O que são problemas?
Tradução livre Projeto OREM® (PO)
A questão acima, para ser respondida, necessário se faz que tomemos como parâmetro o glossário “falante” dos caracteres essenciais do Ho’oponopono, elaborado pelo Dr. Ihaleakala Hew Len, PhD (1939-2022) – psicólogo e terapeuta, que aprendeu as técnicas do Ho’oponopono com Morrnah Nalamaku Simeona (1913-1992), Kahuna Lapa’au, idealizadora do Ho’oponopono da Identidade Própria®.
Dr. Hew Len veio a ser, após dez anos dessa parceria, o seu ajudante, sucessor e divulgador do processo de resolução de problemas através do Ho’oponopono.
Glossário do Dr. Hew Len
“Eu sou o problema. Eu sou uma memória repetindo uma experiência do passado novamente na Mente Subconsciente.”
O Ho’oponopono é muito simples. Para os antigos Havaianos, todos os problemas começam com o pensamento. No entanto, o problema não está no simples pensar. O problema ocorre quando os nossos pensamentos estão impregnados de memórias repetitivas limitadoras e dolorosas a respeito de pessoas, lugares, circunstâncias ou situações.
Dr. Hew Len nos esclarece:
“Problemas podem ser resolvidos sem a necessidade de saber o que está acontecendo! Ter essa percepção e apreciar isso é um alívio e alegria absolutos para mim. Solucionar problemas, parte do propósito da existência, é do que trata o Ho’oponopono da Identidade Própria®. Para solucionar problemas, duas questões devem ser respondidas: Quem sou eu? Quem está no controle? Entender a natureza do Cosmos começa com o insight de Sócrates: ‘Conheça-te a ti mesmo (Observação PO: Autoconhecimento)'”.
O Ho’oponopono oferece uma maneira de liberar a energia desses pensamentos ou erros dolorosos que causam o desequilíbrio e a doença.
Problemas são memórias repetitivas limitadoras, que nós podemos também chamar de pensamentos errôneos, programas, vírus, crenças limitadoras, hábitos, conceitos, doenças, culpas, ansiedades, inseguranças, limitações, julgamentos, raivas, mágoas, remorsos, disputas, resistências, complexos e demais fixações e suas emoções enfermas afins, que são reencenadas na mente subconsciente e que nós percebemos como sendo a nossa realidade externa.
A nossa forma habitual de pensar, que eu tenho chamado de “antiga forma de pensar”, tem o hábito de perceber o problema, ou seja, o seu efeito e não a sua causa – as memórias repetitivas limitadoras, armazenadas e ativadas em nossa mente subconsciente.
A dor, a tristeza, a raiva, a doença, a depressão, a escassez, a violência e toda espécie de problemas afins são apenas efeitos.
Para se praticar o Ho’oponopono é preciso mudar essa nossa “antiga forma de pensar” e passar a praticar o que eu tenho chamado de “pensar fora da caixa” (fora da zona de conforto).
A proposta de se “pensar fora da caixa” visa simplesmente perceber a causa, ou seja, os nossos pensamentos dominantes, que quase sempre (pesquisas apontam para 95% em média) têm a sua origem em memórias armazenadas na mente subconsciente, assim como passar a assumir 100% de responsabilidade pela realidade física que nós temos experienciado.
O problema não é o real problema. O problema é apenas o efeito de algo em nosso interior.
À medida que nós experienciamos a vida, nós adquirimos programas ou memórias, quase como as pessoas que pegam um resfriado ou têm alergia à alguma coisa. Essas memórias de experiências passadas ficam armazenadas em nossa mente subconsciente. Nós não somos maus quando nós pegamos um resfriado ou temos alergia à alguma coisa, no entanto, nós temos que fazer o que for necessário para ficarmos livres disso, para nos purificarmos. A saída é a purificação, a limpeza, a cura (healing) – nós praticarmos o Ho’oponopono incessante.
Osho, em seu livro “The Golden Future” (tradução livre: “O Futuro Dourado”) nos faz refletir sobre a questão levantada, quando ele afirma:
“O sofrimento somente existe se a raiz permanece no seu inconsciente [mente subconsciente]. Se você ir fundo procurando pela raiz, no momento que você venha a ser consciente da raiz do sofrimento, o sofrimento desaparece. O desaparecimento do sofrimento é o que você chama de felicidade. Felicidade não tem que ser encontrada em algum lugar qualquer; ela está sempre com você, porém a nuvem do sofrimento a está cobrindo. Felicidade é a nossa natureza. Dito em outras palavras: para sofrer você tem que fazer muito esforço; para a felicidade você não tem que fazer esforço nenhum. Apenas pare de fazer esforço para criar sofrimento.”
Na “descrição de cargo” da nossa mente consciente está enfaticamente e claramente descrita a sua responsabilidade por proteger a nossa mente subconsciente do tipo de pensamentos dominantes, sugestões e autossugestões ativados a cada instante, de forma a evitar que se transformem em memórias repetitivas limitadoras e manter o ciclo vicioso, impedindo que as Inspirações da mente supraconsciente possam nos orientar.
Nos próximos artigos nós estaremos abordando em profundidade as funções (descrições de cargo) de nossa mente consciente, mente subconsciente e mente supraconsciente. Fiquem atentas(os)!
Em seu livro “The New Psycho-Cybernetics” (tradução livre: “A Nova Psico-Cibernética”), o Dr. Maxwell Maltz nos destaca de maneira didática outros importantes pontos a serem observados e entendidos, como hipnose, sugestão e autossugestão, fontes de nossas memórias ou nossos problemas, que estamos por ora resumindo:
“Todas as pessoas estão hipnotizadas? Não é exagero dizer que todos os seres humanos estão hipnotizados de alguma forma, ou por ideias que eles aceitam sem questionamento de outros [por sugestão] ou por ideias que eles têm repetido para si próprios e acabam convencidos que são verdadeiras [por autossugestão]. Essas ideias negativas têm exatamente o mesmo efeito em nosso ambiente como as ideias implantadas na mente de uma pessoa hipnotizada por um hábil hipnotizador.”
Esse efeito hipnotizador é o que dá sustentação às memórias repetitivas limitadoras que são reencenadas em nossa mente subconsciente. Essa atuação dominadora da mente subconsciente acaba por inibir a atuação protetora da mente consciente. Como a mente consciente não tem atuado como guardiã e protetora (95% de nosso tempo ), isso nos tem mantido presos ou escravizados a esse ciclo vicioso de sofrimentos ou de problemas que nos apresentam, muitas vezes, “aparentemente” insolúveis.
A praticarmos o Ho’oponopono, nós encaramos o problema – as memórias repetitivas limitadoras – sendo essa prática o que determina a eficácia do processo de cura (healing).
O Ho’oponopono, através do processo de resolução de problemas, atua na causa e não no efeito, naquilo que habitualmente chamamos de “problemas”.
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