Os estudantes e praticantes do processo de resolução de problemas através do Ho’oponopono já perceberam que a Fé e a Razão são instrumentos mentais de suma importância para a efetividade do processo, tanto quanto os estados mentais de Arrependimento, de Reconhecimento, de Perdão, de Amor e de Gratidão.
Nesse sentido destacamos inspiradores trechos, em tradução livre, do livro “Personal Power” (tradução livre: “Poder Pessoal”), de autoria de W.W. Atkinson e Edward E. Beals, no capítulo “The Psychology of Faith” (tradução livre: “A Psicologia da Fé”), para a nossa reflexão e meditação sobre os conceitos de “Razão” e de “Fé” apresentados pelos autores, como também pela importância da prática da harmonia entre esses dois estados mentais para quaisquer tomadas de decisão.
A Fé interpretada racionalmente é o que nos ensinam os Kahunas Havaianos ao se praticar o Ho’oponopono, conforme os Princípios da Psicofilosofia Huna.
A Psicologia da Fé
“A concepção geral de Fé – a ideia de Fé sustentada pela maioria das pessoas – é que é um estado emocional independente de, se não realmente contrário à Razão.
Essa ideia surge em razão da tendência de ver a Fé apenas de um ângulo particular. Se a Fé fosse submetida a uma visão em ‘todos os aspectos’, o observador mudando a sua posição e mudando o seu ponto de vista em sua observação, ver-se-ia que, embora a Fé muitas vezes pareça transcender a Razão e ser independente de seus relatos, ainda assim não é contrária à ou se opõe à Razão e, de fato, depende em grande parte da Razão para a sua direção e a sua aplicação.
Pode-se dizer que a Fé, em sua essência e substância fundamental, está além da Razão — transcende a Razão. No entanto, sem o emprego da Razão e da experiência, a Fé degenera em mera credulidade cega. Embora não dependa da Razão para o seu fundamento básico e embora não tenha a Razão como a sua fonte e sua origem, ainda assim a Fé deve empregar a Razão como o seu instrumento útil de manifestação e expressão e deve usar os sinais da Razão como guias apontando a estrada por onde passa.
É igualmente verdade que a Razão deve basear-se na Fé, pois, por si mesma, não tem fundamento último. Razão e Fé não são antagônicas, quando bem compreendidas: ao contrário, são irmãos de armas (soldados lutando juntos…), cada um prestativo e útil ao outro.
O ideal é a coordenação e correlação bem equilibradas de Razão e de Fé.
O intelecto, do qual a Razão é uma manifestação e forma de expressão, é um instrumento desenvolvido pela Vida, ou Espírito – chame como quiser – para propósitos especiais. Em seu próprio campo ele é supremo. Mas o seu próprio campo é limitado – embora esse fato não seja geralmente reconhecido. Existem outros campos de meditação no vasto domínio da Vida ou do Espírito. Quando o Intelecto é levado além de seus limites, ele fica atordoado e confuso e parece perder os seus poderes normais.
Como Bergson nos assinalou surpreendentemente, existem coisas que a Razão, por si mesma, nunca poderá saber – mas que, quando descobertas pela Intuição, requerem o uso da Razão para se manifestarem eficientemente; da mesma forma, embora a Intuição conheça essas coisas em razão de sua natureza essencial, muitas vezes o conhecimento não é elevado à consciência até que a Razão o exija.
Quando a Razão reconhece esse fato e está disposta a recorrer à Intuição para esses relatos e aplicá-los quando assim revelados, então e, somente então, a Razão atinge as suas maiores alturas de realização.
Assim, da mesma forma, somente quando a Intuição reconhece a Razão como o seu instrumento mais eficaz de manifestação, a Intuição procede de forma adequada e eficiente ao longo do caminho da realização prática.
O orgulho intelectual que procura banir a Intuição do campo do Pensamento e que se esforça para fazer da Razão a única ocupante desse reino, é tão unilateral e tão ilógico quanto aquela tendência anti-intelectual que exaltaria a Intuição e a Fé para a posição de governantes absolutos do domínio do Pensamento, negando à Razão qualquer direito de entrada nele. Esses são erros duplos – cada um insistindo em olhar apenas para um lado específico do escudo enquanto se recusa a caminhar ao redor dele para perceber o seu lado reverso.
A verdade é que, conforme indicado nas declarações acima, não é geralmente reconhecida. Há muitos, é claro, que vêem que a Fé é mais ou menos ineficiente, a menos que a Razão seja chamada para ajudar e dirigir a sua expressão e manifestação. Os exemplos do efeito da credulidade cega e da Fé Irracional são numerosos e são prontamente lembrados como ilustrações da necessidade da Razão na manifestação da Fé. Os intelectualistas parecem ter tudo à sua maneira, à primeira vista; mas um exame um pouco mais atento revelará o outro lado da questão – a verdade gêmea. Pois quando nós exigimos que nos mostrem as raízes, as bases e os fundamentos da Razão, nós somos relutantemente apontados para o quê? — Fé!
Todo raciocínio dedutivo é baseado em uma premissa ou proposição – a Premissa Maior é a verdade sagrada sobre a qual a dedução é feita. Há sempre a suposição tácita de que a verdade da Premissa Maior é axiomática, i. e., auto evidente e não exigindo prova, argumento ou demonstração. Se isso for admitido, o raciocínio subsequente é mecânico e quase matemático em sua certeza.
Mas quando alguém reivindica que a pessoa que afirma a premissa ou proposição está ‘tendo como certo’, i. e., assumindo sem garantia, a veracidade da premissa, ou tacitamente implicando que ela seja aceita ou não contestada – quando a objeção afirma: ‘Eu contesto a sua Premissa Maior’ – então o problema começa. O Ônus da Prova, em Lógica, recai sobre a pessoa que avança a premissa ou proposição e então ela pode ser chamada a ‘provar’ a verdade de sua premissa ou proposição.
Quando tal pessoa tenta fornecer tal prova e apoiá-la com argumentos lógicos, ela simplesmente muda a sua posição um ou dois passos para trás. Quando esse passo é alcançado, ela para e recomeça o seu argumento – como? Avançando outra premissa ou proposição – geralmente outra Premissa Maior que ela supõe ser axiomática ou auto evidente. Se isso for contestado, ela deve novamente recuar e erguer outra linha de trincheiras; e assim por diante, e assim por diante.
Se o seu oponente for suficientemente persistente e determinado, essa retirada continua indefinidamente, a menos que a primeira pessoa desgoste da discussão e se recuse a ‘jogar’ – isso, é claro, é seu direito e de forma alguma é uma confissão de derrota ou de qualquer forma uma vitória para o oponente cético: a discussão simplesmente está ‘desligada’ nesse caso.
Tudo isso nos leva ao ponto em que nós percebemos que mais cedo ou mais tarde nós chegamos a um estágio do raciocínio em que há algo ‘assumido como certo’, algo ‘assumido para os propósitos do argumento’, algo que ainda não foi provado, mas que deve ser empregado como base de prova de outra coisa – em suma, algo que é baseado na Fé, expressa ou implícita. Essa base de Fé, no entanto, não precisa ser Fé Cega ou Credulidade Irracional – de fato, não deveria ser assim. Pode ser e, geralmente é, algo que parece ‘Razoável’ e não inconsistente com a Razão – mas, no entanto, é aceito por um ato de Fé, como a Lógica define esse termo, pois não é positivamente conhecido, nem foi ‘provado’ logicamente. Não há como escapar dessa conclusão, por mais desagradável que seja para os intelectualistas extremistas; quanto melhor o racionalista, mais livremente ele confessará esse fato da lógica – geralmente são apenas os amadores que procuram contestá-lo.
Saindo do campo da Lógica Formal e entrando no da Lógica Prática do pensamento e da vida cotidiana, nós encontramos o mesmo estado de coisas existente. O raciocínio mais importante da vida prática cotidiana é baseado na Fé. Nós não sabemos positivamente que o sol nascerá amanhã de manhã – tudo o que nós sabemos é que na história do caminho do sol, ele sempre nasceu de manhã, e nós ‘acreditamos’ que ele continuará a prática no dia seguinte; mas nós não ‘sabemos’ absolutamente que tal será o caso, nós não podemos prová-lo absolutamente por argumentos – mesmo por matemática – a menos que nós admitamos a existência de uma Lei Universal, ou a Lei de Causalidade, pela qual ‘as mesmas causas, sob a mesmas condições, produzirão os mesmos efeitos’.
Você pode se opor a tudo isso como tolice – mas, em vez disso, é a aplicação mais estrita das regras e leis do pensamento lógico. Claro, você diz que nós ‘sabemos’ que o sol nascerá amanhã de manhã e pode até dizer a um segundo o momento de seu nascer.
Certamente nós ‘sabemos’ isso – mas nós sabemos apenas por um ato de Fé. Essa Fé, além disso, é a crença de que existe uma Lei Universal – que ‘as coisas naturais agem e se movem sob a Lei’ – que ‘as mesmas causas, sob as mesmas condições, produzem os mesmos resultados’. Essa lei e todas as outras leis naturais, são para nós apenas uma hipótese, bem estabelecida pela experiência, observação e experimento, é verdade – mas ainda uma hipótese, um ‘palpite’, uma suposição baseada na Fé. A convicção de ‘saber’ é realmente intuitiva – é um ato de Fé. A Fé, é verdade, é dirigida pela Razão – mas em sua essência ela ainda é Fé!
A ciência, essa escola de pensamento intelectual supostamente fria, tem os seus fundamentos na Fé – embora geralmente se pense que ela vira as costas para a Fé e se apoia na ‘rocha sólida’ da Razão e do Intelecto. As suas ‘leis’, afinal, são meramente ‘o modo como as coisas funcionam’, o que significa ‘o modo como as coisas observadas funcionaram no passado’ – o ‘hábito de procedimento observado pela Natureza’.
A Lei da Causalidade é uma tremenda declaração de Fé. As leis da Química; as leis da Física; essas são declarações de Fé. As moléculas e átomos da matéria nunca foram percebidos pelos sentidos – eles são ‘desconhecidos’ no que diz respeito ao conhecimento dos sentidos. As coisas agem ‘como se’ moléculas e átomos existissem, então nós assumimos que eles existem – nós os tomamos pela Fé. As mentes mais perspicazes da ciência admitem isso – elas afirmam francamente que ‘da natureza última das coisas, nós não sabemos absolutamente nada’.
A ciência adota hipóteses por atos de Fé; quando investigações subsequentes abalam a Fé nelas, elas são descartadas em favor de outras igualmente baseadas na Fé. A Fé misturada e harmonizada com a Razão – mas não a Fé cega ou a credulidade irracional – é a Fé da Ciência. As hipóteses combinadas da Ciência, elevadas à dignidade de ‘princípios’ e ‘leis’ em muitos casos, constituem o Credo da Ciência, i. e., aquilo que começa com a afirmação: ‘Eu creio’ etc. Esse Credo, como todos os outros, é uma Confissão de Fé – Fé dirigida e regulada pela Razão, é verdade, mas ainda assim Fé.
A Filosofia, como a Ciência, é baseada na Fé — Fé interpretada racionalmente, mas ainda assim Fé. A Filosofia sustenta como axiomática, auto evidente, cujo contrário é impensável, a proposição básica de ‘Do Nada, nenhuma coisa pode surgir, fluir ou proceder’ e o seu corolário: ‘Tivesse já existido um tempo em que Nada era e nenhuma coisa existia, então nenhuma coisa existiria agora.’ Mas ela de fato não ‘sabe’ positivamente que tal é o fato; ela não pode provar que Algo não pode surgir do Nada. Tudo o que ela sabe é que não pode pensar que tal coisa seja possível e que não teve experiência com nada desse tipo. Você pode dizer que ela conhece essa verdade ‘intuitivamente’ — e assim o faz, de fato, assim como conhece muitas outras coisas intuitivamente; mas o que é o relato da Intuição é um relato que surge de campos mentais fora dos da Razão — embora os relatos não sejam necessariamente conflitantes ou opostos uns aos outros. Todo ‘conhecimento intuitivo’ é crença baseada na Fé, enfim.
A geometria é uma ‘ciência exata’ – mas é baseada somente em certas leis e princípios que são aceitos pela Fé, pois eles não podem ser provados absolutamente pela Razão. As Leis da Geometria são artigos do Credo — da Confissão de Fé — da Geometria. A geometria começa com uma série de ‘eu acredito’; esses são chamados de axiomas, fatos auto evidentes que não requerem prova e assumidos como verdade. No entanto, esses são todos ‘eu acredito’, não ‘eu sei’; pois eles não podem ser provados como verdades universais. Eles agem ‘como se’ fossem verdades universais – tudo testado por eles indica a sua correção; no entanto, até que cada coisa no universo seja testada dessa maneira, até que o espaço infinito seja medido, não pode haver ‘prova’ positiva de que são leis e verdades universais. De fato, existem certas escolas de ‘geometria transcendental’ que encontraram leis bastante diferentes e muitas vezes bastante contraditórias que agem ‘como se’ fossem verdadeiras.
Isso de fato não significa que não haja verdade em tais leis e nas concepções que nelas se baseiam; nós seríamos insanos em ignorá-las em nossa vida prática. Além disso, isso não significa que os homens não ‘saibam’ que essas coisas são verdadeiras – eles ‘sabem’ que são verdadeiras na medida em que podem ser concebidas, mas o ‘saber’ é intuitivo, não puramente intelectual: o intelecto descobre através de seus processos de raciocínio e a Intuição relata a convicção de sua verdade. Eles representam atos de Fé — Fé interpretada racionalmente. Essa pode ser uma frase difícil para muitos de nós, mas é uma frase feita pelas mentes mais perspicazes da raça. As leis mais certas da Física, da Química e da Geometria são, afinal, baseadas na Fé, interpretadas racionalmente. Tal Fé é justificável – que é livremente admitida e aprovada; mas nós insistimos em que a Fé deve receber o seu devido lugar na consideração e não apenas ser convidada a ficar na antessala do pensamento enquanto o Intelecto é feito o convidado de honra, o ‘leão’, na sala de recepção.
Nos assuntos comuns da vida e da ação, você age de acordo com a Fé. Você faz isso de forma tão natural e instintiva, tão constante e habitual, que não está ciente disso. Você começa em uma viagem de trem. Você compra a sua passagem, acreditando que o trem partirá da estação indicada no horário e aproximadamente no horário indicado nele. Você tem fé que seguirá para o destino prometido. Você não ‘sabe’ essas coisas por experiência real – pois você não pode saber o que está no futuro: você as toma como certas, você as assume como verdadeiras, você age com base na Fé.
Você pega o seu lugar. Você não conhece o engenheiro ou o condutor — você nunca os viu, nem mesmo sabe os seus nomes. Você não sabe se eles são competentes, confiáveis ou experientes. Tudo o que você sabe é que é razoável supor que a companhia ferroviária selecionará o tipo certo de homens para a tarefa – você age de acordo com a Fé, segundo a Fé interpretada racionalmente. Você tem Fé na empresa, na administração, no sistema de condução do assunto, no equipamento, etc. e você aposta a sua vida e a integridade de seu corpo nessa Fé. Você pode dizer que apenas ‘se arrisca’ no assunto; mas, mesmo assim, você manifesta Fé nessa ‘chance’ ou então não a aproveitaria. Você não ‘se arriscaria’ a ficar no caminho de um trem expresso em alta velocidade ou pular da Torre Eiffel, não é? Você manifesta Fé em algo – mesmo que esse algo não seja mais do que a Lei das Médias.
Você coloca o seu dinheiro em um banco; aqui novamente você manifesta Fé — Fé interpretada racionalmente. Você vende mercadorias a crédito para os seus clientes — Fé novamente. Você tem Fé em sua mercearia, em seu açougueiro, em seu advogado, em seu médico, nos seus funcionários, em sua companhia de seguros. Ou seja, Fé de algum tipo, ou de algum grau – caso contrário, você não confiaria nada a eles. Se você ‘acredita’ que um homem é desonesto, incompetente ou insano, você não deposita confiança nele, nem confia os seus negócios ou os seus interesses a ele; a sua Fé está em ‘incorreção’ deles e não na ‘correção’ deles – mas é Fé, no entanto. Cada ‘crença’ aquém do conhecimento real e positivo é uma forma ou fase da Fé.
Você pode dizer que essas coisas denotam, não Fé, mas sim Confiança ou Expectativa em algum grau. Isso está apenas mudando os termos, mas não o significado. Na seção anterior deste livro, foi mostrado a você que a própria essência e substância do presente uso e significado do termo e conceito, Fé, é ‘Esperança Confiante‘. A expectativa pode não ser muito pronunciada, a confiança pode ser limitada, mas, no entanto, é uma Expectativa Confiante de algum tipo, forma, fase ou grau. Mesmo a ‘crença’ de que alguma coisa indesejável e temida possa acontecer é a fase negativa da Fé. O medo é uma forma ou fase da Fé — da Fé misturada com a negação da Esperança. Medo e Esperança são ambas formas ou fases de Expectativa; quando elevados ao grau de Expectativa Confiante, são marcadamente formas de Fé.
Você tem a Fé de que, se você descer de um prédio alto para o espaço, cairá e será ferido, talvez morto: esta é a sua Fé na Lei da Gravidade. Você tem uma Fé semelhante em certas outras leis físicas – você tem a expectativa confiante de que males resultados para você seguirão certos cursos de ação relativos a essas leis físicas. Você tem Fé que venenos irão ferir ou destruir o seu corpo físico e você evita isso. Você pode objetar que ‘sabe’ essas coisas, não apenas ‘acredita’ nelas; mas você não ‘sabe’ nada direta e imediatamente até experimentá-lo – e você não pode experimentar um futuro acontecendo antes do tempo. Tudo o que você pode fazer em relação a cada experiência futura é ‘acreditar’ em certas coisas a respeito delas – e essa ‘crença’ nada mais é do que Fé, interpretada mais ou menos racional e corretamente.
Você de fato não ‘sabe’ certamente e positivamente, por experiência direta, ou por pura razão, uma única coisa sobre os acontecimentos de amanhã, ou de algum dia da próxima semana, ou do dia correspondente do próximo ano. No entanto, você age como se possuísse tal conhecimento – mas por quê? Simplesmente por causa de sua Fé na Lei e Ordem do Universo; da operação da Lei de Causalidade, segundo a qual os efeitos seguem as causas; da Lei das Probabilidades, ou Lei da Média; ou de alguma outra Lei Natural. Mas o seu conhecimento e a sua crença em tais Leis são apenas formas de sua Fé, i. e., Expectativa Confiante de que ‘as coisas vão funcionar de acordo com a regra observada em ações passadas’. Você não pode fugir da Fé em seus pensamentos e crenças sobre o presente e o futuro, assim como não pode fugir de sua sombra à luz do dia.
Sem Fé racionalmente interpretada, sem Expectativa Confiante em pelo menos algum grau, não poderia haver ação ou procedimento racional. Todas as relações e comunicações humanas, toda coordenação e correlação humana entre indivíduos, todas as relações entre homem e homem, todos os empreendimentos planejados e executados pelo homem e todos os planos e propósitos da raça humana – tudo isso, cada um e todos eles, são baseados em alguma forma de Fé, de Fé mais ou menos racionalmente interpretada.
Nós certamente sabemos apenas os eventos do momento presente; ou do passado – os eventos e acontecimentos do futuro, mesmo daqui um momento, nós conhecemos apenas pela e através da Fé mais ou menos dirigida e guiada pela Razão. Nós vivemos pela Fé – Nós agimos através da Fé.
Pelo exposto e pelas reflexões despertadas em sua mente pela consideração disso, você perceberá que a Fé tem uma posição e um lugar tão verdadeiros e tão sólidos na psicologia do ser humano quanto a Razão e o Intelecto. A Fé não é um intruso estranho – é um nativo do reino mental em que habita e as suas reivindicações de cidadania são bastante fundamentadas. Em seu lugar e dentro de seus limites normais, o seu trabalho é tão útil quanto o do Intelecto ou da Razão; fora desse lugar e além desses limites, porém, o seu trabalho é tão ineficaz, ou mesmo tão nocivo, quanto o do Intelecto, que transcende o seu campo normal de atividade. A mente pode ser ‘devassada pelo Intelecto arrogante’, bem como ‘indignada pela Fé irracional’. É somente na combinação bem equilibrada e completamente harmonizada de Fé e de Razão, Intelecto e Intuição, que a mente humana manifesta a sua mais alta eficiência e realiza o seu melhor trabalho.
O Intelecto e a Razão são relativamente retardatários para a mente; na história da evolução mental. O Instinto (que é uma fase de, ou reflexo da Intuição) existia muito antes da Razão.
A Fé, em razão de sua relação com a Intuição, está mais profundamente enraizada no solo mental do que a Razão – daí o seu maravilhoso poder, manifestado muitas vezes na própria face da Razão. Em razão dessa relação com os fatos mais elementares e essenciais, fundamentais e básicos da substância e do processo mental, a Fé tem uma força motriz e uma força atrativa que se assemelha muito ao Desejo e à Vontade. De fato, há muitos pensadores ao longo das linhas da filosofia esotérica que indicam que o elemento da Fé, ou Expectativa Confiante, desempenha um papel muito mais importante nas atividades e realizações do Desejo e da Vontade do que é aparente para aqueles que vêem apenas a fase exotérica do assunto.
É somente na combinação bem equilibrada e completamente harmonizada de Fé e de Razão, Intelecto e Intuição, que a mente humana manifesta a sua mais alta eficiência e realiza o seu melhor trabalho.
À medida que nós prosseguimos com essa consideração do Poder da Fé, na presente instrução, você perceberá muitos exemplos desse poder elementar da Fé; e dos resultados dela decorrentes. A Fé não apenas abre a trilha que é seguida por nós nas viagens subsequentes da Vontade; também escava os canais pelos quais fluem para nós as correntes de coisas, eventos, acontecimentos e pessoas do mundo exterior. Bem que os antigos sábios concederam à Fé uma posição igual na Trindade Mental com Desejo e Vontade, respectivamente. ‘Desejo Insistente, Expectativa Confiante e Determinação Persistente‘ — Desejo, Fé e Vontade: verdadeiramente uma Trindade de Poder Pessoal!
Sem a Expectativa Confiante, não haverá o acender da chama do Desejo Insistente – nenhuma aplicação do aço da Determinação Persistente. A menos que a Fé se expresse na Expectativa Confiante da obtenção ou realização da coisa desejada e que se quer, então o Desejo achará difícil ‘desejá-la com força suficiente’ e a Vontade achará impossível ‘determinar persistentemente obtê-la’. Desejo e Vontade dependem da Fé para as suas Forças Inspiradoras – por meio dessa última, as Forças Energizadoras do Desejo e as Forças Dinâmicas da Vontade são inspiradas e vitalizadas e recebem o Sopro da Vida nelas.'”
Desejo Insistente, Expectativa Confiante e Determinação Persistente — Desejo, Fé e Vontade: verdadeiramente uma Trindade de Poder Pessoal!
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Referências bibliográficas da OREM1
- André Biernath – repórter na Revista Saúde – Grupo Abril – artigo sobre o filme “Divertida Mente”, que aborda inteligentemente a questão das memórias armazenadas;
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- Bruce Lipton – livro “A Biologia da Crença “;
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- Ceres Elisa da Fonseca Rosas – livro “O caminho ao Eu Superior segundo os Kahunas” – Editora FEEU;
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- Dr. Maxwell Maltz – livro “The New Psycho-Cybernetics” (tradução livre: “A Nova Psico-Cibernética”);
- Dr. Nelson Spritzer – livro “Pensamento & Mudança – Desmistificando a Programação Neurolinguística (PNL)”;
- Dr. Richard Maurice Bucke – livro ‘Consciência Cósmica’;
- Dr. Serge King – livro “Cura Kahuna” (Kahuna Healing);
- Francisco Cândido Xavier – livro “No Mundo Maior” (ditado pelo espírito Dr. André Luiz);
- Francisco do Espírito Santo Neto – livro “Os Prazeres da Alma” (ditado pelo espírito Hammed);
- Gerald Zaltman – Professor da Harvard Business School – livro “How Customers Think” (tradução livre: “Como Pensam os Consumidores”);
- Henry Thomas Hamblin – livro “Within You Is The Power” (tradução livre: “Dentro de VOCÊ Está O Poder”);
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- Joe Vitale – livro “Limite Zero”;
- Joel S. Goldsmith – livro “O Despertar da Consciência Mística”;
- John Assaraf – artigo ratificando que somos todos seres perfeitos de Luz está disponível no site http://in5d.com/the-world-of-quantum-physics-everything-is-energy/;
- John Curtis – Webinario sobre Ho’oponopono – site Sanación y Salud http://www.sanacionysalud.com/
- Joseph Murphy – livro “The Power of Your Subconscious Mind” (tradução livre: “O Poder de Sua Mente Subconsciente”);
- Kenneth E. Robinson – livro “Thinking Outside the Box” (tradução livre: “Pensar Fora da Caixa”);
- Kristin Zambucka, artista, produtora e autora do livro “Princess Kaiulani of Hawaii: The Monarchy’s Last Hope” (tradução livre: “Princesa Kaiulani do Havaí: A Última Esperança da Monarquia”);
- Leonard Mlodinow – livro “Subliminar – Como o inconsciente influencia nossas vidas” – do ano de 2012;
- Livro “Um Curso em Milagres” – 2ª edição – copyright 1994 da edição em língua portuguesa;
- Louise L. Hay – livro “You Can Heal Your Life – (tradução livre: “Você Pode Curar Sua Vida”);
- Malcolm Gradwell – livro “Blink: The Power of Thinking without Thinking” (Tradução livre: “Num piscar de olhos: O Poder de Pensar Sem Pensar”);
- Marianne Szegedy-Maszak – edição especial sobre Neurociência publicada na multiplataforma “US News & World Report”, destacando o ensaio “Como Sua Mente Subconsciente Realmente Molda Suas Decisões”;
- Max Freedom Long – livro “Milagres da Ciência Secreta”;
- Napoleon Hill – livro “The Law of Success in Sixteen Lessons” (tradução livre: “A Lei do Sucesso em Dezesseis Lições”);
- Osho – livro “The Golden Future” (tradução livre: “O Futuro Dourado”);
- Osho – livro “From Unconsciousness to Consciousness” (tradução livre “Do Inconsciente ao Consciente”);
- Osho – livro “Desvendando mistérios”;
- Paul Cresswell – livro “Learn to Use Your Subconscious Mind” (tradução livre: “Aprenda a Usar a Sua Mente Subconsciente”);
- Paulo Freire, educador, pedagogo, filósofo brasileiro – livro “A Psicologia da Pergunta”;
- Platão – livro “O Mito da Caverna”;
- Richard Wilhelm – livro “I Ching”;
- Sanaya Roman – livro “Spiritual Growth: Being Your Higher Self (versão em português: “Crescimento Espiritual: o Despertar do Seu Eu Superior”);
- Sílvia Lisboa e Bruno Garattoni – artigo da Revista Superintessante, publicado em 21.05.13, sobre o lado oculto da mente e a neurociência moderna.
- Site da Associação de Estudos Huna https://www.huna.org.br/ – artigos diversos.
- Site www.globalmentoringgroup.com – artigos sobre PNL;
- Site Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Ho%CA%BBoponopono, a enciclopédia livre;
- Thomas Troward – livro “The Creative Process in the Individual” (tradução livre: “O Processo Criativo no Indivíduo”);
- Thomas Troward – livro “Bible Mystery and Bible Meaning” (tradução livre: “Mistério da Bíblia e Significado da Bíblia”);
- Tor Norretranders – livro “A Ilusão de Quem Usa: Reduzindo o tamanho da Consciência” (versão em inglês “The User Illusion: Cutting Consciousness Down to Size”);
- Wallace D. Wattles – livro “A Ciência para Ficar Rico”;
- William Walker Atkinson – livro: “Thought Vibration – The Law of Attraction in the Thought World” (tradução livre: “Vibração do Pensamento – A Lei da Atração no Mundo do Pensamento”) – Edição Eletrônica publicada em 2015;
- W.W. Atkinson e Edward E. Beals – livro “Personal Power” (tradução livre: “Poder Pessoal”), de autoria de, no capítulo “The Psychology of Faith” (tradução livre: “A Psicologia da Fé”);
- Zanon Melo – livro “Huna – A Cura Polinésia – Manual do Kahuna”;
A chuva de bênçãos derrama-se sobre mim, nesse exato momento.
A Prece atinge o seu foco e levanta voo.
Eu sinto muito.
Por favor, perdoa-me.
Eu te amo.
Eu sou grato.
Está feito! Aloha.