Com o objetivo de conhecimento e entendimento do sistema de pensamento do processo de resolução de problemas através do Ho’oponopono, nós extraímos trechos do livro “NĀNĀ I KE KUMU – LOOK TO THE SOURCE” [“RECORRER À FONTE”] – VOLUME I, dos autores Mary Kawena Pukui, E.W. Haertig – M.D. e Catherine A. Lee, publicado por Hui Hānai – A Queen Lili’uokalani Children’s Center, Honolulu, Hawaii – 1972.

A proeminente erudita Havaiana Mary Kawena Pukui escreveu que [Ho’oponopono] era um costume no Havaí antigo e isso tem por base histórias tradicionais dos anciãos Havaianos contemporâneos. Fonte: Wikipédia.

A Sra. Mary Kawena Pukui, nesse livro, foca e ensina a técnica do Ho’oponopono Tradicional nos tempos pré-Cristãos da Polinésia, sendo esse um dos poucos relatos de experiências disponíveis e confiáveis sobre o tema, para estudo e prática.

Tradução livre Projeto OREM® (PO)

Assim começa o livro:

Ho’oponopono e conceitos relacionados

Ho’oponopono

começar certo [colocar as coisas em ordem]; fazer com que seja certo; corrigir; restaurar e manter bons relacionamentos entre a família e os poderes familiares e sobrenaturais; a conferência familiar específica em que os relacionamentos eram “corrigidos” através da oração, discussão, confissão, arrependimento e restituição e perdão mútuos.

Essa prática específica é discutida aqui.

Derivativo:
Ho’o

fazer com que algo seja feito, causar or ter como resultado. [Observação PO: literalmente, hoʻo é um vocábulo utilizado para converter em verbo o substantivo seguinte; um prefixo causativo; equivalente ao “to-infinitivo” em Inglês]

Pono

certo, correto, preciso, em perfeita ordem; aproximadamente 20 outros significados intimamente relacionados.

[Observação PO: bondade, retidão, moralidade, qualidades morais, procedimento apropriado ou correto, excelência, bem-estar, prosperidade, beneficio, condição verdadeira ou natural, dever, adequado, próprio, justo, virtuoso, equitativo, exitoso, facilitado, aliviado, necessário. Fonte: pesquisas na internet];

[Observação PO: Fonte: Glossário de termos básicos do Ho’oponopono – Pono: Equilíbrio harmonioso de todas as coisas, de todos os elementos da situação. Pono é frequentemente traduzido como “retidão, justiça, honradez”]

Ponopono

(reduplicado), em ordem, cuidado, atendido; ambas as formas conotam o que é socialmente e moralmente aprovado e desejável.

[Observação PO: ponopono é definido como “endireitar”; pôr em ordem ou em forma, corrigir, revisar, ajustar, emendar, regular, regrar, retificar, ordenar, organizar ordenadamente ou pulcramente (que demonstra delicadeza, gentileza; gentil, delicado, mimoso). Fonte: Wikipedia e outros sites que abordam o tema]

A fita cassete do gravador modelo 1971 girou enquanto a Sra. S________ contava esse incidente de 15 anos atrás:

‘A minha mãe hānai (adotiva) ligou da Ilha Grande e disse que ela teve um sonho que a incomodou. Ela disse que ela tinha um problema, então seria melhor eu voltar já para casa.

“Eu disse: ‘Por que nós não conversamos sobre isso agora, por telefone? Talvez eu seja capaz de ajudar você.’

‘Entretanto, Mamãe disse: ‘Não, é melhor você voltar para casa. Nós necessitamos ho’oponopono.’ Então, no dia seguinte, eu voei para casa para o ho’oponopono.”

O que é esse ho’oponopono? Por que isso é importante o suficiente para causar telefonemas e viagens de avião entre ilhas?

Como Mary Kawena Pukui descreve isso:

“Ho’oponopono é reunir a família para descobrir o que está errado. Talvez para descobrir por que alguém está doente ou o motivo de uma briga familiar. Depois, com discussão e arrependimento e restituição e perdão – e sempre com oração – para corrigir o que estava errado.”

“corrigir” [consertar, reparar alguma coisa] um com o outro e com Deus

“Ho’oponopono é corrigir coisas uns com os outros e com o Todo-Poderoso. Eu mesmo participei em ho’oponopono por 47 anos, desde os tempos quase-Cristão até os tempos Cristão. E quer a minha ‘ohana (família) orasse para o aumakua [deuses ancestrais] ou para Deus, toda a ideia do ho’oponopono era a mesma. Cada um de nós buscava em seu coração ressentimentos uns contra os outros. Diante de Deus e com ajuda Dele, nós perdoávamos e éramos perdoados, discutindo a fundo todo rancor, implicância ou ressentimento entre nós.”

quem participava: um assunto de família

O ho’oponopono era essencialmente um assunto de família, envolvendo toda a família nuclear ou imediata, ou apenas aqueles mais preocupados com o problema. Alguma margem de manobra era possível. Um não parente vivendo com a família podia participar se estivesse envolvido com pilikia (problema).

As crianças poderiam ser dispensadas. E se um membro da família envolvido estivesse ausente, o ho’oponopono poderia ser realizado como uma “segunda melhor” alternativa à plena participação familiar(1). Embora toda a família pudesse praticar o ho’oponopono, isso geralmente era impraticável.

A Sra. Pukui ressalta que, com muitas pessoas presentes, todo o intercâmbio pessoal de confissão-discussão-perdão vinha a ser impossível. Assim, o ho’oponopono não era uma terapia de toda a comunidade. Somente o título em seu significado mais amplo e partes do ho’oponopono, como orações e períodos de silêncio, se aplicam a uma grande reunião.

(1)Ho’oponopono com membro envolvido ausente. Pouco antes de esse artigo ser publicado, o seguinte relato foi recebido: John H., de Oahu, estava gravemente doente e a sua própria família planejou ho’oponopono para descobrir a causa. A sua ex-esposa, Melea, em Maui, recusou-se terminantemente a comparecer e disse que “nunca perdoaria John por me trair”. A família de John seguiu em frente com uma espécie de ho’oponopono do “segunda opção”. A liberação mútua do perdão era obviamente impossível. No entanto, John confessou e falou sobre as suas infidelidades passadas e hostilidades atuais. A sua família lhe disse que isso estava na raiz de sua doença. Se se tratava ou não de um simples tratamento de sintomas psicossomáticos, nós não sabemos. No entanto, o relatório diz que John se recuperou. Quase um ano depois, os mesmos membros da família – porém não John – foram para Maui. Lá eles realizaram um ho’oponopono muito adiado com Melea para “limpar o coração dela de todos os seus ódios”. Nesse ho’oponopono uma decisão foi tomada. A reconciliação nunca funcionaria. Melea deveria, com total aprovação da família, divorciar-se de John. Ela fez isso. Esse é um exemplo interessante de dois ho’oponoponos (ou um ho’oponopono em uma série atrasada) para lidar com o problema total de John-Melea. A decisão do divórcio, quando John e Melea não podiam e não queriam perdoar sinceramente e liberar um ao outro de culpas e ressentimentos, tem um precedente tradicional interessante. Antigamente, no Havaí, os casais podiam ‘oki (cortar) os acordos de casamento. Quando qualquer discórdia familiar fosse claramente irreparável, o vínculo familiar poderia ser formalmente rompido. Isso foi expresso no termo do ritual mō ka piko, mōku ka piko (“O cordão umbilical é cortado”).

“O ideal”, diz a Sra. Pukui, “é manter isso em família e ter toda a família imediata participando”.

kahuna ou sênior da família poderia liderar

Tanto um kahuna que-ajuda-a-curar [healing] (porém não o kahuna ‘anā ‘anā ou feiticeiro) ou um sênior da família poderia conduzir o ho’oponopono. Na vida comunitária estreitamente entrelaçada dos primórdios do Havaí, o kahuna geralmente tinha uma espécie de conhecimento de “médico de família” sobre uma família. Isso lhe permitia conduzir o ho’oponopono com uma visão real dos problemas.

A partir das memórias e da experiência pessoal da Sra. Pukui e das opiniões e experiências compartilhadas pelos funcionários e associados Havaianos, nós temos delineado um ho’oponopono “ideal” ou “padrão”. Os procedimentos básicos e as dinâmicas terapêuticas são os mesmos, quer o ho’oponopono também inclua rituais tradicionais pré-Cristianismo ou acréscimos modernos.

fundamentos do ho’oponopono

Esse ho’oponopono tem certos requisitos específicos. Alguns dizem respeito a procedimentos; outros a atitudes.

Sempre incluídos no ho’oponopono completo estão:

Abrindo pule (orações) e orações sempre que elas parecerem necessárias.

Uma declaração do problema óbvio a ser resolvido ou a ser impedido de piorar. Às vezes isso é chamado de kūkulu kumuhana em seu significado secundário.

O “corrigir” de cada problema sucessivo que vem a ser aparente durante o curso do ho’oponopono, mesmo que isso possa fazer com que seja necessária uma série de ho’oponopono. (Isso é mahiki).

Autoexame e discussão da conduta, atitudes e emoções individuais.

Uma qualidade de absoluta veracidade e sinceridade. O Havaí chamou isso de ’oia’i’o, o “próprio espírito da verdade”.

Controle de emoções disruptivas (que causam rompimento, destruição) canalizando a discussão através do líder.

Questionamento dos participantes envolvidos pelo líder.

Confissão honesta aos deuses (ou Deus) e uns aos outros sobre más ações, queixas, rancores e ressentimentos.

Restituição imediata ou providências para fazer a restituição o mais rápido possível.

Perdão mútuo e liberação a partir das culpas, dos rancores e das tensões ocasionadas pelas transgressões (hala). Esse [processo] arrependimento-perdão-liberação está incorporado nos termos gêmeos mihi e kala.

Encerramento das orações.

Quase sempre, o líder pedia períodos de silêncio chamados ho’omalu. Ho’omalu era invocado para acalmar os ânimos, encorajar a auto investigação sobre ações, motivos e sentimentos, ou simplesmente para descansar durante um dia inteiro de ho’oponopono. E uma vez resolvida a disputa, o líder decretava ho’omalu para todo o assunto, tanto imediatamente quanto muito depois do término do ho’oponopono.

ritos de encerramento pré-Cristianismo

Nos tempos pré-Cristianismo, o ho’oponopono era seguido por rituais de pani (encerramento). Geralmente eram oferendas de frango ou porco aos deuses. Às vezes, o pani incluía o banho cerimonial no oceano, kapu kai. Depois seguia-se a ‘aha’aina (festa).

Hoje, os ritos pós-ho’oponopono são virtualmente desconhecidos. Uma refeição comum ou um lanche geralmente segue o ho’oponopono.

atitudes necessárias no ho’oponopono

Para provocar uma verdadeira “correção dos erros”, eram necessárias certas atitudes. Algumas diziam respeito à própria decisão de realizar o ho’oponopono. Pois essa decisão baseava-se no alívio básico de que o problema poderia ser resolvido definitivamente se fosse abordado de forma adequada. Eles têm que ser abordados com a verdadeira intenção de corrigir os erros. A confissão do erro tem que ser completa e honesta. Nada poderia ser retido. Orações, contrição e perdão-libertação de kala têm que vir a partir do coração. Sem esses, o ho’oponopono era uma forma sem substância.

A Sra. Pukui tem escrito um ho’oponopono hipotético para ilustrar os procedimentos básicos. Nesse primeiro trecho citado, ela combina a oração inicial com a exposição do problema.

“Eu chamei você, Pukana, você, Heana, e você, Kahana [todas crianças] para virem aqui e analisarem esse problema comigo. O seu irmão, Kipi, está perdendo a visão de um olho… nós queremos salvar o outro olho, por isso nós chamamos vocês juntos. Todos nós oraremos juntos e depois nós discutiremos as coisas.

“Oh, Jeová Deus, Criador do céu e da terra e o Seu Filho, Jesus Cristo, nós pedimos a Sua ajuda. Ao nosso aumākua(*) a partir do Leste e a partir do Oeste, a partir do Norte e a partir do Sul, a partir do zênite ao horizonte, a partir dos estratos superiores e dos estratos inferiores, prestem atenção. Venham. Nós queremos discutir juntos e obter a vossa orientação e ajuda, para que nós sejamos capazes de saber o que há de errado com esse menino.”

(*)em um ho’oponopono verdadeiro pré-Cristianismo, o aumākua seria chamado pelo nome – M.K.P.

A Sra. Pukui então questionou cada criança. O que veio à tona primeiro foi que Kahana estava zangada com Kipi por causa de alguma pegadinha maliciosa que ele havia pregado. Essa desarmonia entre irmão-irmã foi resolvida prontamente, antes de qualquer questionamento adicional. Kipi admitiu o seu mau comportamento. Seguiu-se então o ritual conceitual de kala [deixar ir ou liberar ou libertar]. Esse, novamente voltado para os jovens, foi o seguinte:

Sra. Pukui:

Kahana, você está disposta a praticar kala com o seu irmão?”

Kahana:

“Sim”.

Sra. Pukui:

“Lembre-se, Kahana, ao moderar com o seu irmão a partir das transgressões dele, você também modera a si mesma. À medida que você perdoa, você é perdoada. Agora, quem você quer que perdoe você?

Kahana:

“Por favor, Deus me perdoe.”

Sra. Pukui:

“Sim, nós perguntaremos isso agora. Vocês, deuses, ouçam agora que Kahana está libertando o irmão dela das transgressões dele e libertá-lo a partir do topo de cabeça dele até as solas de seus pés, até os quatro cantos de corpo dele. Que ele seja feliz mais tarde.” “E você, Kipi, está disposto a praticar kala com a sua irmã por estar ela com raiva de você?”

Kipi:

“Sim, eu estou disposto.”

Frases quase idênticas de kala foram dirigidas a Kipi. (O uso significativo de “livre” e “moderar” ao invés de “esquecer” é discutido em kala).

Então Kipi foi interrogado com mais intensidade. O menino confessou ter roubado algum dinheiro. Ele também confessou uma “ofensa Havaiana”. Ele havia atirado pedras em um ‘elepaio, ave da família aumakua. Por ambos, ele expressou contrição e pediu por perdão. Então a Sra. Pukui orou novamente.

“A Você, Ó Deus e a Seu Filho sagrado e a todos os aumākua em todos os lugares, prestem atenção a essa oração. Esse menino está arrependido pelo que ele tem feito. Eu sinto muito que ele tenha feito essas coisas. Então, por favor, liberte-o das ofensas dele.”

Seguiram-se então os preparativos para a restituição. Kipi deveria trabalhar em pequenos empregos e ganhar o suficiente para devolver o dinheiro. As suas irmãs concordaram em ajudá-lo. E para fazer as pazes com o aumakua ofendido, ele deveria oferecer e queimar um sacrifício alimentar (mōhai ’ai) de um ovo e uma folha de ti. Isso simbolizava a galinha e o porco tradicionais usados nos ritos pani (fechamento). Isso resolvido, a Sra. Pukui concluiu:

“Agora nós interrompemos o nosso ho’oponopono e nós oramos para que todos esses problemas sejam eliminados e resolvidos.

“Ó, grande globo ocular do sol, por favor, pegue todo esse pacote de más ações. Leve-o para o Ocidente com você. E, ao descer novamente, para o seu descanso, leve todas as faltas e ofensas que foram cometidas. Coloque tudo isso nas profundezas do mar, para nunca mais voltar.”

O relato da Sra. Pukui é um exemplo de ho’oponopono num período de transição a partir da religião Havaiana para a religião Cristã. Deus e o aumākua são invocados imparcialmente. É rico em conceitos Havaianos: que a má conduta era punida com doença física (doença ocular); que o corpo era visualizado como tendo quatro cantos; que o “grande globo ocular” do sol possuía poderes místicos e que equívocos e ofensas poderiam ser eliminados para sempre por meios místicos. Ele também ilustra o preceito básico Havaiano de que quando o perdão é pedido com sinceridade, ele tem que ser concedido.

Como esse ho’oponopono dizia respeito a crianças, ele não incluía profundidade emocional, autoexame de motivos, culpas e agressões e os períodos de silêncio (ho’omalu) de uma sessão de adultos. Na verdade, a Sra. Pukui diz que,

“Na casa da minha avó, as crianças pequenas sempre participavam do ho’oponopono, mesmo que elas não não estivessem envolvidas. Muitas vezes eu fiquei até entediada, até eu ter crescido para entender melhor…”(2)

(2)Crianças presentes no ho’oponopono. Isso estava de acordo com o envolvimento Havaiano das crianças em quase todos os aspectos da vida familiar. Pouco esforço foi feito para proteger as crianças das “realidades da vida” como a sociedade Ocidental, por exemplo, faz hoje. No antigo Havaí, as crianças aprendiam habilidades observando os mais velhos; passavam a conhecer a morte e a tristeza participando de velórios e funerais e tocando o cadáver. As informações sexuais não eram retidas; embora as mulheres ficassem isoladas durante a menstruação, até os meninos sabiam por que a mãe estava isolada. A frequência do ho’oponopono na infância não apenas dava lições sobre como conduzi-lo na futura vida adulta, mas também cumpria um propósito mais imediato, o de fazer com que as crianças soubessem que os adultos tinham problemas, perdiam a paciência e cometiam erros – e estavam dispostos a conversar sobre eles e encontrar maneiras de resolver conflitos e melhorar a conduta.

ho’oponopono pela Sra. S________

As sutilezas adultas da culpa e do remorso estiveram muito presentes no ho’oponopono mencionado no início dessa discussão. Esse é aquele solicitado com tanta urgência pela mãe hānai da Sra. S_______. A Sra. S________ continua com o relato dela gravado:

“Então, eu levei o meu bebê comigo e fui para casa em Kona no dia seguinte. Toda a família estava lá. A mãe da minha prima hānai – ela é uma ministra – estava lá para liderar o ho’oponopono.

(Daqui em diante, a ministra é referida como “Essa Senhora” ou “ho’ōla”, literalmente “curadora [healer]”, no entanto mais geralmente usados para significar um(a) ministro(a), muitas vezes considerado(a) como tendo dons de cura [healing] ou profecia.)

“A minha mãe hānai estava na cama. Eles me disseram que Mamãe se sentiu muito mal e foi ao médico. Ela tinha 69 anos. E ela sentia que algumas das doenças dela eram realmente físicas. Mas parte disso – bem, talvez não. Então ela teve esse sonho. E então ela soube que eu deveria voltar para casa e todos nós deveríamos fazer ho’oponopono.

“Então, todos nós nos reunimos na sala de estar. Não, não ajoelhados. Apenas confortáveis. Não um círculo real, no entanto, para que nós pudéssemos nos ver um aos outros.

wehe i ka Paipala

“Primeiro Essa Senhora orou, tudo em Havaiano(*)… pedindo a Jeová Deus que nos mostrasse a Sua palavra e como descobrir o que estava errado. Como ajudar a Mamãe a ficar boa. E enquanto Essa Senhora orava, Mamãe abriu a Bíblia para orientação. (Isso foi wehe i ka Paipala. Veja a listagem separada.)(**)

(*)todas as pessoas presentes entendiam Havaiano. A inteligibilidade completamente é um requisito de ho’oponopono eficaz.

(**)wehe i ka Paipala ou wāhi i ka Paipala – interpretação Bíblica pós-missionária; para abrir a Bíblia, selecionar uma passagem aleatoriamente e interpretar isso como ajuda ou solução para um problema. Derivativo: wehe, aberto; abrir; resolver, como um problema; ou wāhi, partir (romper, quebrar); dividir; Paipala, Bíblia; Bíblico.

“Então Mamãe contou o sonho dela. Ela sonhou que eu estava ao lado de um penhasco alto e prestes a cair no oceano. Então, Mamãe gritou. Entretanto, quando ela gritou comigo, eu disse: ‘Ah, eu estou indo’. E na segunda e na terceira vez, ela me chamou e eu disse: “Eu estou indo’. E Mamãe disse que ela pensou que esse sonho significava que porque eu estou morando em Honolulu, eu estava ho’okano (presunçoso) e não tinha nenhum interesse nela ou no bem-estar dela. Eu pensei, por causa da idade da Mamãe e tudo o mais, ela só queria atenção.

“No entanto, Essa Senhora, a ho’ōla, ela pensou que o sonho e a doença da minha Mamãe significavam que Mamãe estava escondendo alguma coisa.(*) Alguma coisa que ela não me tinha deixado saber.

(*)os sonhos comumente são motivados por algo reprimido, comenta o psiquiatra do Centro. O(a) ho’ōla, também um(a) parente, era capaz de contar com um longo conhecimento sobre assuntos familiares.

antigos erro e culpa emergem

“Assim, Essa Senhora orou novamente. E todos nós ficamos quietos por um tempo… tentando ajudar Mamãe. E então Mamãe nos contou mais… Ela disse que antes da minha avó morrer ela deu para ela (a Mamãe) uma colcha Havaiana. Mamãe deveria me dar a colcha quando eu crescesse. Ela era realmente a minha colcha, destinada a mim.

“No entanto, a minha Mamãe hānai ficou com ela. E quando eu cresci e me casei, ela nunca me deu aquela colcha. Outras, porém não essa tal. O que aconteceu foi que Mamãe vendeu a colcha por US$300. E ela estava convivendo com todo esse ‘ike hewa (culpa). Essa Senhora disse que parte da doença da Mamãe se devia a essa culpa. Ela disse à Mamãe que ela nunca ficaria boa até receber o meu perdão. E Mamãe chorou. Ela realmente chorou! Ela se sentiu tão culpada.

confissão e perdão

“Então a ho’ōla disse que Mamãe deveria confessar a mim e diante de Deus Jeová. Ela o fez. Ela me pediu para perdoá-la e eu a perdoei. Eu não estava com raiva… E mais tarde a doença de Mamãe a deixou. Claro, ela ainda tinha diabetes, porém o resto – estando tão confusa e infeliz – tudo isso a deixou.”

Entrevistador:

“No entanto, e quanto a sua culpa? Ela providenciou alguma restituição?

a restituição foi feita
Sra. S_______:

“Oh sim. Durante o ho’oponopono ela disse que costuraria outra colcha para mim. Os outros a ajudaram. Ela terminou e me deu a colcha antes dela morrer.”

Entrevistador:

“Como você terminou o ho’oponopono?”

próximo problema é tratado
Sra. S________:

“Nós não terminamos imediatamente. Nós tivemos que trabalhar mais sobre o sonho. Você sabe, o sonho em que Mamãe me viu no pali sem prestar atenção aos chamados dela. Bem, Essa Senhora, ela interpretou isso como significando que porque a minha Mamãe hānai tinha feito aquela coisa com a colcha e mantido isso em segredo, isso era realmente por que eu responderia. E por que eu ignoro Mamãe na vida real. No entanto, eu disse: ‘Não, eu não estou ignorando Mamãe. Acontece que agora eu estou casado e tenho um bebê e eu estou ocupado.’ Entretanto, Mamãe disse que eu a negligenciei. Que eu não escrevi para casa, às vezes por muito tempo. E a ho’ōla me disse: ‘Depois disso, você deve escrever com frequência. A sua mãe está idosa e necessita de suas cartas. Ela está ansiosa para ter notícias de você.’ E Mamãe chorou de novo. E eu senti, ah, tanto amor por ela.

“E nós conversamos sobre, ah, muitos pequenos mal-entendidos. E nós nos perdoamos por tantas coisas. O ho’oponopono nos aproximou muito. Isso aconteceu. Isso realmente aconteceu! E nós ficamos próximos um do outro até o dia em que Mamãe morreu.

oração de encerramento

“Então Essa Senhora orou novamente a Jeová Deus, agradecendo-Lhe por ter aberto o caminho e nos dado uma resposta. E ela agradeceu a Jeová por esclarecer as coisas. Ela orou a Jeová para fechar as portas, para que nenhum mal na família ou a partir de fora nos prejudicassem… ela pediu aos anjos de Jeová Deus que guardassem os quatro postes da casa. Então ela disse amem(*) tudo em Havaiano.

(*)nesse caso, o “Amém” Cristão foi usado como um verbo [amen’d]. No Havaí pré-Cristão, orações e cantos terminavam com frases ‘amama, que significa “a oração está livre” ou “a oração levanta voo” ou “a oração está terminada”.

“E depois do ho’oponopono, isso era como tão pacífico. Havia amor – ah, tanto amor!”

Entrevistador:

“Quanto tempo durou essa última oração?”

Sra. S________:

“Cerca de meia hora.”

Entrevistador:

“Quanto tempo durou o ho’oponopono?”

Sra. S________:

“Ah, o dia todo. Uma pessoa cuidava do telefone para que nós não fossemos interrompidos.”

Entrevistador:

“Depois que isso acabou, o que você fez?”

Sra. S________:

“Nós estávamos com fome. Nós comemos. Apenas jantar leve – não uma refeição especial.”

álcool não é permitido
Entrevistador:

“Eu sei que você, pessoalmente, não bebe. Entretando, alguém mais poderia ter bebido um highball [whisky com soda] ou uma cerveja durante o dia?

Sra. S________:

“Oh, Não! Ninguém nunca bebe no ho’oponopono. Porque quando as pessoas bebem, elas deixam os sentimentos delas, os temperamentos delas escaparem a partir delas. No nosso ho’oponopono, nós chorávamos muito quando nós perdoávamos e fazíamos as pazes, no entanto, nós tínhamos que permanecer no controle. Eu quero dizer, sobre sentimentos realmente muito fortes como a raiva.”

O relato da Sra. S________ e o exemplo anterior da Sra. Pukui mostram algumas semelhanças e diferenças interessantes. Ambos apontam uma das razões tradicionais comuns para o ho’oponopono, isso é encontrar a causa de uma doença intrigante. Disse a Sra. S________: “Uma parte da doença de Mamãe era física… entretanto, parte dela, bem, talvez não.” Há um século, os kahunas perguntavam frequentemente “o ho’oponopono foi realizado?” antes de prosseguirem com o tratamento. E hoje em Niihau, as famílias realizam primeiro o ho’oponopono e depois ligam para Kauai para obter ajuda médica se a doença persistir.

mahiki, camadas, abaixo das camadas

Ambos os exemplos demonstram mahiki, como lidar com cada “camada” sucessiva de problemas, uma de cada vez. No ho’oponopono, para a transgressão infantil, essas camadas eram de conduta e emoção facilmente reconhecidas. Em primeiro lugar, o mau comportamento infantil e a raiva que isso causava, depois o roubo, depois o lançamento de pedras no pássaro ‘elepaio – todos foram trazidos à tona por sua vez. No ho’oponopono adulto, as camadas também eram feitas de emoção-subjacente-emoção. Vamos traçar a estrutura desse relacionamento perturbado.

Tomando emprestados termos médicos, as “queixas apresentadas” eram um sonho e uma doença. A princípio, apenas a “camada superior” do significado do sonho foi discutida. Isso, disse a ho’ōla, assim como a doença, significava “Mamãe está escondendo alguma coisa”.

O que ela estava escondendo?

Um ato hostil, isso é, o de vender a colcha. Isso causou uma culpa de longa data. E essa culpa era um fator que fazia com que Mamãe acompanhasse e complicasse os distúrbios orgânicos com doenças funcionais ou psicossomáticas.

Como essas camadas reveladas foram “descartadas”?

Para Mamãe, confissão, discussão, restituição e contrição expressada. Para mãe e filha, perdão e liberação mútuos (mihi e kala). Tudo isso na presença de Deus.

No entanto, o mahiki estava completo? Todas as camadas foram removidas?

Ainda não. Havia mais no sonho. Na interpretação da ho’ōla, a ação hostil da mãe (em forma de sonho, colocando a filha no penhasco perigoso) levou à falta de comunicação entre mãe e filha (a filha no sonho recusava-se a atender os chamados da mãe). Na opinião da Mamãe, a filha a ignorou por causa do egoísmo e da arrogância gerais exemplificados na mudança para Honolulu.

E, no nível consciente, houve casos reais de negligência da filha e de ressentimento da mãe por essa negligência. Essas camadas também têm que ser cuidadas. E ainda mais “camadas” foram removidas e dissolvidas em discussão, em mihi e kala – e em lágrimas e abraços.

(“E nós conversamos sobre tantos pequenos mal-entendidos. E nós nos perdoamos por tantas coisas.”)

Ou, como a Sra. Pukui descreve o abstrato em termos do tangível. “Pense em descascar uma cebola. Você retira uma camada e a joga fora, para poder continuar e retirar a próxima camada. Isso é mahiki.”

ho’omalu e kūkulu kumuhana

Na experiência da Sra. S________, mais dois componentes do ho’oponopono parecem ter surgido espontaneamente e simultaneamente.

“Depois nós ficamos todos calados durante algum tempo… tentando ajudar Mamãe”, relata a Sra. S________.

Nós poderíamos reformular isso em:

“Todos nós ficamos quietos por um tempo.” Ou “Todos nós tivemos ho’omalu” (um período de silêncio para pensamento e reflexão).

“… tentando ajudar a Mamãe.” Ou “… e nós nos unimos em kūkulu kumuhana” (a união de forças emocionais-espirituais para um propósito comum).(*)

(*)ambos ho’omalu e kūkulu kumuhana são discutidos no final da listagem do ho’oponopono)

(**)Kūkulu Kumuhana: Unificando a energia espiritual do grupo. No início do Ho’oponopono (e às vezes em outras partes do processo), o haku (líder do processo do Ho’oponopono) unificará conscientemente o foco do grupo através da oração e do consenso direcionado sobre o propósito e o processo da sessão. Ho’omalu: Um período de “esfriamento”, convocado pelo Haku quando necessário, para permitir que o processo continue de maneira pono. Pode ser curto ou longo. Fonte: Glossary of basic Ho’oponopono terms [Glossário de termos básicos do Ho’oponopono].

A ho’ōla nesse ho’oponopono não necessitou controlar as explosões de temperamento. (“Eu não estava com raiva”, disse a Sra. S________.)

o líder intervém

Num ho’oponopono mais recente, o líder interveio frequentemente. Esse ho’oponopono dizia respeito principalmente a “Dan”, à esposa hopa-haole(*) dele, “Relana” e à mãe de Dan. A Mamãe e a nora têm sido cada vez mais hostis uma com a outra desde que o jovem casal se casou. Com o passar do tempo, os sogros de ambos os lados foram atraídos para a hihia (emaranhado de maus sentimentos) da família. Finalmente, depois de oito anos, Dan convenceu a esposa e a mãe dele a se juntarem a ele em ho’oponopono. A tia-avó de Dan conduziu o ho’oponopono. À medida que surgiram ressentimentos e amargura, foram feitas acusações abertas.

(*)meio Havaiano; meio Caucasiano.

“Você nunca me acolheu em sua casa”, acusou a sogra.

“Você nunca veio me visitar. Simplesmente veio interferir”, disse a nora.

“Eu queria mostrar a você como cozinhar direito. Entretanto, você me deixaria lhe ensinar alguma coisa? Você não! Ho’okano!”

À medida que as vozes aumentavam, Tūtū (“Tia”) pediu ho’omalu. Então, depois de um ou dois minutos de silêncio, ela insistiu que cada um deveria falar por sua vez, com ela e não um com o outro.”

“Ela estabeleceu a lei várias vezes”, relata Dan, “no entanto, ao final os dois começaram a conversar sobre por que estavam com raiva, ao invés de apenas gritar um com o outro”.

O que gradualmente emergiu então foram as tentativas de uma jovem esposa, educada no Continente, de ser independente e de moldar a sua casa em linhas “modernas” e o apego de uma sogra Havaiana ao filho e às tradições Havaianas de relacionamentos familiares estreitos e padrões de vida.

“Foi um longo, longo ho’oponopono. Relana e Mamãe têm que fazer mihi (mihi’d) […ação de verbo] e kala (kala’d) […ação de verbo] uma dúzia de vezes. Elas nunca concordarão. No entanto, agora nós nos visitamos de lá para cá e todos nós nos damos muito bem”, afirma Dan.

“Agora nós estamos tentando fazer com que todos os outros – todos os sogros – façam ho’oponopono para endireitar o resto da hihia.”

A intervenção pelo líder sempre que necessária era tradicional, diz a Sra. Pukui.

“O líder tinha autoridade completa. Quando ele dizia ‘Pau, Chega disso’, todo mundo ficava quieto. Às vezes, o líder parava a conversa por causa de um temperamento explosivo. Às vezes, se ele pensasse que alguém não estava sendo honesto, ou retendo as coisas, ou inventando desculpas ao invés de enfrentar a sua própria hala (culpa), então o líder perguntava à pessoa: ‘Heaha kau i hana ai? O que você realmente fez? Ho’o mao popo. Pense nisso.’ E havia ho’omalu por um tempo.”

emoções mantidas sob controle

Obviamente, um ho’oponopono bem-sucedido não era uma mera catarse emocional. O Havaiano parecia saber que nem crises de choro nem gritos resolvem um problema.

Na verdade, o consultor psiquiátrico do Centro acredita que os controles emocionais do ho’oponopono proporcionam uma das suas grandes forças terapêuticas. Para citar:

“No ho’oponopono, falava-se abertamente sobre os sentimentos de alguém, particularmente sobre as suas raivas e os seus ressentimentos. Isso é bom. Pois quando nós suprimimos e reprimimos as hostilidades, fingindo que elas não existem, mais cedo ou mais tarde elas sairão da contenção, muitas vezes de forma destrutiva e prejudicial. O ho’oponopono usava a “válvula de segurança” da discussão como um passo para lidar com velhas brigas ou ressentimentos e, ainda mais importante, como prevenção, para que disputas menores não se transformassem em grandes queixas.

“Entretanto, ‘discutir’ não é suficiente. Alguma coisa construtiva tem que ser feita sobre a causa do rancor, as razões por trás da briga. E para conseguir isso, falar sobre raiva tem que ser mantido sob controle. Deixe a própria raiva irromper novamente e mais causas para mais ressentimentos se acumularão. ‘Colocar as coisas em ordem’ requer toda a maturidade que se possa reunir. Quando as emoções descontroladas assumem o controle, o mesmo acontece com as atitudes e o comportamento infantil. A disposição do ho’oponopono de que os participantes falem sobre raiva ao líder, em vez de lançar maldições uns aos outros, era algo sábio.

“Somente quando as pessoas controlam as suas emoções hostis é que podem ser elaborados meios satisfatórios de restituição. E geralmente é muito difícil perdoar total e livremente até que, por exemplo, a propriedade tenha sido devolvida ou os danos reparados ou o bom nome de alguém tenha sido limpo.

“O ho’oponopono parece ser um esforço supremo de autoajuda em um nível adulto e responsável. Ele também tem a dimensão espiritual tão vital para o povo Havaiano. E mesmo aqui, as orações, ao aumakua no passado ou a Deus no presente, são orações responsáveis e adultas. O apelo não é infantil: ‘Salva-me! Tire-me dessa situação.’ Ao invés disso, é: ‘Por favor, forneça a força espiritual que nós necessitamos para resolver esse problema. Ajude-nos a ajudar a nós mesmos.’”

ho’oponopono restrito (limitado) em 1971

Infelizmente, muito poucos Havaianos praticavam esse “esforço supremo de autoajuda” em 1971. Pois quando o Cristianismo surgiu, há mais de um século, o ho’oponopono desapareceu. Como as orações e os rituais do ho’oponopono eram dirigidos aos “deuses pagãos”, os akua e aumākua, o ho’oponopono total foi rotulado como “pagão”. Muitos Havaianos passaram a acreditar que o seu método consagrado de terapia familiar era “uma coisa estúpida e pagã”. Alguns praticavam ho’oponopono secretamente. Com o passar do tempo, os Havaianos se lembraram, não do ho’oponopono, mas apenas de pedaços dele. Ou inovações enxertadas. Ou mutações. Ou distorções completas de conceitos, procedimentos e vocabulário.

Nos últimos cinco anos, os funcionários do Centro têm compilado uma lista quase inacreditável de explicações incompletas ou distorcidas sobre o que é o ho’oponopono. A maioria – mas não todas – vem de clientes. Aqui estão os exemplos mais típicos: “Essa senhora rezou por mim – eu penso que em Português”. “O kahuna rezou em Havaiano, tão baixo que eu não sabia o que ele estava dizendo.” Eu fui até esse homem e ele cantou alguma coisa.”

Um autodenominado “kahuna” ofereceu para matar por feitiçaria (evidentemente ho’opi’opi’o) e isso foi chamado de ho’oponopono.

[Observação PO: Kahuna Ho’opi’opi’o: Feiticeiro que realiza uma magia imitativa em que o praticante, enquanto se concentra, toca uma parte do seu próprio corpo, causando ferimentos no corpo de sua vítima no mesmo local, como uma dor no peito ou dor de cabeça. Se a vítima pretendida, ou o próprio kahuna da vítima, souber o que está sendo feito, os gestos podem ser imitados, enviando a magia negra de volta ao praticante original. Ambas as práticas são chamadas de hoʻopiʻopiʻo. Fonte: Site Ka’ahele Hawai’i]

O Círculo Familiar Mórmon e qualquer discussão familiar eram chamados de ho’oponopono.

Muitos Havaianos chamavam as orações familiares (pule ‘ohana) de ho’oponopono.

Um cliente disse que ho’oponopono era “jejuar e orar três dias”, outro disse que significava “abençoar a casa” e “expulsar demônios”, outros disseram que significava “ler a Bíblia” e “perdoar uns aos outros”.

Um não-cliente via o ho’oponopono como “arbitragem por um sênior”.

De longe, o comentário mais comum foi o wehe i ka Paipala, muitas vezes um prelúdio moderno, que era em si mesmo ho’oponopono.

Provavelmente, o desvio mais difundido do “clássico” ou “modelo” é o uso de conceitos e procedimentos do ho’oponopono num grupo religioso com um ministro como líder. Nesse, a restrição à participação familiar é estendida para incluir a “família espiritual”.

verdadeiro ho’oponopono: a soma de suas partes

Muitos desses fragmentos, inovações, acréscimos ou afastamentos são, eles próprios, desejáveis. A questão é que eles não são ho’oponopono inteiramente. Para a terapia familiar Havaiana [ho’oponopono tradicional] é a soma total de muitas partes: oração, discussão, arbitragem, contrição, restituição, perdão e liberação e a análise minuciosa das camadas de ação e sentimento chamada mahiki. É essa soma total de suas muitas partes benéficas que faz do ho’oponopono um método útil e eficaz para remediar e até mesmo prevenir a discórdia familiar.

Ou, como afirma o Dr. Haertig:

“O ho’oponopono pode muito bem ser um dos métodos mais sólidos para restaurar e manter boas relações familiares que qualquer sociedade já tenha inventado.”

hala

culpa, transgressão, erro; transgredir.

Depois que o Cristianismo foi introduzido, também foram o “pecado” e o “pecar”. Também, a árvore pandanus (pinheiro parafuso). A lenda conectava hala lei com a morte, ou desaparecido para sempre.(*) Isso também assumiu a conotação oposta de desaparecer ou terminar em um sentido benéfico, como limpo ou purificado. No ho’oponopono o significado é erro ou transgressão.

(*)A deusa Hi’iaka estava usando um hala lei quando um médico kahuna lhe pediu para ajudar a salvar um paciente muito doente. Hi’iaka respondeu que era tarde demais; o paciente já estava morto ou desaparecido. Portanto, usar um hala lei dava azar. No entanto, um hala lei usado no início do makahiki (festival da colheita, agora Ano Novo) significava que antigos rancores e problemas haviam desaparecido. Assim, um hala lei usado no dia de Ano Novo significava boa sorte.

Derivativo: desconhecido.

Variações: ho’ohalahala (culpar) ou reclamar; encontrar erro.

No entendimento tradicional de hala como uma transgressão ou ofensa, existe um axioma subtil porém significativo das relações humanas: que o malfeitor e o injustiçado estão ligados pela própria existência da transgressão e por sua cadeia de efeitos posteriores.

Mary Kawena Pukui sugere que nós visualizemos hala como um cordão. “Isso vincula o infrator ao seu ato e à sua vítima. A vítima segura esse cordão e fica igualmente amarrada.”

Para levar ainda mais longe a imagem da Sra. Pukui, esse cordão tem muitos outros emaranhados que unem o culpado, a ofensa e a vítima. A raiva, o desejo de vingança, os nós reforçados pelo tempo de antigos rancores, os nós recém-atados de culpa pelo ato, o medo da descoberta, o pavor do confronto – tudo isso faz parte do cordão que une e contrai. Existem também complicações menores, como constrangimento social e incapacidade de comunicação. Esses também se juntam ao ofensor e ao ofendido num relacionamento mutuamente angustiante. À medida que outros são inevitavelmente atraídos para o conflito, o cordão de hala é visualizado como uma rede de coisas desagradáveis sempre em expansão, chamada hihia.

hihia

entrelaçado ou entrelaçamento; rosnar ou rosnado; enredado.

Derivado: hihi, entrelaçar, emaranhar; uma rede de pesca; um, uma, por, cada, sufixo passivo.

Hihia é aquela joia verbal rara, uma palavra que carrega páginas inteiras de significado. Assim como hala é visualizada como um cordão que une o culpado, a ofensa e a vítima, a hihia é vista como uma rede maior, porém mais estreita, de muitos cordões amarrados em numerosos nós teimosos.

Hihia é um entrelaçamento de emoções, ações e reações, todas com conotações negativas e problemáticas.

Hihia pode começar com duas pessoas como, por exemplo, quando uma prejudica a outra. Ambas reagem emocionalmente, direcionando sentimentos uma para o outra e absorvendo-os interiormente. Segue-se a ação, seja uma ação judicial tangível, um divórcio, uma violência física ou a construção de uma barreira de silêncio. Emoções, ações e contra emoções e contratações se espalham para a família ou pessoas próximas. Logo todos os envolvidos ficam entrelaçados numa rede de ressentimento, hostilidade, culpa, depressão ou desconforto vago. A causa inflama o efeito; efeitos têm como resultado a causa. A rede se aperta, entretanto ao mesmo tempo se expande.

Até o “espectador inocente” faz parte do hihia. Uma criança que testemunha uma briga entre os pais está envolvida em hihia, embora possa não ter causado a briga. No entanto, ela sente raiva, sente insegurança e, mais cedo ou mais tarde, realimentará o entrelaçamento com as suas próprias reações e respostas.

Os Havaianos perceberam que em hihia aquele que infligiu um mal a outro sofre e é prejudicado por seus próprios sentimentos hostis. Aquele que é injustiçado também sofre e é prejudicado pelo rancor acalentado, pela auto piedade nutrida, tanto quanto pelo erro original. Portanto, ambos (e geralmente um grupo inteiro) têm que achar maneiras de se libertarem (kala) a partir desse denso entrelaçamento de emoções. O caminho era o ho’oponopono, um conclave familiar para “estabelecer os direitos”. Nisso estão ambos o conceito e o ritual de mihi ou perdão e restituição mútuos.

Citar qualquer referência especial de caso hihia é desnecessário. Hihia faz parte de todos os casos, embora muitas vezes isso possa passar despercebido pelos clientes. Por exemplo, uma mãe de orientação Havaiana pode dizer que o seu filho se comporta mal porque está noho (possuído). Uma mãe não Havaiana pode dizer que Johnny faz xixi na cama para ser travesso ou, se ela for um pouco mais psiquiatricamente sofisticada, porque o novo bebê nasceu. Ambos tentam isolar detalhes; ambos esqueceram a interação de pessoas, emoções e eventos que formam um “clima emocional” negativo ou hihia.

‘oia’i’o

Verdade absoluta; sincero, sinceridade; espírito da verdade.

Derivativo: ‘oia, verdade; ‘i’o, substância, corpo, carne, músculo. Literalmente, ‘oia’i’o é “corpo, carne ou músculo da verdade”. Figurativamente, o “espírito da verdade” ou a “essência da verdade”.

Dizer-a-verdade [Truth-telling], como o velho Havaí sabia, tinham muitas dimensões.

Ainda têm.

No passado ou no presente, pode-se dizer ‘oia, a simples declaração de uma ação, evento, fato geralmente reconhecido ou conclusões pessoais honestas.

“Minhas canoas são robustas; talvez outros tenham feito outras mais rápidas”, disse o antigo construtor. “Eu digito 70 palavras por minuto”, disse a secretária em busca do emprego de hoje. “Dois mais dois são quatro”, disse a professora às crianças. “Eu tenho estudado as nuvens cuidadosamente. Elas mostram que esse não é um bom dia para pescar”, aconselhou o kahuna quilo.(*) “Você necessita de novas lonas de freio e de um ajuste; de outra maneira, o carro está em muito bom estado”, relatou o mecânico.

(*)sacerdote que estudou fenômenos naturais.

Todas essas declarações, dadas honestamente e com todos os esforços no sentido da precisão, são ‘oia. Pura verdade. Verdade nua e crua. Fatos ou conclusões contados sem embelezamento, insinuações ou envolvimento emocional na narrativa.

Pode-se também dizer verdades parciais ou verdades tendenciosas. Exageros da verdade. Verdades tão enfatizadas que fatos, opiniões ou argumentos conflitantes são minimizados ou omitidos. A lei, a política, a publicidade e as relações públicas conhecem bem essa verdade. O mesmo acontece com o jornalismo irresponsável. E, muitas vezes, para equilibrar o desespero de um paciente com a esperança, os médicos também o fazem.

Esse dizer-a-verdade [truth-telling] é ‘ohaohala. A palavra vem de ‘oha, “espalhar-se como vinhas” e hala, “culpa, erro errado”. ‘Ohaohala, então, é mais literalmente, “espalhar o erro” – sob o disfarce da verdade.

Ou pode-se dizer o que é verdade absoluta e completa. Pode-se falar a própria “essência da verdade”: ‘oia’i’o.

‘Oia’i’o tem muitas características. É a verdade total contada sem insinuações, omissões intencionais ou distorções dos fatos e da apresentação. É uma declaração de fatos do tipo “deixe as fichas caírem onde elas puderem”; no entanto, é uma verdade que vai além da abertura intelectual.

“’Oia’i’o”, diz a Sra. Pukui, “é a verdade no sentido sentimental. Você sente se o que está dizendo é ‘oia’i’o ou não. Os Havaianos acreditavam que o intelecto e as emoções vinham do na’au (vísceras ou instinto). A verdade real – a sinceridade real – vem a partir de na’au ‘oia’i’o. A partir do  ‘instinto verdadeiro’”

Esse é o espírito da verdade especificado no ho’oponopono. Ele tem que permear o relato de fatos ou ações. Para citar o Dr. Haertig:

“O ho’oponopono requer a narração de todo o material essencial, por mais doloroso que isso possa ser. Não importa se o que é dito magoa os outros. A questão é que a narrativa não tem que ser feita de forma vingativa ou com qualquer desejo de magoar. Nada essencial tem que ser retido. Ações e erros de omissão ou cometimento pertinentes ao problema têm que ser totalmente revelados.

“Esse dizer-a-verdade absoluta muitas vezes implica alguma consciência (que está) no nível da realidade [awareness] introspectiva – talvez até um insight real – entretanto, a meu ver, isso não é um requisito. Nem é qualquer grande esforço emocional. Para uma pessoa numa determinada situação, dizer-a-verdade pode ser o processo mais doloroso. Para outra pessoa, isso pode ser uma confissão e catarse fáceis, talvez desejadas. O requisito essencial do ho’oponopono é a revelação total do que realmente aconteceu. Pois até que todas as pessoas envolvidas saibam claramente quem fez o quê a quem e porquê, não será possível alcançar qualquer solução para a situação.

“Isto, claro, é apenas um aspecto de ‘oia’i’o ou ‘verdade absoluta’. Isso parece especialmente aplicável – porém não limitado – ao relato de acontecimentos.

“No entanto, ‘oia’i’o também significa sinceridade de sentimento. Fora do ho’oponopono, essa sinceridade era um requisito básico em todas as práticas de perdão, libertação e liberação do Havaí. Uma maldição pode ser removida por vários meios, se o amaldiçoado estiver verdadeiramente arrependido. A oração – oração sincera, sublinha a Sra. Pukui – pode evitar desastres, cancelar castigos, restaurar a saúde ou a felicidade.

“Se nós retirarmos o conceito ‘oia’i’o desse ho’oponopono – ou mesmo do seu contexto Havaiano mais amplo – a exigência de sinceridade continua a ser uma base sólida para relações humanas bem-sucedidas.”

mihi

Derivativo: desconhecido.

Mihi, arrependimento, confissão e desculpas, sempre fez parte do ho’oponopono. Isso não significa que isso era limitado às conferências familiares em oração, destinadas a “corrigir a situação”. Dizer “Eu cometi esse erro. Eu sinto muito. Por favor, perdoe-me” era uma forma comum e frequentemente usada de manter a harmonia na ‘ohana (família).

Como uma prática familiar, o mihi tinha as suas próprias regras – e as razões para as regras. O mais importante era a obrigação de perdoar o penitente. A Sra. Pukui dá a explicação tradicional:

“Quando alguém vinha até você e pedia perdão, você não podia huli kua (virar as costas) para ele. Você tinha que perdoar totalmente e completamente. Se você não o fizesse, então os aumākua (deuses ancestrais) fariam huli kua para você.”

Além disso, a sinceridade do errante não deveria ser questionada. Se o seu mihi fosse falso, a contrição dele fosse apenas fingimento, então o aumākua dele o puniria. Um pedido de desculpas mentiroso a um sênior da família era igualmente uma mentira para o aumākua. Assim era o raciocínio.

O costume também decretava que a pessoa pedindo perdão não tinha que ficar zangada, mesmo que o perdão fosse adiado ou retido. Ela tinha que permanecer humilde o tempo todo.

Alguém que tivesse cometido um erro tão grave que ele tivesse consultado um kahuna poderia ser instruído a acompanhar mihi com presentes aos deuses. “Esses presentes podiam ser um peixe ou um porco ou o que quer que o kahuna aconselhasse”, diz a Sra. Pukui.

Para a mente Ocidental, a restituição aos deuses parece deixar a pessoa injustiçada praticamente descompensada pelos ferimentos dele. Mas se nós tentarmos “pensar no antigo Havaiano”, vem a ser mais fácil entender que essas ofertas de alimentos eram uma reparação tanto para o homem como para Deus. Pois os parentes vivos e os ancestrais que vieram a ser deuses eram em grande parte membros da mesma ‘ohana. Ofende a um e você ofende a todos. Faça as pazes com um e você fará as pazes com todos. A confissão, o perdão e a restituição eram um processo tripartido entre o culpado, os injustiçados na terra e os deuses também injustiçados.

(E, a partir de um ponto de vista estritamente prático, a família viva banqueteava-se com as oferendas depois que a essência espiritual (aka) da comida tivesse sido dada ritualmente aos deuses.)

Hoje, a reparação é geralmente uma substituição ou reparação direta de propriedade, ou uma correção e um pedido de desculpas por declarações prejudiciais. O perdão pode ser um intercâmbio entre o malfeitor, o injustiçado e Deus, como no ho’oponopono. Isso pode ser uma confissão e absolvição humano-com-Deus. Ou pode ser uma comunicação social e emocional entre pessoas.

Contudo, a tradição de que um penitente tem que ser perdoado parece permanecer inalterada e bem lembrada, embora nem sempre seja seguida. A obrigação de perdoar é consistente com a especial proximidade e interdependência da família Havaiana. Uma rixa até mesmo entre familiares crescidos e separados é algo sério. Isso tem que ser curado [healed] rapidamente, ou isso irá crescer mais e mais profundamente. Pois ninguém fica de fora na ‘ohana’ Havaiana.

kala

liberar, desamarrar, desatar, deixar ir.

Derivativo: desconhecido.

Os Havaianos reconheceram que o cordão figurativo que liga o pecador e a vítima em desagrado mútuo tem que ser “desamarrado”, não por um, mas por ambos. Isso era feito no ho’oponopono e em outras práticas. O culpado tem que confessar, arrepender-se e fazer a restituição. Aquele que foi injustiçado tem que perdoar. A exigência de reparação é especialmente sábia. Pois até que a propriedade roubada, por exemplo, seja restaurada ou substituída, o ladrão permanece sobrecarregado de culpa e desconforto social. A vítima, embora perdoe, continua a sentir a perda dos bens. Nenhum dos dois está livre do hala ou do erro e das atitudes e emoções que o erro engendrou.

Os costumes Havaianos especificavam que ambos têm que perdoar – e ir além do perdão. Ambos precisam kala. Cada um tem que liberar a si mesmo e ao outro do ato e das recriminações, remorsos, rancores, culpas e constrangimentos que o ato causou. Ambos têm que “soltar o cordão”, libertando um ao outro completamente, mutuamente e permanentemente.

Isso era kala, um conceito e um ideal. Como a maioria dos ideais, kala não era fácil de alcançar. E assim, a cultura Havaiana reforçou as sutilezas de kala com orações e rituais de liberação e libertação. No ho’oponopono, kala é expresso na frase: “Ke kala aku nei ‘au ia’ oe a pela noho’i au e kala ia mai ai”, ou “Eu desato você da culpa e assim eu posso também ser desatado disso.”

Com ou sem ho’oponopono, kala era buscado em inúmeras pules (orações) e cerimônias. Os membros da família poderiam ser liberados para sempre das maldições e das ansiedades associadas quando uma pule kala (oração para liberação) fosse dita diretamente ao cadáver de um parente. (Veja ‘ānai). Ou através da oração e por vezes ritual, todas as faltas, raivas e culpas, poderiam, como diz o exemplo do ho’oponopono da Sra. Pukui, ser apanhadas pelo “grande globo ocular do sol… e depositadas nas profundezas do mar”.

(nos primórdios dias, kala no sentido amplo podia significar a liberação ou libertação a partir de males físicos, espirituais ou emocionais. Às vezes era dramatizado pelo simbolismo. Uma planta que era “escorregadia” em vez de “enraizada” pode ser comida ou usada. Limu kala é um exemplo.)

Hoje, kala é um processo mútuo no qual tanto o instigador quanto o destinatário de uma ofensa são liberados da escravidão emocional que os Havaianos chamam de kala. Esse conceito de perdão, libertação e liberação da cultura expressiva Havaiana é bastante diferente do ideal de “perdoar e esquecer” de uma sociedade repressiva. Pois o que é “esquecido” é na verdade reprimido. O material reprimido pode ressurgir no pensamento consciente. Quando um incidente doloroso e “esquecido” emerge, isso pode ser duplamente doloroso. Kala busca despojar o incidente de seus atributos causadores de dor. Um insulto ou injustiça pode ser lembrado – mas se mihi e kala forem sinceros, isso será lembrado como “não é mais grande coisa”.

‘ānai

amaldiçoar; lançar uma maldição; uma maldição.

Derivativo: Não definitivamente conhecido. Possivelmente a partir do significado original “esfregar, ralar, desperdiçar ou destruir”. ‘Ānai como maldição era uma força destrutiva que transmitia uma constante “aspereza” mental.

Na antiga cultura Havaiana, lançar uma maldição ou ‘ānai sobre alguém era feito de maneira muito direta. A maldição era dita diretamente a outra pessoa numa frase que poderia ser tão simples como “Seja amaldiçoado para sempre pelos seus erros”. O ‘ānai não era dirigido por meios tortuosos ou através de uma terceira pessoa. Não era necessário um feiticeiro como ‘anā’anā, o “feitiço” que condenava uma pessoa a problemas ou mesmo à morte.

mahiki

descascar; bisbilhotar; como descascar a casca de uma árvore para avaliar a madeira que está por baixo; raspar a pele para remover um minúsculo inseto enterrado sob a epiderme; também, para expulsar, como de um espírito.

Derivativo: ma, desconhecido; hiki, alcançar, chegar; palavras relacionadas, ‘ohiki, limpar; ‘ohikihiki, investigar o passado, especialmente um passado desagradável.

“Pense em descascar uma cebola”, explicou a Sra. Pukui na discussão anterior sobre ho’oponopono. “Você retira uma camada e joga fora, para poder retirar a próxima camada. Isso é mahiki.”

As “cascas de cebola” são figurativas. Mahiki, no seu contexto comportamental, é a eliminação de uma “camada” de ação, motivação ou emoção para revelar e eliminar ainda outra camada de atos, sentimentos e causas. Mahiki, entendido implicitamente ou também declarado ritualmente, é uma forma de “chegar à fonte do problema e resolvê-lo”.

No ho’oponopono, mahiki pode ser entendido como rastrear os componentes de um problema e “consertá-lo” para que outro problema possa ser considerado. Por exemplo, a “camada superior”, uma disputa entre marido e mulher, é resolvida, então o ho’oponopono passa para a próxima preocupação familiar, a criança que choraminga ou se comporta mal. O que geralmente acontece é que o mahiki revela uma conexão entre o que inicialmente pareciam ser problemas separados. Os efeitos perturbadores das brigas dos pais sobre a criança, consequentemente perturbada, veem a ser claros.

Ou, mahiki no ho’oponopono pode ser uma investigação aprofundada de um incidente ou emoção específica. Revelar a raiva não reconhecida e as culpas mais ou menos reprimidas envolvidas no luto é um exemplo. Revelar o ciúme subjacente a um “choque de personalidade” e a baixa autoimagem que alimenta o ciúme – esse “escavar-se” também é mahiki. Ao revelar novos problemas e novos aspectos de problemas antigos, o mahiki pode ser tanto diagnóstico quanto corretivo. E quando revela e resolve uma fonte de problema menor antes que ela venha a ser um grande problema, o mahiki também é preventivo.

Mahiki também conota a erradicação dos males revelados através de questionamentos intensivos. Isso é especialmente claro nos ritos mahiki para exorcizar um espírito possuidor (noho). O procedimento, no passado e no presente do Havaí, é quase idêntico aos ritos de exorcismo na Europa medieval. O espírito é primeiro identificado e depois banido. No Havaí, quer o kahuna de antigamente ou o clérigo do século 20 assumisse o comando, as perguntas dirigidas ao espírito possuidor eram algo como:

Quem é você? De onde você é? Quem enviou você? Por que?

Tradicionalmente, esse questionamento pode terminar com a seguinte afirmação:

“Ka kala ka mahiki nei au i ke ia mau mea ho’opilikia.”

(“Eu estou descascando e removendo as causas desse problema.”)

“Ho’i no ai i kou kahu.”

(“Volte e destrua o seu guardião.”)

O clérigo Havaiano de hoje concluiria com,

“Ke kauoha nei ou ia ‘oe, ma ka inoa o Jesus Cristo e puka mai ‘oe i waho.”

(“Em nome de Jesus Cristo, eu ordeno que você saia!”)

Em seu sentido mais completo, mahiki é o questionamento total mais a auto sondagem mais a ventilação mais alguma ação corretiva para cada aspecto ou camada de comportamento ou emoção problemática. Os processos da psicoterapia analítica e particularmente da psicanálise são mahiki. Na verdade, o Dr. Haertig lembra que a literatura psiquiátrica que começa com Freud usa as analogias da cebola e da casca de árvore para descrever a remoção de camada após camada do inconsciente. Alcance o âmago, como Freud apontou e você estará próximo do fim da psicanálise.

Num sentido mais limitado, o questionamento detalhado para qualquer propósito útil é mahiki. Obter um histórico médico ou psiquiátrico ou um histórico de assistência social é mahiki.

Este questionamento sério com a intenção de ajudar é exatamente o oposto da curiosidade “intrometida” sem propósito chamada nīele.

[Observação PO – nī.ele: continuar fazendo perguntas; inquisitivo, curioso, fazendo perguntas frívolas (muitas vezes usadas em sentido pejorativo, como se alguém intrometido perguntasse coisas que não lhe dizem respeito); questionar, bombear; pergunta. Como uma exclamação de aborrecimento: você é muito curioso! Quem se importa em responder as suas perguntas! hoʻo.nī.ele! Questionamento, especialmente conduzindo indiretamente em vez de diretamente; questionário; curioso; curiosidade. Fonte: Dicionário Havaiano Ulukau]

Conhecer e discutir essa diferença com o paciente ou cliente Havaiano pode ajudar a mudar a resistência ao rapport.

ho’omalu

abrigar, proteger, fazer a paz, calar, controlar, suspender; um período de paz e tranquilidade; período de silêncio.

Derivativo: ho’o, causar, fazer com que seja feito; malu, abrigo, proteção, paz, sossego, controle.

Os ânimos podem explodir. Uma conversa séria pode estar se transformando em conversa barulhenta. Um pescador talvez necessite afastar da mente as preocupações familiares. Os preocupados ou doentes podem se beneficiar de um abrigo tranquilo.

Havia uma maneira de evitar brigas e acabar com o barulho e a confusão. Alguém com autoridade poderia decretar ho’omalu. Ele poderia “fazer um abrigo” para a mente e as sensibilidades. Uma moratória sobre distúrbios.

Ho’omalu era invocado no ho’oponopono e em muitas outras ocasiões. Nos primórdios do Havaí, o ho’omalu era decretado para garantir o silêncio durante importantes rituais religiosos.

Antes da época de Kamehameha, quando os dias de kapu (tabu)(*) de Kāne e Lono eram observados, “nenhuma fogueira era feita nem batedores de tapa soavam e todos os outros sons eram silenciados. Nem as galinhas nem as corujas têm que fazer barulho, para que o sucesso do ritual não seja destruído.”(1) Outros relatos falam de períodos rituais durante os quais os cães eram levados da aldeia para não ladrarem e as crianças eram ansiosamente silenciadas para não chorarem(2). Aqui ho’omalu era um kapu absoluto, decretado pelo chefe e pelo sacerdote.

[(*)Observação PO: Kapu é o antigo código de conduta Havaiano de leis e regulamentos. O sistema kapu era universal em estilo de vida, papéis de gênero, política e religião. Uma ofensa kapu era muitas vezes uma ofensa capital, mas também denotava uma ameaça ao poder espiritual ou roubo de mana [poder]. Kapus eram rigorosamente aplicados. Quebrar um, mesmo sem querer, muitas vezes significava morte imediata, Koʻo kapu. O conceito está relacionado ao tabu e ao tapu ou tabu encontrado em outras culturas Polinésias. A palavra Havaiana kapu é geralmente traduzida para o Inglês como “forbidden” [“proibido”], embora também carregue os significados de “manter fora”, “não invadir”, “sagrado”, “consagrado” ou “santo”. O oposto de kapu é noa, que significa “comum” ou “livre”. Fonte: Wikipedia]

Referências

(1)Kamakau. Ka Po’e Kahiko: The People of Old, p.21.

(2) Fornander. Collection of Hawaiian Antiquities. Vol. 6, p.418.

Ho’omalu também permitia que o pescador Havaiano se concentrasse em seu trabalho precário em alto mar. Na sua ausência, as mulheres da casa deveriam permanecer calmamente em casa. Eles deveriam orar e as esposas deveriam permanecer fiéis aos seus maridos. Não tem que haver bebidas, nem festas, nem brigas. Eles não têm que fofocar, contar histórias engraçadas ou serem barulhentos e escandalosos. Eles não têm que falar dos mortos, pois isso traz azar ao pescador.(3) Ou, por outras palavras, o chefe da família tem que ter a certeza de que tudo está em paz em casa.

Referência

(3)Ibid., p.118.

Ho’omalu é uma precaução de segurança na advertência para não falar com ninguém que esteja coletando ‘opihi. É preciso concentração total para evitar ser arrastado para o mar.

Durante o ho’oponopono, o líder pode declarar um ho’omalu, ou os membros da família podem espontaneamente cair em pensamentos silenciosos. Ho’omalu pode durar alguns minutos ou algumas horas.

Ho’omalu pode ser colocado nos intervalos entre repetidas sessões de ho’oponopono. Por exemplo, se uma família realiza ho’oponopono nos fins de semana para chegar às causas profundamente enraizadas de um problema, o ho’omalu pode ser invocado durante a semana. Isso é capaz de significar que os membros da família podem nem falar sobre o problema. Ou que eles podem falar sobre isso, porém apenas com as pessoas imediatamente envolvidas. A disposição “não beber, não festejar” geralmente faz parte desse ho’omalu.

Enquanto o ho’oponopono está realmente acontecendo, o ho’omalu geralmente é um momento de completo silêncio. Aqui, tal como os silêncios Quaker, o retiro Católico e os períodos de meditação das seitas Orientais, ho’omalu reconhece a necessidade do homem de contemplação calma e orante.

kūkulu kumuhana

a união de forças emocionais, psicológicas e espirituais, para um propósito comum; dinâmicas de grupo caracterizadas por elementos espirituais e direcionadas a um objetivo positivo; uma força unificada e unificadora; em um contexto amplo, uma força espiritual grupal, nacional ou mundial, de natureza construtiva e útil; no ho’oponopono, a união de membros da família numa força espiritual para ajudar um membro doente ou perturbado; significado secundário: declaração do problema e procedimentos para buscar uma solução, como nas explicações iniciais do ho’oponopono.

Derivativo: kūkulu, construir, empilhar, um pilar; kumu, fonte, base, talo principal ou raiz da planta; hana, trabalho, atividade.

“Quando nós sabíamos que um homem estava saindo em uma viagem marítima, toda a família se reunia e orava por sua segurança.” –Mary Kawena Pukui, 1941.

“Depois que Duke Kahanamoku passou por uma operação cerebral, a família dele teve uma sessão de oração. Isso durou muito tempo. E quando tudo acabou, nós fomos para as nossas casas e continuamos a orar por ele.” Amigo da família, 1968.

“… E todos nós ficamos quietos por um tempo… tentando ajudar a Mamãe. – Relato ho’oponopono, 1971.

As três citações referem-se a um processo idêntico. Em palavras diferentes, cada pessoa expressou alguma coisa como:

“Nós nos unimos para criar, responder e, assim, recriar uma força unificadora. Nós trouxemos à existência, compartilhamos e enviamos a alguém necessitado uma espécie de usina geradora de energia espiritual e emocional. No entanto, à medida que nós contribuímos, nós fortalecemos, ao invés de diminuirmos, os nossos recursos individuais da mente e da alma.”

“Nós tomamos parte em kūkulu kumuhana.”

Alguns aspectos de kūkulu kumuhana são descritos de forma menos formal: “Nós estamos torcendo por você”. … “Nós estamos com você o tempo todo.” “Você esteve em nossos pensamentos durante todo o tempo em que esteve em trabalho de parto.” …”Nós estaremos pensando em você quando fizer os exames finais.” As frases descrevem parte, porém não o todo. Para ser kūkulu kumuhana, “pensar em você” tem que incluir “orar por você” – seja em palavras ou em pensamento silencioso. Pois originalmente, kūkulu kumuhana era uma combinação de mana, o poder especial que cada pessoa possuía como um atributo dado por akua (deus). O elemento espiritual-religioso foi e é hoje, parte integrante da dinâmica do grupo.

Diz a Sra. Pukui: “Nós concentramos os nossos pensamentos em uma pessoa ou em um problema, para que, com Deus, nós obtenhamos a ajuda de que nós necessitamos”.

Kūkulu kumuhana está sempre presente em um ho’oponopono de sucesso. No entanto, não se limita a essa ocasião. Sempre que a família, os amigos, a congregação ou a comunidade maior oram ou aspiram juntos, envolvendo-se emocional e espiritualmente num propósito comum, então essa qualidade de solidariedade pode surgir. Preocupação mútua, sinceridade, sensibilidade e capacidade de resposta aos sentimentos dos outros – todos os aspectos intangíveis ajudam a produzir kūkulu kumuhana. Por outro lado, o tédio, a indiferença calculada, a frieza emocional, o desacordo com as necessidades ou propósitos do grupo – tudo isso pode impedir um indivíduo de vir a ser parte do kūkulu kumuhana.

No entanto, a Sra. Pukui enfatiza a crença Havaiana de que estar fisicamente ausente ou inconsciente não impede que alguém receba a força de apoio do grupo.

“A pule (orações) envia mana (poder) para quem necessita de ajuda”, diz ela.

A visão Havaiana não discute a probabilidade de um membro de uma família amorosa saber que ele irá receber oração enquanto estiver fora e em possível perigo. Também não descarta a especulação médica de que uma pessoa inconsciente possa ouvir e entender muito do que é dito. A forma como o canal de comunicação é desobstruído pode ser menos importante do que o fato de a mensagem parecer passar.

Parece evidente que os Havaianos também sentiram o contrapeso do que hoje nós chamamos de “a vontade de viver” versus o exausto “desejo de desistir” ou o mais forte “desejo de morrer”. Certamente, quando existe algum potencial físico de recuperação, o conhecimento de que alguém é amado, querido e instado a viver é capaz de alterar o delicado equilíbrio para a vida.

Kūkulu kumuhana para um membro gravemente doente pode trazer benefícios para o resto da família. As disputas podem ser resolvidas na maior preocupação compartilhada e no objetivo positivo e construtivo da reunião. Na falta desse propósito, a família pode realizar apenas uma sessão de “choro e lamento”. Na melhor das hipóteses, isso traz aos saudáveis apenas uma catarse emocional temporária. Na pior das hipóteses, convence o doente de que ele realmente não tem mais esperança.

A fusão de esforços emocionais-espirituais numa causa comum parece operar na maioria das sociedades e fora do contexto familiar. Por exemplo, quatro episódios dramáticos da cultura Ocidental do Século XX:

  • O Lusitania afunda e os passageiros, cantando ‘Mais perto, Meu Deus, de Ti”, vão para a sua ruína com dignidade e força partilhadas.
  • “Vamos nós portar de tal maneira que, se o Império Britânico e a sua Comunidade durarem mil anos, os homens ainda dirão: ‘Esse foi o seu melhor momento.’” Winston Churchill fala e toda a Inglaterra responde com coragem renovada. Churchill sente a solidariedade da nação e, por sua vez, está infundido com novas reservas de liderança e resistência.
  • Na catedral e nos televisores de todo o mundo, homens e mulheres assistem ao funeral do Presidente Kennedy. Um sentimento generalizado e universal de simpatia, apoio e orgulho vai para sua viúva. A Sra. Kennedy percebe isso e é ajudada a sustentar o seu papel de heroína nacional.(*)
  • E, mais recentemente, à medida que os homens no espaço se deparam com o perigo, povos de religiões divergentes e nações dissidentes unem-se numa poderosa súplica pela segurança dos Astronautas. Mais tarde, um comentário resumiu: “O mundo inteiro rezou para que a Apollo XIII voltasse à Terra”.

Se você acredita que a religião e a oração também incluem o sentimento compartilhado, embora expresso silenciosamente, pelo homem, então esses quatro exemplos são de fato kūkulu kumuhana. Mary Kawena Pukui acredita que eles são.

A história pode desaparecer, os rituais podem ser descartados e os costumes podem mudar com o passar do tempo. No entanto, muitos dos valores básicos do passado do Havaí permanecem vitais, verdadeiros e aplicáveis nos dias de hoje.

Nānā I Ke Kumu (Recorrer à Fonte) descreve as crenças e os costumes Havaianos, unindo o passado do Havaí ao presente. No início da década de 1970, os funcionários do Centro Infantil Queen Lili’uokalani, para melhor entenderem e atenderem às necessidades das famílias Havaianas que eles serviam, começaram a pesquisar a autêntica cultura Havaiana. Grande parte do material dos livros foi extraído de sete anos de reuniões semanais do Comitê de Cultura Havaiana do Centro.

A autora sênior Mary Kawena Pukui acreditava que “o Havaiano necessita entender e apreciar a solidez e a beleza de sua cultura”. Pukui foi uma participante ideal nesse projeto, tendo sido criada em duas culturas, a linhagem familiar Havaiana de kāhuna por parte de mãe e a herança de seu pai na Nova Inglaterra. Ela contribuiu com informações valiosas de sua experiência de vida.

Gráfico obtido a partir de pesquisas na internet de fontes fidedignas e complementares
Tradução livre Projeto OREM® (PO)

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Imagem: https://wams.nyhistory.org/confidence-and-crises/great-depression/mary-kawena-pukui/

Referências bibliográficas da OREM1

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André Biernath – repórter na Revista Saúde – Grupo Abril  – artigo sobre o filme “Divertida Mente”, que aborda inteligentemente a questão das memórias armazenadas;

Bert Hellinger e Gabriele Tem Hövel – livro “Constelações Familiares – O Reconhecimento das Ordens do Amor”;

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Brian Gerard Schaefer – artigo: “Universal Ho’oponopono – A new perspective of an ancient healing art”. Site http://www.thewholespectrom.com/

Bruce Lipton – livro “A Biologia da Crença “;

Carol Gates e Tina Shearon – livro “As You Wish” (tradução livre: “Como você desejar”);

Ceres Elisa da Fonseca Rosas – livro “O caminho ao Eu Superior segundo os Kahunas” – Editora FEEU;

Charles Seife – livro “Zero: A Biografia de Uma Ideia Perigosa” (versão em inglês “Zero: The Biography of a Dangerous Idea”;

Curso “Autoconhecimento na Prática online – Fundação Estudar” https://www.napratica.org.br/edicoes/autoconhecimento;

Dan Custer – livro “El Milagroso Poder Del Pensamiento” (tradução livre: “O Miraculoso [Incrível] Poder Do Pensamento”);

David V. Bush – livro “How to Put The Subconscious Mind to Work” (tradução livre: “Como Colocar a Mente Subconsciente para Trabalhar”);

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Dr. Alan Strong – artigo denominado “The Conscious Mind — Just the Tip of the Iceberg” (tradução livre: “A Mente Consciente – Apenas a Ponta do Iceberg”), no site www.astrongchoice.com;

Dr. Amit Goswami – livro “O Universo Autoconsciente – como a consciência cria o mundo material”;

Dr. Benjamin P. Hardy, psicólogo organizacional, autor do livro “Willpower Doesn’t Work” (Tradução livre: “Força de Vontade Não Funciona”), em artigo no site https://medium.com/the-mission/how-to-get-past-your-emotions-blocks-and-fears-so-you-can-live-the-life-you-want-aac362e1fc85Sr;

Dr. Bruce H. Lipton – livro “A Biologia da Crença”;

Dr. Deepak Chopra – livro “Criando Prosperidade”;

Dr. E. Otha Wingo – Artigo “The Story of the HUNA WORK” [tradução livre: “A História do Trabalho Huna”], editado no outono de 1976, no Research Bulletin #20. Site: https://www.maxfreedomlong.com/huna-bulletins/hv-newsletter-20-fall-1976/;

Dr. E. Otha Wingo – Artigo “ON ‘MARRIAGE IN HEAVEN,’ GRADUATION, AND SOUL-MATES” [tradução livre: “SOBRE ‘CASAMENTO NO CÉU’, GRADUAÇÃO E ALMAS GÊMEAS]. Site: https://maxfreedomlong.com/huna-bulletins/volume-17-huna-bulletins/hv-newsletter-25-winter-1978/;

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Dr. Helder Kamei – site http://www.flowpsicologiapositiva.com/ – Instituto Flow;

Dr. Joe Dispenza – livro “Breaking the Habit of Being Yourself – How to Lose Your Mind and Create a New One” (tradução livre: “Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo – Como Liberar Sua Mente e Criar um Novo Eu”);

Dr. Kenneth Wapnick – transcrição de sua palestra denominada “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”;

Dr. Maxwell Maltz – livro “The New Psycho-Cybernetics” (tradução livre: “A Nova Psico-Cibernética”);

Dr. Nelson Spritzer – livro “Pensamento & Mudança – Desmistificando a Programação Neurolinguística (PNL)”;

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Francisco Cândido Xavier – livro “No Mundo Maior” (ditado pelo espírito Dr. André Luiz);

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Gerald Zaltman – Professor da Harvard Business School – livro “How Customers Think” (tradução livre: “Como Pensam os Consumidores”);

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Joe Vitale – livro “Limite Zero”;

Joel S. Goldsmith – livro “O Despertar da Consciência Mística”;

John Assaraf – artigo ratificando que somos todos seres perfeitos de Luz está disponível no site http://in5d.com/the-world-of-quantum-physics-everything-is-energy/;

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Joseph Murphy – livro “The Power of Your Subconscious Mind” (tradução livre: “O Poder de Sua Mente Subconsciente”);

Kalikiano Kalei – Artigo: “Quantum Physics and Hawaiian Huna…” [Física Quântica e Huna do Havaí] – Artigo completo em inglês através do site: https://www.authorsden.com/visit/viewarticle.asp?catid=14&id=45582;

Kealani CookUniversity of Hawaiʻi – West O’ahu DSpace Submission – Artigo: “Burning the Gods: Mana, Iconoclasm, and Christianity in Oceania.” [tradução livre: “Queimando os Deuses: Mana, Iconoclastia e Cristianismo na Oceania”] Site: https://dspace.lib.hawaii.edu/server/api/core/bitstreams/addb3121-d4bb-476d-8bbe-ed2a8a1a08d7/content;

Kenneth E. Robinson – livro “Thinking Outside the Box” (tradução livre: “Pensar Fora da Caixa”);

Krishnamurti – artigo “Early Krishnamurti” (“Inicial Krishnamurti”) – Londres, 7-3-1931.  Site: https://www.reddit.com/r/Krishnamurti/comments/qe99e1/early_krishnamurti_7_march_1931_london/

Krishnamurti  – livro “O Sentido da Liberdade”, publicado no Brasil em 2007, no capítulo “Perguntas e Respostas”, o tema “Sobre a Crise Atual”; experienciamos, para a nossa reflexão e meditação à luz do sistema de pensamento do Ho’oponopono.

Kristin Zambucka, artista, produtora e autora do livro “Princess Kaiulani of Hawaii: The Monarchy’s Last Hope” (tradução livre: “Princesa Kaiulani do Havaí: A Última Esperança da Monarquia”);

Leonard Mlodinow – livro “Subliminar – Como o inconsciente influencia nossas vidas” – do ano de 2012;

Louise L. Hay – livro “You Can Heal Your Life – (tradução livre: “Você Pode Curar Sua Vida”);

Malcolm Gradwell – livro “Blink: The Power of Thinking without Thinking” (Tradução livre: “Num piscar de olhos: O Poder de Pensar Sem Pensar”);

Manulani Aluli Meyer – artigo “Ho’oponopono – Healing through ritualized communication”, site https://peacemaking.narf.org/wp-content/uploads/2021/03/5.-Hooponopono-paper.pdf

Marianne Szegedy-Maszak – edição especial sobre Neurociência publicada na multiplataforma “US News & World Report”, destacando o ensaio “Como Sua Mente Subconsciente Realmente Molda Suas Decisões”;

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Matt Tomlinson e Ty P. Kāwika Tengan – Livro “New Mana: Transformations of a Classic Concept in Pacific Languages and Cultures” [Tradução livre: “Novo Mana: Transformações de um Conceito Clássico nas Línguas e Culturas do Pacífico”], em seu capítulo 11 – Mana for a New Age, publicado em 2016 pela ANU Press, The Australian National University, Canberra, Austrália.

Matthew B. James. Estudo Acadêmico , para um Programa de Doutorado da Walden University, Minneapolis, Minnesota, USA, 2008, doutorando em Psicologia da Saúde, denominada “Ho’oponopono: Assessing the effects of a traditional Hawaiian forgiveness technique on unforgiveness”. O estudo completo pode ser acessado no site da Walden University no link:  https://scholarworks.waldenu.edu/dissertations/622/#:~:text=The%20results%20demonstrated%20that%20those,the%20course%20of%20the%20study.

Max Freedom Long – livro “Milagres da Ciência Secreta”;

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Napoleon Hill – livro “The Law of Success in Sixteen Lessons” (tradução livre: “A Lei do Sucesso em Dezesseis Lições”);

Osho – livro “The Golden Future” (tradução livre: “O Futuro Dourado”);

Osho – livro “From Unconsciousness to Consciousness” (tradução livre “Do Inconsciente ao Consciente”);

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Paul Cresswell – livro “Learn to Use Your Subconscious Mind” (tradução livre: “Aprenda a Usar a Sua Mente Subconsciente”);

Paulo Freire, educador, pedagogo, filósofo brasileiro – livro “A Psicologia da Pergunta”;

Platão – livro “O Mito da Caverna”;

Richard Wilhelm – livro “I Ching”;

Roberto Assagioli, Psicossíntese. Site http://psicossintese.org.br/index.php/o-que-e-psicossintese/

Sanaya Roman – livro “Spiritual Growth: Being Your Higher Self (versão em português: “Crescimento Espiritual: o Despertar do Seu Eu Superior”);

Sílvia Lisboa e Bruno Garattoni – artigo da Revista Superintessante, publicado em 21.05.13, sobre o lado oculto da mente e a neurociência moderna.

Site da Associação de Estudos Huna https://www.huna.org.br/ – artigos diversos.

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Thomas Lani Stucker – Kahuna Lani – Artigo “PSYCHOMETRIC ANALYSIS” [tradução livre: “ANÁLISE PSICOMÉTRICA”], editado no outono de 1982, no Huna Work International #269. Site: https://www.maxfreedomlong.com/articles/kahuna-lani/psychometric-analysis/;

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Thomas Troward – livro “Bible Mystery and Bible Meaning” (tradução livre: “Mistério da Bíblia e Significado da Bíblia”);

Tor Norretranders – livro “A Ilusão de Quem Usa: Reduzindo o tamanho da Consciência” (versão em inglês “The User Illusion: Cutting Consciousness Down to Size”);

“Um Curso em Milagres” – 2ª edição – copyright 1994 da edição em língua portuguesa;

Wallace D. Wattles – livro “A Ciência para Ficar Rico”;

W. D. Westervelt – Boston, G.H. Ellis Press [1915] – artigo: “Hawaiian Legends of Old Honolulu” Site: https://www.sacred-texts.com/pac/hloh/hloh00.htm.

William R. Glover – livro “HUNA the Ancient Religion of Positive Thinking” – 2005;

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Zanon Melo – livro “Huna – A Cura Polinésia – Manual do Kahuna”;

Muda…
A chuva de bênçãos derrama-se sobre mim, nesse exato momento.
A Prece atinge o seu foco e levanta voo.
Eu sinto muito.
Por favor, perdoa-me.
Eu te amo.
Eu sou grato(a).
Autor

Graduação: Engenheiro Operacional Químico. Graduação: Engenheiro de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras FGV/SP. Consultor de Empresas: Projeto OREM® - Organizações Baseadas na Espiritualidade (OBEs). Estudante e Pesquisador Independente sobre Espiritualidade Não-Dualista; Psicofilosofia Huna e Ho’oponopono; A Profecia Celestina; Um Curso em Milagres (UCEM); Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT); A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

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