Como o título aborda, o objetivo desse artigo é avaliar o que o Curso quer dizer quando faz referências ao que ele chama de “a religião do ego”, acreditando que esse conhecimento ajudará e muito no perfeito entendimento do sistema de pensamento de Um Curso em Milagres.
Nós buscamos inspiração na mensagem do Professor Robert Perry, em seu artigo intitulado “The religion of the ego” (tradução livre: “A religião do ego”), que nós estamos transcrevendo trechos, em tradução livre, a seguir.
Tradução livre Projeto OREM® (PO)
O artigo completo em Inglês pode ser acessado no site Circle of Atonement, através do link https://circleofa.org/library/the-religion-of-the-ego/.
“Muitos de nós que estamos lendo esse artigo provavelmente não identificamos a nós mesmos como particularmente religiosos. Ao invés disso, provavelmente nós nos consideramos ‘espiritualizados‘ ao invés de ‘religiosos’. Por que razão? O que há com esse rótulo de que nós queremos manter distância?
Eu darei a minha própria resposta [do autor] a essa pergunta. Embora eu tenha feito amizade com o termo ‘religioso’ nos últimos anos, eu ainda não me sinto muito religioso. Eu evito a igreja como uma praga. Eu tenho aversão a qualquer tipo de ritual ou cerimônia. Essas coisas são boas para os outros; elas simplesmente não combinam comigo. Por que não?
Eu penso que há algo no cerne do impulso religioso que eu penso ser um pouco assustador. Isso é tão total. O impulso religioso é aquele em que você dá tudo de si, em fidelidade, obediência, amor e adoração, para Deus.
Você pertence a Deus – em mente e coração, corpo e alma. Se você seguir até o fim com esse impulso, você não reterá nada de si mesmo. É tudo dado a Deus, que basicamente possui você. Você não é mais seu. Você é Dele.
Essa ideia não assusta você um pouco? Eu quero dizer e se você errar? E se você se entregar a um Deus que é basicamente uma ficção humana? Eu não estou dizendo que Deus não existe – eu estou obviamente convencido de que ele existe – mas existem tantas maneiras diferentes e irreconciliáveis de conceber Deus que a maioria delas deve necessariamente conter muita ficção.
Então, na pior das hipóteses, digamos que você se entregue completamente ao que é essencialmente uma ficção feita pelo homem.
Aí está você, balançando com a multidão, lágrimas de alegria escorrendo pelo seu rosto, cantando de todo o seu coração para uma divindade que é basicamente um mito inventado por um bando de homens da Idade do Ferro.
Isso pode parecer inofensivo, mas não para por aí. Pois essa divindade fictícia pede todos os tipos de coisas de você.
Ela pede que você siga uma longa lista de regras aparentemente arbitrárias ou enfrente consequências terríveis.
Ela pede que você participe de todos os tipos de rituais que parecem sem sentido para um observador externo, mas que você e os seus companheiros acreditam possuir um poder mágico secreto.
Ela pede que você faça todos os tipos de sacrifícios em Seu nome.
Ela pede que você entregue a sua mente e acredite nas coisas ‘pela fé’, mesmo que elas irão contra todas as evidências.
Esse último é particularmente assustador, porque priva a coisa toda de um meio de revisão.
Se esse Deus é a única autoridade e, portanto, automaticamente anula a sua razão, então que base você tem para questionar o Seu sistema?
Eu não vejo isso como influência da própria religião. Pessoalmente, eu vejo muita beleza na religião. Mas esse é o lado assustador da religião e assusta a todos nós. Ela traz imagens dos seguidores de Jim Jones mortos na Guiana [seita Templo dos Povos] ou do suicídio em massa do Heaven’s Gate em San Diego[*].
[*Heaven’s Gate foi uma religião OVNI Americana liderada por Marshall Applewhite e Bonnie Nettles. Em 26 de março de 1997, quando o cometa Hale-Bopp estava no seu brilho máximo, a polícia encontrou os corpos de 39 de seus membros, que haviam cometido suicídio coletivo. Fonte Wikipédia.]
Todos nós sabemos que, no extremo, um Deus fictício é capaz de pedir tudo de você e que você já é capaz de ter perdido toda a capacidade de questioná-Lo. Você deu tudo a Ele e Ele então passou a levar tudo.
É por isso que eu mantenho distância do impulso religioso. Eu quero controlar a mim mesmo. Eu quero ser a minha própria pessoa. Acima de tudo, eu quero reter a minha razão e usá-la para derrubar quaisquer ficções que fariam grandes promessas como pretexto para me esgotar. Ou assim eu penso.
Pois o problema com essas afirmações ousadas sobre eu mesmo, do ponto de vista de Um Curso em Milagres, é que elas estão cem por cento erradas.
O impulso religioso é inerente ao nosso ser
“A impressão que eu tenho [o autor do artigo] sobre o Curso é que ser religioso é uma parte fundamental e inextricável de nosso ser. Nós fomos criados por Deus e, portanto, entrelaçado em nosso ser está um reconhecimento inerente de nosso Criador.
Consequentemente, em nosso âmago, nós estamos permanentemente voltados para Deus em um reconhecimento natural dEle como a nossa Fonte.
Isso resulta em uma demonstração sem esforço de amor e gratidão para com ele. Como o Curso coloca,
‘As tuas criações te amam como tu amas o teu Pai pela dádiva da criação.’ (T-8.VI.5:7)
O Curso descreve esse amor em um ponto como ‘reverência‘ que é até mesmo ‘pleno de adoração‘ (T-1.II.3:2).
A sua imagem favorita, porém, é aquela que nos mostra expressando livremente em uma contínua, canção coletiva,
‘…uma canção de agradecimento, de amor e de louvor por todas as coisas criadas à Fonte da sua criação.’ (T-26.IV.3:5)
Esse estado de gratidão, amor, louvor e reverência é total. Ele envolve todo o nosso ser. É muito parecido com o que eu descrevi acima, no sentido de que não há nada fora dele, nenhum padrão crítico ao qual ele está sujeito e, portanto, nenhum freio e contrapeso para limitá-lo. Acontece sem questionar.
No entanto – e aqui está o ponto realmente crucial – é absolutamente saudável e fortalecedor.
Como isso pode ser? Como nós somos capazes de nos entregar completa e inquestionavelmente a Alguém Mais, sem que isso seja prejudicial à saúde e enfraquecimento?
A resposta é que esse é um Deus diferente dos Deuses familiares da religião. Esse é um Deus que só dá e nunca tira (toma, pega).
Isso parece simples, mas na verdade é algo que está completamente fora de nossa experiência terrena.
É por isso que o Curso diz que nós somos literalmente incapazes de entender a profundidade do Amor de Deus por nós:
‘Não podes compreender o quanto o teu Pai te ama, pois não há nenhum paralelo na tua experiência do mundo que te ajude a compreender isso. Não há nada na terra que possas comparar a isso e nada do que jamais sentiste, à parte Dele, se parece com isso nem de leve. Não podes sequer dar uma bênção em perfeita gentileza. Poderias conhecer Aquele Que dá para sempre e Que nada conhece exceto o dar?’ (T-14.IV.8:4-6)
Deus não é apenas incompreensivelmente amoroso e generoso, o nosso ser naturalmente está em harmonia com o Dele, em unidade com o Dele.
Portanto, quando nós obedecemos à Sua Vontade, nós encontramos a nossa própria vontade, pois nós compartilhamos exatamente a mesma vontade; nós e Deus queremos exatamente as mesmas coisas.
Quando nós deixamos entrar o Seu Amor, nós descobrimos quem nós somos, pois o Seu Amor é o Seu conhecimento de quem nós somos.
Resumindo, pertencer a Deus não significa sacrificar-se, significa ser apenas nós mesmos. Como o Curso pergunta, ‘…é possível que o teu ser se perca por se achar?‘ (T-29.I.9:6)
Portanto, há um profundo impulso religioso na raiz de nosso ser. Esse impulso nos assusta porque é tão total.
Jesus disse a Helen e Bill que na resistência deles ao Curso eles estavam lutando ‘contra uma atração que vocês dois reconhecem ser tão intensa que vocês temem ser desenraizados’ (Urtext).
Nós não percebemos que apenas deixando essa atração seguir o seu caminho, nós encontraremos o nosso eu [ser, self] autêntico e seremos preenchidos com segurança e poder.
Agora, aqui está o que pode parecer a pior notícia de todas: nós não podemos nos livrar desse impulso religioso. Nós só podemos decidir para onde nós vamos direcioná-lo.
Nós não podemos deixar a igreja, só podemos mudar de igreja. E de acordo com o Curso, todos nós fizemos uma troca muito ruim, que leva ao assunto principal desse artigo.
A religião do ego
Eu não sei se você percebeu isso, mas uma grande parte da linguagem religiosa no Curso é sobre o ego.
Quando o Curso fala sobre religião, credos, mandamentos, igrejas, templos, santuários, altares, hinos, cânticos, litanias, rituais, ritos, procissões, prostração, ajoelhamento e adoração, na maioria das vezes, ele está falando sobre como nós nos relacionamos com o ego.
Na perspectiva do Curso, então, nós transferimos aquele impulso religioso fundamental, que é naturalmente apontado para Deus, para o ego. Vejamos a seguinte passagem:
‘Não subestimes o poder da devoção do Filho de Deus, nem o poder que o deus que ele adora tem sobre ele. Pois ele se coloca no altar do seu deus, seja esse o deus feito por ele ou o Deus Que o criou. É por isso que a sua escravidão é tão completa quanto a sua liberdade, pois ele obedecerá apenas ao deus que aceita. O deus da crucificação exige que ele crucifique e seus adoradores obedecem. Em seu nome, eles crucificam a si mesmos, acreditando que o poder do Filho de Deus nasce do sacrifício e da dor. O Deus da ressurreição nada exige, pois tirar não é a Sua Vontade’ (T-11.VI.5:1-6)
A suposição aqui é que nós teremos um deus, seja ele o Deus real ou o deus que nós fizemos (o ego). Seja qual for a nossa escolha, nós nos colocaremos no altar desse deus, dando a ele a nossa devoção total e dando a ele poder completo em nossas vidas.
Infelizmente, nós escolhemos o deus da crucificação – o ego – e agora nós nos relacionamos com ele como o nosso deus. Na verdade, nós realmente o adoramos. O Curso diz em outro lugar:
‘E se o aceitas, irás curvar-te e o idolatrarás, pois ele foi feito em substituição a Deus.’ (T-10.III.11:6)
Tendo feito dele o nosso deus, nós lhe obedecemos absolutamente, o que é lamentável porque tudo o que ele faz é fazer exigências (ao contrário do Deus real, que ‘não exige nada‘).
Muito naturalmente, o deus da crucificação exige que nós crucifiquemos a nós mesmos, que voluntariamente passemos por sacrifício e dor. E como um sinal de nossa lealdade a ele, nós o fazemos.
Aqui, então, nós temos dois temas que nós vemos no Curso repetidamente.
Em primeiro lugar, nós adoramos o ego como nosso deus. Nós transferimos a nossa devoção religiosa inata para o ego.
Em segundo lugar, tudo o que esse deus faz é tirar (tomar, pegar).
Por essa razão, o Curso o chama de o ‘deus da doença’, o ‘deus da depressão’, o ‘deus da crueldade’, o ‘deus do medo’ e o ‘senhor da morte’.
Assim, nós entramos em um relacionamento muito doentio com o nosso deus, no qual nós damos a ele adoração, devoção e obediência servil e ele graciosamente nos recompensa drenando a nossa vida.
Como o Curso coloca, ‘Pois aquilo que o ego ama, ele mata em obediência a si mesmo’. (T-19.IV.C.4:7)
Para qualquer estudante do Curso familiarizado com a concepção do ego do Curso, a ideia de que nós fazemos com que ele seja o nosso deus é muito perturbadora, bem como possivelmente muito difícil de acreditar.
Nós realmente fizemos isso? Qual é a evidência? Como é ser membro dessa religião na vida cotidiana?
Na verdade, o Curso não tem poucos exemplos disso e é a eles que agora nós nos voltamos.
Nossos rituais diários
Eu ouço muitos avisos para não transformar o Livro de Exercícios em um ritual. Tentar seguir as instruções da prática muito de perto, eu tenho ouvido, transforma tudo em um ritual.
O Livro de Exercícios de fato menciona não transformar a nossa prática em ritual, mas esse compromisso é muito diferente dos nossos, eu acredito.
A Introdução à Revisão III no Livro de Exercícios (após a Lição 110) fala sobre esse assunto.
Diz que ‘…o aprendizado não ficará prejudicado se perderes um período de prática por ser impossível para ti na hora indicada’ (2:2) e então sentir que tem que fazer isso mais tarde, isso faz com que a sua prática seja um ritual.
Você está fazendo ‘esforços excessivos para certificar-te de que estás acompanhando em termos de números’ (2:3) e, assim, dar a esses números poder mágico.
O que, entretanto, você faz com os períodos de prática que não eram impossíveis, mas que você realmente decidiu pular? Esse parágrafo explica:
‘Os períodos de prática que perdeste porque não quiseste fazê-los, qualquer que tenha sido a razão, devem ser feitos assim que tiveres mudado a tua mente quanto à tua meta. Não terás vontade de cooperar na prática da salvação somente se ela interferir com metas que valorizas mais. Quando retirares o valor que lhes deste, deixa que os teus períodos de prática substituam as tuas litanias a elas. Elas nada te deram. Mas a tua prática pode te oferecer tudo. Assim, aceita o que ela te oferece e fica em paz (ditado original para Helen do LE-pI.rIII.in.4:1-6)’.
Claramente, regras diferentes se aplicam aos períodos de prática que você poderia ter feito, no entanto, você optou por não fazê-los. Esses períodos de prática devem ser compensados.
A explicação do porquê é o que nos preocupa aqui. A palavra-chave nessa explicação é ‘deuses’.
Na versão FIP do Curso, lê-se ‘metas’. Entretanto, nas notas manuscritas de Helen e no Urtext, ela é claramente ‘deuses’ (embora no Urtext, duas letras tenham sido digitadas uma em cima da outra que poderiam ter sido lidas equivocadamente como ‘A’ e ‘L’, tornando a palavra ‘metas’, embora uma dessas letras seja na verdade um ‘d’).
[Obs PO: em Inglês as palavras “deuses” e “metas” são bem próximas na grafia, a saber: gods = deuses; goals = metas]
‘Deuses’ faz mais sentido aqui porque se encaixa na linguagem religiosa sobre ‘rituais’ e ‘litanias’. Também faz mais sentido ler ‘litanias para eles’ como ‘litanias a deuses’ do que ‘litanias a metas’.
O que realmente é uma litania [ou ladainha]? Uma litania é definida como ‘uma série de orações litúrgicas cantadas ou faladas ou pedidos para a bênção de Deus’. Mas geralmente, uma litania é um canto repetitivo ou uma longa recitação ou enumeração (‘uma litania de reclamações’). Em outras palavras, uma litania é muito parecida com um ritual.
Agora a passagem fica clara. Com base na experiência, nós sabemos que quando nós nos recusamos a fazer o nosso período de prática é porque nós preferimos fazer outra coisa, algo que nós achamos que trará mais felicidade, certo?
E essa outra coisa é provavelmente algo que nós fazemos o tempo todo, algo que nós repetimos continuamente. Isso pode ser verificar o nosso e-mail, fazer um lanche, assistir mais TV, trabalhar mais, ou lavar a louça, ou ligar para um amigo. Você sabe quais são os seus exemplos.
O que quer que sejam, na verdade são litanias. São orações longas e repetitivas aos seus deuses, os ‘deuses que você considera mais queridos’ do que a salvação. [PO: que baita inspiração de Robert Perry!!!]
Essas orações pedem a felicidade de seus deuses, mas como a sua experiência provavelmente lhe ensinou, esses deuses, na verdade, ‘…nada te deram‘. Em contraste, diz o Curso, ‘…mas a tua prática pode te oferecer tudo.‘
Portanto, recuperar esses períodos de prática omitidos é realmente um ato de permitir que ‘os teus períodos de prática substituam as tuas litanias a elas.’
Agora nós somos capazes de ver toda a história.
Se você inventar períodos de prática que não eram possíveis de fazer, isso é um ritual.
Mas se você inventar períodos de prática que optou por evitar, isso é uma substituição para os seus rituais.
É uma substituição para aquelas orações longas e repetitivas que você entoa aos seus falsos deuses durante todo o dia. Você está reservando um tempo de sua liturgia profana para uma breve oração ao Deus verdadeiro.
Todos nós não evitamos muitos períodos de prática que realmente nós poderíamos ter feito? Se assim for, isso é porque nós estávamos muito absortos em nosso culto de adoração durante todo o dia na igreja do ego.
Posses (bens)
O Curso também vê o nosso impulso para adquirir posses (bens) como um sinal de nossa adesão à religião do ego:
‘Possuir por possuir é o credo fundamental do ego, uma pedra angular básica nas igrejas que ele constrói para si mesmo. E em seu altar ele exige que deposites todas as coisas que te pede para obter, não te deixando nenhuma alegria nelas.’ (T-13.VII.10:12-13)
‘Todas as coisas que o ego te diz que necessitas irão te ferir. Pois embora ele te peça com insistência e repetidamente que as obtenhas, não te deixa nada, pois o que obténs ele vai exigir de ti. E das próprias mãos que as agarraram, serão arrancadas e lançadas ao pó. Pois onde o ego vê salvação, ele vê separação e assim perdes tudo o que tiveres obtido em nome dele.’ (T-13.VII.11:1-4)
Essa passagem esboça um quadro vívido. Frequentar a igreja do ego e recitar o seu credo envolve afirmar repetidamente o poder salvador de ter coisas materiais, de ‘…possuir por possuir’.
Então, a pedido do ego, nós saímos e pegamos uma nova posse, mas nós não temos permissão para mantê-la de fato. O ego exige que nós o tragamos para a igreja e o coloquemos no altar do ego, que nós façamos um sacrifício agradável ao nosso deus.
No entanto, enquanto nós ainda estamos nos aproximando do altar, o ego arranca essa nova posse de nossas mãos gananciosas e a joga no pó. E faz isso toda vez que nós adquirimos algo novo, deixando-nos sem nada.
Essa é uma linguagem colorida, mas descreve uma experiência frequente.
Nós compramos algo pensando que obedecemos à voz da felicidade dentro de nós, apenas para então descobrir que nós não encontramos alegria nisso.
A razão é que a posse é um conceito de separação. Portanto, posse como salvação é igual a separação como salvação. E é a salvação para o ego.
Mas para nós a separação é apenas perda e vazio. Então o ego ganha e nós perdemos.
Nós temos servido ao nosso deus às custas de nós mesmos.
Assim, se você tem aquele impulso para adquirir e possuir – se você faz parte de nossa cultura de consumo – é porque você está obedecendo ‘o credo fundamental do ego.‘
E se você se sentiu estranhamente vazio depois de uma compra, é porque então ofereceu aquela posse como um sacrifício ao ego, de modo que ele foi alimentado e você ficou sem nada.
Relacionamentos especiais e casamento
Os nossos relacionamentos românticos, ao que parece, são um lugar onde a devoção ao nosso falso deus é particularmente evidente:
‘O sofrimento e o sacrifício são as dádivas com as quais o ego quer ‘abençoar’ todas as uniões. E aqueles que estão unidos no seu altar aceitam o sofrimento e o sacrifício como o preço da união. Em suas alianças de raiva, nascidas do medo da solidão e ainda assim dedicadas à continuidade da solidão, cada um busca alívio da culpa aumentando-a no outro … A fúria dessas pessoas reunidas no altar do ego excede em muito a consciência [no nível da realidade (awareness)] que podes ter disso. Pois o que o ego realmente quer, tu não te dás conta.’ (T-15.VII.9:1-3, 6-7)
Por que o casamento muitas vezes não é o que esperávamos? Porque, sem perceber, nós nos casamos no altar do ego, aparentemente com o ego oficiando-o!
Ao abençoar a nossa união, dizia:
‘Cada um de vocês experimentará o outro constantemente exigindo sacrifícios de sua parte, como pagamento por todos os seus pecados. Isso fará com que uma fúria cresça em você, que será muito maior do que você imagina e você acabará se sentindo fundamentalmente sozinho. Mas, meus queridos filhos, esse é apenas o preço do amor. Agora vá com minha bênção, pois sofrimento e sacrifício são minha bênção. Deste dia em diante, seu relacionamento será um ‘hino contínuo de ódio em honra daquele que o fez’. (ver T-17.V.1:7)
Se isso soa como uma descrição adequada do seu casamento, ou de um deles, isso poderia ser porque vocês dois se casaram na igreja do ego?
A passagem acima terminou com a declaração enigmática ‘o que o ego realmente quer, tu não te dás conta.’
Várias seções depois, em ‘A escolha a favor da completeza’ (T-16.V), nós descobrimos o que é. Aqui, as imagens religiosas veem a ser realmente macabras.
‘Um altar é erigido entre duas pessoas separadas, no qual cada uma busca matar o seu ser e instaurar em seu corpo um outro ser que tire o seu [se refere ao poder do ser] poder da sua morte. Muitas e muitas vezes esse ritual é encenado.’ (T-16.V.11:5-6)
‘O relacionamento especial tem que ser reconhecido pelo que é: um ritual sem sentido, no qual a força é extraída da morte de Deus e investida em Seu assassino como sinal de que a forma trinfou sobre o conteúdo e o amor perdeu o seu significado.’ (T-16.V.12:4)
Essa seção é muito difícil de acompanhar, mas é realmente uma explicação do que nós estamos inconscientemente buscando em nossos relacionamentos especiais.
O que nos leva a esses relacionamentos é que nós não nos sentimos especiais o suficiente, o que, em última análise, nós vemos como culpa de como Deus nos criou.
Então, nós encontramos uma pessoa que é mais especial e, quando nós o fazemos, nós nos sacrificamos por essa pessoa. Nós damos a essa pessoa o nosso eu [ser, self].
Na verdade, isso é uma armadilha, pois ela agora vem a ser culpada pela perda de nosso eu [ser, self] e, para aliviar essa culpa, ela deve nos retribuir, dando-nos o seu eu [ser, self] mais especial.
No processo, nós podemos ter perdido o nosso eu [ser, self] – ele agora o possui – mas agora nós possuímos o seu eu [ser, self] muito mais especial. Assim, nós ganhamos o especialismo que nos faltava.
O Curso descreve essa troca de identidades como um ritual religioso. Nós erigimos um altar entre nós dois e, então, nesse altar, nós matamos a nós mesmos.
‘Matar-nos‘ significa sacrificar-nos e doar-nos ao nosso parceiro, o que o obriga a dar-nos a si mesmo. Esse, no entanto, é apenas o nível da superfície.
O objetivo real do ritual é matar Deus. Ao sacrificar o nosso eu [ser, self] não especial, nós enviamos a Deus a mensagem de que o eu [ser, self] que Ele nos deu é tão inútil que nós somos capazes de muito bem matá-lo.
E quando o nosso parceiro nos dá o seu eu [ser, self] especial, é como se nós tivéssemos forçado Deus a nos dar o especialismo que Ele originalmente negou.
Assim, nós O forçamos a abandonar o Seu Amor impessoal e nos conceder algo totalmente contra a Sua natureza: um amor especial.
É como forçar um monge que renunciou ao mundo a praticar sexo. Assim, nós derrotamos Deus, O conquistamos, O matamos.
Isso parece bizarro à primeira vista. No entanto, o relacionamento especial nos dá a sensação de que Deus nos abençoou com o dom do amor especial. Já não parece tão importante para Deus que nós amemos a todos igualmente, pois veja, até mesmo Ele distribui um amor especial.
Se nós pudermos achar esse pensamento em algum lugar nos recônditos de nossas mentes, isso poderia ser a evidência de que nós estamos participando de um projeto muito mais sinistro? Que nos viemos a ser cúmplices voluntários na tentativa do ego de matar o seu competidor, o nosso Pai?
Religião
Outra maneira pela qual nós participamos da religião do ego é por meio, bem, da religião. O Curso não vê todas as religiões como sendo do ego, mas certamente vê muito disso como sendo.
Por exemplo, o Curso critica a noção Cristã tradicional de Expiação, na qual Deus mata Jesus por ser bom e, então, o Curso diz: ‘Tais conceitos antirreligiosos entram em muitas religiões’ (T-3.I.1:7).
Como você identifica uma religião antirreligiosa? Eu penso que quanto mais parece que você está lá para atender às demandas de Deus, por meio de seu sacrifício, apaziguamento e adorando e quanto mais você obtém o favor de Deus com rituais, cerimônias e obediência às regras de comportamento e estilo de vida prescritas, quanto mais é o ego que está realmente sendo adorado.
O que eu penso particularmente revelador em relação à atitude do Curso em relação à religião é que as suas imagens da religião do ego são basicamente caricaturas da religião normal.
Você consegue identificar que a imagem a seguir é uma caricatura?
‘O preço da fé no ego é tão imenso em sofrimento que a crucificação do Filho de Deus é diariamente oferecida no seu santuário escuro e o sangue tem que ser derramado diante do altar onde os seus seguidores doentios preparam-se para morrer.’ (LE-pII.12.4:2)
O objetivo é claramente lembrar a missa Católica, um ritual diário que celebra a crucificação do Filho de Deus, na qual os seguidores se reúnem diante de um altar onde o sangue está presente. Isso não quer dizer que a missa seja puramente uma expressão do ego. No entanto, a Eucaristia (que, é claro, é o que é celebrado na Missa) recebe críticas diretas e pesadas no Curso:
‘Eu não quero compartilhar o meu corpo em comunhão porque isso é não compartilhar coisa alguma. Tentaria eu compartilhar uma ilusão com os filhos santíssimos de um Pai santíssimo?’ (T-7.VI.10:7-8)
‘No entanto, ofereceria eu meu corpo a ti, a quem eu amo, conhecendo a sua pequenez? Ou ensinaria que corpos não podem nos manter separados? O meu não tinha mais valor do que o teu, nem era um meio melhor para a comunicação da salvação e também não era sua Fonte.’ (T-19.IV.A.17:5-7)
A questão é que muito do que atrai as pessoas para a religião é, na verdade, a sua lealdade anterior à religião do ego.
Na pior das hipóteses, elas encontram em uma determinada igreja o culto distorcido que já estava acontecendo no santuário secreto de seus corações.
Deixando a religião do ego
Portanto, nós somos todos religiosos. A vida normal, mesmo a vida de um ateu, é profundamente religiosa. Nós estamos todos na igreja todos os dias, o dia todo. Nós estamos apenas na igreja errada.
De acordo com o Curso, essa é a história de nossas vidas. Os pensamentos e comportamentos repetitivos que em grande parte constituem as nossas vidas são, na verdade, as nossas litanias para o ego.
Eles são ‘um hino contínuo‘ que nós cantamos (T-17.V.1:7) ‘em solene celebração ao domínio do ego’ (T-19.IV.B.16:3).
É por isso que nós somos infelizes, porque nós estamos nos curvando a um deus que não faz nada além de exigir e receber.
É por isso que nós ficamos doentes, porque ‘…o deus da doença obviamente exige a negação da saúde…’ (T-10.V.3:2).
É por isso que nós morremos, porque viemos a essa terra para ‘servir ao senhor da morte’ (T-29.V.7:6).
E é por isso que nós tendemos a viver as nossas vidas presos em padrões que são claramente contra os nossos melhores interesses, porque, mesmo quando nós sabemos o caminho para a felicidade, muitas vezes nós não o fazemos.
O que nós somos capazes de fazer com essas informações? Eu sou capaz de ver algumas coisas.
Talvez a primeira coisa que nós somos capazes de fazer seja encarar de frente a nossa adoração ao ego e sentir a nossa aversão natural e até repulsa por ele.
Para ajudar nisso, você é capaz de imaginar as seguintes coisas. Imagine-se ajoelhado diante do ego, com a testa no chão e adorando-o como um deus. Em seguida, imagine-se juntando as mãos e orando ao ego como o seu senhor e criador. Finalmente, ainda de joelhos, imagine-se cantando um hino sincero de louvor ao ego.
Agora perceba que ao realizar as suas atividades diárias normais – procurar amor, comprar coisas novas e legais, pular os períodos de prática – você está fazendo essas coisas. Você tem feito isso hoje. Como isso faz você se sentir?
Há vários anos, eu conduzi uma aula por meio de um exercício em que nós orávamos ao ego como ‘o meu pai e a minha fonte’. Vários de nós sentimos mal do estômago. Será que nós somos capazes de estar nos sentindo mal com isso o tempo todo e simplesmente não percebendo de onde vem esse sentimento?
Nós também necessitamos nos lembrar, como o Curso faz repetidamente, que o deus que nós estamos adorando não é real; ele é apenas uma invenção da nossa imaginação.
Portanto, nós não estamos tentando nos desvencilhar de um poder que realmente existe. Nós estamos no comando; na verdade, nós somos a única parte real nesse relacionamento.
Porque esse deus é irreal, diz o Curso, ‘…mas se te recusares a adorá-lo, qualquer que seja a forma na qual ele possa te aparecer e qualquer que seja o lugar onde pensas que o vês, ele desaparecerá no nada do qual foi feito’ (T-10.IV.1:9).
A Lição 170 (‘Não há crueldade em Deus e nem em mim’) é na verdade dedicada a esse processo de olhar para o deus que nós criamos e perceber a sua nulidade:
‘Hoje contemplamos sem emoção esse deus cruel. E observamos que, embora os seus lábios estejam manchados de sangue e embora pareça lançar chamas de fogo, é apenas feito de pedra. Não pode fazer nada. Não precisamos desafiar o seu poder. Ele não tem nenhum.’ (LE-pI.170.7:1-5)
Finalmente, nós necessitamos aceitar que a religião do ego não nos dá realmente nada. Ele faz grandes promessas, mas nunca as cumpre.
Isso exige de nós um enorme sacrifício, pelo qual nós acreditamos que seremos recompensados, mas as recompensas nunca vêm, ou são tão escassas que realmente equivalem a ainda mais notas promissórias sobre alguma recompensa de fantasia no futuro.
Pense nisso: a religião do ego realmente conquistou a sua lealdade? Ou você está apenas representando o papel da esposa espancada?
O Curso poderia realmente estar certo quando diz: ‘Eles [os seus deuses] não lhe deram nada. Mas os seus períodos de prática oferecem tudo a você?‘ Será que o Curso nos oferece tudo, que Deus nos oferece tudo, tudo sem pagamento algum?
Talvez, então, nós tenhamos entendido as coisas completamente ao contrário. A maioria de nós, no que diz respeito a isso, está ocupado protegendo as nossas vidas contra o Curso.
Nós vemos no Curso um Deus que pede tanto que nós sentimos que devemos erguer um amortecedor para proteger os nossos prazeres diários de Suas diretrizes elevadas.
E se nós percebêssemos que em nossas vidas ‘normais’ nós estamos ocupados adorando um deus que está empenhado em levar tudo e que o Deus do Curso, por pura preocupação e cuidado por nós, quer apenas nos salvar disso?
Esse entendimento seria capaz de permitir que o nosso impulso religioso inato revertesse à sua forma original, apontando mais uma vez para o nosso Criador e nos atraindo para o Seu abraço vivificante?”
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Bibliografia da OREM3:
1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição – copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.
2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/
3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.
4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).
5) Livro “Uma Introdução Básica a Um Curso em Milagres”, Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.
7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html
9) E-book “Study Guide for A Course in Miracles”, Foundation for Inner Peace (tradução livre: Guia de Estudo para Um Curso em Milagres, Fundação para a Paz Interior).
10) Artigo “The Course’s Use of Language” (tradução livre: “O Uso da Linguagem do Curso”), extraído do livro “The Message of A Course in Miracles” (tradução livre: “A Mensagem de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
11) Artigo Who Am I? (tradução livre: Quem Sou Eu?) – Beverly Hutchinson McNeff – Site: https://www.miraclecenter.org/wp/who-am-i/
12) Artigo “Jesus: The Manifestation of the Holy Spirit – Excerpts from the Workshop held at the Foundation for A Course in Miracles – Temecula CA” (tradução livre: Jesus: A Manifestação do Espírito Santo – Trechos da Oficina realizada na Fundação para Um Curso em Milagres – Temecula CA) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
13) Livro “Quantum Questions” (tradução livre: “Questões Quânticas”) – Ken Wilburn
14) Livro “Um Retorno ao Amor” – Marianne Williamson.
15) Glossário do site Foundation for A Course in Miracles (tradução livre: Fundação para Um Curso em Milagres), do Dr. Kenneth Wapnick, https://facim.org/glossary/
16) Livro Um Curso em Milagres – Esclarecimento de Termos.
17) Artigo “The Metaphysics of Separation and Forgiveness” (tradução livre: “A Metafísica da Separação e do Perdão”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
18) Livro “Os Ensinamentos Místicos de Jesus” – Compilado por David Hoffmeister – 2016 Living Miracles Publications.
19) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – A Canção da Oração” – Helen Schucman – Fundação para a Paz Interior.
20) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – Psicoterapia: Propósito, Processo e Prática.
21) Workshop “O que significa ser um professor de Deus”, proferido pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D..
22) Artigo escrito pelo escritor Paul West, autor do livro “I Am Love” (tradução livre: “Eu Sou Amor”), blog https://www.voiceforgod.net/.
23) Artigo “The Beginning Of The World” (tradução livre: “O Começo do Mundo”) – Dr Kenneth Wapnick.
24) Artigo “Duality as Metaphor in A Course in Miracles” (tradução livre: “Dualidade como Metáfora em Um Curso em Milagres”) – Um providencial e didático artigo, considerado pelo próprio autor como sendo um dos artigos (workshop) mais importantes por ele escrito e agora compartilhado pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
25) Artigo “Healing the Dream of Sickness” (tradução livre: “Curando o Sonho da Doença” – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.
26) Livro “The Message of A Course in Miracles – A translation of the Text in plain language” (tradução livre: “A mensagem de Um Curso em Milagres – Uma tradução do Texto em linguagem simples”) – Elizabeth A. Cronkhite.
27) E-book “Jesus: A New Covenant ACIM” – Chapter 20 – Clearing Beliefs and Desires – Cay Villars – Joininginlight.net© (tradução livre: “Jesus: Uma Nova Aliança UCEM” – Capítulo 20 – Clarificando Crenças e Desejos).
28) Artigo “Strangers in a Strange World – The Search for Meaning and Hope” (tradução livre: “Estranhos em um mundo estranho – A busca por significado e esperança”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.
29) Artigo “To Be in the World and Not of It” (tradução livre: “Estar no Mundo e São Ser Dele”), escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick e por sua esposa Sra. Gloria Wapnick.
30) Site https://circleofa.org/.
31) Livro “A Course in Miracles – Urtext Manuscripts – Complete Seven Volume Combined Edition. Published by Miracles in Action Press – 2009 1ª Edição.
32) Tradução livre do capítulo Urtext “The Relationship of Miracles and Revelation” (N 75 4:102).
33) Artigo “How To Work Miracles” (tradução livre “Como Fazer Milagres”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/how-to-work-miracles/.
34) Artigo “A New Vision of the Miracle” (tradução livre: “Uma Nova Visão do Milagre”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/a-new-vision-of-the-miracle/.
35) Artigo “What Is a Miracle?” (tradução livre: “O que é um milagre?”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/what-is-a-miracle/.
36) Artigo “How Does ACIM Define Miracle?” (tradução livre: “Como o UCEM define milagre?”), de Bart Bacon https://www.miracles-course.org/index.php?option=com_content&view=article&id=232:how-does-acim-define-miracle&catid=37&Itemid=57.
37) Livro “Os cinquenta princípios dos milagres de Um Curso em Milagres”, de Kenneth Wapnick, Ph.D..
38) Artigo “The Fifty Miracle Principles: The Foundation That Jesus Laid For His Course” (tradução livre: “Os cinquenta princípios dos milagres: a base que Jesus estabeleceu para o seu Curso”), de Robert Perry https://circleofa.org/library/the-fifty-miracle-principles-the-foundation-that-jesus-laid-for-his-course/.
39) Artigo “Ishmael Gilbert, Miracle Worker” (tradução livre: “Ishmael Gilbert, Trabalhador em Milagre”), de Greg Mackie https://circleofa.org/library/ishmael-gilbert-miracle-worker/.
40) Blog “A versão Urtext da obra Um Curso em Milagres (UCEM)” https://www.umcursoemmilagresurtext.com.br/.
41) Blog “Course in Miracles Society – CIMS – Original Edition” https://www.jcim.net/about-course-in-miracles-society/.
42) Site Google tradutor https://translate.google.com.br/?hl=pt-BR.
43) Site WordReference.com | Dicionários on-line de idiomas https://www.wordreference.com/enpt/entitled.
44) Artigo “The earlier versions and the editing of A Course in Miracles” (tradução livre: “As versões iniciais e a edição de Um Curso em Milagres), autor Robert Perry https://circleofa.org/library/the-earlier-versions-and-the-editing-of-a-course-in-miracles/.
45) Livro “A Course in Miracles: Completed and Annotated Edition” (“Edição Completa e Anotada”) – Circle of Atonement.
46) Livro “Q&A – Detailed Answers to Student-Generated Questions on the Theory and Practice of A Course in Miracles” – Supervised and Edited by Kenneth Wapnick, Ph.D. – Foundation for A Course in Miracles – Publisher (tradução livre: “P&R – Respostas Detalhadas a Questões Geradas por Alunos sobre a Teoria e Prática de Um Curso em Milagres” – Supervisionado e Editado por Kenneth Wapnick, Ph.D. – Fundação para Um Curso em Milagres – Editora)
47) Artigo “The Importance of Relationships” (tradução livre: “A Importância dos Relacionamentos”), no site https://circleofa.org/library/the-importance-of-relationships/, autor Robert Perry.
48) Artigo: “The ark of peace is entered two by two” (tradução livre: “Na arca da paz só entram dois a dois”) – Robert Perry Site: https://circleofa.org/library/the-ark-of-peace-is-entered-two-by-two/
49) Artigo “Living a Course in Miracles As Wrong Minds, Right Minds, and Advanced Teachers – Part 2 of 3 – How Right Minds Live in the World: The Blessing of Forgiveness”, por Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D..
50) Artigo “Living a Course in Miracles As Wrong Minds, Right Minds, and Advanced Teachers – Part 1 of 3 – How Wrong Minds Live in the World: The Ego’s Curse of Specialness”, por Dr. Kenneth Wapnick.
51) Transcrição do vídeo do Dr. Kenneth Wapnick no YouTube, intitulado: “Judgment” (tradução livre: “Julgamento”). O artigo completo em inglês no site https://facim.org/transcript-of-kenneth-wapnick-youtube-video-entitled-judgment/.
52) Trechos do Workshop “The Meaning of Judgment” (tradução livre “O Significado de Julgamento”), realizado na Fundação para Um Curso em Milagres em Roscoe NY, ministrado pelo Dr. Kenneth Wapnick. O artigo completo em inglês no site: https://facim.org/online-learning-aids/excerpt-series/the-meaning-of-judgment/.
53) Comentários do professor de Deus Sr. Allen Watson, que transcrevemos, em tradução livre, do site Circle of Atonement (https://circleofa.org/workbook-companion/what-is-sin/).
54) Artigo “There is no sin” (tradução livre: “Não há pecado”), Robert Perry, site https://circleofa.org/library/there-is-no-sin/.
55) Artigo do Professor Greg Mackie, denominado “If God is Love Why do We Suffer?” (tradução livre: “Se Deus é Amor porque nos sofremos?”) https://circleofa.org/library/if-god-is-love-why-do-we-suffer/.
56) Artigo “The Ten Commandments and A Course in Miracles” (tradução livre: Os Dez Mandamentos e Um Curso em Milagres”), Greg Mackie, site https://circleofa.org/library/the-ten-commandments-and-a-course-in-miracles/.
57) Artigo escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D. e pelo Padre Jesuíta W. Norris Clarke, da Companhia de Jesus, Ph.D., sobre o livro “Um Curso em Milagres e o Cristianismo: Um Diálogo”, disponível no site http://www.miraclestudies.net/Dialogue_Pref.html.
58) Livro “Um Curso em Milagres e o Cristianismo: Um Diálogo”, escrito pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D. e pelo Padre Jesuíta W. Norris Clarke, da Companhia de Jesus, Ph.D..
59) Artigo do Consultor, Escritor e Professor Rogier Fentener Van Vlissingen, de Nova Iorque, intitulado “A Course in Miracles and Christianity: A Dialogue” (“Um Curso em Milagres e o Cristianismo: Um Diálogo”), disponível no Blog Closing the Circle e acesso no link: https://acimnthomas.blogspot.com/2011/04/course-in-miracles-and-christianity.html.
60) Artigo do professor Robert Perry intitulado “Do we have a chalice list?” (tradução livre: “Temos uma lista de cálice?”), acesso através do link: https://circleofa.org/2009/07/13/do-we-have-a-chalice-list/.
61) Artigo “The religion of the ego” (tradução livre: “A religião do ego”), Robert Perry, link https://circleofa.org/library/the-religion-of-the-ego/.
“Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo.” (LE.II.13)