..…continuação da Parte I…..

Uma nova visão de milagre

Nós tomaremos como base para essa seção trechos do importante e providencial artigo do Professor Robert Perry intitulado “Uma Nova Visão do Milagre”. O artigo completo está disponível em Inglês no site: https://circleofa.org/library/a-new-vision-of-the-miracle/.

O Professor Robert Perry realizou um detalhado estudo das fotocópias digitais dos cadernos originais manuscritos de Helen, onde ela inicialmente registrou as palavras do Curso.

A leitura desses cadernos causou uma revolução no entendimento do autor e pesquisador sobre o real conceito da palavra “milagre”, mudando inclusive o seu entendimento do próprio Curso.

O que ele encontrou nos cadernos de taquigrafia de Helen foram quatorze exemplos de milagres, eventos da vida real, que Jesus identificou como milagres. Esses exemplos fornecem o que falta para o entendimento do termo.

Esses exemplos não constam da versão Editada do Curso (1ª e 2ª edições FIP).

Robert Perry inicia o seu artigo afirmando que a palavra “milagre”, como o Curso a usa, é tão redefinida que é essencialmente um novo termo e todos sabem que, para você realmente entender um novo termo, você necessita de ilustrações concretas. Nós as temos agora e, como resultado desse estudo, nós somos levados a ver esse termo de uma nova maneira.

Eu confesso que eu mesmo ao ler o artigo do Professor Robert Perry fiquei um tanto surpreso com esses exemplos, pois eles realmente nos levam, pela sua simplicidade, praticidade e efetividade, à uma nova visão do que é um milagre em Um Curso em Milagres e, portanto, a um novo entendimento sobre o sistema de pensamento do Curso.

Para que o nosso artigo atual não se estenda ao incompreensível, eu estarei apenas transcrevendo as conclusões do autor após ele ter analisado cuidadosamente e criteriosamente cada exemplo destacado por Jesus e que carregam lições importantíssimas para o perfeito e verdadeiro entendimento do conceito da palavra “milagre” no sistema de pensamento do Curso.

O autor, em suas conclusões, reforça o impacto que lhe causou a leitura dos exemplos e até parecia, a princípio para ele, que o que Jesus estava chamando de milagre eram um tanto quanto vago ou até mesmo descuidado.

O evento simplesmente não se encaixava no conceito de milagre do autor, muitas vezes porque não tinha atingido o alto nível do que ele entendia ser um milagre e certamente o mesmo que nós também o entendíamos.

Mas algo acontece quando você coloca todos esses exemplos lado a lado. A semelhança deles salta para você. Eles parecem membros de uma única família. Eles expressam um conceito muito definido e unificado do que é um milagre, a saber:

O milagre é uma dádiva para outra pessoa

Talvez a primeira coisa que surpreenda seja que, em cada um dos casos, o milagre é uma dádiva para outra pessoa. Não é [apenas] uma mudança interna na percepção, como os estudantes do Curso normalmente acreditam. É um ato seu que beneficia outra pessoa.

Esses exemplos até levantam a possibilidade interessante de que nós, assim como Helen, temos uma lista de pessoas a quem nós temos que dar um milagre. Nós podemos até supor que nós temos uma lista diária, além de uma lista mais longa. Jesus disse:

Observe também que eu disse especificamente a você [Helen], em resposta à sua própria pergunta dessa manhã, que milagres deveriam ser oferecidos tanto a Art [um colega dela] quanto a seu irmão [irmão de Helen, Adolph]. Eles são urgentemente necessários para vocês [Helen e Bill], embora esse não seja o espírito [a antipatia de Helen por um amigo de Bill chamado Wally] no qual você deve realizá-los.

Esta dádiva geralmente é um ato externo

Em quase todos os casos, essa dádiva definitivamente ou provavelmente assume a forma de uma ação externa.

Mesmo nos casos em que a forma do milagre não é clara, é mais provável que seja comportamental.

A única exceção clara, entre os exemplos, é Helen orando por Dave. Esse milagre foi obviamente dado interna e invisivelmente.

O milagre é projetado para ajudar o destinatário [recebedor do milagre], geralmente para mudar a percepção do destinatário

O milagre, como qualquer dádiva, tem a intenção clara de beneficiar o destinatário. Pode ajudar o destinatário com algo concreto, como Bill oferecendo a Dora uma carona em seu táxi (um dos exemplos de Jesus).

Em vez de uma mudança em nossa própria percepção, esses milagres são algo que nós fazemos para mudar a percepção de outra pessoa.

Milagres são motivados por impulsos de uma parte mais profunda da mente

Há uma sensação definitiva de que os milagres vêm de algum lugar diferente da mente consciente.

Todos os exemplos foram provavelmente motivados por forças divinas na mente do doador, mesmo quando o doador não sabia disso.

Neste material inicial, Jesus ensina que todos os milagres começam como impulsos que surgem do inconsciente. É exatamente assim que os milagres funcionam.

Faço aqui uma pequena pausa sobre o estudo de Robert Perry para inserir um importante estudo que fiz de material que consta das versões iniciais do Curso (versão Urtext) e que não fazem parte da edição Editada (FIP, 1ª e 2ª edições), que explica exatamente o que esse exemplo acima tem para nos ensinar.

Analisando o capítulo da versão Urtext de UCEM, denominado “The Relationship of Miracles and Revelation” (N 75 4:102) (tradução livre: “A Relação de Milagres e Revelação”) nós temos nas palavras de Jesus, que transcrevo somente a parte de nosso interesse:

Urtext Manuscript Absolute page #14 Marked page #14

1.B.24e. Lembre-se do ponto sobre Milagres como um meio de organizar diferentes níveis de consciência no nível da percepção [consciousness]. Milagres vêm do nível abaixo do consciente. Revelação vem do nível acima do consciente. O nível consciente está no meio e reage aos impulsos subconscientes ou supraconscientes em proporções variáveis. Freud estava certo sobre a classificação, porém, não os seus nomes. Ele também estava certo ao dizer que o conteúdo da consciência no nível da percepção [consciousness] é passageiro. A consciência no “nível da percepção” [consciousness] é o nível que se engaja no mundo e é capaz de responder aos impulsos externos e internos. Não tendo impulsos de si mesmo e sendo principalmente um mecanismo para induzir uma resposta, ele é capaz de estar muito errado.

T.1.B.24f. Por exemplo, se a identificação é com o corpo, a consciência no “nível da percepção” [consciousness] pode distorcer os impulsos supraconscientes negando a sua Fonte e buscando o seu impacto na excitação [orgasm em Inglês]. Esse é o resultado da confusão da “identidade equivocada”.

T.1.B.24g. Se você olhar novamente para a descrição dos EFEITOS da Revelação, você verá que EXISTEM algumas semelhanças superficiais nos resultados experienciais, no entanto, dificilmente no conteúdo.

T.1.B.24h. A revelação induz à suspensão completa, porém temporária, da dúvida e do medo. Ela representa a forma original de comunicação entre Deus e as Suas Almas antes que a intrusão de fogo e gelo [(?)acredito ser uma alusão ao poema popular “Fire and Ice” (“Fogo e Gelo”) de Robert Frost que discute o final do mundo] viesse a ser impossível. Deve-se notar que ela envolve uma sensação extremamente pessoal de proximidade com a Criação, que o homem tenta achar nas relações sexuais. Essa confusão é responsável pela depressão e pelo medo, muitas vezes associados ao sexo.

T.1.B.24i. O sexo costuma ser associado à falta de amor, entretanto, a Revelação é PURAMENTE uma experiência de amor. A proximidade física NÃO PODE alcançar isso. Como foi dito antes, os impulsos subconscientes induzem adequadamente milagres, que SÃO interpessoais e resultam em proximidade com os outros. Isso pode ser mal interpretado por uma obstinada consciência no “nível da percepção” [consciousness] como um impulso para a gratificação sexual.

T.1.B.24j. A Revelação une Almas diretamente com Deus.

T.1.B.24k. O Milagre une Almas diretamente umas com as outras.

Nenhuma emana da consciência no “nível da percepção” [consciousness], no entanto, ambas são EXPERIENCIADAS aí. Isso é essencial, porque a consciência no “nível da percepção” [consciousness] é o estado que PRODUZ ação, embora NÃO a inspire.

Urtext Manuscript Absolute page #15 Marked page #15

T.1.B.24l. O homem é livre para acreditar no que quiser. O que ele FAZ atesta em que ele acredita.

T.1.B.24m. Os níveis mais profundos de seu subconsciente sempre contêm o impulso para milagres, mas ele está livre para várias palavras ilegíveis destacadas preencherem os seus níveis superficiais, que estão mais próximos da consciência no “nível da percepção” [consciousness], com os impulsos desse mundo e para se identificar com eles. Isso resulta em negar a si mesmo o acesso ao nível dos milagres mais abaixo. Em ações conscientes, então, os seus relacionamentos interpessoais também vêm a ser superficiais e relacionamentos inspirados por milagres vêm a ser impossíveis.

T.1.B.25. Milagres são uma forma de GANHAR a liberação do medo.

T.1.B.25b. Revelação induz a um estado no qual o medo JÁ FOI abolido. Milagres são, portanto, um meio e a Revelação é um fim. Nesse sentido, eles trabalham juntos.

T.1.B.25c. (Diga a Bill que milagres de fato NÃO dependem de Revelação. Eles a INDUZEM. Ele [Bill] já é perfeitamente capaz de fazer milagres, mas ainda tem muito medo de Revelações.)

T.1.B.25d. Observe que a SUA (HS) Revelação ocorreu especificamente depois que você se engajou no nível visionário em um processo de NEGAR o medo. [destaque na versão Urtext] [HS = Helen Schucman]

T.1.B.25e. Revelação é intensamente pessoal e, na verdade, não pode nem um pouco ser traduzida em conteúdo consciente. É por isso que qualquer tentativa de descrevê-la em palavras geralmente é incompreensível, mesmo para o próprio escritor em outro momento. É por isso que o Livro das Revelações é essencialmente incompreensível. Revelação induz APENAS experiência. Milagres, por outro lado, induzem AÇÃO interpessoal [destaque meu; comportamento]. No final, eles [milagres] são mais úteis, por causa de sua natureza IMPESSOAL [destaque meu].

T.1.B.25f. Nesta fase de aprendizado, trabalhar em milagres é mais valioso porque a liberdade do medo não pode ser imposta a você. A experiência não pode durar.

T.1.B.25g. (Diga a B. que a sua propensão para Revelações, que é muito grande, é o resultado de um alto nível de comunhão do passado. A sua natureza transitória vem da queda no medo, que ainda não foi superada. O seu próprio estado “suspenso” mitiga ambos os extremos. Isso tem sido muito aparente no curso de ambos os seus padrões de desenvolvimento recentes.)

Urtext Manuscript Absolute page #16 Marked page #16

T.1.B.25h. Milagres são o curso essencial de AÇÃO para ambos. Eles os fortalecerão e os estabilizarão.

Esse material complementar, apresentado acima, esclarece que os impulsos para milagres surgem dos níveis mais profundos de nossa mente subconsciente, de onde o Curso dá o nome de “mente voltada para milagres” – a mentalidade certa.

Só para acrescentar que o sistema de pensamento do ego está localizado nos níveis mais superficiais de nossa mente subconsciente – a mentalidade errada.

Por isso que o Curso diz:

O ego sempre fala em primeiro lugar.’ (T-6.IV.1:2)

Então nós retornamos ao resumo do artigo do Professor do Curso Robert Perry.

Impulsos milagrosos necessitam ser guiados em como e se eles são manifestos

Não basta ter um impulso milagroso. Esses impulsos necessitam ser manifestos de acordo com a orientação interna – o Espírito Santo. Nós vemos isso em vários desses exemplos.

Apresentar milagres sem tal orientação era, como disse Jesus, “bem intencionado, porém, mal aconselhado”. Ele chamou isso de “trabalho em milagres indiscriminado”.

É por isso que há tanta ênfase em “pedir orientação” nesse material inicial. O material era sobre milagres e ser guiado é um componente crucial para fazer milagres.

Os milagres geralmente assumem a forma de um ato de bondade/gentileza

Muitos desses exemplos são atos bondosos ou gentis comuns.

Esses não são eventos épicos de proporções bíblicas. Nos exemplos citados por Jesus a Helen e Bill, os cegos não foram curados [healed] e os mortos não foram ressuscitados.

Eles foram apenas simples atos de bondade ou gentileza, entretanto, na mente de Jesus eles se encaixam exatamente em sua nova definição de milagre.

Os milagres também costumam ter a forma de uma mensagem útil dada a outra pessoa

Cinco dos milagres citados por Jesus a Helen e Bill assumem a forma de informações ou mensagens que uma pessoa dá para ajudar aos outros.

Uma das coisas mais surpreendentes sobre esses exemplos de Jesus, é que vários deles consistem em alguma mensagem verbal dada a outro. Na maioria das vezes, as mensagens não são nem pessoais, mas sim declarações abstratas sobre a verdade espiritual.

Tanto Jeane Dixon quanto Helen escreveram ensinamentos abstratos que acabaram sendo impressos para um grande público e Jesus os chamou de milagres.

Jesus compara abertamente o processo de transcrição do Curso de Helen como milagres.

E Jesus fala sobre Jeane Dixon que era uma astróloga renomada na época do ditado (1965):

Todas as ações que se originam do pensamento reverso são literalmente as expressões comportamentais daqueles que não sabem o que fazem. Na verdade, Jeane Dixon estava certa em sua ênfase em “Pés no chão e pontas dos dedos no céu”, embora ela fosse um pouco literal demais para o seu tipo de entendimento. Muitas pessoas sabiam exatamente o que ela queria dizer, então a sua declaração foi o milagre certo para elas.

Isso pode parecer surpreender toda a nossa ideia do que é um milagre. Ainda assim, quando você pensa sobre isso, faz sentido, pois essas mensagens verbais são uma das principais maneiras de mudar a percepção dos outros e, como nós vimos acima, esse parece ser o objetivo principal do milagre.

O milagre é muitas vezes projetado para desfazer algo feito no passado, seja pelo trabalhador em milagres ou pela outra pessoa

Em certos casos, Jesus diz que os milagres de Helen têm como objetivo expiar algo doloroso que ela fez. Por “expiar”, ele não quer dizer pagar a culpa, mas simplesmente desfazer, limpar algum delito (equívoco) do passado.

Curiosamente, em dois desses casos, o milagre também expiou algo que outra pessoa havia feito.

Esses exemplos nos fornecem um retrato visual de um princípio enunciado no Curso mais tarde:

“Cada uma [dádiva] faz desaparecer um equívoco passado, sem deixar nenhuma sombra na mente santa que o meu Pai ama.” (LE-pII.316.1:2)

Certamente essa expiação pode ser feita de uma forma equivocada e baseada no ego. No entanto, essa expiação também pode ser feita de maneira saudável e orientada. Todos nós sabemos como pode ser curativo [healed] alguém desfazer o seu passado doloroso para conosco com um gesto verdadeiramente amável.

O milagre retorna para abençoar o doador

Esse tema tentador aparece em quatro dos exemplos. Quando Helen não culpou Bill por algo que ela esqueceu [um dos exemplos de Jesus], isso permitiu que Jesus lhe desse uma “revelação especial” sobre a sua verdadeira natureza.

Em um dos casos, Jesus chega a anunciar esse tema como um princípio invariável:

...isso é apenas um exemplo de como nenhum milagre jamais se perde e sempre abençoa o doador.

É fascinante pensar que fazer um esforço especial para uma outra pessoa voltará na forma de uma bênção para a gente. Isso até parece bom demais para ser verdade. No entanto, esse é exatamente o tipo de coisa que o Curso nos leva a esperar. A lição 345 diz:

Os milagres que dou me são dados de volta sob a forma exata de que preciso para ajudar-me com os problemas que percebo.” (LE-pII.345.1 4)

O autor Robert Perry então elabora uma definição de milagres com base apenas nesses exemplos de Jesus, que nós acabamos de destacar as principais lições de cada um deles:

O milagre é uma dádiva de você para uma outra pessoa, geralmente na forma de um ato de bondade ou gentileza ou uma mensagem verbal útil. Ele [o milagre] é projetado para ajudar o destinatário, especialmente mudando a percepção dele. Ele é motivado por um impulso de uma parte mais profunda de sua mente e os seus detalhes têm que ser guiados pelo Espírito Santo. Embora seja uma dádiva para uma outra pessoa [receptor], ele também abençoará o doador. Ele desfará algo doloroso que você fez no passado. E ele retornará para você, geralmente imediatamente, de alguma forma que o ajude com as suas próprias necessidades.

Esse conceito de milagre abala todo o nosso entendimento sobre milagres. Disseram-nos desde que o Curso foi lançado pela primeira vez que um milagre era uma mudança na percepção, algo estritamente interno. Isso claramente não é o que nós vemos aqui.

O único exemplo que envolve inequivocamente uma mudança interna é a necessidade de Helen deixar de lado a sua antipatia por Wally.

Além disso, em dois dos milagres, o estado interno de Helen não mudou em direção à alegria e paz, porém, eram um pouco tenso. No entanto, essas ações ainda eram milagres.

O outro conceito de milagre que nós possamos ouvir com frequência é que se trata de uma mudança positiva inesperada nas circunstâncias externas.

Todos nós sabemos o que é isso: um cheque aparece no correio, uma vaga de estacionamento aparece, um relacionamento muda para melhor. Isso também claramente não é o que nós vemos aqui.

É verdade que o milagre pode retornar para nós de uma forma como essa. Afinal, a materialização de uma vaga não é tão diferente da chegada de um táxi [um dos exemplos].

Ainda assim, nas histórias citadas por Jesus, esse é o resultado do milagre. O próprio milagre em si mesmo é a nossa dádiva para a outra pessoa.

A diferença básica é que a nossa visão usual – tanto na comunidade do Curso quanto em nossa cultura – é que o milagre é algo maravilhoso que acontece conosco. É algo que recebemos. A nossa percepção muda milagrosamente. As nossas finanças melhoram milagrosamente. É uma bênção que vem para nós.

Não é assim que nós ouvimos a palavra “milagre”? Nós não ouvimos isso como “algo maravilhoso vindo para mim”? Aqui, porém, não é algo que nos acontece, mas sim algo que acontece através de nós.

É algo que nós fazemos, uma bênção que nós damos. Essa é uma grande mudança de conceito. Você pode imaginar mudar para esse novo conceito? Você pode imaginar ouvir a palavra “milagre” como “algo maravilhoso vindo através de você”?

Quase todas essas histórias são apresentadas como exemplos de princípios formais de milagres ou de ensino específico sobre milagres, como é apresentado no Curso.

Nossa primeira pista sobre esse problema é que essas não são histórias independentes. Das quatorze, doze são tratadas como exemplos de ensino sobre o milagre, como você pode ver na tabela a seguir.

Exemplo de milagreEnsino do milagre ilustrado pelo exemplo
Devolvendo a Wally o seu cáliceUm exemplo de dois princípios dos milagres iniciais, de que milagres “suprem uma falta e são realizados por aqueles que têm mais para aqueles que têm menos”, mas que “a purificação é necessária primeiro”
Um esforço máximo por ChipUm exemplo do primeiro princípio dos milagres, de que milagres “são sempre expressões máximas de amor”
Ajudando Chip a superar as suas percepções equivocadasUm exemplo da questão da cooperação – o princípio do milagre de que “a cooperação depende dos milagres”
O relatório Shield“Um exemplo muito bom” do princípio do milagre de que “milagres são parte de uma cadeia entrelaçada de perdão que, quando concluída, é a expiação”
As leituras psíquicas de Edgar CaycePor Cayce não perguntar a Jesus se ele deveria fazer um determinado milagre foi um exemplo de “milagres indiscriminados”, que podem esgotar o trabalhador em milagres.
Abster-se de culpar BillUm exemplo do trabalhador em milagres fazendo o oposto da bruxa: “abençoando [o outro] com um milagre ao invés de amaldiçoando-o com uma projeção”.
Paciência e gentileza em busca da resposta para a gripe“É assim que os milagres devem funcionar” – que a bondade e a gentileza do doador para com os outros permite que Jesus atenda às necessidades do doador.
Sra. AlbertUm exemplo do ensino “Aqueles que testemunham por mim estão expressando através dos seus milagres que abandonaram a crença na privação em favor da abundância que, como aprenderam, a eles pertence”.
A transcrição de Helen do CursoChegar atrasada ao trabalho por causa de um ditado foi “um exemplo de trabalho em milagres ‘indiscriminado ou não controlado’ de que já falamos.”
Orando por DaveDave ajudando Helen com o dia dela foi apenas “um exemplo de como nenhum milagre é perdido e sempre abençoa quem o faz”. Essa é uma reafirmação do princípio recentemente dado: “Um milagre nunca se perde”.
Visitando a mãe de LouisAquela visita de Helen à sua sogra que abençoou Dave foi um exemplo da “natureza impessoal dos milagres”, o que significa que um milagre pode “ir para qualquer pessoa, mesmo sem a consciência no nível da realidade [awareness] do próprio trabalhador em milagres.”
O milagre do táxi que poderia ter sidoIsso teria sido um exemplo do “dispositivo do milagre para economizar tempo.”
Exemplos…

Isso tudo é bastante significativo. Não apenas quase todos os exemplos são tratados como ilustrações de ensino específico sobre milagres, mas seis deles são dados como exemplos de princípios formais dos milagres (princípios 1, 7, 8, 19, 25 e 45 na versão do Curso FIP).

“Não há ordem de dificuldades em milagres. Um não é mais ‘difícil’ nem ‘maior’ do que o outro. Todos são o mesmo. Todas as expressões de amor são máximas.” (T.1.I.1:1-4)

“Milagres são um direito de todos; antes, porém, a purificação é necessária.” (T.1.I.7:1)

“Milagres são curativos porque suprem uma falta; são apresentados por aqueles que temporariamente têm mais para aqueles que temporariamente têm menos.” (T.1.I.8:1)

“Milagres fazem com que as mentes sejam uma só em Deus. Eles dependem de cooperação porque a Filiação é a soma de tudo o que Deus criou. Milagres, portanto, refletem as leis da eternidade, não do tempo.” (T.1.I.19:1-3)

Milagres são parte de uma cadeia interligada de perdão que, quando completa, é a Expiação. A Expiação funciona durante todo o tempo e em todas as dimensões do tempo.” (T.1.I.25:1-2)

“Um milagre nunca se perde. Pode tocar muitas pessoas que nem mesmo encontraste e produzir mudanças nunca sonhadas em situações das quais nem mesmo estás ciente.” (T.1.I.45:1-2)

Jesus até mesmo enfatiza a palavra “exemplo”, usando-a quatro vezes para vincular a história com o seu ensino correspondente:

  • um exemplo do ponto de cooperação,
  • um exemplo muito bom de como isso é realizado,
  • um exemplo de trabalho em milagres ‘indiscriminado ou descontrolado’ de que nós falamos,
  • um exemplo de como nenhum milagre jamais se perde.

Por que Jesus está ligando essas histórias ao ensino?

Um dos motivos é que o ensino está sendo usado para iluminar as histórias. Isso permitiu que Helen entendesse os acontecimentos de sua vida à luz dos ensinamentos dele.

O outro motivo é o inverso: Jesus está usando as histórias para iluminar o ensino. O exemplo mais forte disso é a história da Sra. Albert, onde Jesus diz a Helen e a Bill que eles “necessitam de um esclarecimento considerável” sobre o papel de canalizar milagres e então diz:

“Olhe atentamente para a Sra. Albert.
Ela está fazendo milagres todos os dias.”

Ele então conta a história de um milagre específico que ela faz. A Sra. Albert e o seu milagre, então, oferecem um exemplo crucial de como fazer milagres e Helen e Bill necessitam prestar muita atenção a isso.

Portanto, um dos propósitos desses exemplos era ilustrar o ensino, para ajudar Helen e Bill a entenderem esse novo conceito de milagres.

Ao tentar entender um novo termo, todos nós necessitamos de exemplos concretos. E aqui Jesus estava fornecendo exatamente isso para Helen e para Bill.

Eles necessitavam de um “esclarecimento considerável” sobre esse novo papel de trabalhadores em milagres e esses exemplos deram isso.

Os exemplos são uma parte importante da base que o Curso estabelece em seus capítulos iniciais [os ditados iniciais]. Sugere que também nós devemos “examinar cuidadosamente” esses exemplos, a fim de obtermos o “esclarecimento considerável” de que também nós necessitamos.

O ensino inicial [Robert Perry se refere às anotações no caderno de taquigrafia de Helen e a versão Urtext do Curso] de que milagres são algo que nós damos aos outros se reflete ao longo do Curso.

Talvez a coisa mais surpreendente sobre esses exemplos é que eles enquadram o milagre não como uma mudança interna, mas como uma dádiva que nós oferecemos a outra pessoa.

Por exemplo, veja a seguinte lição do Livro de Exercícios (345) e pergunte-se: “Isso retrata o milagre como uma mudança interna na percepção ou como uma dádiva para outra pessoa?”

“Hoje só ofereço milagres, pois eu quero que eles me sejam devolvidos.

Pai, um milagre reflete as Tuas dádivas para mim, Teu Filho. E cada um que eu dou volta para mim, lembrando-me que a lei do amor é universal. Mesmo aqui, ele se manifesta de uma forma que pode ser reconhecida e pode-se ver que funciona. Os milagres que dou me são dados de volta sob a forma exata de que preciso para ajudar-me com os problemas que percebo. Pai, no Céu é diferente, pois lá não há necessidades. Mas aqui na terra, o milagre está mais próximo das Tuas dádivas do que qualquer outra dádiva que eu possa dar. Portanto, que hoje eu só ofereça essa dádiva nascida do verdadeiro perdão, pois ela ilumina o caminho que tenho que percorrer para lembrar-me de Ti.

Que hoje a paz esteja em todos os corações que buscam. A luz veio para oferecer milagres para abençoar o mundo cansado. Hoje ele achará o descanso, pois ofereceremos o que recebemos.” (LE.345.Título.1:1-7;2:1-3)

Claramente, o milagre neste caso é algo que eu “ofereço”, algo que eu dou. Este é o tipo de referência que o autor Robert Perry destaca que percebeu repetidamente, durante todo o Curso. Não é apenas no início do Texto. Encontra-se em todo o Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Aqui, por exemplo, está uma frase do Manual:

O professor de Deus é um trabalhador em milagres porque dá as dádivas que recebeu. MP.7.3:3

Não é apenas o pensamento do Curso posterior [versão Editada do Curso – FIP, 1ª e 2ª edições) que se encaixa em nossos exemplos. Até mesmo algumas de suas imagens se parecem com esses exemplos.

A lição 315 nos dá essas imagens do que se chama de “dádivas”:

“Um irmão sorri para outro e o meu coração se alegra.” (LE.315.1:3)

 “Alguém diz uma palavra de gratidão ou de misericórdia e a minha mente recebe essa dádiva e a aceita como sua.” (LE.315.1:4)

O Manual de Professores (MP.3.2,5,8) então nos oferece essas três vinhetas:

…duas pessoas aparentemente estranhas em um elevador…talvez os dois estranhos no elevador sorriam um para o outro…

…uma criança que não olha para onde está indo e “por acaso”, correndo, vai de encontro a um adulto…talvez o adulto não brigue com a criança que o atropelou…

…dois estudantes que “casualmente” caminham para casa juntos…talvez os estudantes venham a ser amigos.

Depois de contar essas histórias, o Manual fornece esta frase de efeito:

A salvação veio.

O autor destaca que nenhuma dessas cinco imagens são rotuladas como milagres no Curso, no entanto, não se pode deixar de notar a sua semelhança com os exemplos que nós vimos. Além disso, os rótulos que recebem – “dádivas” e “salvação” – são basicamente sinônimos para milagres.

Há, então, uma consistência impressionante entre o milagre conforme aparece logo no início e o milagre conforme retratado posteriormente no Curso. No entanto, há uma diferença de ênfase.

Embora tanto o Curso inicial [caderno de taquigrafia e versão Urtext] como o posterior [versão Editada – FIP] reconheçam uma mudança interna em nossa percepção como um milagre, no ditado inicial você tem a nítida impressão de que o milagre estritamente interno é uma espécie de “cidadão de segunda classe”. Por exemplo, veja estas duas iniciais passagens:

“A ênfase na doença mental que é marcada nessas notas reflete o aspecto de “desfazer” do milagre [desfazer a doença da mente]. O aspecto “fazer” é, obviamente, muito mais importante. Mas um verdadeiro milagre [a ação] não pode ocorrer em uma base falsa [com base na doença mental]. Às vezes, o desfazer deve precedê-lo.” (Urtext)

“Trabalhar em milagres implica na realização plena do poder do pensamento de forma a evitar criações equivocadas. De outro modo, será necessário um milagre para endireitar a própria mente, um processo circular que não promoveria o colapso do tempo para o qual o milagre foi intencionado.” (T-2.VII.2:2-3)

Você entende aquele sentimento de “cidadão de segunda classe”, nesses exemplos?

“O aspecto de ‘fazer’ é, claro, muito mais importante” e então é realmente lamentável quando o milagre tem “que endireitar a própria mente”, já que “isso não promoveria o colapso de tempo para o qual o milagre foi planejado.”

Mais tarde no Curso, no entanto, você não tem essa sensação. Aqui, o milagre como uma mudança interna ainda é uma ênfase minoritária, mas agora é tratado como um cidadão pleno, por assim dizer. Por exemplo, na Lição 106, nós encontramos essa linha:

“O Portador de todos os milagres [o Espírito Santo] necessita que os recebas primeiro, tornando-se assim o feliz doador daquilo que recebeste.” (LE-pI.106.6:5)

O autor enfatiza, que isso não é “Infelizmente, às vezes o desfazer deve preceder o fazer muito mais importante.” Ao invés disso, é “O Espírito Santo necessita que você receba milagres primeiro, para que possa dar com alegria o que recebeu com alegria”. Claramente, é uma ênfase diferente.

No entanto, nós devemos perceber que as curas [healing] internas, que não aparecem nesses exemplos, também são milagres. Elas são uma ênfase secundária no Curso, mas ainda são extremamente importantes.

O autor nos propõe para voltarmos mentalmente os olhos para os exemplos que nós exploramos e dizer a nós mesmos: “Um curso em milagres. Esse é um curso em milagres. E esses são como os milagres são. O Curso é um programa educacional para aprender como fazer isso, todos os dias.”

Você pode sentir isso mudando a sua visão do Curso? Para a maioria de nós, abraçar essa nova visão do milagre significaria uma mudança radical em nossa visão do Curso.

Este novo conceito realmente muda toda a natureza do Curso. É como se inscrever em um curso de piano, supondo que você aprenderia a tocar piano, apenas para descobrir que era um curso em fabricação de piano. Será verdade que, em todos esses anos, profundamente nós entendemos equivocadamente sobre o que é esse curso?

Robert Perry então propõe a seguinte questão:  

O que nós estamos vendo existe apenas em nossas mentes e, portanto, nós podemos ver as coisas de forma diferente e, assim, achar a paz. Esse é um curso para fazer isso. Nós discordamos em muitas coisas, porém, parece-me que nós chegamos juntos nesse núcleo essencial. Todos nós sabemos que se trata de mudar as nossas mentes e achar a paz.

À luz desses exemplos citados acima e à luz de como o Curso caracteriza o milagre completamente, o autor propõe um núcleo diferente:

“Ao ver as pessoas de maneira diferente, nós somos capazes de nos tornar um canal contínuo de bondade e utilidade para elas e a paz que nós damos nós a receberemos.”

E se for isso que o Curso realmente trata? E se toda a alta metafísica, toda a psicologia profunda, todo o estudo e toda a prática pretendessem nos ensinar uma coisa:

Como permitir que milagres fluam constantemente através de nós para abençoar e elevar as pessoas ao nosso redor? E já que dar é receber, isso não poderia ser a forma de nós mesmos virmos a ser abençoados e elevados?

Como fazer milagres

Para essa seção nós buscamos inspiração no didático, providencial e inspirador artigo do Professor do Curso Greg Mackie, intitulado “How to Work Miracles” [“Como Fazer Milagres”].

O artigo completo está disponível em Inglês no site: https://circleofa.org/library/how-to-work-miracles/.

O autor nos esclarece que Um Curso em Milagres é um curso sobre como fazer milagres, literalmente.

É tudo sobre como 1) receber milagres em nossas mentes, 2) dar (estender) esses milagres aos nossos irmãos conforme dirigido pelo Espírito Santo ou Jesus, e 3) como resultado, chegar a reconhecer plenamente os milagres que nós recebemos – um reconhecimento de que é a salvação.

Esse é o processo: receber – dar (estender) – reconhecer.

A segunda etapa no processo de três etapas acima é muito importante e muitas vezes esquecida pelos estudantes do curso.

A extensão dos milagres a outros é na verdade a definição primária do termo “milagre” no Curso.

O Curso chama os milagres de “expressões de amor” e até diz:

 “Este Curso é um guia para o comportamento”. (Versão Urtext-T-9.V.8)

Outras passagens do Curso onde diz que os milagres são expressões de amor:

“Não há ordem de dificuldades em milagres. Um não é mais ‘difícil’ nem ‘maior’ do que o outro. Todos são o mesmo. Todas as expressões de amor são máximas.” (T.1.I.1:1-4)

“Milagres ocorrem naturalmente como expressões de amor. O amor que os inspira é o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, é um milagre.” (T.1.I.3:1-3)

“Milagres são uma espécie de troca. Como todas as expressões de amor, que são sempre miraculosas no sentido verdadeiro, a troca reverte às leis físicas. Trazem mais amor tanto para o doador quanto para aquele que recebe.” (T.1.I.9:1-3)

“Milagres são expressões de amor, mas podem não ter sempre efeitos observáveis.” (T.1.I.35:1)

“Eu compreendo que milagres são naturais porque são expressões de amor.” (T.4.V.11:11)

A nossa mudança de mente deve ser expressa na forma de um comportamento amoroso, um comportamento milagroso.

No ditado original, o Curso nos dá um mapa completo da mente que infelizmente foi deixado fora das Edições da Foundation for Inner Peace – FIP (tradução livre: Fundação para a Paz Interior), 1ª e 2ª edições, onde pedaços dele permanecem lá, no entanto, não na íntegra.

O mapa descreve vários níveis da mente e como eles se relacionam entre si.

O autor então nos apresenta esse mapa brevemente porque é de vital importância para o nosso entendimento de como apresentar milagres. Aqui está, em resumo:

Superconsciente – o nível Celestial. Esse é o nível do conhecimento Celestial; Jesus diz que esse “é o nível da mente que deseja [saber]”. Está em constante comunhão com Deus e é o único nível que é finalmente real. Essa é a fonte do que o Curso chama de “Revelação”, breves experiências de Conhecimento direto de Deus.

O mapa apresenta três outros níveis que poderiam ser chamados de níveis de nossa mente terrena, a nossa mente pós-separação, todos os quais são níveis perceptivos.

Em primeiro lugar, nós começamos na superfície da nossa mente e, em seguida, nós iremos cada vez mais fundo, até o âmago:

1. Consciência no nível da percepção [consciousness] – o nível consciente. Jesus diz que esse “é o nível [da mente] que se engaja no mundo e é capaz de responder a impulsos externos e internos.” Em outras palavras, é a mente consciente, o nível superficial, que interage com o mundo e pode discernir, responder e agir de acordo com os impulsos de qualquer um dos outros níveis. É a famosa “ponta do iceberg”.

2. Nível superficial do subconsciente – o nível do ego. Jesus nos diz que “[o homem] é livre para preencher [os] níveis superficiais [do subconsciente], que estão mais próximos da consciência no nível da percepção [consciousness], com os impulsos desse mundo e para se identificar com eles”. Em outras palavras, esse é o nível do ego, um nível feito por nós, que é a fonte dos impulsos do mundo, os impulsos do ego.

3. Nível mais profundo do subconsciente – o nível do milagre. Jesus diz:

Os níveis mais profundos do subconsciente [do homem] sempre contêm o impulso para milagres… [Esse nível contém] uma habilidade… mente voltada para o milagre… e tem que estar sob a minha direção [de Jesus ou do Espírito Santo].

Em outras palavras, esse é um nível de habilidade pura para apresentar milagres, um nível que nós não alcançamos, o nível de mentalidade voltada para o milagre, que é a fonte dos impulsos dos milagres.

No livro “Study Guide for A Course In Miracles” (tradução livre: “Guia de Estudo para Um Curso em Milagres”), da Fundação para a Paz Interior (FIP), é apresentada a definição para milagre que nós transcrevemos a seguir:

“Milagres ocorrem quando um bloqueio à consciência no nível da realidade [awareness] do amor é removido, permitindo que o amor se estenda naturalmente e se expresse em qualquer forma que seja mais necessária aqui no mundo. Milagres mudam a ordem temporal das coisas em aspectos que desafiam a explicação racional de causa e efeito. Tanto o tempo quanto o espaço podem ser transcendidos. Mudanças podem ocorrer instantaneamente em pessoas e situações que poderiam de outra forma levarem anos para se desenrolarem. No entanto, milagres não estão sob o nosso controle consciente [destaque meu]. Eles surgem de nosso verdadeiro Eu, o Cristo em nós e eles são mediados pelo Espírito Santo e Jesus (que são parte desse Ser). Portanto, nós até podemos ou não podemos estar cientes dos milagres que realizamos.”

Com essa teoria em mente, agora nós podemos falar sobre como fazer milagres.

Ao fazer milagres, nós mudamos as nossas mentes e nós mudamos o mundo.

Mude a sua mente – mente voltada para o milagre

O nível do milagre é a fonte da mentalidade voltada para milagres, o estado de espírito a partir do qual nós estendemos milagres a outras pessoas. A mentalidade voltada para milagres também é chamada de mentalidade certa, percepção verdadeira ou visão e é o resultado do perdão e da aceitação da Expiação por você mesmo.

Aceitar a Expiação para si mesmo é sempre descrito no Curso como o pré-requisito para o trabalhador em milagres estender os milagres a outros.

O estado da mente voltada para o milagre é alcançado por meio do que o autor chama de milagre interno, concedido pelo Espírito Santo em nossas mentes para mudar a nossa percepção. Em essência, Ele traz a mentalidade voltada para o milagre do nível de milagre de nossa mente para a nossa mente consciente.

No programa do Curso, um milagre interno é recebido principalmente por meio do estudo e da prática do Curso – especialmente as práticas do Livro de Exercícios.

Qualquer prática destinada a estabelecer a mentalidade certa de alguma forma é, em essência, uma prática que realiza o milagre interno, que nos leva a um estado de mente voltada para o milagre.

Na verdade, o tema de receber o milagre interno é abordado de forma muito específica no Livro de Exercícios, em aulas que usam o termo específico “milagre” em seu conteúdo.

Por exemplo:

“Eu tenho direito a milagres.” (LE-p1.RI.77.Título)

Nos períodos de prática mais longos, no Livro de Exercícios, nós dizemos a nós mesmos, com confiança, que nós temos direito a milagres, nós pedimos por eles e esperamos pela segurança interior de que os recebemos. Essa é a obtenção da mente voltada para o milagre.

Outros exemplos no Curso:

“Que os milagres substituam as mágoas.” (LE-p1.RI.78.Título)

“Milagres são vistos na luz.” (LE-p1.RII.91.Título)

“Milagres são vistos na luz e a luz e a força são uma só.” (LE-p1.RII.92.Título)

“Eu sou os milagres que eu tenho recebido.” (LE-p1.RIV.159.Título)

“O que é um milagre?” (LE-p2.Seção 13)

“Hoje só ofereço milagres, pois quero que eles me sejam devolvidos.” (LE-p2.345.Título)

“A raiva vem do julgamento. O julgamento é a arma que eu quero usar contra mim mesmo para afastar de mim o milagre.” (LE-p2.347.Título)

“Hoje deixo que a visão de Cristo contemple todas as coisas por mim sem julgá-las, mas dando a cada uma um milagre de amor.” (LE-p2.349.Título)

“Os milagres espelham o eterno Amor de Deus. Oferecê-los é lembrar-se Dele e, através da Sua memória, salvar o mundo.” (LE-p2.350.Título)

“Hoje os meus olhos, a minha língua, as minhas mãos e os meus pés têm um só propósito: serem dados a Cristo, para que sejam usados para abençoar o mundo com milagres.” (LE-p2.353.Título)

“Não há fim para toda a paz e a alegria e para todos os milagres que darei quando aceitar o Verbo de Deus. Por que não hoje?” (LE-p2.355.Título)

A doença é apenas outro nome para o pecado. A cura [healing] é apenas outro nome para Deus. O milagre é, portanto, um chamado a Ele.” (LE-p2.356.Título)

“A verdade responde a todos os chamados que fazemos a Deus, respondendo primeiro com milagres, depois voltando a nós para ser ela mesma.” (LE-p2.357.Título)

O autor destaca um ponto: conforme o Espírito Santo traz a mentalidade voltada para o milagre do nível do milagre para a nossa mente consciente, ela pode ser distorcida de várias maneiras à medida que viaja através do nível superficial do subconsciente onde o ego reside – pode ser contaminada com medo, pode ser convertida em impulsos sexuais inadequados, etc. O ditado inicial do Curso fala muito sobre isso.

Portanto, para atingir e manter a mente voltada para o milagre, nós necessitamos evitar que essa distorção aconteça.

Para fazer isso, nós fazemos o que o Curso chama de práticas de “reação automática à tentação” (LE.95.5:3): práticas nas quais nós respondemos à tentação de ouvir o ego com um remédio miraculoso – geralmente uma frase que nós repetimos. Por exemplo, a revisão VI do Livro de Exercícios [página 410 FIP 2ª edição na língua Portuguesa] nos dá essa prática de reação automática à tentação:

“Eu não quero esse pensamento. Eu escolho em lugar dele ___________.        
E, em seguida, repete a ideia do dia e deixa-a ocupar o lugar daquilo que pensaste.” (LE.pI.RVI.In.6:2-4)

Mude o fazer voltado para milagres do mundo

A mente voltada para o milagre muda o mundo acima de tudo, dando-nos uma percepção diferente do mundo.

“É só mudar a tua mente quanto ao que queres ver e todo o mundo tem que mudar em consequência.” (LE.pI.132.5:2)

O Curso também diz que esse estado voltado para o milagre se estende a outras mentes naturalmente, sem que nós façamos absolutamente nada.

Mas, às vezes, nós devemos fazer mais. Isso é “trabalhar em milagres”, no qual um doador de milagres estende um milagre externo de uma forma específica para um receptor de milagres. Novamente, milagres são expressões de amor.

O autor chama de milagre externo simplesmente porque é um milagre concedido a outra pessoa percebida como “fora” de nós. É isso que Jesus quer dizer quando fala de nós como trabalhadores em milagres que devem fazer milagres.

De acordo com o ditado inicial…

o milagre externo é o resultado da mente voltada para o milagre no nível de milagre da mente, gerando um desejo de milagre que produz impulsos de milagres.

O desejo de milagre é o desejo mais forte que nós temos, muito mais forte do que coisas que consideramos como desejos, como o desejo por comida ou sexo. Imagine isso!

Eles podem assumir várias formas. Eles podem ser extremos, como curar [to heal] os enfermos e ressuscitar os mortos como Jesus fez. Mas também podem ser palavras e atos de bondade muito comuns.

“Não há ordem de dificuldades em milagres…” (T.1.I.1:1)

O efeito primário e mais importante é que o milagre traz a mente certa para quem o recebe. Ele muda a percepção do receptor do milagre para um estado de mente certa.

Na verdade, o Curso diz que milagres são expressões da mentalidade disposta para o milagre ou mentalidade certa. São atos de extensão de amor que restabelecem a mente certa em outra pessoa:

“Eu já disse que milagres são expressões da mentalidade disposta [voltada] para o milagre e essa mentalidade milagrosa significa mentalidade certa. Aquele que tem a mentalidade certa não exalta nem deprecia a mente do trabalhador de milagres ou a de quem o recebe. Todavia, como uma correção, o milagre não precisa esperar que a mentalidade daquele que recebe esteja disposta para o que é certo. De fato, o seu propósito é restaurá-lo à sua mente certa. É essencial, porém, que o trabalhador de milagres esteja em sua mente certa, mesmo que por um breve período de tempo, ou será incapaz de restabelecer a mentalidade certa em outra pessoa.” (T-2.V.3:1-5)

Mas muitas vezes há outro efeito importante: além de restabelecer a mente certa no receptor, um milagre também pode curar [to heal] condições externas como uma expressão da mente certa.

Esse não é um efeito colateral irrelevante do milagre, mas um poderoso reforço da mente certa que o milagre traz.

Como o Curso diz, nós não somos capazes de ver o Espírito Santo, no entanto, nós somos capazes de ver os Seus efeitos externos e esses efeitos nos convencem de que Ele está lá, pois os “milagres são as Suas testemunhas e falam pela Sua Presença”:

“Não podes ver o Espírito Santo, mas podes ver as Suas manifestações. E a não ser que as vejas, não reconhecerás que Ele está presente. Milagres são as Suas testemunhas e falam pela Sua Presença. O que não podes ver só vem a ser real para ti através das testemunhas que falam a favor Disso. Pois podes estar ciente do que não podes ver e Isso pode vir a ser indiscutivelmente real para ti à medida em que a Presença Disso vem a se manifestar através de ti. Faze o trabalho do Espírito Santo, pois tu compartilhas a Sua função. Como a tua função no Céu é a criação, assim a tua função na terra é a cura [healing]. Deus compartilha a Sua função contigo no Céu e o Espírito Santo compartilha a Dele contigo na terra. Enquanto acreditares que tens outras funções, nessa medida necessitarás de correção. Pois essa crença é a destruição da paz, uma meta que está em oposição direta ao propósito do Espírito Santo.” (T.12.VII.4:1-10)

O Curso até diz que a cura [healing] externa, ao nos mostrar que as aparências podem mudar, demonstra a verdade salvadora de que a realidade, ao contrário das aparências, é imutável:

“O milagre é o meio de demonstrar que todas as aparências podem mudar porque elas são aparências e não podem ter a imutabilidade a que a realidade está vinculada. O milagre atesta a salvação das aparências demonstrando que elas podem mudar. O teu irmão tem em si mesmo uma imutabilidade que está além de ambos, aparência e engano. Ela é obscurecida por pontos de vista mutantes que percebes em relação a ele como se fossem a sua realidade. O sonho feliz a seu respeito toma a forma da aparência da sua saúde perfeita, da sua liberdade perfeita em relação a todas as formas de carência, da sua segurança contra desastres de todos os tipos. O milagre é uma prova de que ele não está limitado pela perda nem pelo sofrimento sob qualquer forma, porque isso pode ser tão facilmente mudado. Isso demonstra que essas coisas nunca foram reais e não poderiam ter brotado da sua realidade. Essa é imutável e não tem efeitos que qualquer coisa no Céu ou na terra seja jamais capaz de alterar. Mas as aparências se revelam irreais porque mudam.” (T.30.VIII:2:1-9)

Essa extensão de milagres externos tem que ser guiada por Jesus ou o Espírito Santo:

“Pergunta a mim quais os milagres que deves apresentar.”  (T.1.III.4:3)

Esse é um ponto crítico a ser enfatizado novamente: Fazer milagres sem perguntar a Eles [Jesus ou o Espírito Santo] é o que Jesus, no ditado inicial, chama de “impulsos milagrosos indiscriminados”, que, se tolerados, podem levar ao esgotamento do trabalhador de milagres e ao pânico do receptor do milagre.

O ditado inicial até diz que o curador [healer] psíquico Edgar Cayce se esgotou e morreu prematuramente por causa disso. O antídoto de Jesus para isso é claro: “A resposta é nunca fazer um milagre sem me perguntar se deveria. Isso poupa você da exaustão.”

Um qualificador para esse ponto: Embora geralmente nós devamos pedir orientação sobre milagres e possamos fazê-lo muito rapidamente quando necessário – Robert Perry chama isso de “pergunta rápida” – embora o autor destaque que quando nós estamos em um estado de mente milagrosa, milagres podem vir, através de nós, de Jesus ou do Espírito Santo, sem que nós pedíssemos formalmente. Eles podem “aparecer”, por assim dizer.

Acho que a chave é que nós necessitamos desenvolver o hábito de perguntar com frequência quais milagres nós devemos realizar; se o fizermos, estaremos mais abertos a milagres enviados por meio de nós sem que nós solicitemos formalmente.

O Curso diz sobre orientação em geral que se aplica aos milagres:

“Se tiveres o hábito de pedir ajuda quando e onde puderes, podes estar confiante de que a sabedoria te será dada quando precisares dela.” (MP-29.5:8)

O autor disse antes que isso é algo que nós somos capazes de fazer. Na verdade, isso é algo que nós temos que fazer. De acordo com o Curso, trabalhar em milagres é nossa função nesse mundo.

A primeira linha que Helen realmente recebeu foi “Você verá milagres através de suas mãos, através de mim”. E assim, Jesus diz:

“Cada dia deve ser devotado aos milagres.” (T-1.I.15:1)

Jesus nos diz, na versão Urtext de UCEM, que nós deveríamos começar o nosso dia com a oração:

Ajude-me a realizar quaisquer milagres  que você queira de mim hoje.

Isso é o que todos nós temos que fazer de alguma forma como a nossa parte na aceleração celestial. É para isso que nós estamos aqui; é o propósito de nossas vidas na terra.

O autor didaticamente descreve brevemente como nós somos capazes realmente de fazer milagres na vida diária, através de uma estrutura básica que ele mesmo segue e está se beneficiando também com isso.

A base é construída em torno da estrutura da prática que o Curso estabeleceu ao final do Livro de Exercícios: horas de silêncio de manhã e à noite, lembranças de hora em hora, lembretes frequentes e resposta à tentação. Você pode adaptá-la conforme necessário à sua prática atual do Curso.

O Curso diz que “Cada dia deve ser dedicado a milagres”. Aqui, então, é uma maneira de fazermos isso ao longo do dia:

1. De manhã: Faça um período de silêncio matinal – alguma forma de prática do Curso, como a lição do Livro de Exercícios – para conectar a mente voltada para milagres e se comprometer com um dia trabalhando em milagres guiados. Termine com a oração “Ajude-me a realizar quaisquer milagres que você queira de mim hoje.”

2. Ao longo do dia: Faça duas coisas para manter a mentalidade que você estabeleceu pela manhã:

2.1 “Esteja pronto” (disponível) para fazer milagres, mantendo a sua mente voltada para os milagres através da prática do Curso – na hora exata, frequentemente entre as horas e sempre que você for tentado a ouvir o ego.

2.2 Fique atento à orientação de Jesus ou do Espírito Santo para fazer milagres, à orientação deles para se envolver trabalhando em milagres. Você pode pedir orientação durante os seus períodos de prática ao longo do dia, embora, é claro, você possa e também deva pedir orientação em resposta a situações específicas que surjam no decorrer do dia. Então, quando você sentir que recebeu orientação para fazer um      milagre, é vital realmente fazê-lo conforme orientado. Dica: Quando estiver em dúvida sobre a sua orientação, tome a decisão com base no que você sente que foi orientado a fazer.

3. À noite: Faça um período de silêncio noturno – novamente, alguma forma de prática do Curso, como a sua lição do Livro de Exercícios – para agradecer a Jesus e ao Espírito Santo por um dia de trabalho em milagres e para levar a mente voltada para milagres em seu sono. Você pode até querer se preparar para o dia seguinte com a oração “Ajude-me a realizar quaisquer milagres que você queira de mim amanhã.”

Fazer milagres não é nada menos do que o caminho do Curso para a salvação.

Esse é o processo da salvação de três etapas: receber, dar, reconhecer (expresso na linguagem que nós estamos usando aqui, a linguagem do trabalho em milagres):

  1. Receber um milagre interno – da mente voltada para milagres – do Espírito Santo.
  2. Dar um milagre externo a outro – trabalho em milagres – guiados por Jesus ou pelo Espírito Santo.
  3. Reconhecer mais profundamente o milagre que nós recebemos, que é a salvação, como resultado de dar.

Esse é um processo que está enraizado no que o Curso chama de “lei do amor”:

“O que dou ao meu irmão é a minha dádiva para mim.” (LE-pII.344)

De fato, o Curso aplica essa lei para os milagres na lição seguinte do Livro de Exercícios:

“Hoje só ofereço milagres, pois quero que eles me sejam devolvidos.” (LE-pII.345)

O processo de três etapas destacado aqui é referido inúmeras vezes no Curso (parcial ou totalmente). É expresso, por exemplo, nessa passagem da Lição 154 do Livro de Exercícios (observe a referência de Jesus na última frase a quantas vezes ele mencionou essa ideia no Curso):

“Aprendamos hoje apenas essa lição: nós não reconheceremos aquilo que recebemos até que o tenhamos dado. Já ouviste isso ser dito em centenas de maneiras, centenas de vezes e, no entanto, a tua crença ainda está faltando.” (LE-pI.154.12:1-2)

Observe os elementos desse processo nessas passagens de algumas lições sobre milagres no final do Livro de Exercícios. Enquanto você lê, veja se você consegue captar o sentido disso:

“Hoje deixo que a visão de Cristo contemple todas as coisas por mim sem julgá-las, mas dando a cada uma um milagre de amor.”

“Assim quero liberar todas as coisas que vejo e dar-lhes a liberdade que busco. Pois assim obedeço a lei do amor, dando o que quero achar e fazer com que seja meu. E isso me será dado, porque o escolhi como a dádiva que quero dar. Pai, as Tuas dádivas são minhas. Cada uma que aceito me dá um milagre para ser dado. E, ao dar como quero receber, aprendo que os Teus milagres de cura [healing] me pertencem.”

“O nosso Pai conhece as nossas necessidades. Ele nos dá a graça para atender a todas elas. E assim confiamos que Ele nos enviará milagres para abençoar o mundo e curar [to heal] as nossas mentes, à medida em que voltamos para Ele.” (LE.349.pII.Título.1:1-6; 2:1-3)

“Os milagres espelham o eterno Amor de Deus. Oferecê-los é lembrar-se Dele e, através da Sua memória, salvar o mundo.” (LE.pII.350.Título)

Em resumo, nós temos que fazer nossa parte na aceleração celestial, para virmos a ser os fortes e vivos trabalhadores em milagres que o Curso deseja que nós sejamos, para assumir o nosso papel como Técnicos de Milagres de Emergência [alusão aos Paramédicos que o autor utiliza algumas vezes em seu artigo].

Aprendendo como fazer milagres, nós somos capazes de mudar as nossas mentes, mudar o mundo e, assim, encontrar a nossa liberação final.

O autor de maneira inspirada termina o artigo com uma oração de compromisso enquanto nós assumimos o nosso papel de trabalhadores em milagres, oração baseada nas Lições 349 e 350 (e algumas outras linhas de escolha):

“Pai, os milagres refletem o Seu Amor eterno. Oferecê-los é lembrar de Você e, por meio da Sua memória, salvar o mundo. E assim, a cada dia, nós deixamos a visão de Cristo olhar para todas as coisas por nós e não julgá-las, mas dar, a cada um, ao invés disso, um milagre de amor. Nós veremos milagres por meio de nossas mãos, por meio de nosso irmão Jesus. Ajude-nos a realizar quaisquer milagres que você queira de nós, cada dia e todos os dias.

Assim, iremos liberar todas as coisas que vemos e dar a eles a liberdade que nós buscamos. Pois assim, de fato, nós obedecemos à lei do amor e damos o que nós acharíamos e faríamos que seja nosso. Será dado a nós, porque o escolhemos como a dádiva que nós queremos dar. Pai, as Suas dádivas são as nossas. Cada uma que nós aceitamos nos dá um milagre para dar. E dando como nós recebemos, nós aprendemos que os Seus milagres de cura [healing] pertencem a nós. Por isso, nós confiamos em Você para nos enviar milagres para abençoar o mundo e curar [to heal] as nossas mentes ao retornarmos a Você. Amém.”

Bibliografia da OREM3:

1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição –  copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.

2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/

3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.

4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).

5) Livro “Uma Introdução Básica a Um Curso em Milagres”,  Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.

7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html

9) E-book “Study Guide for A Course in Miracles”, Foundation for Inner Peace (tradução livre: Guia de Estudo para Um Curso em Milagres, Fundação para a Paz Interior).

10) Artigo “The Course’s Use of Language” (tradução livre: “O Uso da Linguagem do Curso”), extraído do livro “The Message of A Course in Miracles” (tradução livre: “A Mensagem de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

11) Artigo Who Am I? (tradução livre: Quem Sou Eu?) – Beverly Hutchinson McNeff – Site: https://www.miraclecenter.org/wp/who-am-i/

12) Artigo “Jesus: The Manifestation of the Holy Spirit – Excerpts from the Workshop held at the Foundation for A Course in Miracles – Temecula CA” (tradução livre: Jesus: A Manifestação do Espírito Santo – Trechos da Oficina realizada na Fundação para Um Curso em Milagres – Temecula CA) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

13) Livro “Quantum Questions” (tradução livre: “Questões Quânticas”) – Ken Wilburn

14) Livro “Um Retorno ao Amor” – Marianne Williamson.

15) Glossário do site Foundation for A Course in Miracles (tradução livre: Fundação para Um Curso em Milagres), do Dr. Kenneth Wapnick, https://facim.org/glossary/

16) Livro Um Curso em Milagres – Esclarecimento de Termos.

17) Artigo “The Metaphysics of Separation and Forgiveness” (tradução livre: “A Metafísica da Separação e do Perdão”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

18) Livro “Os Ensinamentos Místicos de Jesus” – Compilado por David Hoffmeister – 2016 Living Miracles Publications.

19) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – A Canção da Oração” – Helen Schucman – Fundação para a Paz Interior.

20) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – Psicoterapia: Propósito, Processo e Prática.

21) Workshop “O que significa ser um professor de Deus”, proferido pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D..

22) Artigo escrito pelo escritor Paul West, autor do livro “I Am Love” (tradução livre: “Eu Sou Amor”), blog https://www.voiceforgod.net/.

23) Artigo “The Beginning Of The World” (tradução livre: “O Começo do Mundo”) – Dr Kenneth Wapnick.

24) Artigo “Duality as Metaphor in A Course in Miracles” (tradução livre: “Dualidade como Metáfora em Um Curso em Milagres”) – Um providencial e didático artigo, considerado pelo próprio autor como sendo um dos artigos (workshop) mais importantes por ele escrito e agora compartilhado pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

25) Artigo “Healing the Dream of Sickness” (tradução livre: “Curando o Sonho da Doença”  – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

26) Livro “The Message of A Course in Miracles – A translation of the Text in plain language” (tradução livre: “A mensagem de Um Curso em Milagres – Uma tradução do Texto em linguagem simples”) – Elizabeth A. Cronkhite.

27) E-book “Jesus: A New Covenant ACIM” – Chapter 20 – Clearing Beliefs and Desires – Cay Villars – Joininginlight.net© (tradução livre: “Jesus: Uma Nova Aliança UCEM” – Capítulo 20 – Clarificando Crenças e Desejos).

28) Artigo “Strangers in a Strange World – The Search for Meaning and Hope” (tradução livre: “Estranhos em um mundo estranho – A busca por significado e esperança”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.

29) Artigo “To Be in the World and Not of It” (tradução livre: “Estar no Mundo e São Ser Dele”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.

30) Site https://circleofa.org/.

31) Livro “A Course in Miracles – Urtext Manuscripts – Complete Seven Volume Combined Edition. Published by Miracles in Action Press – 2009 1ª Edição.

32) Tradução livre do capítulo Urtext “The Relationship of Miracles and Revelation” (N 75 4:102).

33) Artigo “How To Work Miracles” (tradução livre “Como Fazer Milagres”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/how-to-work-miracles/.

34) Artigo “A New Vision of the Miracle” (tradução livre: “Uma Nova Visão do Milagre”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/a-new-vision-of-the-miracle/.

35) Artigo “What Is a Miracle?” (tradução livre: “O que é um milagre?”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/what-is-a-miracle/.

36) Artigo “How Does ACIM Define Miracle?” (tradução livre: “Como o UCEM define milagre?”), de Bart Bacon https://www.miracles-course.org/index.php?option=com_content&view=article&id=232:how-does-acim-define-miracle&catid=37&Itemid=57.

37) Livro “Os cinquenta princípios dos milagres de Um Curso em Milagres”, de Kenneth Wapnick, Ph.D..

38) Artigo “The Fifty Miracle Principles: The Foundation That Jesus Laid For His Course” (tradução livre: “Os cinquenta princípios dos milagres: a base que Jesus estabeleceu para o seu Curso”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/the-fifty-miracle-principles-the-foundation-that-jesus-laid-for-his-course/.

39) Artigo “Ishmael Gilbert, Miracle Worker” (tradução livre: “Ishmael Gilbert, Trabalhador em Milagre”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/ishmael-gilbert-miracle-worker/.

Imagem hu-chen-tCbTGNwrFNM-unsplash.jpg

Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo. LE.II.13

Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.
T.In.2:2-4
Autor

Graduação: Engenharia Operacional Química. Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras FGV/SP. Blog Projeto OREM® - Oficinas de Reprogramação Emocional e Mental que aborda os temas em categorias: 1) Psicofilosofia Huna e Ho’oponopono. 2) A Profecia Celestina. 3) Um Curso em Milagres (UCEM). 4) Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT); A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE). Pesquisador Independente sobre a Espiritualidade Não-Dualista como Proposta de Filosofia de Vida para os Padrões Ocidentais de Pensamento e Comportamento (Pessoais e Profissionais). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x