na ausência de linguagem expressa (Crabbe, Fox & Coleman, 2017). A espiritualidade Havaiana tem a ver, em grande parte, com viver uma vida equilibrada, que é holística e interconectada com a humanidade, a natureza e os guias espirituais (Paglinawan et al., 2020). Ela está entrelaçada em todos os aspectos da sabedoria e do aprendizado Havaianos, nas atividades cotidianas, principalmente na liderança e no relacionamento com os ancestrais. Trata-se do visível e do invisível. Ela sempre se refere à crença na sacralidade da terra. Muitos Havaianos modernos abraçaram religiões Cristãs e têm achado maneiras de integrar aspectos tradicionais da espiritualidade a práticas religiosas específicas.
A espiritualidade Havaiana tem a ver, em grande parte, com viver uma vida equilibrada, que é holística e interconectada com a humanidade, a natureza e os guias espirituais (Paglinawan et al., 2020).
Religião e espiritualidade não são os mesmos conceitos para os Ocidentais, mas ambos ‘exigem a fé como fundamento’ (Newman, 2004, p. 106). Herman Bianchi acreditava que o sistema de justiça criminal Ocidental dominante se baseava no ‘pensamento religioso’ (2010, p. ix). Bianchi era um criminologista Holandês que, segundo Howard Zehr, ajudou a ‘apontar um caminho’ para o trabalho dele em JR (Zehr, 2015, p. 331). Bianchi aconselhou: ‘Quer nós queiramos ou não, o nosso sistema de controle do crime tem raízes tão profundas no fundamento ético de nossa cultura que um exame do pensamento religioso é quase inevitável’ (2010, p. ix). Ele sugeriu que, ao invés de um sistema de justiça criminal baseado principalmente em valores Cristãos, práticas de gestão de conflitos deveriam ser aplicadas.
Alguns praticantes respeitados de JR se identificam como Cristãos e outros grupos religiosos (Neufeldt, 2001). Tanto Zehr quanto Daniel Van Ness são Cristãos e discutem a compatibilidade da Justiça Religiosa com o Cristianismo (Zehr, 2015; Van Ness, 1986). Zehr é Menonita e lecionou na Eastern Mennonite University, na Virgínia, onde o Instituto Zehr para Justiça Restaurativa foi fundado em 2012. Uma pesquisa informal recente com instituições de ensino de JR nos Estados Unidos, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Canadá constatou que Zehr foi o primeiro a oferecer um curso universitário sobre JR em 1986, no Goshen College, em Indiana (comunicação pessoal de Howard Zehr, 21 de novembro de 2020).
A JR moderna é secular, o que beneficia a muitos. Nem todos os que têm sido afetados por transgressões possuem valores religiosos ou espirituais. Pessoas que são mundanas e que não se apegam à fé, religião e que não são espirituais podem participar de práticas restaurativas modernas em benefício delas.
Os processos restaurativos modernos também são administrados de forma mais democrática do que o Ho’oponopono. Enquanto o facilitador restaurativo conduz a discussão, que geralmente inclui a ordem de quem fala e faz perguntas específicas às pessoas, os participantes falam diretamente uns com os outros. No Ho’oponopono, os participantes falam apenas através do haku e não entre si durante a fase de apuração dos fatos, o que o faz parecer um processo mais ‘autocrático’ do que uma prática restaurativa moderna. O sistema de parentesco Havaiano, onde os papéis tradicionais são claramente definidos de acordo com o nascimento (os filhos) e as principais responsabilidades (os adultos), geralmente concede ao haku um lugar privilegiado no círculo. É somente durante as fases de reparação e perdão que os membros da família no Ho‘oponopono falam diretamente uns com os outros.
O perdão também pode ser um resultado de uma prática restaurativa, como Kaylyn concedeu a Marissa, mas o perdão não é um aspecto que o facilitador normalmente discute com as partes, a menos que elas o mencionem. ‘O diálogo da Justiça Restaurativa promove a possibilidade de perdão, mas somente se a vítima escolher voluntariamente esse caminho’ (citações omitidas) (Armour & Umbreit, 2004, p. 2). No Ho‘oponopono, o reconhecimento do erro, a reparação por meio de um processo de perdão e a superação dos emaranhamentos são resultados abertamente desejados, mas também não são obrigatórios.
O perdão e o seu oposto, a ‘falta de perdão’, juntamente com a Justiça Restaurativa e Retributiva, foram estudados. A pesquisa distinguiu os conceitos de Justiça Restaurativa e perdão e mediu os ‘efeitos da justiça na fisiologia’, incluindo ‘estresse cardiovascular’ e autorrelatos sobre ‘motivações implacáveis (rancorosas) e emoções negativas (raiva, medo) e aumento de emoções pró-sociais e positivas (empatia, gratidão)’ (Witvliet et al., 2008, p. 2). A pesquisa demonstrou benefícios tanto do perdão quanto da JR. A JR moderna pode levar ao perdão, mas os participantes não são encorajados a perdoar, enquanto o Ho’oponopono encoraja o perdão. John Braithwaite (2002, p. 252) discutiu a perspectiva restaurativa do perdão durante uma prática de JR:
Nós buscamos ativamente persuadir os participantes de que eles devem ouvir respeitosamente, mas nós não pedimos a eles que se perdoem. É cruel e errado esperar que uma vítima de um crime perdoe [nota de rodapé omitida]. Desculpas, perdão e misericórdia são dádivas; eles só têm significado se brotarem de um desejo genuíno da pessoa que perdoa, que pede desculpas ou que concede misericórdia. Além de ser moralmente errado impor tal expectativa, nós destruiríamos o poder moral do perdão, do pedido de desculpas ou da misericórdia ao convidar os participantes de um processo de Justiça Restaurativa a considerarem oferecê-los durante o processo. As pessoas levam tempo para descobrir os recursos emocionais necessários para abrir mão de tais dádivas emocionais. Isso não pode, nem tem que, ser esperado.
O Ho’oponopono se distancia da Justiça Restaurativa moderna em outros aspectos importantes e pode contribuir para a discussão sobre como raça e cultura podem afetar os resultados das práticas de Justiça Restaurativa (Gavrielides, 2014). Embora as sessões de Ho’oponopono comecem com as questões da própria família, os valores e crenças dos quais a prática emergiu direcionam a atenção para as conexões coletivas. Além disso, o impacto da colonização e da opressão internalizada tem que ser sempre avaliado e contextualizado nas famílias afetadas e questões de luto e perda são abordadas quando relevante. Uma sessão de Ho’oponopono bem-sucedida tende a ser uma oportunidade de cura [healing]. A prática de cura [healing] da Pacificação Indígena Navaho inclui muitos processos semelhantes ao Ho’oponopono, a saber, a oração, a narração de histórias tradicionais, a importância das conexões, o reconhecimento da potencial opressão sistêmica e a capacidade de cura [healing] das sessões de pacificação (Coker, 1999). As semelhanças apontam para a importância de garantir que a metodologia de cura [healing] corresponda às necessidades das pessoas envolvidas.
Uma sessão de Ho’oponopono bem-sucedida tende a ser uma oportunidade de cura [healing].
Apropriação Cultural
Susan Scafidi, autora de ‘Who Owns Culture? Appropriation and Authenticity in American Law’ [‘Quem é o Dono da Cultura? Apropriação e Autenticidade no Direito Americano’], afirma que a apropriação ‘tem maior probabilidade de ser prejudicial quando a comunidade de origem é um grupo minoritário que foi oprimido ou explorado de outras maneiras ou quando o objeto de apropriação é particularmente sensível, por exemplo, objetos sagrados’ (Brucculieri, 2018, p. 1). A perspectiva dessa seção do capítulo considera a apropriação cultural de forma restrita (Morton, 2020). Ela aborda o uso de práticas tradicionais assustadoras discutidas por Goldberg por pessoas que não pertencem àquela cultura. Goldberg chama isso de ‘empréstimo exagerado’ quando se refere à Justiça Restaurativa e à espiritualidade (1997, p. 1003).
Comunidades Indígenas têm visto as práticas e cerimônias sagradas delas serem despojadas de seus significados e nuances espirituais tradicionais quando conduzidas por pessoas não Indígenas sem treinamento. Um exemplo é o surgimento das cerimônias de saunas dos Nativos Americanos, usadas como parte de programas de condicionamento físico e abuso de substâncias. Em 2009, um popular guru de autoajuda realizou uma cerimônia de sauna para a qual não tinha treinamento e, tragicamente, três pessoas morreram (Roussy & Collier, 2014).
Existem métodos alternativos ao Ho’oponopono tradicional praticados atualmente. Uma alternativa principal é uma prática individualista de inspiração Cristã que se concentra na cura [healing] do indivíduo, ao invés da família. Desenvolvida por uma Nativa Havaiana na década de 1970, a forma de Ho’oponopono dela ainda é realizada por um pequeno grupo treinado de praticantes que mantêm a integridade de sua metodologia (B. Keaulana, comunicação pessoal, 12 de novembro de 2019).
Infelizmente, tem acontecido grandes afastamentos do Ho’oponopono tradicional, baseado na família, muitos dos quais podem ser encontrados na internet. Essa metodologia não Havaiana, ainda chamada de Ho’oponopono, basicamente utiliza um conjunto de mantras, cujos processos e usos são vendidos com fins lucrativos. York, 2001, explica que muitos praticantes do Movimento da Nova Era estão amplamente dispostos a mercantilizar as tradições sagradas de outros grupos e a se engajar nos princípios empreendedores do livre mercado Ocidental. Essa mercantilização das tradições sagradas é chamada por York de apropriação espiritual. Praticantes de cura [healing] tradicional raramente se promovem na internet.
Para piorar a situação, muitos supostos ‘praticantes’ de Ho’oponopono da Nova Era associariam o que eles acreditam ser uma espiritualidade Havaiana a algo chamado ‘huna’. Huna não é Havaiana. Essa prática espiritual chamada de Havaiana foi inventada por Max Freedom Long (1890-1971), um caucasiano do Colorado que chegou ao Havaí em 1917 para lecionar no ensino fundamental na Ilha. Fascinado pelos praticantes espirituais Havaianos da época, ele permaneceu no Havaí por cerca de quinze anos. Em meados da década de 1930, ele teceu o seu entendimento marginalizado de algumas tradições Havaianas em um conglomerado espiritual de ‘psicologia Freudiana à Nova Era, Novo Pensamento, Wicca e OVNIs, chamando tudo de Havaiano’ (Chai, 2011, p. 101-102). Assim nasceu a ideia de huna.
Conclusão
Questões de discriminação, disparidades na saúde, racismo estrutural e outras desigualdades ressurgiram como preocupações críticas hoje em dia, prejudicando os povos Indígenas e, no contexto desse capítulo, aqueles que se encontram em situações de vulnerabilidade nos sistemas de justiça criminal. No Havaí, um esforço organizado em todo o estado por uma reforma reabilitadora e culturalmente relevante da justiça criminal convergiu com as iniciativas atuais de aumento do número de praticantes tradicionais de Ho’oponopono, bem treinados e baseados na família. As necessidades contemporâneas da comunidade motivaram os praticantes a considerar a metodologia do Ho’oponopono para uso tanto no sistema de justiça criminal quanto nos sistemas de ensino fundamental.
Justiça Restaurativa e Ho’oponopono são duas práticas distintas que promovem a cura [healing] interpessoal de maneiras que honram as preferências pessoais. O Ho’oponopono reconhece o desempoderamento geracional que muitos homens e mulheres Nativos Havaianos experienciam, o que é capaz de dificultar o desenvolvimento de relacionamentos adultos íntimos e satisfatórios. O Ho’oponopono é capaz de restaurar um senso fundamental de identificação cultural autêntica. Assim como práticas Indígenas como o Ho’oponopono refletem a cultura tradicional em que surgiram, a Justiça Restaurativa moderna reflete o contexto Ocidental com princípios democráticos e seculares. A Justiça Restaurativa e as práticas de cura [healing] Indígenas podem coexistir dentro dos mesmos sistemas de cuidado e proporcionar opções de intervenção adequadas que beneficiem as famílias e a comunidade em geral.
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