“’Tem que haver uma outra maneira!’ Como se eu estivesse esperando esse sinal, eu concordei em ajudar a achá-la. Aparentemente esse Curso é a outra maneira”. Dra. Helen.

A História

Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D. (1942 – 2013), psicólogo clínico, envolvido com Um Curso em Milagres desde 1973, destaca em seu livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”, que uma das coisas mais interessantes a propósito de como Um Curso em Milagres chegou a ser escrito é que o próprio processo da sua transcrição e a história em torno disso nos dão um exemplo perfeito do que são os princípios básicos do Curso.

A mensagem central do Curso é que a salvação vem a qualquer momento que duas pessoas se unem para compartilhar um interesse comum, ou trabalhar para uma meta comum. Isso sempre envolverá algum aspecto do perdão.

Como diz o Curso:

“… Assim, a separação permanece sendo a condição escolhida pelo ego. Pois ninguém sozinho pode julgar o ego verdadeiramente. No entanto, quando dois ou mais se reúnem para buscar a verdade, o ego já não é mais capaz de defender a sua falta de conteúdo. O fato da união lhes diz que ele não é verdadeiro.” (T.14.X.9)

Como diz o Curso:

“Sempre que dois Filhos de Deus se encontram, lhes é dada mais uma chance de salvação.” (T-8.III.4:6)

As duas pessoas responsáveis pela transcrição de Um Curso em Milagres foram a Dra. Helen Schucman, que morreu em fevereiro de 1981 e o Dr. William Thetford, o Bill, que morreu em julho de 1988. Ambos eram Psicólogos no Columbia Presbyterian Medical Center em New York City, USA.

Dr. Bill tinha chegado primeiro no Columbia Presbyterian Medical Center, em 1958 e era diretor do departamento de Psicologia. Dra. Helen se uniu a ele poucos meses depois. Durante os primeiros sete anos desse relacionamento eles tiveram muitas dificuldades um com o outro. As suas personalidades eram totalmente opostas. Ainda que eles trabalhassem bem juntos em certo nível, a nível pessoal havia muita tensão e ambivalência.

Eles não somente tinham dificuldades no relacionamento pessoal entre eles, como também com outros membros do departamento, com outros departamentos dentro do Medical Center e trabalho deles com outras disciplinas em outros centros médicos. Essa era a atmosfera típica de uma grande universidade ou centro médico e o Columbia não era diferente de nenhum outro lugar.

O ponto crucial aconteceu durante um dia de primavera em 1965 quando Dra. Helen e Dr. Bill tinham que atravessar a cidade para ir ao Corneil Medical Center onde assistiriam a uma reunião interdisciplinar da qual participavam regularmente. Em geral, essas eram reuniões desagradáveis, cheias de competitividade e rivalidade, ainda algo muito comum em meios Universitários. Eles também participavam de tudo isso, sendo muito críticos e julgando outras pessoas.

No entanto, nesse dia, exatamente antes de sair para a reunião, Dr. Bill, que era um homem calado e despretensioso, fez algo muito fora do normal para ele. Em um discurso passional ele disse à Dra. Helen que tinha que haver uma maneira melhor de se lidar com essas reuniões e com os tipos de problemas que lá surgiam. Ele sentia que ambos deveriam ser mais capazes de aceitar e de amar ao invés de estarem tão preocupados em competir e criticar.

A resposta da Dra. Helen foi igualmente inesperada e fora do comum para ela. Não apenas ela concordou com ele como também se comprometeu a ajudá-lo a encontrar essa outra maneira. Esse acordo não condizia com a maneira de ser habitual deles, pois os dois tendiam a se criticar mutuamente e tinham dificuldade de aceitar as opiniões um do outro.

Essa união de ambas as partes foi um exemplo do que o Curso chama de um instante santo e o instante santo é o meio da salvação.

Como diz o Curso:

“O mais santo de todos os lugares da terra é aquele onde um antigo ódio veio a ser um amor presente. …Aquilo que o ódio liberou para o amor vem a ser a luz mais brilhante na radiância do Céu. E todas as luzes no Céu são mais brilhantes agora, em gratidão pelo que foi restaurado.” (T.26.IX.6:1-6)

Em certo nível do qual nenhum dos dois tinha consciência no nível da percepção [consciousness], aquele instante foi o sinal que abriu a porta para uma série de experiências que a Dra. Helen começou a ter quando estava desperta e também em sonhos.

Algumas delas têm muita força, tanto psiquicamente quanto em seus aspectos religiosos, pois a figura de Jesus começa a aparecer de forma cada vez mais regular. O que toma isso inesperado é a postura que a Dra. Helen tinha assumido a essa altura de sua vida.

Ela estava vivendo a dezena dos cinquenta e tinha adotado o papel de uma ateísta militante, disfarçando com astúcia o seu amargo ressentimento contra um Deus que, na sua opinião, não havia agido bem com ela.

Assim sendo, ela era agressiva diante de qualquer tipo de pensamento que julgasse duvidoso, ambíguo, ou impossível de ser estudado, medido e avaliado. Ela era uma excelente Psicóloga, fazia pesquisa e investigações e tinha uma mente lógica, analítica, e aguda, sem nenhuma tolerância para qualquer ideia que se desviasse disso.

Desde pequena, a Dra. Helen tinha uma certa capacidade psíquica de ver coisas que não estavam presentes. No entanto, ela nunca prestou muita atenção a isso, pensando que acontecia com todo mundo. Ela teve uma ou duas experiências místicas bastante impressionantes muito cedo, às quais também não deu atenção. De fato, ela praticamente nunca tinha mencionado essas coisas a ninguém até aquele momento. Assim, quando começou a ter essas experiências, foi tudo muito surpreendente.

As experiências além disso também a assustavam, pois parte dela tinha medo de estar enlouquecendo. Essas não eram coisas normais em sua vida e se Bill não tivesse estado lá, ela acreditava que ela teria parado com todo o processo.

É muito importante reconhecer o quanto a ajuda e a união constante com Bill foram essenciais. De outro modo, Um Curso em Milagres nunca teria sido transcrito.

Portanto, vocês estão vendo um outro exemplo do princípio básico do Curso em si mesmo expressado uma e outra vez, de muitas formas diferentes:

“A salvação é um empreendimento de colaboração. (T-4.VI.8:2); Na arca da paz só entram dois a dois… (T-20.IV.6:5); “…ninguém pode entrar no Céu por si mesmo.” (LE-pl.134.17:7) e “…juntos ou absolutamente não o fareis.” (T-19.IV-D.12:8)

Sem a união da Dra. Helen e do Dr. Bill nesse empreendimento, o Curso não existiria e nós não estaríamos reunidos aqui hoje falando sobre ele.

O professor e escritor Robert Perry (site https://circleofa.org/), em didático artigo publicado em seu site Circle of Atonement (tradução livre: Círculo da Expiação), também levanta alguns importantes pontos da relação entre a Dra. Helen e o Dr. Bill anteriores à transcrição e lançamento do livro Um Curso em Milagres e que, de maneira marcante, fazem parte essencial do sistema de pensamento do Curso, a saber:

  • a determinação de ver as coisas de modo diferente (LE.21.Título; LE-28.Título);
  • tomar uma posição contra a raiva (LE.161.1:1) e o ataque.
  • ver apenas os pensamentos de amor nas ações dos outros (T.17.III.1:1).
  • remover o seu foco nos pecados do seu irmão (LE.181.2:5).
  • escolher a cooperação (Princípio 19 dos Milagres) sobre a competição (o ego…é competitivo ao invés de amoroso) (T.7.I.4:1.)

O Dr. Kenneth Wapnick descreve uma série de experiências que a Dra. Helen teve durante um verão, quase como um seriado. Essas vieram a ela em segmentos diferentes quando estava acordada, não foram sonhos.

A série começou com ela andando por uma praia deserta e achando um barco na areia. Ela entendeu que ela deveria colocar o barco na água. Entretanto, não havia possibilidade de conseguir fazer isso, já que o barco estava encalhado na areia. E eis que um estranho apareceu e ofereceu-se para ajudá-la. No fundo do barco a Dra. Helen então notou um instrumento antigo projetado para dar e receber mensagens. Ela disse ao estranho: “Talvez isso nos ajude”. Porém, ele lhe disse: “Você ainda não está pronta para isso. Deixe isso de lado”. Entretanto, ele tirou o barco da areia e o colocou na água. Sempre que surgiam problemas e mares tempestuosos, esse homem aparecia para ajudá-la. Depois de algum tempo, ela reconheceu que o homem era Jesus, embora ele não se parecesse com a imagem que as pessoas usualmente associam a ele. Ele estava sempre ali para ajudá-la quando a coisa ficava feia.

Finalmente, na última cena dessa série, o barco chegou ao seu destino no que parecia ser um canal, onde tudo estava calmo, sereno e cheio de paz. Havia uma vara de pesca no fundo do barco e no fim da linha, no fundo do mar, havia uma arca do tesouro. A Dra. Helen viu a arca e ficou toda excitada, pois naquele momento da sua vida ela gostava muito de joias e de todo tipo de coisas bonitas. Ela estava querendo muito descobrir o que havia na arca. Ela ergueu a arca, porém ficou muito desapontada quando a abriu e viu um velho livro preto. Isso era tudo o que havia na arca. Na lombada do livro estava escrito o nome Aesculapius, o deus da cura [healing] dos Gregos.

Naquele momento, a Dra. Helen não tinha reconhecido o nome. Só muitos anos depois, quando o Curso já estava todo datilografado e colocado em um fichário preto, ela e Bill se deram conta de que parecia ser exatamente igual ao livro que ela tinha achado na arca.

Ela tinha visto a mesma arca outra vez, porém dessa vez havia um colar de pérolas em volta dela. Alguns dias depois, ela teve um sonho no qual havia uma cegonha sobrevoando algumas cidadezinhas e no seu bico um livro preto com uma cruz dourada em cima. E uma voz lhe disse: “Esse é o seu livro”. Isso foi antes da vinda do Curso.

A Dra. Helen teve uma outra experiência muito interessante na qual ela se viu entrando em uma gruta. Era uma gruta muito antiga e no chão havia algo que se parecia com um pergaminho da Tora com duas varas, em tomo das quais o pergaminho estava enrolado. (A Tora é a primeira parte do Antigo Testamento) Ele era muito antigo. De fato, o pequeno barbante que o amarrava caiu e se desintegrou assim que a Dra. Helen o apanhou. Ela olhou para o pergaminho e o desenrolou e no painel central estavam as palavras “DEUS É”. Ela pensou que aquilo era muito bonito. Então ela o desenrolou um pouco mais e havia um painel em branco à esquerda e outro painel em branco à direita. E essa voz lhe disse: “Se você olhar para a esquerda, você será capaz de ler tudo o que jamais se passou no passado. E se você olhar para a direita, será capaz de ler tudo o que se passará no futuro”. Mas ela disse: “Não, eu não estou interessada nisso. Tudo o que eu quero é o painel central”.

Ela então enrolou de novo o pergaminho de forma que a única coisa visível eram as palavras: “DEUS É”. Neste momento a voz lhe disse: “Obrigado. Dessa vez você conseguiu”. Ela reconheceu então que havia tido sucesso em certo tipo de teste no qual obviamente tinha falhado antes. O que isso realmente exprimia era que ela tinha expressado o desejo de não usar equivocadamente a habilidade que possuía; em outras palavras, não usá-la para conquistar poder ou satisfazer a curiosidade. A única coisa que ela queria realmente era o momento presente, onde Deus é encontrado.

Há uma lição no livro de exercícios que diz:

“Dizemos: ‘Deus é’ e então deixamos de falar, pois nesse conhecimento as palavras são sem significado”. LE.pI.169.5:4.

Possivelmente essa passagem se refere à experiência da gruta. O Curso enfatiza muito as ideias de que o passado não existe mais e de que nós não devemos nos preocupar com o futuro, que também não existe. Nós só devemos nos preocupar com o presente, já que esse é o único lugar em que nós somos capazes de conhecer a Deus.

Será visto que ao estudarmos o livro Um Curso em Milagres, nós perceberemos que trata-se de uma apresentação da verdade absoluta, que é capaz de ser resumida em apenas duas palavras, no entanto, só pode ser aceita por uma mente que foi preparada para ela. Daqui a dois mil anos, “Deus É” ainda será a verdade absoluta e Deus ainda será o perfeito Amor. A verdade real não muda. Aceitar isso, entretanto, requer o tipo de treinamento mental que o Curso dá a você.

Algumas pessoas podem escolher não estar preparadas nessa vida. Elas querem que o significado de Deus e do mundo esteja aberto às suas próprias interpretações. Está tudo bem se é isso o que elas querem agora. No entanto, como Jesus pergunta a você em seu Curso:

Iria Deus deixar o significado do mundo à tua interpretação? T.30.VII.1.1.

Uma última história: A Dra. Helen e o Dr. Bill estavam indo para a Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, para passar um dia estudando como os Psicólogos de lá faziam as suas avaliações Psicológicas. Na noite anterior, a Dra. Helen viu em sua mente o retrato perfeito de uma igreja que ela tinha identificado em primeiro lugar como Católica e depois percebeu que era Luterana. Ela a viu tão claramente que a desenhou. Como estava olhando para baixo em sua visão, a Dra. Helen se convenceu de que ambos, Dr. Bill e ela, a veriam quando o avião deles estivesse descendo em Rochester. Essa igreja, nesse momento, passou a ser um símbolo importante e indicativo da sua própria sanidade, já que nesse período ela tinha dúvidas disso e realmente ela não entendia todas essas experiências internas. Ela sentia que se pudesse ver essa igreja ela teria mais confiança em não ter enlouquecido. Quando aterrissaram, no entanto, eles não viram a igreja. A Dra. Helen ficou muito assustada e o Dr. Bill então alugou um táxi para levá-los a todas as igrejas em Rochester. Eles pensavam que havia vinte e seis igrejas na cidade, entretanto, eles não encontraram a igreja da Dra. Helen. A Dra. Helen estava muito aborrecida, porém não havia nada mais a fazer naquela noite.

O dia seguinte foi muito ocupado e naquela noite eles voltavam para New York. Enquanto esperavam no aeroporto, o Dr. Bill, que sempre tinha sido muito bom nesse tipo de coisa, comprou acidentalmente um livro sobre Rochester que ele imaginou que o marido da Dra. Helen, Louis, gostaria de ver. Esse livro incluía a história da Mayo Clinic e paginando-o ele viu uma foto exatamente igual à igreja que a Dra. Helen tinha descrito. A igreja se situava no antigo terreno da Mayo Clinic, já que tinha sido demolida para a construção da clínica. A Dra. Helen tinha olhado para baixo para vê-la porque ela já não se encontrava lá; ela estava olhando para baixo no tempo. Isso a fez sentir-se um pouco melhor, entretanto, isso não foi o fim da estória.

A Dra. Helen e o Dr. Bill tinham que mudar de avião em Chicago. Já era tarde da noite e eles estavam muito cansados. Eles estavam sentados no terminal e a Dra. Helen viu uma mulher sentada do outro lado da sala de espera, sem perturbar ninguém. A Dra. Helen sentiu que a mulher estava muito aborrecida, apesar de não existirem razões aparentes que demonstrassem isso. Ela se dirigiu à mulher, uma coisa que normalmente não era do feitio da Dra. Helen; no entanto ela se sentiu compelida a fazê-lo. Não havia dúvida, a mulher estava mesmo muito perturbada. Ela tinha acabado de fugir de seu marido e de seus filhos e estava indo para New York, onde jamais estivera. Só tinha trezentos dólares, que ia usar para ficar em um hotel em New York e, finalmente, ela estava apavorada pois nunca havia viajado de avião. A Dra. Helen foi amiga e a  trouxe para perto do Dr. Bill e, juntos, ambos cuidaram dela no avião. Ela sentou-se entre os dois e num determinado momento ela disse para a Dra. Helen que ela planejava ficar na igreja Luterana, já que ela era Luterana. A Dra. Helen, então, ouviu uma voz interior dizendo:

“E essa é a minha verdadeira igreja”.

A Dra. Helen entendeu que Jesus queria lhe dizer que uma igreja verdadeira não é um edifício, mas ser capaz de ajudar e se unir a uma outra pessoa.

Quando eles chegaram a New York, a Dra. Helen e o Dr. Bill colocaram a sua nova amiga em um hotel e, de forma curiosa, eles se encontraram com ela por acaso algumas vezes nos dias seguintes. O Dr. Bill a encontrou uma vez no Bloomingdale’s, uma grande loja de departamentos em New York e a Dra. Helen a convidou para jantar uma ou duas vezes. A mulher eventualmente acabou voltando para a sua família, porém continuou a manter contato com a Dra. Helen, enviando-lhe cartões de Natal, etc. Essa história é importante para demonstrar que não é o fenômeno psíquico que conta e sim o propósito espiritual subjacente, nesse caso a meta de ajudar uma outra pessoa.

Um dia em meado de outubro, a Dra. Helen disse ao Dr. Bill:

“Eu penso que irei fazer algo muito inesperado”.

Naquele momento, o Dr. Bill lhe sugeriu que comprasse um caderno e anotasse todas as coisas que lhe viessem à cabeça, ou coisas que ela ouvisse, ou sonhos que ela tivesse. A Dra. Helen começou a fazer isso. Ela conhecia taquigrafia e podia escrever com muita rapidez. Uma noite, umas duas semanas depois disso, ela ouviu essa voz lhe dizer:

“Esse é um curso em milagres. Por favor, tome nota”.

Ela foi tomada de tal pânico que ligou para o Dr. Bill e lhe disse:

“Essa voz não para de me dizer essas palavras. O que você pensa que eu devo fazer?”

O Dr. Bill disse algo pelo qual as gerações futuras o chamarão de bem-aventurado. Ele disse:

“Por que você não faz o que a voz lhe tem dito?”

A Dra. Helen o fez. Ela começou a tomar nota do ditado e sete anos depois isso veio a constituir os três livros a que chamamos de Um Curso em Milagres.

A experiência da Dra. Helen com a voz foi como se ela tivesse um gravador interno. Ela podia ligar e desligar a voz quando quisesse. No entanto, ela não podia desliga-la por muito tempo ou ficava aborrecida. Ela podia anotar o que a voz lhe dizia apesar da rapidez da fala. Nisso, a sua taquigrafia lhe foi muito útil. E ela fazia aquilo totalmente consciente no nível da percepção [consciousness]. Essa não era uma escrita automática; ela nunca entrava em transe ou coisa alguma desse tipo. Ela podia estar escrevendo e o telefone tocava; ela soltava a caneta, ia tomar conta do telefonema e depois voltava e acabava o que estava escrevendo. Muitas vezes, era capaz de recomeçar de onde havia parado. O que passa a ser ainda mais impressionante quando se pensa que muito do Curso é escrito em verso (pentâmetros iâmbicos) é que a Dra. Helen conseguia fazer esse tipo de coisa sem perder a métrica ou o sentido daquilo que a voz lhe dizia.

Talvez a coisa mais assustadora de todas para a Dra. Helen nessa experiência era que essa voz se identificava como Jesus. Um boa parte do Curso é escrita na primeira pessoa, onde Jesus fala bastante sobre a sua crucificação. O Curso, no entanto, diz que não é necessário que se acredite que essa é a voz de Jesus para que se consigam benefícios com o que Um Curso em Milagres diz. Facilita muito quando se acredita, pois não é necessário fazer ginástica mental enquanto se lê o material. Entretanto, não é necessário acreditar nisso para praticar os princípios do Curso. O próprio Curso diz isto. Há um capítulo sobre Jesus no manual que diz que não é preciso que o aceitemos em nossas vidas, mas que ele poderia nos ajudar muito mais se nós o permitíssemos. (ET-5.6:6-7)

Não havia dúvida na mente da Dra. Helen de que essa fosse a voz de Jesus e esse fato tornava tudo muito mais assustador. Não era uma experiência feliz para ela. Ela o fazia porque, de algum modo, acreditava que era isso o que tinha que fazer. Num dado momento, ela se queixou amargamente a Jesus:

“Porque você me escolheu? Porque você não escolheu uma boa freira ou alguém assim? Eu sou a última pessoa no mundo que deveria estar fazendo isso.”

E ele respondeu:

“Eu não sei porque você está dizendo isso, porque afinal de contas você o está fazendo.”

Ela não pôde discutir com ele, pois, de fato, já estava mesmo fazendo e obviamente era uma escolha perfeita.

Tempos depois de Um Curso em Milagres já ter sido editado, a Dra. Judith Skutch Whitson (1931-2021), em entrevista a um jornalista, expressou a seguinte história por ela vivenciada com a Dra. Helen: …

”Há coisas interessantes sobre isso, principalmente porque a voz tinha se identificado. Eu perguntei a Helen, no primeiro dia em que a conheci com Douglas Dean, quando ela me mostrou o manuscrito: ‘A voz tinha um nome? Ela se identificou, como o material de Seth e outros?’ Ela disse: ‘Eu temia que você fosse perguntar isso’ e Bill Thetford disse: ‘Por que você não conta a ela, querida? Ela irá ler’. E ela disse: ‘Ele disse que é Jesus’”.

Voltando ao processo de escriba [transcrição], a Dra. Helen anotava as palavras do Curso todos os dias no seu caderno de estenografia. No dia seguinte, sempre que havia tempo em suas agendas super ocupadas, ela ditava ao Dr. Bill o que tinha sido ditado a ela e ele então o datilografava. O Dr. Bill brincava dizendo que ele precisava ter um braço em volta da Dra. Helen para ampará-la, enquanto ele datilografava com o outro. A Dra. Helen tinha mesmo grande dificuldade para ler o que havia escrito. Foi assim que Um Curso em Milagres veio a ser transcrito. Repetindo, o processo ocorreu por um período de sete anos.

O Curso [na origem] consiste em três livros: um Texto, um Livro de Exercícios para estudantes e um Manual para Professores. O Texto, que é o mais difícil dos três para ser lido, contém a teoria básica do Curso. O Livro de Exercícios consiste em 365 lições, uma para cada dia do ano e é importante como uma aplicação prática dos princípios do Texto. O Manual de Professores é um livro muito mais curto e é o mais fácil dos três livros para ser lido, pois contém respostas para algumas das perguntas mais comuns que uma pessoa possa ter. De fato, é um bom sumário de muitos dos princípios do Curso.

Quase como um apêndice é o capítulo que trata do Esclarecimento de Termos, que foi feito alguns anos depois de Um Curso em Milagres ter sido terminado. Essa foi uma tentativa de definir algumas das palavras que são usadas.

A Dra. Helen e o Dr. Bill não fizeram correções. Os livros como vocês os têm agora estão essencialmente tais quais foram transmitidos. As únicas mudanças que foram feitas ocorreram porque o Texto veio inteiro e não estava dividido em partes ou capítulos. Não havia pontuação nem parágrafos. A Dra. Helen e o Dr. Bill fizeram o trabalho inicial de estruturar o Texto.

O Dr. Kenneth Wapnick  apareceu em 1973 como importante integrante do “círculo interno”, além da Dra. Helen e do Dr. Bill. Cabia à Dra. Helen e ao Dr. Wapnick o trabalho de revisar todo o manuscrito. Todos os capítulos e títulos, portanto, foram definidos pelos dois.

O Livro de Exercícios não foi problema porque veio com as lições e o Manual de Professores veio com as perguntas e respostas. Basicamente era só no Texto que o problema existia, mas quase sempre o material foi ditado em sequências lógicas, de forma que dividi-lo em partes e capítulos não foi difícil. Ao longo de todo o trabalho eles sentiam que estavam agindo de acordo com a orientação de Jesus de modo que tudo fosse como ele queria.

A segunda edição também inclui os dois Suplementos, como uma extensão dos Princípios de Um Curso em Milagres: “Psicoterapia: Propósito, Processo e Prática” e “A Canção da Oração”. Essas seções são extensões dos princípios do Curso ditadas à Dra. Helen Schucman logo após a conclusão de Um Curso em Milagres.

Livro “Um Curso em Milagres”
2ª Edição em Língua Portuguesa

Logo que o processo de transcrição do Curso começou, havia muita coisa pessoal para a Dra. Helen e o Dr. Bill, para ajudá-los a entender o que estava acontecendo e como poderiam se ajudar mutuamente. Isso incluía muita coisa apenas para ajudá-los a aceitar o que lhes estava sendo dado.

Já que a Dra. Helen e o Dr. Bill eram Psicólogos, havia comentários sobre Freud e outras pessoas para ajudá-los a fazer uma ponte entre o que eles conheciam e o que o Curso estava lhes dizendo. Jesus instruiu a Dra. Helen e o Dr. Bill para retirarem esse material por razões óbvias, já que não era pertinente ao ensinamento básico do Curso. O único problema que isso causou foi ter deixado alguns buracos em termos do estilo da língua, conforme explicação do Dr. Wapnick. Nesses casos, algumas vezes foram acrescentadas uma ou duas frases, não devido ao conteúdo, porém para suavizar a transição de um tópico para outro. Isso só ocorreu bem no início.

O estilo dos primeiros quatro capítulos sempre parece ser um problema para os estudantes. São algumas das passagens mais difíceis de ler. Isso se deve, segundo o Dr. Wapnick, ao material que foi suprimido, tornando o fluir da leitura um pouco fracionado. A Dra. Helen e o Dr. Wapnick tentaram fazer o melhor possível para facilitar o problema.

Logo no início, a Dra. Helen estava tão assustada com o que estava acontecendo que, apesar de ser capaz de escutar o significado do que lhe estava sendo dito, o estilo e o fraseado eram prejudicados frequentemente.

Bem no início, por exemplo, conforme explicação do Dr. Wapnick, as palavras ‘Espírito Santo’ não foram usadas. A Dra. Helen estava com tanto medo desse termo que Jesus tinha usado uma expressão chamada o ‘Olho Espiritual’. Isso mais tarde foi substituído por ‘Espírito Santo’ por instrução de Jesus. A palavra ‘Cristo’ também não foi usada no início pela mesma razão, entretanto ela foi ditada mais tarde. Contudo, depois de um ou dois meses a Dra. Helen se sentia mais tranquila e a partir do Capítulo 5 o Curso está agora virtualmente como foi dado.

Um outro detalhe destacado pelo Dr. Wapnick, no processo de transcrição do Curso, era a tendência da Dra. Helen em usar letras maiúsculas para qualquer palavra remotamente ligada a Deus. A dúvida era que palavras seriam maiúsculas, que palavras não seriam. Certas palavras, no entanto, Jesus insistiu para que o fossem a fim de ajudar no entendimento.

A Dra. Helen, que revisava muito bem e compulsivamente quando revisava material para publicações de pesquisa científica, era sempre tentada a mudar certas palavras para que se adequassem às suas preferências estilísticas. Mas sempre lhe era dito que não o fizesse e ela obedecia, o que exigia uma boa dose de força de vontade.

Em algumas ocasiões, segundo o Dr. Wapnick, ela tinha mudado certas palavras, contudo, a Dra. Helen tinha uma memória prodigiosa e se lembrava perfeitamente do que tinha feito. Acabava descobrindo duzentas ou trezentas páginas mais tarde que a razão pela qual determinada palavra tinha sido escolhida era porque seria citada e servia como referência para algo a posteriori. Assim sendo, ela sempre voltava atrás e mudava a palavra que tinha mudado antes.

Um Curso em Milagres foi terminado no outono de 1972. O Dr. Wapnick veio a conhecer a Dra. Helen e o Dr. Bill no inverno daquele mesmo ano.

No início da época em que o Curso foi transcrito, havia literalmente meia dúzia de pessoas a par do assunto, ou talvez nem tantas. A Dra. Helen e o Dr. Bill o tratavam como se fosse um segredo escuro, profundo e cheio de culpa. Quase ninguém entre os seus familiares, amigos, colegas de trabalho sabia nada a respeito.

Como parte do ‘plano’, pouco tempo antes da vinda do Curso, foi dado a eles um conjunto de salas que era bastante isolado e privativo. Eles puderam, então, fazer com que todo esse material fosse escrito sem interferir com o seu trabalho habitual, apesar do fato de estarem extremamente ocupados naquele período.

Contudo, ninguém sabia dessa atividade. Eles literalmente mantiveram isso escondido como um segredo muito bem guardado e esse ainda era o caso quando o Dr. Wapnick entrou em cena.

O processo de revisão era realizado pela Dra. Helen, pelo Dr. Bill e pelo Dr. Wapnick que trabalharam em todo o manuscrito até que tudo ficasse como deveria ser. Todos os títulos eram checados e revisados palavra por palavra.

Esse processo levou um ano e quando o manuscrito estava terminado, foi datilografado de novo. Assim, por volta do fim de 1974, ou início de 1975, todo o Curso estava pronto. Mas, eles não sabiam para que o tinham aprontado. De certa forma, ele continuava escondido, mas era sabido que estava pronto.

Na primavera de 1975, a outra pessoa que apareceu no “círculo interno” do processo de transcrição do Curso foi Judith Skutch.

Helen Schucman, Judy Skutch (Whitson), Ken Wapnick e Bill Thetford    (na foto, em 1975, no final do Processo de Escriba de Um Curso em Milagres).
Fonte: https://acim.org/archives/semi-centennial-celebration/historical-slideshow-of-the-scribes-and-early-participants-in-acim/ken-helen-bill-judith2-2/

O Dr. Wapnick, em seu livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres” narra essa interessante e sincronística história:

“Como isso aconteceu é uma história interessante na qual eu não irei me alongar, contudo coisas inesperadas levaram a mais coisas inesperadas e ela apareceu com Douglas Dean. Alguns de vocês talvez conheçam Douglas, que é um famoso parapsicólogo. Eles vieram ao Medical Center uma tarde, aparentemente por algum outro motivo. Nós sentimos que devíamos compartilhar o Curso com Judy e Douglas e o fizemos. Naquele ponto foi como se ele tivesse saído das nossas mãos e passado às suas para o próximo passo. Isso eventualmente levou o Curso a ser publicado. Nós não tínhamos nenhuma experiência nessa área e nós não sentíamos que era a nossa responsabilidade. Contudo, era nossa responsabilidade fazer com que ele estivesse nas mãos da pessoa certa e que isso fosse feito da forma certa, apesar de não sermos nós os agentes dessa vez. Essa era a função da Judy e ela a desempenhou realmente muito bem.

Vocês notarão nos livros que a data do copyright é 1975, apesar da publicação ter sido em 1976. Naquele verão um amigo de Judy na Califórnia fez uma tiragem de 300 cópias do Curso em offset. Um Curso em Milagres não foi publicado na forma em que o temos hoje até 1976. E isso significou um ‘milagre’ depois do outro. Foi verdadeiramente ‘milagroso” como tudo aconteceu tão rápido. Os livros saíram pela primeira vez em junho de 1975 e agora (1993) já foram feitas mais de 30 edições.

A Fundação para a Paz Interior publicou e propagou Um Curso em Milagres. O Curso não é um movimento ou uma religião; não é mais uma igreja. Ao invés disso, é um sistema através do qual indivíduos podem encontrar o seu caminho para Deus e praticar os seus princípios. Como a maioria de vocês sabem, existem grupos de estudos em todo o país [menção sobre EUA, embora o mesmo aconteça no Brasil] que nascem por si mesmos e nós sempre sentimos que é muito importante que não exista uma organização que funcione como um órgão de autoridade.

Nenhum de nós queria ser colocado na função de guru. Helen era sempre clara a esse respeito. As pessoas vinham e quase literalmente sentavam aos seus pés e ela quase pisava nas suas cabeças. Ela realmente não queria de modo algum ser transformada na figura central do Curso. Ela sentia que a figura central do Curso era Jesus ou o Espírito Santo e assim devia ser. Isso era muito importante para ela. Fazer qualquer outra coisa teria sido construir uma estrutura semelhante a uma igreja, o que seria a última coisa no mundo que o autor do Curso gostaria que acontecesse.”

Dr. Wapnick ainda prossegue nos inspirando:

“Do meu ponto de vista, Um Curso em Milagres é a melhor integração que eu jamais vi de Psicologia e Espiritualidade. Naquela época eu realmente não sabia que havia algo faltando na minha vida espiritual, mas quando vi o Curso entendi que, de fato, era aquilo que eu estava buscando.

Quando a gente acha o que está buscando, não larga mais. Uma das coisas importantes a saber a respeito do Curso é que ele torna muito claro que esse não é o único caminho para o Céu. No início do Manual de Professores há uma passagem que diz que essa é apenas uma forma do curso universal, entre milhares de outras (MP.1.4:1-2).

Um Curso em Milagres não é para todas as pessoas e seria um erro pensar o contrário. Nada serve para todas as pessoas. Eu penso que esse é um caminho importante que foi introduzido no mundo, mas não é para todas as pessoas. Àqueles para quem esse não é o caminho, o Espírito Santo dará uma outra coisa.

Seria um erro uma pessoa batalhar com o Curso, se não se sente confortável com ele e então vivenciar isso como um fracasso. Isso iria contra tudo o que o Curso diz. O propósito do Curso não é fazer com que as pessoas sejam culpadas! É o contrário. No entanto, para aquelas pessoas que sentem que esse é o seu caminho, essa batalha através do Curso vale a pena.”

Douglas Dean foi Químico, Professor de programação e estatística, Pesquisador associado à Parapsicologia, curas e fotografia Kirlian na Faculdade de Engenharia Newark, New Jersey e certa vez disse:

“Para mim ele [o Curso] pega todas as ideias da Bíblia, dos sistemas espirituais tanto do Ocidente quanto do Oriente e mostra como eles devem ser aplicados no cotidiano. Eu estou absolutamente surpreso. Tenho mais paz agora. Esse é um aprendizado inacreditável do amor incondicional. Fazer isso por si mesmo é incrível. Com bagagem científica, deveria ser difícil para mim negar o que os meus sentidos me dizem. Mas em holografia, por exemplo, você descobre que tudo é ilusão, de qualquer forma. Nada é sólido, apenas uma ilusão de desconsideração dos espaços ente os átomos e as moléculas. O Curso também me mostrou o que fazer com os efeitos psíquicos e como integrá-los em um tipo de religião.”

Judith Skutch Whitson (Judy) foi a fundadora da Fundação para Investigação Parasensorial (Extra-sensorial) com seu esposo Robert Skutch em 1971 (Foundation for Parasensory Investigation) e foi a presidente da Fundação para a Paz Interior (Foundation for Inner Peace) que publicou Um Curso em Milagres.

No Prefácio do Curso nós temos:

O Curso não pretende chegar a finalidade última e as lições também não pretendem levar o estudante a completar o aprendizado. No fim, o leitor é deixado nas mãos do seu Professor Interno, Que orientará todas as lições posteriores como Ele achar adequado. Apesar do curso ser abrangente na sua estruturação, a verdade não pode ser limitada a nenhuma forma finita, como é claramente reconhecido na declaração no fim do Livro de Exercícios: Esse curso é um começo, não um fim…. Não há mais lições específicas, pois nós não precisamos mais delas. A partir de agora, ouve apenas a Voz por Deus. … Ele dirigirá os teus esforços, dizendo-te exatamente o que fazer, como orientar a tua mente e quando vir a Ele, em silêncio, pedindo-Lhe a Sua orientação segura e o Seu Verbo certo. LE-Epílogo (página 511).

O nascimento do Curso pode realmente ser considerado um milagre conforme definido pelo próprio Curso, pois foi trazido à vida por meio de duas pessoas, aparentemente presas em uma relação insustentável, que pediram por um “caminho melhor” e, unidas nesse objetivo, trabalharam em total harmonia. O nascimento do Curso ilustra de forma pungente um dos “cinquenta princípios dos milagres” do Texto, que afirma:

Milagres ocorrem naturalmente como expressões de amor … tudo que vem do amor é um milagre.”

Bibliografia da OREM3:

1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição –  copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.

2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/

3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.

4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).

5) Livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”,  Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.

7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html

Imagem pexels-anand-dandekar-1532771.jpg

Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo. (UCEM-LE-pII.13)

Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.
T.In.2:2-4
Autor

Graduação: Engenharia Operacional Química. Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing - PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras - FGV/SP. Blog Projeto OREM® - Oficina de Reprogramação Emocional e Mental - O Blog aborda quatro sistemas de pensamento sobre Espiritualidade Não-Dualista, através de 4 categorias, visando estudos e pesquisas complementares, assim como práticas efetivas sobre o tema: OREM1) Ho’oponopono - Psicofilosofia Huna. OREM2) A Profecia Celestina. OREM3) Um Curso em Milagres. OREM4) A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE) - Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT). Pesquisador Independente sobre Espiritualidade Não-Dualista como uma proposta inovadora de filosofia de vida para os padrões Ocidentais de pensamentos, comportamentos e tomadas de decisões (pessoais, empresariais, governamentais). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

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