“Não há nada em mim que tu não possas atingir. Eu nada tenho que não venha de Deus. A diferença entre nós agora e que eu não tenho nada mais. Isso me deixa em um estado que em ti é apenas potencial.” (T.1.II.3:10-13)

“Tu és a minha voz, os meus olhos, os meus pés, as minhas mãos, através das quais eu salvo o mundo.” (LE-parte I-Revisão V.Introdução.9:3)

O Jesus histórico e o Jesus do Curso

Jesus

a fonte do Curso, a sua primeira pessoa ou “Eu”; aquele que primeiro completou a sua parte na Expiação, habilitando-o a ser responsável por todo o plano; transcendendo o seu ego, Jesus se identificou com Cristo e agora é capaz de servir como o nosso modelo de aprendizado e uma ajuda sempre presente quando nós o invocamos em nosso desejo de perdoar. (Nota – não deve ser identificado exclusivamente com Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade.) Fonte: Glossário no site FACIM https://facim.org/glossary/jesus/

Quando nós falamos de Jesus, nós estamos falando de uma figura histórica que andou por este planeta por 33 anos, dois mil e tanto anos atrás. Também nós estamos falando sobre algo mais. Falar sobre Jesus é falar sobre o que é atemporal, além do mundo do nascimento e da morte. Falar sobre Jesus é falar do Cristo, o Filho de Deus e do Ser que Deus criou. Falar do Ser é falar do próprio Ser verdadeiro, que sempre existiu e sempre existirá.

“O nome de Jesus é o nome de alguém que foi um homem, mas viu a face de Cristo em todos os seus irmãos e se lembrou de Deus. Assim ele veio a se identificar com Cristo, já não mais um homem, mas um só com Deus. O homem era uma ilusão, pois parecia um ser separado, caminhando por si mesmo, dentro de um corpo que aparentava manter o seu ser separado do Ser, como fazem todas as ilusões. Entretanto, quem pode salvar a não ser que veja as ilusões e as identifique exatamente como são? Jesus continua sendo um Salvador porque viu o falso, sem aceitá-lo como verdadeiro. E Cristo precisava da sua forma para que pudesse aparecer aos homens e salvá-los de suas próprias ilusões.” (ET-5.2:1-6)

“Ele é o Cristo? Oh, sim, junto contigo. Sua breve vida na terra não bastou para ensinar a poderosa lição que aprendeu por todos vós. Ele permanecerá contigo para conduzir-te do inferno que fizeste a Deus. E quando unires a tua vontade à sua, o teu modo de ver será a sua visão, pois os olhos de Cristo são compartilhados. Caminhar com ele é tão natural quanto caminhar ao lado de um irmão que conheces desde que nasceste, pois é isso, de fato, o que ele é. Alguns ídolos amargos foram feitos dele que apenas queria ser um irmão para o mundo. Perdoe-o pelas tuas ilusões e veja que irmão querido ele pode ser para ti. Pois ele dará descanso à tua mente, afinal e a carregará contigo até o teu Deus.” (ET-5.5:1-9)

“Ele é o único Ajudante de Deus? De fato, não. Pois Cristo toma muitas formas com nomes diferentes até que a sua unicidade possa ser reconhecida. Mas Jesus é para ti o portador da única mensagem de Cristo sobre o Amor de Deus. Não precisas de outra. É possível ler as suas palavras e beneficiar-se com elas sem aceitá-lo em tua vida. Mas ele te ajudaria ainda um pouco mais se compartilhasses as tuas dores e as tuas alegrias com ele e deixasses ambas para achar a paz de Deus. Porém, ainda é a sua lição o que ele gostaria que aprendesses acima de tudo e é a seguinte: Não há morte porque o Filho de Deus é como o Pai. Nada que possas fazer pode mudar o Amor Eterno. Esquece os teus sonhos de pecado e culpa e vem comigo, para compartilhar a ressurreição do Filho de Deus. E traze contigo todos aqueles que Ele te enviou para que cuides deles assim como eu cuido de ti.” (ET-5.6:1-12)

“Eu fui um homem que se lembrou do espírito e do conhecimento do espírito. Como um homem, eu não tentei compensar o erro com conhecimento, mas corrigir o erro de baixo para cima. Demonstrei tanto a ausência de poder do corpo como o poder da mente. Unindo a minha vontade com a do meu Criador, naturalmente lembrei-me do espírito e do seu propósito real. Eu não posso unir a tua vontade à de Deus por ti, mas posso apagar todas as percepções equivocadas da tua mente, se tu as trouxeres à minha orientação. Apenas as tuas percepções equivocadas impedem o teu caminho. Sem elas, só escolhes com certeza. A percepção sã induz à escolha sã. Não posso escolher por ti, mas posso ajudar-te a fazer a tua própria escolha certa.” (T.3.IV.7:3-11)

“‘Muitos são chamados mas poucos são escolhidos’ deveria ser ‘Todos são chamados, mas poucos escolhem escutar.’ Por conseguinte, não escolhem certo. Os ‘escolhidos’, simplesmente, são aqueles que escolhem mais cedo. Mentes certas podem fazer isso agora e acharão descanso para as suas almas. Deus só te conhece em paz e essa é a tua realidade.” (T.3.IV.7:12-16)

Como o Curso nos é dado por Jesus, há muito pouca menção à palavra Jesus no Curso. A palavra Jesus aparece apenas uma vez em todo o Livro Texto (composto por 721 páginas). Ela não aparece no Livro de Exercícios (512 páginas). Ela aparece 22 vezes no Manual de Professores (94 páginas).

Dr. Kenneth Wapnick Ph.D. nos esclarece que a nossa jornada de volta para casa é um processo, com Jesus servindo tanto como o nosso guia na ilusão, experienciada nas formas mais significativas para nós, quanto ao mesmo tempo como estando no final da jornada como a lembrança de nossa verdadeira realidade como Cristo.

“O nosso Amor nos espera quando vamos a Ele e anda ao nosso lado mostrando-nos o caminho. Ele não falha em nada. Ele é o fim que buscamos e o meio pelo qual vamos a Ele.” (LE.302.2:1-3)

Um tema importante que Jesus sempre está enfatizando no Curso é que a nossa função é trazer a ilusão para a verdade, não a verdade para a ilusão. Não trazemos o amor ao medo – trazemos o medo ao amor. Trazemos as trevas para a luz, não a luz para as trevas.

“…a nossa função é trazer a ilusão para a verdade, não a verdade para a ilusão.

O que faz com que o Curso seja como tal é o amor nessas páginas que as pessoas reconhecem como não vindo desse mundo. No mundo Ocidental, Jesus é o símbolo que nós usamos para denotar um amor que não é desse mundo, embora seja experienciado aqui.

Jesus está nos enfatizando no Curso a mesma coisa que ele estava enfatizando quando ele esteve aqui: o que ele é, nós também somos. E então nossa oração é nos tornarmos como ele.

“…o que ele é, nós também somos.”

Dr. Wapnick enfatiza que o objetivo de qualquer bom professor é tornar-se obsoleto. Esse é o propósito de Jesus. Ele é um símbolo que representa para nós quem realmente nós somos. Nós não queremos nada dele. Ao invés disso, nós queremos crescer e virmos a ser como ele. Isso é extremamente importante.

Quando nós pedimos a Jesus que nos faça determinadas coisas, obviamente nós acreditamos que ele tem algo que nós não temos. Ele tem um poder mágico e fará algo por nós que nós não somos capazes de fazer sozinhos. Nós devemos odiá-lo por isso. É impossível amar alguém que nós consideramos desigual. Isso é extremamente importante.

O que distingue um relacionamento santo de um especial é o reconhecimento de nossa igualdade. Eu não posso amar você se eu perceber que você tem algo que eu não tenho. Eu só posso amar alguém que reflita para mim o mesmo amor e verdade que eu já tenho. Eu só posso amar o que é semelhante – eu não posso amar o que é diferente.

O que distingue um relacionamento santo de um especial é o reconhecimento de nossa igualdade.”

Jesus afirma bem no início do Texto T-1.II.3 que a experiência de admiração em relação a ele é inadequada. A admiração só é apropriada quando nós estamos na presença de alguém que não é nosso igual e que só pode ser Deus. Jesus fala sobre ter direito à nossa obediência, respeito e devoção como um irmão mais velho que só pensa em nossos melhores interesses. Isso vem da percepção de que ele está nos ajudando a virmos a ser o que ele é – portanto, nós não somos diferentes.

Nós queremos orar a Jesus, não para que ele nos faça determinadas coisas, porém, para que nós aceitemos o amor que ele reflete de volta para nós. O amor, a verdade, a santidade que ele é, é simplesmente um espelho. Se nós olharmos com os olhos adequados, o mesmo amor, pureza e santidade que há em nós brilharão de volta para nós. Esse é o propósito de Jesus – lembrar-nos de Quem nós somos.

Basicamente, é o falso Deus que nós temos que perdoar. No Curso, Jesus, referindo-se a si mesmo em um ponto, fala dos ídolos amargos que foram feitos dele (ET-5.5:7). Quando nós pensamos em Jesus, todos os ídolos amargos surgem – o Jesus que cria em perseguição, sacrifício e morte, exclusão e especialidade, etc. Uma linha maravilhosa, encerrando uma seção sobre o especialismo, diz:

“Perdoa ao teu Pai por não ter sido Sua Vontade que sejas crucificado.” (T-24.III.8:13)

Basicamente, nós poderíamos dizer a mesma coisa sobre Jesus – perdoa Jesus, pois não era a sua vontade que nós sejamos crucificados.

O conceito que Jesus e o Espírito Santo representam é o princípio da Expiação – que a separação de Deus nunca realmente aconteceu. O Espírito Santo pode ser entendido no Curso como sendo a memória do Amor de Deus que veio conosco quando nós adormecemos. Nós levamos aquela memória do Amor de Deus e de nossa Identidade como Cristo conosco em nosso sonho quando nós adormecemos. Jesus é referido no Curso como a manifestação do Espírito Santo (T-12.VII.6:1); (ET-6.1:1). Portanto, Jesus também representa o mesmo conceito – o princípio da Expiação – que a separação de Deus nunca realmente aconteceu.

Assim, o Espírito Santo “fala conosco” – Ele é definido no Curso como a Voz por Deus. Ele também é definido no Curso como o nosso Professor, o nosso Mediador, o nosso Amigo e o nosso Guia. Jesus no Curso obviamente fala de si mesmo da mesma maneira – ele é o nosso Professor, o nosso Irmão mais velho, o nosso Amigo, o nosso Guia. Ele é quem nos levará de volta. Do ponto de vista da função no Curso, Jesus e o Espírito Santo podem ser usados ​​alternadamente.

Do ponto de vista da função no Curso, Jesus e o Espírito Santo podem ser usados ​​alternadamente.

Nós estamos falando sobre dois níveis diferentes de entendimento do Espírito Santo e de Jesus. Existe o nível conceitual onde Eles são a expressão simbólica do princípio da Expiação – a saber, que a separação do Amor de Deus nunca aconteceu. Nós sabemos que isso nunca aconteceu porque nós experienciamos o seu Amor e a sua Presença em nossas mentes. E existe o nível da forma – as maneiras específicas pelas quais nós experienciamos a sua Presença e o seu Amor. Isso inclui as funções específicas de Professor, Guia, Mediador, Amigo, etc., onde nós os experienciamos como fazendo coisas específicas para nós no mundo – respondendo às nossas perguntas específicas, encontrando vagas para estacionar, curando [healing] doenças, etc. Tudo isso envolve o nível da forma.

Mas se nós entendermos a ideia de que “palavras são apenas símbolos de símbolos” e que são, portanto, “duas vezes removidas da realidade“, então nós saberíamos que ter uma experiência do Espírito Santo ou Jesus falando diretamente a nós e respondendo às nossas perguntas, ou nos fazendo coisas no mundo é realmente ser “duas vezes removido” da realidade. Uma vez removido da realidade, seria simplesmente ter uma experiência de Jesus ou do Espírito Santo como a Presença do Amor de Deus – isso é tudo, apenas como uma Presença de Amor. Isso, também, é apenas um reflexo da verdadeira realidade – uma vez removida. No céu não há Jesus ou Espírito Santo com uma identidade específica.

Enquanto nós estivermos dentro do sonho, nós experienciaremos o Espírito Santo ou Jesus como uma pessoa ou presença específica e no fundo como alguém que atende às nossas necessidades e nos responde quando nós precisamos dele. Quando o sonho acaba, a forma desaparece. E então o Espírito Santo retorna à Sua verdadeira Identidade como parte da eterna ausência de forma de Deus.

Ao mesmo tempo que Jesus é mencionado no Curso como a “manifestação do Espírito Santo”, nós somos também solicitados virmos a ser a sua manifestação no mundo. Assim como Jesus é a manifestação do Espírito Santo porque ele não tem nada mais em sua mente, exceto o princípio da Expiação – nenhum pensamento de separação, de culpa, pecado, medo, etc. – o nosso objetivo é virmos a ser essa mesma manifestação. É a isso que o Curso se refere como estar no mundo real. Nesse ponto, nós não sentimos mais diferença entre nós e Jesus ou entre nós e o Espírito Santo.

Na verdade, nós não necessitamos mais de Jesus nesse ponto. Ele nos diz no Curso que o objetivo de todo bom professor é tornar-se dispensável (T-4.I.5:1-2). Uma vez que nós aprendemos tudo o que Jesus é e conhece, nós não necessitamos mais dele como professor. Na verdade, nós não nos sentiremos mais como uma entidade separada de todas as outras. Isso é o que significa estar no mundo real. Nós podemos ainda parecer estar nesse mundo físico, no entanto, nós sabemos que é um sonho. E nós sabemos que a nossa verdadeira identidade é compartilhada com todos, incluindo Jesus. Nesse ponto, nós nos tornamos como ele.

A nossa meta é simplesmente estar no mundo real para que nós nos tornemos esse conceito de Expiação. Todos nós temos que chegar a esse ponto. E para alcançá-lo, nós necessitamos de um símbolo do Amor de Deus com o qual nós possamos nos relacionar, que nós possamos experienciar.

Isso é o que Dr. Wapnick chama de natureza ilusória de Jesus, ou a ilusão de Jesus. É extremamente importante não pular etapas. Enquanto nós acreditarmos que nós somos um corpo separado – como todos nós acreditamos, caso contrário nenhum de nós estaria aqui – então nós necessitamos da ilusão de alguém que está separado, porém, que representa algo diferente do que nós acreditamos ser. Todos nós acreditamos que nós somos egos bons e saudáveis. Portanto, nós necessitamos da ilusão de alguém que representa o amor de Deus por nós. Jesus, em termos do Curso, é essa pessoa para nós.

Dr. Wapnick respondendo a uma pergunta sobre se Jesus é um “quem” ou um “o quê” durante um workshop, disse:

Jesus é tanto um “quem” quanto um “o quê”. Como um “o quê”, ele é um símbolo do Amor do Espírito Santo. Ele é a mesma presença abstrata de amor na mente que o Espírito Santo é. Bem no final, quando nós estivermos no mundo real, nós saberemos disso. Até esse ponto, ele é um “quem” e um “quem” extremamente importante. Enquanto eu acreditar que eu sou um “quem”, preciso de um “o que” que se pareça com um “quem”. [Risos] Mas enquanto eu acreditar que eu sou específico – e todos nós acreditamos que nós somos específicos, que nós somos um “quem” – então nós necessitamos de outro símbolo específico que representará para nós aquela Presença abstrata de Amor que o Santo Espírito é. E eu estou cometendo um grande erro se eu penso que eu não necessito de um “quem”.

Mas, enquanto nós nos sentirmos específicos, distintos e individuais, nós necessitamos de alguém que possa falar conosco nesse nível. E Jesus, como o maior símbolo do Amor de Deus no mundo Ocidental, é também o maior símbolo do Amor de Deus no mundo Ocidental como o ego o vê. É por isso que Jesus não tem sido um símbolo de amor para os Cristãos, muito menos para os Judeus ou Muçulmanos ou qualquer pessoa que tenha atacado os Cristãos. Ele sempre é visto através dos olhos do ego. Ele é visto como um perseguidor, alguém que exige sacrifício e que acredita no pecado e na culpa. Ele deve acreditar no sacrifício e na morte, porque é isso que o mundo fez dele: ele se tornou um símbolo do deus do ego.

Porém Jesus também é um símbolo do Deus verdadeiro. As nossas reações a ele são produto da mesma mente dividida que afeta a maneira como nós vemos as outras pessoas. No final, quando nós estivermos no mundo real, nós perceberemos que nós não existimos como indivíduos separados mais do que Jesus. No entanto, enquanto nós estivermos aqui no sonho – como todos nós estamos – ele é extremamente importante como uma presença fora de nossa personalidade que é capaz de nos representar a nós mesmos, até que nós possamos lembrar a nossa Identidade.

Há uma bela seção, no Manual de Professores, que expressa isso. Enquanto nós acreditarmos que nós estamos aqui, enquanto nós tivermos a ilusão de nós mesmos como tendo uma identidade separada, física e psicológica – lembre-se de que nós estamos duas vezes removidos da realidade – então nós necessitamos da ilusão de outra pessoa que parece ter uma identidade separada física e psicológica, a quem nós chamamos de Jesus, para nos segurar pela mão e nos conduzir para além desse sistema de pensamento.

O objetivo, no entanto, é, em última análise, perceber que a mão que nós seguramos é Nossa – não a nossa como ego, mas a nossa com “N” maiúsculo. A mão que nós seguramos é realmente a mão de Cristo. Entretanto, até que nós possamos aprender que é nossa própria mão, a nossa experiência é que Jesus estende a sua mão. Como ele explica no início do Texto, ao segurar a sua mão nós estamos transcendendo o ego (T.8.V.6:8). Ao escolher Jesus como o nosso Professor, nós estamos dizendo que nós não queremos mais o ego como o nosso professor.

Quando nós pegamos a mão de Jesus e não a outra, quando nós aceitamos o seu amor e nenhum outro amor, quando nós aceitamos a sua realidade como a única realidade, então nós aprendemos todas as lições. Nós nos tornamos o mesmo amor do qual ele é uma expressão. É o fim.

Até lá, entretanto, nós necessitamos desesperadamente de alguém que possa representar essa outra escolha para nós. Várias referências no Curso explicam como, no momento em que a separação pareceu ocorrer e todos nós adormecemos, o princípio da Expiação surgiu.

É a isso que o Curso se refere em algumas passagens como a criação do Espírito Santo. Na verdade, não foi que Deus deu uma resposta para a separação, porque se Deus realmente desse uma resposta para a separação, isso significaria que realmente houve uma separação. Quando o Curso fala assim, ele está falando no reino do simbolismo ou mitologia.

Na realidade, quando nós parecemos adormecer, nós levamos conosco para o sonho a memória do Amor de Deus – esse é o elo de ligação. Esse é o princípio da Expiação. O Curso explica que o plano ainda necessitava ser colocado em ação, o que significa que, dentro do sonho, algum aspecto da Filiação separada teria que viver ou manifestar esse princípio da Expiação. E essa pessoa, é claro, é Jesus. É por isso que ele fala no Curso de ser o responsável pela Expiação (T.1.III.1:1). Todos esses são símbolos e metáforas.

Jesus não é um general encarregado das forças – não é nada disso. O Curso está usando uma metáfora para descrever Jesus como o nosso irmão mais velho – ele é um símbolo para nós.

Outras culturas e religiões têm outros símbolos, entretanto, para nós, ele é o símbolo de alguém que demonstrou que o princípio da Expiação é verdadeiro – que é possível estar no sonho e lembrar o Amor de Deus sem reservas ou qualificação.

Portanto, o princípio da Expiação passou a existir no momento em que a separação parecia ocorrer. Mas dentro do mundo da ilusão, ainda necessitava ser colocado em movimento e foi Jesus quem fez isso por nós. Novamente, tudo isso está dentro do reino da simbologia.

Dr. Wapnick afirma que há um tema importante a explorar em termos de Jesus e do Espírito Santo – o tema da forma e do conteúdo. Essa é uma outra maneira de se falar sobre aparência e realidade. O verdadeiro conteúdo é o Amor de Deus e a forma são as diferentes maneiras de expressá-lo. Dentro do sistema de pensamento do ego, o conteúdo é culpa, ódio e separação e a forma são os diferentes aspectos de um mundo separado e as nossas experiências aqui de nós estarmos separados.

O verdadeiro conteúdo é o Amor de Deus e a forma são as diferentes maneiras de expressá-lo.

Relacionamentos especiais é o termo básico do Curso para abranger todas as diferentes formas em que nós expressamos o nosso ódio uns pelos outros e por Deus [e por Jesus também].                                                                                   

Quando se fala sobre a ilusão e a realidade de Jesus, o conteúdo o Amor de Deus – seria a realidade e as diferentes formas em que experienciamos esse amor seriam a ilusão.

O Curso também deixa claro que o perdão, que é o seu ensinamento central, é uma ilusão – e que o próprio Curso, como um conjunto de três livros, é uma ilusão. No entanto, ao contrário de todas as ilusões do mundo, essas ilusões não fomentam ilusões, nem geram mais ilusões – elas nos levam além de todas as ilusões.

Jesus se enquadra nessa categoria. Ele é uma ilusão porque parece ser uma pessoa separada. Mas, pegando a sua mão e caminhando com ele, nós compartilhamos o seu sistema de pensamento e nós compartilhamos a sua mente. O seu sistema de pensamento não é a realidade. Ainda é um reflexo, ainda é um conceito – porque o perdão é um conceito. Entretanto, é um conceito que nos leva totalmente além desse mundo.

Dr. Wapnick alerta-nos e enfatiza que é extremamente importante, quando nós trabalhamos com o Curso, entender essa diferença crucial para que nós não sejamos apanhados e presos ainda mais na ilusão.

Escolher o milagre nesse contexto é aceitar e experienciar o amor de Jesus. Magia [outra palavra com conotação diferente da usual] – o Curso frequentemente contrasta magia e milagre – é envolver-se no que Jesus faz por nós ou nos diz.

Agora, isso não significa que não seja útil, porém, se apenas permanecermos nesse nível, nós seremos pegos. Realmente nós queremos nos unir a Jesus, aceitar o seu amor e aceitar o seu sistema de pensamento – esse é o milagre.

E essa é a diferença entre a ilusão e a realidade. Nós não queremos realmente o Jesus que faz coisas por nós no mundo. Nós queremos o Jesus que está em nossas mentes. Nós queremos um conceito de Jesus que represente o conceito da Expiação, que diz que nunca nós nos separamos do Amor de Deus e nunca O atacamos.

Nós não queremos realmente o Jesus que faz coisas por nós no mundo. Nós queremos o Jesus que está em nossas mentes.

Em uma passagem do suplemento “A Canção da Oração”, Jesus fala sobre a Canção da Oração como sendo o Amor que o Pai e o Filho compartilham no Céu. E ele nos diz que é a música que nós queremos. Realmente nós não queremos as formas em que a canção nos aparece. Não queremos os ecos, os tons maiores, as harmonias. Realmente queremos a música (CO-1.I.2-3)a música que nós cantamos para o nosso Ser, que o nosso Ser canta de volta para nós. Na verdade, não existem duas pessoas cantando uma para a outra – nós somos aquela canção de amor, nós somos aquela canção que Deus e Cristo compartilham. Até que nós saibamos disso, nós experienciamos um Jesus ou um Espírito Santo em nossas mentes, Que canta aquela música para nós, assim como nós cantamos a música para Ele.

Este é exatamente o mesmo sentimento que Jesus está expressando na Canção da Oração quando diz que é a canção que nós queremos. É o original que nós queremos, não a cópia. Platão exortava os seus ouvintes e leitores a não perseguir as coisas desse mundo. O que nós queremos é a ideia. Nós queremos o amor por trás das aparências. No Curso, Jesus está dizendo a mesma coisa para nós: Nós não queremos os vários dons que nós pensamos receber aqui no mundo. Nós queremos o seu amor. Aprender a se identificar com o seu amor é a preparação para o último passo de Deus, quando nós percebemos que nós somos esse amor e que na verdade nós nunca deixamos a nossa Fonte. Nesse instante, o Curso explica…

… o mundo é esquecido e o tempo acaba para sempre, enquanto o mundo vai. (ET.4.4:5)

O nosso objetivo, entretanto, não é desaparecer no nada de Deus ou no Coração de Deus. A nossa meta é virmos a ser o mesmo amor pela Expiação que Jesus é. O mundo real ainda está dentro do sonho, ainda está dentro do mundo da ilusão. Nesse ponto, a mente não tem mais pensamentos de ataque e separação dentro dela. Até chegarmos ao mundo real, Jesus permanece em nossas mentes, irradiando o amor, a luz e a verdade e nos convidando a voltar para ele.

A nossa meta é virmos a ser o mesmo amor pela Expiação que Jesus é.

Visto que nós acreditamos que nós estamos separados aqui no mundo da forma – cada um com uma identidade separada – então Jesus e o Espírito Santo são apresentados a nós como uma identidade separada. Na verdade, o Curso se refere ao Espírito Santo, não como um “isso”, porém como Ele, como uma Pessoa. Ele é um Professor, um Guia, um Consolador, um Amigo, um Mediador – sempre em termos que têm a ver com um corpo.

Visto que nós acreditamos que nós somos separados, nós temos que experienciar o Amor de Deus como separados, porque o que está dentro de nós é exatamente o que nós experienciaremos fora de nós. Se nós experienciarmos como um corpo, se pensarmos em nós mesmos como um organismo separado que é diferente e separado de outros organismos e se nós acreditarmos que isso é o que nós acreditamos ser – o que é inerente em acreditar que nós somos um corpo – então é impossível para nós conceber Deus como outra coisa senão um corpo.

No Texto, Jesus diz:

“Não podes sequer pensar em Deus sem um corpo ou alguma forma que pensas reconhecer.” (T-18.VIII.1:7)

Isso deve ser porque nós não podemos pensar em nós mesmos sem um corpo.

Jesus também inclui no Curso a declaração Bíblica de que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (T-3.V.7:1), o que significa que Deus é espírito puro e, portanto, nós somos espírito puro.

A Bíblia, entretanto, denota que, de alguma forma estranha, nós somos carne – um corpo – e que isso de alguma forma é um espelho de Deus. Portanto, no Curso, Jesus reinterpreta essa citação para salientar que Deus é espírito puro e, portanto, nós somos espírito puro.

É por isso que esse é um curso para perdoar e desfazer a culpa por meio do milagre. Aprender como nos unir a Jesus e uns aos outros é como nós aprendemos a nos lembrar de Deus. Portanto, aqui está uma declaração muito clara sobre a diferença entre aparência e realidade, entre ilusão e verdade. Esse não é um curso sobre a verdade. Se fosse sobre a verdade, não seria um curso. A verdade nunca é ensinada – a verdade não pode ser aprendida. A ilusão é o que nós ensinamos a nós mesmos e, portanto, a ilusão é o que nós necessitamos desaprender. Quando a ilusão é desaprendida, a verdade que sempre existiu sobra.

Ao longo do Curso, Jesus fala sobre tempo e espaço como se fossem reais. Ele fala de um lugar dentro da mente onde o Espírito Santo está – ou onde ele está, como se houvesse um lugar. O Céu é frequentemente descrito como se fosse um lugar, embora obviamente não seja. E o Curso fala sobre a nossa união uns com os outros, cada um de nós percebendo os outros como separados de nós mesmos. Essa passagem é a maneira de Jesus explicar por que ele fala assim – não que seja real. Nada aqui é real. Nada aqui no mundo da forma é real. Nada é real dentro da mente separada da Filiação.

Em uma passagem perto do início do Texto, Jesus basicamente se desculpa por falar sobre o ego como se ele fosse separado (o único lugar no Curso onde ele faz isso, aliás). Ele explica:

Eu tenho falado do ego como se fosse uma coisa separada, agindo por contra própria. Isso foi necessário para persuadir-te de que tu não podes despedi-lo facilmente e não podes deixar de reconhecer quanto do teu pensamento é dirigido pelo ego. (T-4.VI.1:3-4)

Jesus também fala do Espírito Santo como Alguém que está separado. Na realidade, cada um (o ego e o Espírito Santo) representa uma voz ou um pensamento dentro de nossas mentes. Eles não estão separados de nós, assim como nós não somos separados uns dos outros, ou separados de Deus. No entanto, porque nós fizemos um mundo de separação, nós temos a ilusão de separação.

Esse é o propósito do Espírito Santo, esse é o propósito de Jesus e seu Curso – nos levar além de todas as ideias falsas. Portanto, em primeiro lugar, nós pegamos a falsa ideia – de que nós somos separados e que o ataque e o especialismo são justificados – e a corrigimos.

Nós temos uma ilusão – a ilusão do perdão – que corrige e desfaz a ilusão de separação e ataque. Quando todas as ilusões de separação e ataque forem desfeitas pela ilusão do perdão, ambas desaparecem. O que resta é a verdade.

Quando todas as ilusões de separação e ataque forem desfeitas pela ilusão do perdão, ambas desaparecem. O que resta é a verdade.

O Curso é único como sistema espiritual porque é muito claro sobre a pureza absoluta de Deus e o Seu Amor – Deus não tem nada a ver com nada irreal ou ilusório. Ao mesmo tempo, o Curso nos dá um sistema de pensamento muito prático e um caminho espiritual muito prático que nos encontra onde nós acreditamos que nós estamos – no mundo da forma.

A ideia é nos levar além do mundo da forma para um pensamento que, embora ainda seja um pensamento de separação, não possui conceitos de ataque, assassinato ou especialismo associados a ele. Portanto, ainda nós temos a experiência de um Jesus ou do Espírito Santo em nossas mentes para a Quem nós vamos. Quando nós viermos a ser aquele pensamento perfeito da Expiação, nós viremos a ser como Jesus. Jesus desaparece, nós desaparecemos e tudo o que resta é o Amor do Espírito Santo, que naquele ponto também desaparece.

O objetivo do Curso é elevar à nossa consciência no nível da realidade [awareness] todas as associações negativas que nós temos de Deus e de Jesus também – Deus como um homem punitivo, como um pai punitivo e assim por diante – para que nós possamos perdoá-los.

É por isso que o Curso vem em idioma Judeu-Cristão, onde Deus é muito visto como um pai masculino. E a identidade de Jesus é central para o Curso, por causa de toda a falta de perdão que as pessoas – tanto Judeus quanto Cristãos – têm com ele. Portanto, o Curso traz todos os preconceitos e tendências, todas as dores e todos os medos, para que nós possamos olhar para eles.

Se Jesus é o Amor de Deus encarnado, então obviamente eu não posso ser, porque é um ou outro. Não pode ser que nós sejamos iguais. Se nós somos iguais, então o Espírito Santo está me dizendo a verdade. Mas se Jesus é diferente de mim, então o meu ego está vivo e bem. E obviamente Jesus é total inocência, total amor e total luz.

Então, o que isso me deixa? Já que eu acredito que eu sou o lar do mal, das trevas e do pecado, então eu acredito que eu sou o mal, o eu culpado e Jesus é inocente, santo e amoroso. Ouvindo o meu ego, eu pergunto: “De onde ele tirou isso? Por que ele é tão amoroso e por que ele é o favorito de Deus e eu não?” Bem, a resposta é óbvia – ele roubou de mim. É exatamente como a história de Isaque e Jacó na Bíblia, onde Jacó engana o seu pai e rouba a primogenitura de Esaú.

Onde Jesus conseguiu o seu amor e a sua inocência? Ele roubou de mim. Como eu sei que ele roubou de mim? Porque eu secretamente acredito que roubei dele. E por que eu acredito que roubei dele? Porque é isso que eu acredito que fiz com Deus. Sempre se volta para essa ideia metafísica subjacente.

É por isso que sempre nós sentimos que nós estamos em guerra uns com os outros. Eu secretamente acredito que tudo o que eu tenho, eu roubei, porque essa é a premissa básica do sistema de pensamento do ego. O próprio fato de acreditar que existo como uma entidade separada – e todos nós acreditamos que nós existimos como entidades separadas – é a prova de que eu roubei o poder, a vida dessa entidade separada, de Deus. E se eu acreditar que o roubei e me sentir culpado por isso, o que eu tenho que fazer? Eu fragmento o pecado e a culpa – é isso que os egos fazem. Eu fragmento isso e digo: “Eu não sou pecador e culpado. Você é.” A verdadeira razão pela qual eu estou infeliz e miserável – e todos nós, no fundo de nossos corações, somos infelizes e miseráveis ​​- é que eu estou aqui. Esse não é um mundo feliz. O céu é o mundo feliz. Em algum nível, eu sinto que falta alguma coisa em mim – há algo injusto e eu estou infeliz.

Por que eu estou infeliz? Ao invés de aceitar a responsabilidade por como eu me sinto, eu fragmento isso. Por que algo está faltando em mim? Porque você roubou de mim. E por que eu sei que você roubou de mim? Porque eu acredito que primeiro eu roubei de você, mas depois eu projetei o ataque em você, só que eu esqueci que fiz isso. Conscientemente, eu estou ciente de que você tem algo que eu não tenho e eu o odeio por isso. É por isso que o mundo sempre odiou Jesus: ele sempre foi visto como diferente de nós, o que é exatamente o oposto do que ele ensinou.

Ele nos ensinou que O Amor de Deus que você experiencia em mim é um reflexo do Amor de Deus em você. Jesus diz:

A única diferença entre nós é que eu sei disso e você se esqueceu disso. Portanto, eu estou na sua frente agora como um lembrete de que você é capaz de fazer a mesma escolha para lembrar que eu fiz.

Se o mundo aceitasse isso, o mundo desapareceria, porque o mundo inteiro existe como uma forma de manter essa compreensão longe de nós.

Um dos grandes erros que o Cristianismo cometeu com a mensagem de Jesus há mais de dois mil anos foi que, ao invés de focar no nível que ele [Jesus] estava ensinando, as Igrejas tentaram trazer Jesus e sua mensagem até o nível do mundo – o que, é claro, era muito mais uma resposta do ego. E assim a mensagem das Igrejas veio a ser muito mais uma mensagem cheia de sofrimento e sacrifício, assassinato e morte, culpa, especialismo, exclusividade, ritual e forma, etc. As pessoas pensaram que entenderam o que Jesus disse e ensinou. E então eles começaram a pregar a sua mensagem sem reconhecer que haviam perdido todo o seu ponto. E agora é muito fácil fazer a mesma coisa com o Curso. As Igrejas Cristãs Institucionais dizem-nos que Jesus era o único Filho de Deus, que encarnou como ser humano para morrer na cruz como punição por nossos pecados e, assim, salvar o mundo. Porém essa é uma caricatura lamentável, um pálido reflexo da verdadeira história.

Jesus não “salvou” as pessoas, ele as liberou, do cativeiro do ego.  A encarnação e a ressurreição não significam que Jesus era um ser humano como nós, mas sim que “nós somos deuses como ele”, ou pelo menos nós temos o potencial para sê-lo. Tal é o segredo de todas as eras e de todas as tradições espirituais. Tal é o mistério maior. Está escrito:

“Eu disse: sois deuses” (João 10:34)

“Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” (Salmo 82:6)

A encarnação e a ressurreição não significam que Jesus era um ser humano como nós, mas sim que “nós somos deuses como ele”, ou pelo menos nós temos o potencial para sê-lo.

Uma das principais formas em que esse erro ocorre está em confundir símbolo com realidade, confundir forma com conteúdo. É de grande importância entender que muito do Curso é escrito em um nível simbólico por causa de onde nós estamos. Se nós evoluirmos no símbolo, então nós reconheceremos que, no final, o símbolo desaparece na realidade, no amor que sempre esteve lá.

O Mestre Ascensionado Arten, no livro “O Desaparecimento do Universo”, de autoria de Gary R. Renard, também nos explica a diferença de visões do Cristianismo e do Curso à respeito de Jesus:

O Jesus do Curso não é o mesmo da versão de Jesus no Cristianismo e os dois sistemas de pensamento não são compatíveis. Para o Cristianismo, a imagem do corpo sofredor de Jesus é muito especial. Ele é diferente de você no sentido de que é, sozinho, o único filho primogênito de Deus. Mas o Jesus do Curso informa você que pelo fato de você e ele serem um só, então, vocês são igualmente o único Filho primogênito de Deus ou Cristo – nem um pouco diferente dele – e que você finalmente vai experienciar isso. Não há nada em mim que tu não possas atingir. Eu nada tenho que não venha de Deus. A diferença entre nós agora e que eu não tenho nada mais. Isso me deixa em um estado que em ti é apenas potencial.’ (T.1.II.3:10-12)”

O sistema de pensamento de Jesus é holográfico. Uma vez que você o entenda, irá vê-lo em todos os lugares no Curso.

Há uma frase no Texto que diz: Para o ego, os que não têm culpa são culpados (T.13.II.4:2), porque ser sem culpa é pecar contra o mandamento do ego: “Tu serás culpado”. Se você não tem culpa, você então passa a ser culpado por não ter culpa. Essa, por exemplo, foi a razão pela qual o mundo matou Jesus. Ele nos estava ensinando que nós somos sem culpa e, portanto, o mundo teve que matá-lo porque ele estava blasfemando contra o ego.

O sistema de pensamento de Jesus é holográfico. Uma vez que você o entenda, irá vê-lo em todos os lugares no Curso.

O papel de Jesus é ser um lugar de amor e luz em nossas mentes – o que realmente é um lugar de perdão – a quem nós vamos quando nós somos tentados a ver o problema ou a solução fora de nós. Pedir ajuda a Jesus, em termos do Curso, realmente significa olhar com ele para o nosso próprio especialismo, sem ter medo dele, sem culpa e sem julgamento. À medida que nós fazemos isso mais e mais, nós começamos a aprender que o ego não tem efeito. Não importa o quão terrível nós pensemos que o nosso ego é, ele não se interpôs entre nós e o Amor de Deus. Nenhuma nota da canção do céu foi perdida. (T-26.V.5:4)

…..continua Parte II…..

Bibliografia da OREM3:

1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição –  copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.

2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/

3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.

4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).

5) Livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”,  Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.

7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html

9) E-book “Study Guide for A Course in Miracles”, Foundation for Inner Peace (tradução livre: Guia de Estudo para Um Curso em Milagres, Fundação para a Paz Interior).

10) Artigo “The Course’s Use of Language” (tradução livre: “O Uso da Linguagem do Curso”), extraído do livro “The Message of A Course in Miracles” (tradução livre: “A Mensagem de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

11) Artigo Who Am I? (tradução livre: Quem Sou Eu?) – Beverly Hutchinson McNeff – Site: https://www.miraclecenter.org/wp/who-am-i/

12) Artigo “Jesus: The Manifestation of the Holy Spirit – Excerpts from the Workshop held at the Foundation for A Course in Miracles – Temecula CA” (tradução livre: Jesus: A Manifestação do Espírito Santo – Trechos da Oficina realizada na Fundação para Um Curso em Milagres – Temecula CA) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

13) Livro “Quantum Questions” (tradução livre: “Questões Quânticas”) – Ken Wilburn

14) Livro “Um Retorno ao Amor” – Marianne Williamson.

15) Glossário do site Foundation for A Course in Miracles (tradução livre: Fundação para Um Curso em Milagres), do Dr. Kenneth Wapnick, https://facim.org/glossary/

16) Livro “The Message of A Course in Miracles – A translation of the Text in plain language” – Elizabeth A. Cronkhite

17) Livro Um Curso em Milagres – Esclarecimento de Termos.

18) Artigo “The Metaphysics of Separation and Forgiveness” (tradução livre: “A Metafísica da Separação e do Perdão”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

19) Livro “Os Ensinamentos Místicos de Jesus” – Compilado por David Hoffmeister – 2016 Living Miracles Publications.

20) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – A Canção da Oração” – Helen Schucman – Fundação para a Paz Interior.

Imagem pablo-heimplatz-EAvS-4KnGrk-unsplash.jpg

Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo. LE.II.13

Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.
T.In.2:2-4
Autor

Graduação: Engenharia Operacional Química. Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras FGV/SP. Blog Projeto OREM® - Oficinas de Reprogramação Emocional e Mental que aborda os temas em categorias: 1) Psicofilosofia Huna e Ho’oponopono. 2) A Profecia Celestina. 3) Um Curso em Milagres (UCEM). 4) Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT); A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE). Pesquisador Independente sobre a Espiritualidade Não-Dualista como Proposta de Filosofia de Vida para os Padrões Ocidentais de Pensamento e Comportamento (Pessoais e Profissionais). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

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