As versões iniciais e a edição de Um Curso em Milagres (UCEM)

Escrito pelo Professor Robert Perry (tradução livre Projeto OREM®).

Robert Perry traz para Um Curso em Milagres muitos anos de estudo privado e ensino público. Ele começou a lecionar no Miracle Distribution Center em 1986 e desde então tem lecionado na América do Norte e em todo o mundo. O seu ensino surge de sua dedicação ao Curso como o seu próprio caminho e de seu desejo de ajudar outras pessoas nesse caminho. Ao longo dos anos, ele vem a ser uma voz respeitada nos círculos do Curso e escreveu para muitos boletins informativos e revistas do Curso. Robert é o fundador de Circle of Atonement e autor de vários livros e livretos baseados no Curso. Entre eles estão os populares An Introduction to A Course in Miracles e Path of Light: Stepping into Peace with A Course in Miracles. Ele também é o editor principal do livro Complete and Annotated Edition (CE) of A Course in Miracles, baseado nas notas manuscritas originais de Helen Schucman. Fonte: https://circleofa.org/team/robert-perry/

Artigo completo em inglês no site: https://circleofa.org/library/the-earlier-versions-and-the-editing-of-a-course-in-miracles/

[Observação: as passagens do UCEM citadas nesse artigo fazem referência à edição da Fundação para a Paz Interior (FIP).]

Assim começa o artigo:

“A vida dos estudantes de Um Curso em Milagres costumava ser mais simples do que é hoje. Nós tínhamos uma versão de nosso venerado livro e sabíamos que essa versão era quase exatamente como a sua escriba, Helen Schucman, a ouviu, direto de Jesus. Ela mesma deu esta impressão no Prefácio do Curso:

Apenas algumas modificações de somenos importância foram feitas. Os títulos dos capítulos e subtítulos foram inseridos no Texto e algumas das referências mais pessoais que ocorreram no início foram omitidas. Exceto isso, o material não sofreu modificações substanciais.

Então tudo mudou. Em janeiro de 2000, uma versão anterior do Curso, chamada de versão Hugh Lynn Cayce, foi disseminada na Internet. Mais tarde, naquele mesmo ano, uma versão ainda mais antiga, chamada versão Urtext, também ficou disponível na Internet. Ambas as versões mostraram que o Curso como nós o conhecíamos passou por um processo de edição muito mais extenso do que qualquer um tinha suspeitado.

Embora antes nós sentíssemos o conforto de saber que a nossa escrita, ao contrário de tantas outras, estava livre de influência humana, agora nós começamos a nos perguntar quanto do Curso foi alterado por editores humanos.

Também nós nos perguntamos qual seria a versão “verdadeira”.

Na verdade, a versão de Hugh Lynn Cayce foi rapidamente publicada sob o título bastante direto, Jesus’ Course in Miracles (e tão rapidamente quanto ficou indisponível devido a um mandado judicial).

Esse artigo tenta responder, de acordo com o melhor conhecimento disponível, as seguintes questões:

Quais são as versões anteriores?

Como eles diferem do Curso publicado?

Qual foi o processo de edição pelo qual elas vieram a ser o Curso publicado?

Finalmente, eu tirarei conclusões sobre a qualidade da edição e apresentarei recomendações sobre o que fazer a partir daqui.

AS VERSÕES

Os Cadernos de Taquigrafia

A primeira versão, você poderia dizer, de Um Curso em Milagres eram os cadernos de taquigrafia de Helen.

Foi aí que ela anotou o seu ditado interior na forma de seu próprio estilo de taquigrafia. Praticamente tudo o que Helen ouviu foi anotado nesses cadernos, embora alguns pedaços de ditado (seis pelas minhas contas) […pelas contas do Professor Robert] ela ditou diretamente para Bill sem anotá-los.

Helen então ditava as notas a Bill Thetford, que as datilografava. Na verdade, foi aqui que ocorreu a primeira edição, porque Helen não lia para Bill tudo o que havia anotado. Ela sentiu que parte do material foi feito apenas para ela.

“Quando Helen ditou isso para Bill, ela basicamente ditou tudo o que ela havia anotado, com algumas exceções muito, muito pessoais – material que era pessoal.” [1]

Os cadernos de taquigrafia ainda estão trancados a sete chaves. Portanto, nós não sabemos realmente o que há neles que Helen optou por não editar. No entanto, parte desse material está incluído no livro “Absence from Felicity [tradução livre: “Ausência de Felicidade”, do Dr. Kenneth Wapnick]. Lá, nós temos aproximadamente 6.000 palavras de Jesus (cerca de 15 páginas equivalentes) que não aparecem em nenhuma das versões posteriores do Curso. Como é esse material?

Muito disso, como diz Ken Wapnick, é de fato pessoal para Helen. Por exemplo, “Sim, de fato, a forma como o curso é dado a você é bastante incomum, mas como Bill diz que você não é a média da mulher Americana.” [2]

No entanto, uma quantidade surpreendente de material parece adequada para o Curso e talvez até mesmo destinado ao Curso. Observe o seguinte, por exemplo:

Lembre-se de que um milagre é uma centelha de Vida. Ele brilha na escuridão e traz a luz. Você deve começar a esquecer e lembrar.

Esse é um ponto privado, só para você. Não faz parte do curso. Um milagre é amor – você sempre quis presentes e um pacote fechado era insuportável. Por favor, abra esse. [3]

Observe como o tom desse material muda do primeiro parágrafo – que soa como se pudesse ter saído direto do Curso – para o segundo – que obviamente se destina a Helen.

Além disso, o segundo parágrafo afirma abertamente que não se destina ao Curso, aparentemente implicando que o primeiro parágrafo era.

Existem várias outras discussões enterradas nos cadernos de taquigrafia que parecem adequados para o Curso, incluindo o seguinte:

  • Instrução para entregar as nossas minúcias diárias a Jesus para que ele possa nos poupar tempo para coisas mais importantes.
  • Uma definição de Expiação.
  • Duas belas orações feitas a Bill, entretanto, adequadas para todos os estudantes do Curso.
  • Uma discussão de como a reencarnação se relaciona com o sistema de pensamento do Curso (que se assemelha à discussão posterior sobre a reencarnação no Manual de Professores).

Eu acredito que as escolhas de Helen sobre o que não ditar a Bill não podem ser consideradas infalíveis. Consequentemente, pode muito bem haver material que nunca saiu de seus cadernos de taquigrafia que deveria ter entrado no Curso publicado.

O Urtext

O que Bill digitou dos cadernos de taquigrafia de Helen acabou sendo referido por eles como o Urtext. A palavra “urtext” significa texto original e é frequentemente usada para se referir ao manuscrito original de uma partitura musical ou obra literária. O Urtext difere do Curso publicado de várias maneiras importantes:

  • Ele é contínuo, sem quebras de seção ou capítulo no Texto (embora o Livro de Exercícios e o Manual tenham as mesmas quebras que têm atualmente).
  • A sua maiusculização, pontuação e paragrafação são grosseiras.
  • O fluxo de pensamento nas partes iniciais é muito variável. O material é muito mais um diálogo entre Helen e Jesus do que o monólogo do Curso posterior. Jesus frequentemente falará muito pessoalmente com Helen e Bill. Helen frequentemente intervirá e Jesus responderá. Jesus às vezes intervirá e corrigirá algo que Helen escreveu, dizendo que ela o ouviu errado.
  • As primeiras partes são muito mais concretas e realistas do que o Curso posterior. Essa concretude se enquadra principalmente em duas categorias. Primeiro, o material pessoal: Jesus fala sobre as vidas pessoais, relacionamentos, interações e questões de desenvolvimento de Helen e Bill. Em segundo lugar, o material profissional: Jesus fala da formação de Helen e Bill em Psicologia, explicando como o Curso se relaciona com Freud, Jung, Rank e outros. A maior parte do material pessoal e profissional foi removido.
  • A linguagem nas primeiras partes é mais informal e menos elegante do que no Curso publicado. Essas primeiras partes foram editadas quase linha por linha, para fazer com que a linguagem seja mais formal.

As principais diferenças entre o Urtext e o Curso publicado são encontradas quase exclusivamente nos primeiros quatro a nove capítulos do Texto. Eu digo “quatro a nove” porque a quantidade de edição diminui gradualmente.

Nos primeiros quatro capítulos, cerca de 30.000 palavras foram excluídas (o equivalente a 75 páginas). A quantidade de material excluído diminui até que, no Capítulo 9, apenas cerca de 200 palavras são removidas. No Capítulo 10, apenas cerca de 12 palavras são removidas.

O Urtext claramente precisa ser editado e Jesus instruiu Helen e Bill a editá-lo. Mais tarde nós veremos as instruções que ele deu a eles.

A versão Hugh Lynn Cayce

A versão Hugh Lynn Cayce é a edição de Helen e Bill do Urtext (que Helen havia redigitado uma vez nesse meio tempo). Essa edição foi a tentativa deles de transformar o Urtext muito grosseiro em um manuscrito limpo e legível.

Essa versão tem o nome de Hugh Lynn Cayce, filho do famoso médium Edgar Cayce. Hugh Lynn apoiou muito Helen ao longo de sua transcrição do Curso e assim ela e Bill enviaram a ele uma cópia do manuscrito completo em 1972. Eles a chamaram de Versão de Hugh Lynn e ela veio a ser popularmente conhecida como Hugh Lynn Cayce ou HLC. A versão HLC ocupa um meio termo entre o Urtext e o Curso publicado:

  • As quebras de capítulo e seção foram inseridas no Texto (embora nem sempre as mesmas que nós encontramos no Curso publicado).
  • A maiusculização, pontuação e paragrafação foram ordenadas um pouco. A quantidade de itálicos foi reduzida, para não dar a impressão de que o autor está gritando.
  • A maior parte do material pessoal e profissional foi removida, cerca de dois terços tanto quanto é removida no Curso publicado. As referências a Helen e Bill foram deletadas, para que o material seja lido como se fosse dirigido ao leitor.
  • O fluxo de pensamento nas partes iniciais foi consideravelmente suavizado, embora não totalmente. Para esse propósito, uma boa quantidade de material (cerca de 1.000 palavras), foi movida de seu contexto original e colocada em outro lugar.
  • Há uma edição significativa linha a linha nas partes iniciais (cerca da metade tanto quanto no Curso publicado). Essa edição consiste em pequenas alterações de palavras que raramente afetam o significado. Por exemplo:
UrtextHugh Lynn Cayce
A razão pela qual uma base sólidaA razão de uma base sólida
é necessária neste pontoé necessária
é por causa da confusão altamente provávelé por causa da confusão
de “amedrontador” e de “reverente”,entre o medo e a reverência
 para o qual já nos referimos
que a maioria das pessoas faz.e que tantas pessoas defendem.
pequenas alterações de palavras…

Quase metade das palavras da frase original foram alteradas, entretanto, ao mesmo tempo, o significado não foi alterado. Porém, os próprios editores inseriram a frase “para o qual já nos referimos” e isso é um problema, porque não houve uma referência reconhecível à confusão de medo e reverência.

Aparentemente, Bill estava encarregado dessa edição (por esse motivo, alguns a chamaram de versão Thetford), um papel atribuído a ele por Jesus no início do ditado. Ao falar de uma parte do ditado pessoal, Jesus disse:

Pergunte a ele [Bill] mais tarde se isso deve ser incluído na parte escrita do curso ou se você deve manter essas notas separadamente. Ele é o responsável por essas decisões.

Helen escreveu mais tarde sobre o processo de edição do Urtext para o HLC:

Eu assumi a atitude de um editor cujo papel é considerar apenas a forma e desconsiderar o conteúdo tanto quanto possível… Bill foi inflexível em se opor a qualquer mudança, exceto para excluir as referências iniciais muito pessoais e corrigir erros reais de digitação…

Eu queria mudar quase tudo, no entanto, eu sabia que Bill estava certo. Qualquer mudança que eu fizesse sempre estava errada no longo prazo e tinha que ser colocada de volta… [O material] tinha uma maneira de saber o que estava fazendo e era muito melhor deixá-lo exatamente como estava.

Duas observações vêm à mente a partir desse parágrafo. Primeiro, Bill provavelmente foi escolhido como editor porque Helen “queria mudar quase tudo”. Em segundo lugar, Helen subestimou o nível real de mudança, que, como você pode ver, era muito maior do que simplesmente “excluir as referências iniciais muito pessoais e corrigir erros reais de digitação”.

O Curso Editado

Em 1973, Ken Wapnick viu o Curso de Helen. Durante a sua segunda leitura do Texto, ele diz:

Eu comentei com Helen e Bill que pensava que o manuscrito necessitava de algumas edições adicionais. Parte do material pessoal e profissional ainda permanecia e parecia impróprio para uma edição publicada.

Os primeiros quatro capítulos não se conseguem ler bem, em grande parte porque o material pessoal excluído deixou lacunas no texto restante e, portanto, exigiu acréscimos de palavras menos importantes para suavizar a transição.

Além disso, algumas das divisões no material pareciam arbitrárias para mim e muitos dos títulos das seções e capítulos não coincidiam realmente com o material… Por fim, a paragrafação, a pontuação e a maiusculização não eram apenas idiossincráticas, porém, notoriamente inconsistentes.

Helen e Bill concordaram que necessitava de uma análise final. Como Bill não tinha paciência e atenção aos detalhes necessários para tal tarefa, decidimos que Helen e eu deveríamos passar por isso juntos… Anteriormente, eu citei a declaração de Helen de que ela passou a pensar em Um Curso em Milagres como o trabalho de sua vida e ela abordou o projeto de edição com verdadeira dedicação. Ela e eu revisamos meticulosamente cada palavra para ter certeza de que o manuscrito final estava certo.

Quando Helen e Ken terminaram o processo, eles foram tão além do HLC quanto o HLC foi além do Urtext:

  • As quebras de capítulo e seção às vezes foram alteradas, junto com títulos de capítulo e seção.
  • Paragrafação, pontuação e maiusculização foram polidas. A quantidade de itálicos foi novamente reduzida.
  • Mais material pessoal e profissional foram removidos (a metade do que foi removido no HLC), resultando em um total de cerca de 35.000 palavras removidas do Urtext. Isso é equivalente aos cinco primeiros capítulos atuais do Texto.
  • Houve muito mais reordenamento de material. Mais de 6.000 palavras foram movidas de seu contexto original (em comparação com 1.000 no HLC).
  • Foi feita mais edição linha a linha, tanto ou mais quanto foi feita no HLC.

Essa edição resultou no Curso publicado. Foi impresso pela primeira vez em 1975 como o que agora é chamado de Edição Criswell (essa é a versão que foi recentemente liberada de direitos autorais) e foi então publicada em 1976 como a Primeira Edição. Entre essas duas impressões, o Clarification of Terms [Esclarecimento de Termos], redigido no outono de 1975, foi adicionado.

A Segunda Edição

Em 1992, a Foundation for Inner Peace [Fundação para a Paz Interior] publicou a Segunda Edição. Em um panfleto intitulado “Errata para a Segunda Edição de Um Curso em Milagres”, Ken Wapnick resume o processo que conduz à Segunda Edição.

Ele explica que o manuscrito em evolução do Curso passou por várias redigitações antes de ser finalmente impresso. A própria Helen havia redigitado o Texto duas vezes (a segunda redigitação sendo o HLC) e “nenhuma dessas redigitações foram revisadas”.

Então, a edição do Texto de Helen e Ken foi redigitada duas vezes antes da impressão e essas redigitações “também não foram devidamente revisadas”. Ele [Ken] então continua:

Como resultado desse longo processo de redigitação, algum material foi omitido inadvertidamente. Além disso, uma boa quantidade de erros tipográficos passou despercebida.

Portanto, quando a Segunda Edição de Um Curso em Milagres foi realizada… parecia ser um momento apropriado para inserir o material excluído e corrigir todos os erros anteriores.

Para garantir que essa Segunda Edição seja a mais livre possível de erros, os três livros da Primeira Edição de Um Curso em Milagres foram revisados ​​contra o Urtext que Bill tinha originalmente digitado das notas de Helen. Todas as redigitações, bem como os cadernos de taquigrafia originais de Helen, foram consultados para rastrear os erros e omissões que foram encontrados.

A Segunda Edição, portanto, contém 97 sentenças e 6 parágrafos completos que inadvertidamente caíram ao longo do caminho.

A Segunda Edição também contém um sistema de numeração para seções, parágrafos e sentenças, que não estava na Primeira Edição.

A Segunda Edição também contém cerca de 175 alterações destinadas a remover o plural “vocês”, de modo que “você” muitas vezes vem a ser “você e o seu irmão”.

O objetivo era completar o processo de fazer o Curso se dirigir ao leitor individual em vez de Helen e Bill.

No entanto, essas 175 mudanças ocorrem quase inteiramente nas discussões do Texto sobre o relacionamento santo, que fala de duas pessoas que se unem e se ajudam mutuamente. Infelizmente, muitas dessas mudanças (anos atrás, contei cerca de 30) eliminam esse senso de mutualidade e, assim, alteram o significado. Por exemplo:

Primeira EdiçãoSegunda Edição
E vocês ajudarão um ao outro a superar os erros, liberando um ao outro da crença no pecado com alegria. Texto, p.378E tu o ajudarás a superar os equívocos, liberando-o da crença no pecado com alegria. T.19.III.9:6
Mas, primeiro, levante os olhos e olhe um para o outro com a inocência nascida do completo perdão das ilusões um do outro. Texto, p.393Mas antes disso, ergue os teus olhos e olha para o teu irmão com a inocência que nasce do completo perdão das suas ilusões através dos olhos da fé que não as vê. T.19.IV(D).8:7
Comparativo…

A EDIÇÃO

As instruções para a Edição que Helen e Bill receberam

Como eu mencionei, Helen e Bill receberam instruções de Jesus para a Edição do Curso. Um estudo atento dessas instruções revela dois tipos de mudanças que ele lhes disse para fazer:

1. Remova o material destinado somente a vocês (Helen e Bill)

Anteriormente, nós vimos Jesus dizendo a Helen: “Esse é um assunto particular, só para você. Não faz parte do Curso.”

Nós vimos também que ele encarregou Bill do que “deveria ser incluído na parte escrita do Curso” – o que implica que haviam áreas cinzentas que exigiam um julgamento.

Em outro lugar, Jesus disse: “Nada que se relacione com um relacionamento específico pertence às notas.”

Mas por que remover esses pontos privados do Curso? A resposta é simples: porque eles eram valiosos apenas para Helen e Bill, não para o leitor em geral. Esse importante princípio é mencionado em dois lugares.

Uma vez, Jesus disse a Helen que ela estava tomando “notas muito mais pessoais do que o normal” e que essas não tinham “a qualidade mais generalizável a que esse Curso se destina” – ou seja, generalizável para outros.

Em outro momento, ela escreveu uma experiência muito pessoal, no entanto, nesse caso, ele disse, “o que você escreveu pode ser útil para outros milagres além de você”. Portanto, o princípio era muito simples: Se o que você escreve é ​​tão pessoal que não pode beneficiar outras pessoas, tire-o.

2. Corrigir erros de escriba [transcrição]

Nas primeiras semanas do ditado, Jesus costumava dizer a Helen que ela o ouvira errado e depois corrigia o que ela havia escrito, às vezes mais de uma vez, como nós vemos aqui:

20. Milagres são uma necessidade industrial. A indústria depende da cooperação e a cooperação depende de milagres….

Correção: “E não perca de vista a ênfase na ‘cooperação’, ou no ‘não individual’. Esse ponto sobre ‘necessidade industrial’ deveria ser lido como ‘corporativa’, referindo-se ao corpo de Cristo, que é uma forma de se referir à Igreja. Mas a Igreja de Deus é apenas a soma das almas que ele criou, que é o corpo corporativo de Cristo. Correto para ler:

‘Um milagre torna as almas uma só em Deus e deixe na próxima parte sobre cooperação.’”

Correção adicional: “Deus” deveria significar “Cristo”. O Pai e o Filho não são idênticos, no entanto, você pode dizer “Como Pai, como Filho”.

Esse princípio se estende muito naturalmente a coisas que Helen tinha anotado cedo e que estão claramente em conflito com a mensagem do Curso posterior.

Por exemplo, o Urtext diz: “O Espírito Santo é o Portador de Revelações, não de milagres”. Em contraste, o Curso posterior consistentemente caracteriza o Espírito Santo como “o Portador de todos os milagres”. [4]

“O Portador de todos os milagres precisa que os recebas primeiro, tornando-te assim o feliz doador daquilo que recebeste.” (LE.pI.106.6:5)

Por essa razão, a declaração de que o Espírito Santo não é o Portador de milagres foi corretamente excluída do HLC.

Após vários capítulos do processo, Jesus disse a Helen que a sua audição havia melhorado dramaticamente, [5] e depois disso, esses tipos de inconsistências gradualmente desapareceram.

Tendo visto as instruções para a Edição, vamos agora ver o que os editores realmente fizeram.

A remoção de material

Uma grande quantidade de material foi removida das notas que Helen retirou originalmente. Nós sabemos que pelo menos 6.000 palavras nunca saíram de seus cadernos e pode ter havido muito mais. E há um adicional de 35.000 palavras que nunca foram do Urtext para o Curso Editado. O que foi removido?

Material pessoal

Conforme mencionado, o material pessoal que comentava sobre as vidas pessoais, situações, relacionamentos e questões de desenvolvimento de Helen e de Bill foi removido do Urtext.

Esse é um material fascinante e merece estudo por si só, embora muito dele seja apenas indiretamente relevante para o leitor – porém, não todo. Alguns deles foram ligeiramente editados e incluídos no Curso Editado.

Por exemplo, a seção “Ensinamento Certo e Aprendizado Certo” (T.4.I) foi originalmente dirigida a Bill, para ajudá-lo com uma aula de Psicopatologia que ele deveria ensinar. Em minha opinião […na opinião de Robert Perry], há uma grande quantidade de material pessoal adicional que poderia ter sido editado da mesma forma para inclusão no Curso.

Material psicológico

Também existe uma grande quantidade de material psicológico que foi removido. Ken Wapnick fala sobre isso:

Esse material pessoal também incluía muitas referências a Psicólogos e várias questões a assuntos psicológicos, que também não eram destinados ao público, mas sim para ajudar Helen e Bill a fazer a ponte entre o entendimento psicológico deles e o do Curso.

Esse material psicológico é fascinante. Ele discute vários Psicólogos, como Freud, Jung, Rank e os Neofreudianos. Ele discute Terapia, Estatística, Behaviorismo, a Hierarquia de Necessidades, Defesas, Energia Psíquica, Retardo Mental, o Complexo Edipiano e Fixação.

Dois tópicos correntes são notáveis. Em primeiro lugar, existem várias discussões prolongadas sobre Freud, apontando os pontos fortes e fracos do sistema dele e, às vezes, de seu caráter. Em segundo lugar, há uma apresentação contínua (percorrendo os quatro primeiros capítulos) dos níveis da mente.

Nesse modelo, a mente consciente está imprensada entre o superconsciente (conhecimento celestial) e um subconsciente de duas camadas, com um nível superficial dominado pelo medo [ego] e um nível mais profundo preenchido com a habilidade de trabalhar em milagres [Espírito Santo].

Os impulsos dos níveis não conscientes tentam fluir para a mente consciente, no entanto, muitas vezes são bloqueados pelo “censor” ou distorcidos pelo inconsciente superficial cheio de medo. Alguns impulsos entram, porém, e a mente consciente tem que escolher entre eles [tomador de decisões].

Os milagres vêm do nível subconsciente (abaixo do consciente). As revelações vêm do nível acima do consciente. O nível consciente está no meio e reage a impulsos subconscientes ou superconscientes em proporções variáveis.

Se a regra era remover material que era tão pessoal que não pode beneficiar outros, então muito do material psicológico provavelmente deveria ter permanecido.

É verdade, uma longa discussão (sobre a patologia em torno da possessão – de pessoas, coisas e conhecimento) foi na verdade, rotulado como “menos construtivo para a maioria das pessoas” e principalmente construtivo para Psicólogos. No entanto, muito do material psicológico parece útil para os estudantes em geral.

A minha experiência […de Robert Perry], por exemplo, é que os estudantes acham o material nos níveis da mente absolutamente cativante. Na verdade, parte desse material permanece no Curso, apenas com as palavras “superconsciente” e “subconsciente” removidas. Então, por que não incluir mais disso?

Questões de vida

Em “questões de vida”, eu estou [Robert Perry] classificando o material sobre sexo, homossexualidade, seleção de parceiros, o papel do professor e pais e filhos (um dos princípios originais dos milagres começou com, “Milagres são uma bênção de pais para filhos”).

Parte desse material falava de situações pessoais, entretanto, grande parte discutia essas questões de maneira abstrata. Então, por que foi retirado?

A mais notável dessas questões da vida é o sexo, que é discutido repetidamente. Pelo HLC, no entanto, todas essas discussões foram removidas ou reformuladas de modo a não mencionar o sexo. No entanto, esse não é um material pessoal; é um ensino abstrato. Na verdade, Jesus diz que esse material é crucial para todos os milagres:

“Quero terminar as instruções sobre sexo, porque essa é uma área que o trabalhador em milagres precisa entender”.

O que Jesus diz sobre sexo? Em essência, ele diz que o impulso sexual em si tem que finalmente ser extirpado, pois a nossa atração por corpos essencialmente transforma as pessoas em objetos.

Nesse estado (que eu considero muito avançado), nós vemos o único propósito do sexo como trazer crianças ao mundo para oportunidades de aprendizado. Isso pode parecer dizer: “Controle o seu comportamento de modo que você só faça sexo para procriar”.

No entanto, Jesus diz que a resposta não é simplesmente controlar a si mesmo. Ao invés disso, “o mecanismo subjacente deve ser desenraizado”.

Nós temos que chegar a um lugar onde simplesmente nós não achamos mais os corpos atraentes. Eu [Robert Perry] pessoalmente vejo isso como consistente com o Curso posterior, que fala sobre:

“Quando o corpo deixa de atrair-te e quando não conferes nenhum valor a ele como meio de conseguires o que quer que seja, então não haverá interferência na comunicação e os teus pensamentos serão tão livres quanto os de Deus.” (T-15.IX.7:1)

O que acontece com o sexo quando você tem atração zero pelo corpo de alguém?

Material religioso e teológico

Foi removido o material que discute anjos, anjos caídos, Lúcifer, reencarnação, carma, possessão de espíritos, falar em línguas, bruxaria, auras e Ciência Cristã.

Um número de declarações teológicas claras também foram excluídas, incluindo duas menções às três funções da alma (conhecer, amar e criar) e declarações teológicas sobre o Pai e o Filho (por exemplo, “Na psique Divina, o Pai e o Espírito Santo não estão incompletos de forma alguma. A Filiação tem a faculdade única de acreditar no erro ou na incompletude”).

Todas as referências à meditação e a maioria das referências à oração foram removidas. Também foram removidas várias páginas de comentários sobre os ensinamentos de Edgar Cayce, que vieram porque Bill e Helen estavam lendo o material de Cayce na época.

Especificidades diversas

Há uma série de outras coisas que foram excluídas, que eu [Robert Perry] irei simplesmente classificar em “especificidades diversas”. Isso inclui referências intelectuais e literárias, incluindo algumas breves discussões sobre matemática e uma interpretação ousada do real significado de Dom Quixote.

Existem muitas referências a expressões comuns, como “pense grande” e “viva e deixe viver”. Existem referências a várias pessoas. Eu mencionei a maioria delas, mas nós podemos adicionar Descartes e Jeane Dixon (a Astróloga) à lista.

E, finalmente, há a seguinte lista de especificidades diversas: o Holocausto, horário de verão, a CIA, crimes sexuais, cleptomania, falência, jogos de azar, alcoolismo, problemas de visão, alquimia, criogenia, guerras, votação, exames educacionais, percepção extrassensorial e o significado psicológico dos nomes.

Como você pode ver, muito mais do que material pessoal foi retirado. O verdadeiro alvo eram os detalhes. Praticamente todas as coisas que eram específicas, concretas ou práticas foram removidas.

A reordenação do material

Como eu disse, mais de 6.000 palavras no Curso Editado foram movidas de seu local original. Isso ocorre principalmente porque os princípios dos milagres originalmente vieram intercalados com uma grande quantidade de discussões relacionadas e não relacionadas e todo esse material intercalado foi excluído ou removido para outro lugar, reduzindo a seção que contém os princípios dos milagres de 15.000 palavras para 1.400.

Parte desse reordenamento é definitivamente necessário, simplesmente porque o ditado inicial mudou muito. No entanto, eu [Robert Perry] questiono a quantidade disso. Tanto material tinha que ser removido?

Edição linha a linha

Como mencionado, há uma copiosa edição linha a linha. O grande volume disso nos surpreende, pois nós estamos acostumados a pensar nas palavras do Curso como vindas de Jesus.

O exemplo a seguir lhe dará uma ideia da Edição linha a linha. Eu sugiro que você leia de duas maneiras. Primeiro, leia cada coluna. Em seguida, leia do outro lado – lendo cada linha conforme ela evolui nas diferentes versões.

UrtextHugh Lynn CayceCurso Editado
Você agora compartilha a minha incapacidadeVocê agora compartilha a minha incapacidade  Como você compartilha a minha falta de vontade  
para tolerar a falta de amorpara tolerar a falta de amor  para aceitar o erro
em você mesmo e em todos os outros,em você mesmo e nos outros,  em você mesmo e nos outros,  
e deve se juntarvocê deve se juntar  você deve se juntar  
na Grande Cruzada para corrigi-lo.na Grande Cruzada para corrigi-lo.  na grande cruzada para corrigi-lo;  
O slogan dessa Cruzada é “Ouça, Aprenda e Faça”.O slogan da Cruzada é “Ouça, Aprenda e Faça;”-   
Isso significa Escuta a Minha Voz,  Ouve a minha voz,……  escuta a minha voz,….  
aprenda a desfazer o erro,  aprenda a desfazer o erro,  aprenda a desfazer o erro,    
e Faça algo para corrigi-lo.  e faça algo para corrigi-lo.e aja para corrigi-lo.
Os dois primeiros não são suficientes.    
Os verdadeiros membros do meu partido    
são trabalhadores ativos.    
linha a linha…

Esse breve exemplo contém quase todas as características importantes da Edição linha a linha:

Muita edição

O grande volume de mudanças é impressionante. De 68 palavras, 44 palavras foram alteradas (removidas, substituídas, adicionadas ou sem itálico).

Fidelidade

Os editores claramente tentaram muito ser fiéis ao significado do original. É difícil detectar uma mudança significativa no significado.

Ligeiras alterações de significado

Embora não haja mudanças significativas no significado de nossa passagem, há algumas pequenas alterações. Na versão editada, você se une à grande cruzada porque não está disposto a aceitar o erro (ou a falta de amor). Na versão original, entretanto, tanto a sua adesão à Grande Cruzada quanto a sua relutância em aceitar a falta de amor vêm do fato de que você “foi restaurado ao seu estado original” (da linha anterior à nossa passagem). Essa é uma alteração muito pequena. Um pouco mais significativo é a minimização do comportamento nas linhas finais. Este é um padrão consistente na edição que eu [Robert Perry] discutirei abaixo.

Menos animado, mais manso

Após a edição, o material geralmente é menos animado e vivaz. No original, você vem a ser incapaz de tolerar a falta de amor. Na versão publicada, entretanto, você simplesmente não deseja aceitar o erro. Há uma nota insistente e enfática no original que é consistentemente suavizada pela edição. Isso faz com que o Curso pareça mais remoto, mais manso. Colocado próximo ao original, parece higienizado.

Menos específico

A remoção de detalhes ocorre linha a linha. Você pode ver isso aqui. A Cruzada não tem mais um “slogan” e não há mais um “partido” com “trabalhadores”. A imagem cultural familiar de um partido político em uma cruzada, com trabalhadores ocupados gritando o seu slogan, foi eliminada.

Mais vago

Embora o significado de nossa passagem não tenha sido mudado, ele é um pouco menos aparente. Por exemplo, agora nós somos capazes de nos perguntar o que significa o “ato de corrigir” erro. Isso significa ação física? O original, no entanto, não deixa dúvidas: “faça algo para corrigi-lo … Os verdadeiros membros do meu partido são trabalhadores ativos”. Sim, ele está falando sobre ação física. Outro motivo para a perda de clareza é a remoção do itálico. À medida que a nossa passagem evolui, as palavras em itálico vão de 4 para 0. Embora a diminuição do itálico (uma tendência ao longo da edição) elimine a impressão de que Jesus está gritando, o itálico definitivamente aumenta a clareza. Eu encontrei muitas passagens onde saber que uma palavra específica estava originalmente em itálico abre todo o significado da passagem.

Comprimido

A edição resulta em cada vez menos palavras. Nós passamos [em Inglês] de 68 palavras (Urtext) para 47 (HLC) e 34 (Curso Editado). As mesmas ideias são compactadas em um espaço cada vez menor. Um resultado infeliz disso é que, muitas vezes, ideias que você originalmente teve tempo de digerir, agora vêm rápido demais para que você as absorva adequadamente.

Mais formal, menos coloquial e franco

No geral, a edição parece projetada para fazer o início do Curso parecer menos informal e coloquial. Se você ler a primeira e a última versão de nossa passagem acima, poderá sentir a diferença. Para outro exemplo, uma linha que originalmente dizia “Você e Bill têm tido medo de Deus, de mim, de vocês mesmos e de praticamente todos que vocês conhecem em um momento ou outro” vem a ser simplesmente, “Vocês têm medo de tudo e de todos.” O Curso inicial agora se parece menos com alguém falando e mais, na verdade, como a imponência do Curso posterior. A questão é: o que é melhor? Há momentos em que eu [Robert Perry] prefiro as passagens editadas, no entanto, na maioria das vezes eu [Robert Perry] prefiro o original franco. Eu [Robert Perry] gosto de ser contatado de uma maneira clara e realista nos primeiros capítulos, antes que o Curso decole para o tom estratosférico do material posterior.

Principalmente desnecessário

Se quiser, volte e leia a primeira versão de nossa passagem. Então pergunte a si mesmo, o que há de errado nisso? De quanta edição ele realmente necessita? Ele necessita de alguma? Eu [Robert Perry] pessoalmente não penso que necessite de muita edição, se houver. Na verdade, eu prefiro a qualquer uma das versões editadas. Agora, isso não é verdade para todas as passagens do Urtext. Muitas são muito grosseiras e obviamente necessitam de polimento. No entanto, a minha opinião [Robert Perry] é que a maior parte da Edição linha a linha era desnecessária. Pense nas instruções de Jesus. Ele disse para remover o material pessoal e corrigir os erros das transcrições. A Edição em nossa passagem se encaixa em alguma dessas regras?

Edição para tornar o conteúdo consistente com o Curso

Existem três outros aspectos da Edição linha a linha que eu [Robert Perry] discutirei. A primeira é a Edição para harmonizar o significado das passagens com o Curso posterior – parte do processo de correção de erros da transcrição. Os principais exemplos disso são os seguintes:

(*) Todas as (6) referências à aceleração celestial foram removidas.

(*) Todas as (7) referências ao Registro, que parecem semelhantes aos registros Akáshicos, foram removidas.

(*) Conforme mencionado acima, o comportamento foi sistematicamente minimizado. Nos primeiros cinco capítulos, as referências a “comportamento” e “comportar-se” caem de 68 no Urtext para 20 no Curso Editado. Todas (5) referências ao “fazedor” foram removidas. No Capítulo 9, a linha “Esse Curso é um guia de comportamento” foi removida. Eu presumo que tudo isso tenha sido feito para se ajustar à ênfase do Curso no pensamento ao invés do comportamento. No entanto, eu penso que essas mudanças são inadequadas, uma vez que o comportamento permanece importante ao longo do Curso, apesar da palavra ser raramente usada.

(*) Algumas das primeiras referências ao Espírito Santo falam Dele como um “isso” que é simplesmente “a tua mente sã”, ao invés de um “Ele” Que “habita na parte da tua sua mente…” (ET.6.4:1). Essas referências foram alteradas para ler como o Curso posterior.

(*) No Urtext inicial, o mundo é caracterizado como sendo feito pelo Divino em resposta à separação, como um dispositivo de ensino para nos conduzir para fora da separação. No Curso posterior, o mundo é a manifestação direta da separação, embora o Espírito Santo o use como um dispositivo de aprendizado. Por causa dessa discrepância, quatro dessas referências iniciais foram suavizadas. Por exemplo:

UrtextCurso Editado
Deus criou o tempo para que
o homem pudesse usá-lo criativamente…

O tempo é um instrumento de ensino
e um meio para um fim.
O objetivo do tempo é permitir que
você aprenda a usá-lo de maneira construtiva.

É, portanto, um instrumento de ensino
e um meio para um fim.
O mundo é caracterizado…

Terminologia

Houve uma série de mudanças na terminologia inicial.

As referências a “alma” foram alteradas para “espírito” ou “mente”.

As palavras “criar”, “desejar” e “conhecer” foram alteradas em deferência ao seu significado posterior, mais técnico (embora não inteiramente consistente).

“O olho espiritual” foi alterado para “vista espiritual” ou “visão espiritual” (o Urtext define o olho espiritual como “visão verdadeira”). No entanto, em cinco lugares o olho espiritual foi mudado para “o Espírito Santo” (por exemplo, ver os princípios dos milagres 38 e 39); essas mudanças estão incorretas.

O ego foi algumas vezes referido como “ele” no início; essas instâncias foram alteradas para o “isso” habitual.

“Projeção” era originalmente um termo genérico que abrangia “projeções falsas” e “projeções verdadeiras”. As últimas referências foram alteradas para “extensão”.

Todas as ocorrências de “jornada tola” foram substituídas por “jornada inútil”.

A palavra “humano”, predominante nos capítulos iniciais, foi removida.

As referências ao “self” (“s” minúsculo) foram quase todas removidas.

“Homem” foi quase todo substituído por “você”.

Erros de edição

Seria difícil fazer tantas Edições linha a linha e não cometer um erro ocasional. Na verdade, uma série de erros inequívocos – mudanças no significado do original – se infiltraram no material (conto 27 nos primeiros dois capítulos). Aqui estão alguns exemplos:

UrtextCurso EditadoNatureza do erro
“Não nos deixeis cair em tentação” significa “guie-nos para fora de nossos próprios erros”. “Pega a tua cruz e segue-me” deve ser interpretado como “Reconhece os teus erros e escolhe abandoná-los seguindo a Minha orientação”.“Não nos deixeis cair em tentação” significa “Reconhece os teus erros e escolhe abandoná-los, seguindo a minha orientação”. (T-1.III.4:7)  



“Não nos deixes cair em tentação” foi atribuída a interpretação originalmente dada para “Pega a tua cruz e segue-me”.




A negação do erro resulta em projeção. A correção do erro traz a liberação. [“O erro” é o erro responsável pelo prazer sexual.]


A negação do Ser resulta em ilusões, enquanto a correção do erro traz a liberação disso. (T-1.VII.1:6)  


No original, você se recusa a enfrentar dentro de si o erro por trás do prazer sexual e, portanto, projeta esse erro para fora. Na versão editada, entretanto, você se recusa a reconhecer o seu verdadeiro Eu e, assim, cai em ilusões.
Todos os meios materiais que o homem aceita como remédio para doenças do corpo são simplesmente reafirmações de princípios mágicos. Isso foi o primeiro nível de erro acreditar que o corpo criou a sua própria doença. Depois disso, é um segundo passo equivocado tentar curá-lo [healing] por meio de agentes não criativos.


Todos os meios materiais que aceitas como remédios para enfermidades corporais são reafirmações de princípios mágicos. Esse é o primeiro passo para se acreditar que o corpo faz as suas próprias enfermidades. O segundo passo equivocado é tentar curá-lo [healing] através de agentes não criativos.  (T.2.IV.4:1-3)


No original, existem dois passos equivocados. Primeiro, você acredita que o corpo criou a sua própria doença. Segundo, você tenta curá-lo [healing] por meio de agentes não criativos. Na versão editada, no entanto, as duas etapas agora são as mesmas. Primeiro passo: tentar remediar doenças corporais usando “meios materiais”. Segundo passo: tentar curar [heal] o corpo por meio de “agentes não criativos”.
erros de edição…

AVALIAÇÃO

Agora que nós vimos a Edição, o que nós fazemos com ela? Foi um trabalho de Edição ideal? Ou talvez tenha alterado a mensagem do Curso? Essas perguntas parecem inadequadas se você acredita que Jesus orientou especificamente toda a Edição. No entanto, os editores nunca afirmaram realmente isso. Ken Wapnick, por exemplo, não disse que ele e Helen perguntaram sobre cada decisão de Edição específica (e pode haver centenas por página). Ele simplesmente disse: “Nós dois sentimos a presença [de Jesus] nos guiando neste trabalho.” [6]

A regra de orientação por trás da Edição

Nós vimos anteriormente que as instruções que Jesus deu para a Edição foram as seguintes:

  • Se o que você escreve é ​​tão pessoal que não pode beneficiar outras pessoas, retire-o.
  • Se você anotar erros de escriba [transcrição], corrija-os.

O problema não é que os editores não seguiram essas instruções – eu [Robert Perry] penso que sim. O problema é que eles foram muito além dessas instruções.

Jesus disse que os ensinamentos sobre sexo eram algo que “o trabalhador em milagres precisa compreender”, mas eles foram eliminados.

Havia uma oração que ele chamou de “a porta que conduz para fora do deserto para sempre” e que ele disse especificamente “pode ser útil para outros milagres além de você”, mas não foi incluída. Uma análise detalhada dos vários tipos de mudanças revela que havia uma única regra de orientação por trás da edição:

Faça com que o Curso inicial seja lido tanto quanto possível como o Curso posterior.

O Curso posterior é notoriamente abstrato e, portanto, sob essa regra orientadora, quase tudo específico e concreto no Curso inicial foi removido. A linguagem do Curso posterior é mais formal e altiva e, portanto, sob esta regra, o tom informal e prático do Curso inicial foi eliminado.

Bem, não há nada de sinistro nessa regra de orientação. Quando eu reviso as mudanças feitas pelos editores, fico com a impressão de que a edição foi um esforço muito sincero.

Foi abordado com uma verdadeira dedicação em fazer certo e com uma verdadeira homenagem ao material em seus próprios termos. Isso não mudou a mensagem do Curso.

O problema com essa regra de orientação é que não é a instrução que Jesus deu a eles. E isso levou a muito mais edições do que as suas instruções sozinhas jamais teriam. Simplesmente há muita edição no início do Curso. Eles realmente necessitavam retirar o equivalente aos cinco primeiros capítulos?

Que diferença isso faz, você pode perguntar? Para ser honesto, não faz muita diferença. A mensagem do Curso, como eu [Robert Perry] disse, permaneceu intacta.

No entanto, aqui está a diferença que faz: quando você encontra um material muito abstrato, você imediatamente diz: “Você pode me dar um exemplo? Você pode ser mais específico?

Bem, o ditado inicial está cheio de exemplos específicos. Quando você encontra ideias desconhecidas, você deseja que alguém as relacione com o que é familiar.

O ditado inicial relaciona o Curso às ideias de outros pensadores e a questões comuns da vida. Quando você encontra os diferentes estilos de escrita de Um Curso em Milagres, você diz: “Você pode me dar isso em um Inglês simples?” O Inglês do ditado inicial é muito mais simples.

Esse material inicial, então, contém uma excelente ponte para o mundo estranho e não familiar do Curso. E por um bom motivo – porque isso é exatamente o que deveria ser para Helen e Bill. Eles necessitavam dos altivos princípios do Curso trazidos à terra e relacionados às suas vidas, aos seus aprendizados e aos seus mundos. Eles necessitavam de uma ponte. Na verdade, vimos Ken Wapnick acima dizendo que o material psicológico era apenas uma “ponte” para eles.

Se Helen e Bill necessitavam de uma ponte, certamente o resto de nós também necessita. No entanto, para os leitores do Curso publicado, essa ponte foi queimada.

Os primeiros capítulos do Curso foram transformados de muito específicos e claros para o material enigmático que nós encontramos lá agora. E são aqueles capítulos iniciais enigmáticos que os estudantes enfrentam quando começam o Curso.

A ponte que eles poderiam ter atravessado se transformou em um rio que eles necessitam atravessar a nado. E eu conversei com muitos deles que nunca chegaram ao outro lado do rio.

Como a edição excessiva aconteceu?

Muitos acusaram Ken Wapnick de edição excessiva do Curso inicial. No entanto, todas as evidências que posso ver apontam para outra pessoa como sendo a principal responsável: Helen Schucman.

Eu não tenho a intenção de difamar Helen; ela deu a todos nós um presente (uma dádiva) incalculável. Eu estou apenas tentando resolver um quebra-cabeça histórico.

A edição excessiva esteve presente do início ao fim, nas decisões sobre o que não digitar no Urtext a partir dos Cadernos de Taquigrafia (Helen), na edição do HLC (Helen e Bill) e na edição do Curso Editado (Helen e Ken). E Helen foi a única envolvida em todos os três processos.

Na verdade, Ken Wapnick afirma que ela foi responsável pela Edição que fez com ele. “Helen era extraordinariamente protetora de Um Curso em Milagres e não teria permitido que nada fosse feito com o material sem a sua aprovação.” [7]

“Helen era uma editora compulsiva”, [8] diz Ken. Com relação à edição do Curso, ela mesma disse: “Eu queria mudar quase tudo”.

Essa edição compulsiva piorou em certas condições. Ken relata que, ao contar a sua história com o Curso em sua autobiografia, “o seu desconforto levou diretamente a uma edição excessiva quase violenta”. [9] Ele diz que, por essa razão, a nova Edição de sua autobiografia que eles tentaram, “Provou ser ainda pior do que o original de muitas maneiras.” [10]

Ken Wapnick diz que Helen estava “muito envergonhada” dos primeiros capítulos do Curso e preferia imensamente os capítulos posteriores:

À medida que o texto avança, a escrita vem a ser cada vez mais bela e a última metade do Texto é preenchida com passagem após passagem em maravilhosos versos em branco. Esse não é o caso nos primeiros quatro capítulos, entretanto. E Helen sempre teve muita vergonha deles. Na verdade, quando alguém nos primeiros dias queria ver o Curso – e ela mostrava o Curso para muito, muito, muito poucas pessoas (e ela não mostrava a eles todo o Curso) – ela apenas mostrava o que é realmente lindo, passagens rapsódias e extáticas. E ela sempre teve vergonha dessa parte inicial. [11]

Parte do que Helen não gostou no material inicial foi provavelmente a sua especificidade. Duas vezes no Urtext, Jesus diz a Helen que o “pensamento dela é muito abstrato”.

Dado que a edição compulsiva de Helen poderia se tornar “edição excessiva violenta” quando ela se sentia desconfortável, como nós esperaríamos que ela reagisse ao seu extremo desconforto nos primeiros capítulos? Como ela poderia resistir completamente à tentação de fazê-los parecer os capítulos posteriores que ela tanto preferia? E não é estranho que exatamente o que esperaríamos dela – a tentativa de fazer o Curso inicial parecer o Curso posterior – seja a regra de orientação que pode ser observada em toda a edição? Ken Wapnick afirma que Helen “foi capaz de resistir a [sua] compulsividade durante a Edição do Curso”, [12] no entanto, com base nas evidências, eu não penso que ela foi capaz de resistir completamente.

E agora?

Existe uma versão ideal de Um Curso em Milagres? Eu [Robert Perry] penso que a resposta simples é, sim, qualquer versão que você realmente use. No final, é claro, o importante é realmente fazer o Curso, não discutir a sua Edição. Por enquanto, eu mesmo [Robert Perry] continuarei a ensinar a partir do Curso Editado, embora suplementado por material do Urtext.

O ideal, porém, eu penso que deveria haver uma nova Edição do Curso, uma que não ultrapasse as instruções de edição de Jesus, uma cuja edição seja mais mínima.

Dessa forma, os estudantes poderiam entrar no mundo desconhecido do Curso caminhando por uma versão mais polida da mesma ponte que Helen e Bill cruzaram. Os meus motivos para pensar que uma nova Edição é necessária devem ser óbvios agora, mas há um motivo principal que eu não mencionei.

Parte da necessidade para a Segunda Edição, como nós vimos antes, era que uma espécie de jogo do telefone(*) havia ocorrido com as redigitações do Texto. Ocorreram quatro redigitações, duas das quais não foram revisadas e duas não foram devidamente revisadas.

(*) minha observação: jogo do telefone é um jogo em que uma mensagem é passada, em um sussurro, por cada uma de várias pessoas, de modo que a versão final da mensagem é muitas vezes radicalmente alterada em relação ao original; o jogo do telefone ilustra a rapidez com que uma mensagem pode ser alterada, mesmo quando passada de pessoa para pessoa em uma linha relativamente curta.

Isso significava que os erros (erros tipográficos e omissões inadvertidas de material), ao invés de serem corrigidos, simplesmente se acumulavam a cada nova digitação.

Portanto, para a Segunda Edição, os revisores voltaram ao início para pegar todos os erros: “Os três livros da Primeira Edição de Um Curso em Milagres foram revisados ​​contra o texto que Bill digitou originalmente das notas de Helen.”

O que ainda eu não mencionei é que um jogo do telefone semelhante ocorreu com a Edição do Curso. Uma comparação próxima das diferentes versões revela que cada versão foi editada apenas por consulta à versão mais recente. Em outras palavras, o HLC foi editado apenas consultando o Urtext, não os Cadernos de Taquigrafia. O Curso Editado foi publicado apenas consultando o HLC, não o Urtext ou os Cadernos de Taquigrafia. Se você olhar a passagem da “Grande Cruzada” acima, você pode ver isso.

Observe como, uma vez que o material sai, ele permanece fora; não é colocado de volta. Observe como, uma vez que mesmo as alterações menores são feitas, elas não são desfeitas; eles permanecem ou são alterados posteriormente. E o que você vê nessa passagem é verdade em todo o caminho.

Portanto, havia uma espécie de jogo do telefone, que, nesse caso, significa que decisões de edição imperfeitas, ao invés de serem corrigidas, simplesmente se agravavam conforme a cadeia aumentava.

Portanto, assim como alguém voltou ao início para pegar todos os erros de digitação da Segunda Edição, também alguém necessita voltar ao início (nesse caso, para os Cadernos de Taquigrafia) e reexaminar todas as decisões de Edição.

Essa nova Edição deve receber o cuidado adequado ao status escritural que o Curso adquiriu para tantos milhares de buscadores, o tipo de cuidado que você associa a uma nova tradução da Bíblia.

No mínimo, deve haver uma versão autorizada dos Cadernos de Notas de Taquigrafia, o Urtext e o HLC. Isso garantiria que nós temos versões completas e precisas do Urtext e HLC e também tornaria os Cadernos de Notas de Taquigrafia disponíveis publicamente.

Dado que as versões anteriores ainda estão protegidas por direitos autorais (embora o status dos direitos autorais do HLC seja incerto), eu tenho dificuldade em imaginar que elas serão publicadas ou que uma nova Edição será realizada.

Onde isso nos deixa? Aqui, como em tantos outros lugares, nós somos capazes de recorrer às próprias palavras de Jesus. Uma vez, quando Helen temeu estar ouvindo Jesus incorretamente, ele disse:

Contradições em minhas palavras significam falta de entendimento ou falhas de escriba, que eu faço todos os esforços para corrigir. Mas eles ainda não são cruciais. A Bíblia tem o mesmo problema, eu garanto a você e ela ainda está sendo editada. Considere o poder da minha Palavra, pois ela resistiu a todos os ataques de erro e é a Fonte da Verdade.

Corrigir os erros no Curso é importante, mas “não crucial”. Por causa do poder de sua Palavra, a verdade vai passar de qualquer maneira. Afinal, a sua Palavra na Bíblia ainda é “a Fonte da Verdade”, apesar de seus erros de transcrição, que ainda estão sendo editados.

Jesus também discutiu a Edição das leituras de Edgar Cayce. Ele afirmou que “Cayce era um ouvinte um tanto errático” e que, portanto, as suas leituras necessitavam ser editadas e “purgadas de seus erros essenciais”.

Jesus concluiu: “Quando chegar a hora em que isso possa ser corrigido até o ponto de verdadeira segurança, garanto que isso será realizado” – embora Cayce já estivesse morto há vinte anos.

Jesus mais tarde comparou a edição das leituras de Cayce à edição do Curso:

Eu disse que editaria as anotações com você quando fosse útil fazê-lo… Já disse a você, em relação a Cayce, que, por respeito aos seus grandes esforços em Meu nome, não deixaria o seu trabalho de vida levar a nada além da verdade no final. Essas anotações são parte do trabalho de sua vida e vou tratá-las com igual respeito. [13]

Jesus, portanto, comparou a Edição de dois conjuntos de ensinamentos – a Bíblia e as leituras de Cayce – à edição de Um Curso em Milagres.

E com ambos ele falou sobre eles serem editados muito depois de seus autores terem partido. Claramente, ele carrega uma perspectiva de longo prazo nessas questões. Se algumas décadas ou mesmo alguns séculos se passarem antes que uma Edição ideal possa ser feita, que seja.

Por enquanto, então, as imperfeições de Edição do Curso não são cruciais, mas em algum ponto, Jesus garantirá que o Curso seja colocado em sua forma ideal. Pois nós temos a sua promessa de que ele não deixaria “a obra de vida de Helen levar a nada além da verdade no final.”

[1] “The Urtext and the Early Chapters of the Text of A Course in Miracles

[2] Absence from Felicity, p. 220

[3] Absence from Felicity, p. 223

[4] W-pI.106.6:5

[5] See Absence, p. 294

[6] Absence

[7] The Early Manuscript of “A Course in Miracles” Given to Hugh Lynn Cayce

[8] Absence, editing chapter

[9] Absence, p. 1.

[10] Absence, p. 1.

[11] “The Urtext and the Early Chapters of the Text of  A Course in Miracles

[12] Absence, editing chapter

[13] Absence from Felicity, p. 296

—–

Minha observação:

Em nosso caso no Brasil ainda nós temos mais uma reedição por tratar-se de uma tradução do Inglês para o Português.

Assim como consta na Introdução Geral de UCEM, na sua 2ª Edição, com Copyright© 1994 da edição em língua portuguesa:

A Fundação Para a Paz Interior (Foundation for Inner Peace) tem se guiado pelo princípio de que a tradução de Um Curso em Milagres tem que ser tão próxima quanto possível (o destaque é meu e não da FIP) do original em inglês. Os tradutores de Um Curso em Milagres fazem face a dois desafios. Em primeiro lugar, precisam dominar o Curso em inglês, que não é a sua língua natal. Depois, têm que expressar essa compreensão nas suas respectivas línguas, um processo sobrecarregado com todos os problemas de conectar duas culturas diferentes. Eles precisam vencer ambos sem perder o significado e as sutilezas do sistema de pensamento do Curso.

Como o curso declara:

…um bom tradutor, embora tenha que alterar a forma do que traduz, nunca altera o significado. De fato, todo o seu propósito é mudar a forma de modo que o significado original se mantenha.” (T-7.II.4:3-4)

Em Nota do Tradutor nós temos:

O Curso dá novos significados a palavras tradicionalmente empregadas no contexto do cristianismo assim como cria neologismos. A disparidade entre as duas línguas também faz com que seja difícil traduzir com precisão certas palavras.

Palavras como specialness, awareness/consciousness, to be, being/self, change of mind, to join/to unite, to know, to will/to want tiveram que passar por esse processo de tratamento especial na tradução, para respeitar as diferenças entre as línguas e principalmente o sistema de pensamento do Curso.

O milagre interno.

Milagres não são apenas algo que você dá aos outros. Eles também são algo que Jesus dá à sua própria mente. Eles agem como catalisadores que quebram a percepção equivocada e a curam [healing]. Eles curam [healing] a sua confusão de níveis, colocando o corpo e o espírito na perspectiva adequada para você. Para se beneficiar deles, você tem que estar disposto a comparar as suas percepções equivocadas com a realidade única do amor perfeito.Robert Perry.

Definição geral do milagre:

Milagres são expressões de amor – uma pessoa expressando amor para uma outra. Para fazer milagres, então, você deve ter amor em você. Você deve ter a percepção das pessoas que estão recebendo como tendo um valor inestimável e como sendo semelhantes a você. O seu milagre honra a santidade e a perfeição que Deus criou nelas. Isso as curará, restaurando o senso de integridade delas e até mesmo curando o corpo delas. Além disso, você, como doador, ganhará em amor e força. Seus milagres irão curar indivíduos em lugares distantes, permitir que grupos dos quais você faça parte cooperem suavemente e, por fim, eles [os milagres] aproximarão o dia em que todos se reunirão no Céu. Você deve devotar todos os dias para fazer milagres, pois é para isso que existe o tempo.”  Robert Perry

Bibliografia da OREM3:

1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição –  copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.

2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/

3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.

4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).

5) Livro “Uma Introdução Básica a Um Curso em Milagres”,  Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.

7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html

9) E-book “Study Guide for A Course in Miracles”, Foundation for Inner Peace (tradução livre: Guia de Estudo para Um Curso em Milagres, Fundação para a Paz Interior).

10) Artigo “The Course’s Use of Language” (tradução livre: “O Uso da Linguagem do Curso”), extraído do livro “The Message of A Course in Miracles” (tradução livre: “A Mensagem de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

11) Artigo Who Am I? (tradução livre: Quem Sou Eu?) – Beverly Hutchinson McNeff – Site: https://www.miraclecenter.org/wp/who-am-i/

12) Artigo “Jesus: The Manifestation of the Holy Spirit – Excerpts from the Workshop held at the Foundation for A Course in Miracles – Temecula CA” (tradução livre: Jesus: A Manifestação do Espírito Santo – Trechos da Oficina realizada na Fundação para Um Curso em Milagres – Temecula CA) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

13) Livro “Quantum Questions” (tradução livre: “Questões Quânticas”) – Ken Wilburn

14) Livro “Um Retorno ao Amor” – Marianne Williamson.

15) Glossário do site Foundation for A Course in Miracles (tradução livre: Fundação para Um Curso em Milagres), do Dr. Kenneth Wapnick, https://facim.org/glossary/

16) Livro Um Curso em Milagres – Esclarecimento de Termos.

17) Artigo “The Metaphysics of Separation and Forgiveness” (tradução livre: “A Metafísica da Separação e do Perdão”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

18) Livro “Os Ensinamentos Místicos de Jesus” – Compilado por David Hoffmeister – 2016 Living Miracles Publications.

19) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – A Canção da Oração” – Helen Schucman – Fundação para a Paz Interior.

20) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – Psicoterapia: Propósito, Processo e Prática.

21) Workshop “O que significa ser um professor de Deus”, proferido pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D..

22) Artigo escrito pelo escritor Paul West, autor do livro “I Am Love” (tradução livre: “Eu Sou Amor”), blog https://www.voiceforgod.net/.

23) Artigo “The Beginning Of The World” (tradução livre: “O Começo do Mundo”) – Dr Kenneth Wapnick.

24) Artigo “Duality as Metaphor in A Course in Miracles” (tradução livre: “Dualidade como Metáfora em Um Curso em Milagres”) – Um providencial e didático artigo, considerado pelo próprio autor como sendo um dos artigos (workshop) mais importantes por ele escrito e agora compartilhado pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

25) Artigo “Healing the Dream of Sickness” (tradução livre: “Curando o Sonho da Doença”  – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

26) Livro “The Message of A Course in Miracles – A translation of the Text in plain language” (tradução livre: “A mensagem de Um Curso em Milagres – Uma tradução do Texto em linguagem simples”) – Elizabeth A. Cronkhite.

27) E-book “Jesus: A New Covenant ACIM” – Chapter 20 – Clearing Beliefs and Desires – Cay Villars – Joininginlight.net© (tradução livre: “Jesus: Uma Nova Aliança UCEM” – Capítulo 20 – Clarificando Crenças e Desejos).

28) Artigo “Strangers in a Strange World – The Search for Meaning and Hope” (tradução livre: “Estranhos em um mundo estranho – A busca por significado e esperança”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.

29) Artigo “To Be in the World and Not of It” (tradução livre: “Estar no Mundo e São Ser Dele”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.

30) Site https://circleofa.org/.

31) Livro “A Course in Miracles – Urtext Manuscripts – Complete Seven Volume Combined Edition. Published by Miracles in Action Press – 2009 1ª Edição.

32) Tradução livre do capítulo Urtext “The Relationship of Miracles and Revelation” (N 75 4:102).

33) Artigo “How To Work Miracles” (tradução livre “Como Fazer Milagres”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/how-to-work-miracles/.

34) Artigo “A New Vision of the Miracle” (tradução livre: “Uma Nova Visão do Milagre”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/a-new-vision-of-the-miracle/.

35) Artigo “What Is a Miracle?” (tradução livre: “O que é um milagre?”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/what-is-a-miracle/.

36) Artigo “How Does ACIM Define Miracle?” (tradução livre: “Como o UCEM define milagre?”), de Bart Bacon https://www.miracles-course.org/index.php?option=com_content&view=article&id=232:how-does-acim-define-miracle&catid=37&Itemid=57.

37) Livro “Os cinquenta princípios dos milagres de Um Curso em Milagres”, de Kenneth Wapnick, Ph.D..

38) Artigo “The Fifty Miracle Principles: The Foundation That Jesus Laid For His Course” (tradução livre: “Os cinquenta princípios dos milagres: a base que Jesus estabeleceu para o seu Curso”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/the-fifty-miracle-principles-the-foundation-that-jesus-laid-for-his-course/.

39) Artigo “Ishmael Gilbert, Miracle Worker” (tradução livre: “Ishmael Gilbert, Trabalhador em Milagre”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/ishmael-gilbert-miracle-worker/.

40) Blog “A versão Urtext da obra Um Curso em Milagres (UCEM)” https://www.umcursoemmilagresurtext.com.br/.

41) Blog “Course in Miracles Society – CIMS – Original Edition” https://www.jcim.net/about-course-in-miracles-society/.

42) Site Google tradutor https://translate.google.com.br/?hl=pt-BR.

43) Site WordReference.com | Dicionários on-line de idiomas https://www.wordreference.com/enpt/entitled.

44) Artigo “The earlier versions and the editing of A Course in Miracles” (tradução livre: “As versões iniciais e a edição de Um Curso em Milagres), autor Robert Perry https://circleofa.org/library/the-earlier-versions-and-the-editing-of-a-course-in-miracles/.

44) Livro “A Course in Miracles: Completed and Annotated Edition” (“Edição Completa e Anotada”) – Circle of Atonement.

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Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo. LE.II.13

Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.
T.In.2:2-4
Autor

Graduação: Engenharia Operacional Química. Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing - PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras - FGV/SP. Blog Projeto OREM® - Oficina de Reprogramação Emocional e Mental - O Blog aborda quatro sistemas de pensamento sobre Espiritualidade Não-Dualista, através de 4 categorias, visando estudos e pesquisas complementares, assim como práticas efetivas sobre o tema: OREM1) Ho’oponopono - Psicofilosofia Huna. OREM2) A Profecia Celestina. OREM3) Um Curso em Milagres. OREM4) A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE) - Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT). Pesquisador Independente sobre Espiritualidade Não-Dualista como uma proposta inovadora de filosofia de vida para os padrões Ocidentais de pensamentos, comportamentos e tomadas de decisões (pessoais, empresariais, governamentais). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

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