No livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”, de autoria do Dr. Kenneth Wapnick, nós temos uma descrição do momento no qual a “separação parece ter acontecido”…:

No Começo, que transcende o tempo, havia apenas Deus e o Seu Filho. Era como uma grande família feliz no Céu. Em um estranho momento, que na realidade nunca ocorreu, o Filho de Deus acreditou que ele podia se separar de seu Pai. Esse foi o momento no qual a separação parece ter acontecido.

Na verdade, como nos diz o Curso, isso nunca poderia ter acontecido, pois como seria possível uma parte de Deus se separar de Deus?

Contudo, o fato de nós estarmos todos aqui, ou de pensarmos que nós estamos todos aqui, pareceria indicar outra coisa.

O Curso não explica realmente a separação; apenas diz que é assim.

Não tente perguntar como o impossível poderia ter acontecido, porque não poderia. Se perguntar como aconteceu, você cai de novo no erro.

Em nosso modo de pensar, pareceu ter acontecido e a separação efetivamente parece ter ocorrido.

Naquele mesmo instante em que nós acreditamos ter separado a nós mesmos de Deus, nós estabelecemos todo um novo sistema de pensamento e Deus enviou a Sua Correção para desfazer esse erro.

Ele é a terceira Pessoa da Trindade. Isso se explica muito bem no Capítulo 5 do Texto – Cura [Healing] e Integridade – se vocês quiserem estudar esse ponto mais a fundo.

É a primeira vez que Jesus fala especificamente do Espírito Santo e explica o papel do Espírito Santo:

Ele é a Resposta para a separação.

No Curso, sempre que vocês encontrarem a palavra ‘Resposta’ com letra maiúscula, podem substituí-la por ‘Espírito Santo’.

Um Curso em Milagres ensina que Deus é Tudo o que É e que nós somos parte da unicidade que é Deus. Coletivamente, nós somos “a Filiação”: o único Filho de Deus.

O Curso diz que o Filho de Deus teve uma ideia diminuta e louca de que ele poderia ser de alguma forma separado de Deus. Tal é o poder da mente do Filho de Deus que esse eu “separado” veio a ser uma realidade – porém, apenas em sua mente.

O Filho não é capaz de alterar o que o seu Pai o criou para ser, no entanto ele é capaz de acreditar que assim o fez. Essa aparente separação de Deus deu origem a um falso eu individual que o Curso chama de “o ego”.

O ego se reveste de um corpo físico a fim de “provar” que é único e separado de todos os outros e certamente não é uma parte de Deus.

Por meio de um processo de negação e projeção, a separação deu origem a um mundo inteiro, o mundo que nós vemos ao nosso redor. É um mundo no qual nós percebemos a separação em todos os lugares: objetos separados, pessoas separadas e eventos separados que ocorrem em tempos e lugares diferentes. Em tal mundo, conflito e contraste são inevitáveis.

É também um mundo de opostos: bom e mau, escuridão e luz, prazer e dor; um mundo no qual o medo, a raiva, o ataque e a culpa vêem a ser reais demais.

Este é o mundo da dualidade do ego. Deus não o criou porque como o Amor absoluto poderia dar origem a algo que não seja Amor absoluto?

Na verdade, existe apenas a unicidade de Deus e a separação de Deus não é possível. No instante em que a ideia de separação surgiu, no entanto, o plano de Expiação de Deus veio a existir para garantir que o Filho de Deus encontraria o seu caminho para sair de sua ilusão de separação, de volta para o seu lar em Deus.

“A separação é apenas um outro termo para a mente dividida. O ego é o símbolo da separação, assim como o Espírito Santo é o símbolo da paz.” (T.5.III.9:3-4)

“A separação é apenas a decisão de não conhecer a ti mesmo.” (T.16.5.15:3)

“Tu não moras aqui, mas na eternidade. Viajas apenas em sonhos, enquanto estás a salvo em casa.” (T.15.VII.17:6-7)

Qualquer pergunta que o ego algum dia já fez é somente uma metáfora porque a única dúvida durou somente um instante. A resposta para qualquer uma das perguntas, como ou por que, é realmente a mesma. O pensamento de dúvida, expresso em palavras, é aquele que poderia ter uma existência separada do nosso Criador.

Esse pensamento de dúvida pareceu separar a Única Mente, causando a separação em inúmeras partes e a isso nós chamamos de pecado original, a separação, o sonho de pecado que nunca existiu.

Não há razão que algum dia possa se dar a algo que é irreal como não há fonte para o erro, só pode ser visto pelo que é e esse é o fim de todas as perguntas. O que pareceu ocorrer em um único instante não santo foi simultaneamente corrigido.

Se isso não fosse assim, a separação teria a sua própria realidade e o poder de Deus realmente seria limitado. O que pareceu ser o instante não santo nunca foi em absoluto.

O que agora parece ser o tempo linear é senão um momento de loucura sendo repetido várias e várias vezes na mente do adormecido Filho de Deus.

O reconhecimento de que é irreal acaba com o conceito de tempo linear e todas as ilusões e leva a Mente de volta ao estado original do Instante Santo.

Um senso de separação de Deus é a única carência que realmente necessita ser corrigida.

Esse senso de separação vem somente da percepção distorcida da Realidade, da qual então você se percebe como carente e da qual todas as necessidades aparentes surgem. A nossa responsabilidade é desistir de todas as necessidades exceto a única necessidade de Deus.

Não há nenhum universo perceptivo que existisse antes do pensamento de separação, nem realmente existe agora. Nós temos que ver que o que parece ser uma infinidade de imagens é apenas um erro.

Parece haver uma brecha entre você e o seu irmão, os olhos do corpo mostram diferenças e você acredita nelas. Você tem que buscar dentro de você e permitir que o Espírito Santo corrija esta louca (insana) ideia.

Tudo o que Deus criou é como Ele e Único. Somente o Amor pode criar Amor e o que é temporal não é Amor. A Extensão é de Deus e essa radiância interior que as crianças do Pai herdam Dele é eterna.

A vida em um corpo é temporária e não de Deus. A vida não é do corpo, mas da mente.

Reconhecer isso é reconhecer a salvação. Você é tão merecedor do Amor de Deus, você tem o direito ao conforto perfeito que vem da confiança perfeita.

Não perca o seu tempo com tentativas inúteis para você ficar mais confortável com ilusões reorganizando-as para se ajustar às suas necessidades e desejos aparentes.

O milagre é o meio para você. Ele prepara a sua mente para Deus. O milagre prepara a mente para a aceitação da Expiação, onde as Criações de Deus são completamente dependentes Um do Outro. Ele depende de você porque Ele criou você perfeito.

Você tem que aprender a olhar para o mundo como um meio de curar [healing] a aparente separação.

A Expiação é a garantia que você finalmente terá êxito.

O erro original é pensar em estar separado de Deus. Esse pensamento se fragmentou em bilhões e bilhões de peças, que se espalharam com o tempo. Foi como se o minúsculo tique-taque do tempo tivesse sido esmagado sobre uma mesa comprida e se espalhado. E a propagação é o que chamamos de início do mundo e o eventual fim do mundo, com todo o processo de evolução entre eles.

Mas todo o tempo ocorreu naquele instante. Todas as diferentes formas em que nós manifestamos a nossa crença na separação – todos os nossos relacionamentos especiais – ocorreram naquele instante.

É isso que o Curso quer dizer quando diz que “o roteiro está escrito” (LE) e que isso já aconteceu. Esse é o roteiro – aquele erro fragmentou ou explodiu em bilhões e bilhões de estilhaços.

“O tempo é um truque, um passe de mágica, uma vasta ilusão em que figuras vem e vão como por magia. Mas há um plano por trás das aparências que não muda. O roteiro está escrito. O momento em que a experiência vem para dar fim à tua dúvida já foi estabelecido. Pois nós vemos a jornada apenas do ponto em que ela terminou, olhando em retrospectiva, imaginando que nós a empreendemos novamente, revisando mentalmente o que já se foi.” (LE-pI.158.4:1-5)

Cada um de nós, como um eu separado, é parte desse processo de fragmentação. E todas as nossas experiências são parte disso – todas as diferentes expressões do sistema de pensamento do ego.

No entanto, lado a lado com o pensamento do ego na mente dividida está o pensamento de correção do Espírito Santo – o que o Curso chama de princípio da Expiação ou a memória do Amor de Deus.

Esse pensamento também estava em nossa mente enquanto se fragmentava. Portanto, o pensamento de Amor do Espírito Santo é a resposta ou a correção para o pensamento equivocado do ego sobre o medo – há uma correspondência um a um entre os dois.

À medida que o pensamento do ego sobre o medo se fragmenta, escrevendo um script com bilhões e bilhões de maneiras de expressar medo, culpa e ataque, existe correspondentemente o script de correção do Espírito Santo para cada um dos pensamentos do ego.

Em outras palavras, todo e qualquer pensamento fragmentário do ego de especialismo, ataque, separação e culpa em nossas mentes tem um pensamento correspondente de perdão e união do Espírito Santo.

Essa é a correção, correspondendo um a um a cada relacionamento especial. Esse é o roteiro do Espírito Santo, referido no Livro de Exercícios como o roteiro da salvação.

“Nós apenas aceitamos o papel há muito tempo designado e reconhecido plenamente como já tendo sido realizado com perfeição por Aquele Que escreveu o roteiro da salvação em Nome do Seu Criador e em nome do Filho do Seu Criador.” (LE-pI.169.9:3)

Agora, o Espírito Santo não escreveu o roteiro original. Na verdade, o roteiro do Espírito Santo nada mais é do que o roteiro do ego, porém, agora com o conteúdo de correção ou perdão do Espírito Santo.

Então esse é o plano a que se refere a frase citada. Não é um plano que o Espírito Santo reuniu com Jesus ou Deus e trabalhou para cada um de nós. Ao invés disso, é a anulação inevitável e automática do roteiro ou sistema de pensamento do ego.

Então, tudo que o ego fez para nos atacar vem a ser uma sala de aula na qual o Espírito Santo nos ensina como olhar para as coisas de maneira diferente. O ego escreve o roteiro básico e o Espírito Santo dá a ele um conteúdo ou interpretação diferente.

Entender isso leva à paciência, porque nós percebemos que o resultado é tão certo quanto Deus – pois já aconteceu. Em outras palavras, o Espírito Santo desfez todo o sistema de pensamento do ego e esse desfazer, que é a aceitação da Expiação por nós mesmos, já está em nossas mentes. Tudo o que nós temos a fazer é escolher – essa é a aceitação referida.

A Expiação já ocorreu. Jesus diz no final do Curso que nós estávamos com ele quando ele se levantou.

“Ele dá graças a ti assim como a ele, pois te ergueste com ele quando ele começou a salvar o mundo.” (ET-6.5:5)

Em outras palavras, quando ele despertou do sonho, nós estávamos com ele porque as mentes estão unidas.

O problema é que nós pegamos aquele pensamento de ressurreição, de despertar do sonho da morte em nossas mentes e o colocamos de lado e o silenciamos, então esse pensamento fica trancado e nós nunca olhamos para ele.

No entanto, ele está aí e só requer que o aceitemos. A paciência vem da certeza de saber que esse sonho já acabou.

Então, por que eu ficaria chateado ou impaciente com qualquer coisa que ocorre dentro do sonho, se eu sei que o sonho já acabou?

“O mundo que vês retrata exatamente o que pensaste que fizeste. Exceto que agora pensas que o que fizeste, está sendo feito a ti. A culpa pelo que pensaste está sendo colocada fora de ti e sobre um mundo culpado que sonha os teus sonhos e pensa os teus pensamentos em teu lugar. Ele traz a sua vingança, não a tua. Ele te mantém estreitamente confinado dentro de um corpo, que ele pune devido a todas as coisas pecaminosas que o corpo faz dentro do sonho do mundo. Tu não tens poder para fazer com que o corpo pare com seus feitos maus, porque não o fizeste e não és capaz de controlar as suas ações, nem o seu propósito, nem o seu destino.” (T.27.VIII.7:2-7)

Dr. Wapnick enfatiza, para o nosso conhecimento e entendimento, que outro termo que nós podemos usar para separação é fragmentação. Basicamente, tudo o que nós falamos até agora sobre a separação pode ser resumido como uma sequência de quatro fragmentações ou quatro separações. Entender isso fará com que seja mais fácil entender por que o Curso fala sobre perdão dessa forma e por que Jesus fala tanto sobre união.

A primeira separação, acontece quando a diminuta e louca ideia parece ocorrer – aquela Mente parece agora coexistir com uma mente separada. Portanto, a primeira fragmentação, a primeira separação, é a mente da Mente. No Começo – o “C” maiúsculo nos ajuda a perceber que nós estamos falando sobre um estado eterno e atemporal – havia apenas a Mente de Deus totalmente unificada e a Mente de Cristo. Assim que o sonho pareceu ocorrer, parecia haver duas mentes, a Mente e a mente – a Mente de Cristo e a mente dividida.

A segunda separação, vem a seguir, conforme a própria mente dividida se separa e se divide. Existem agora duas partes na mente dividida – a parte onde está o ego e a parte onde está o Espírito Santo.

Com a primeira divisão, a mente parece existir separada e rompida da Mente, que parece estabelecer a mente como sendo por si mesma. Tem uma existência independente da Mente Crística e, obviamente, independente de Deus.

Essa mente então se divide em duas – o que o Curso se refere como a mente errada e a mente certa. A mente errada mantém o pensamento de separação do ego e a mente certa o pensamento da Expiação do Espírito Santo – de que a separação nunca aconteceu.

Dr. Wapnick enfatiza que falando-se dessa maneira dá a impressão de que as fragmentações ocorreram em uma sequência. Na realidade, nada disso acontece em uma sequência – não acontece em um intervalo de tempo ou espaço.

O que nós estamos vendo aqui – e ficará ainda mais claro à medida que nós continuarmos com o estudo do Curso – é que o pensamento de separação do ego segue a mesma lei do Pensamento de Deus.

Os pensamentos são totalmente diferentes, mas o princípio é o mesmo. O amor de Deus simplesmente se estende. Visto que o amor de Deus é perfeitamente unificado, íntegro e eterno, ele continua a se expandir e a vir a ser ele mesmo. Isso não faz sentido para nós aqui, mas o princípio é que o amor simplesmente se estende.

O pensamento do ego segue a mesma lei da mente – extensão (Deus, o Espírito Santo) ou projeção (ego). Visto que o pensamento do ego é separação, rompimento e fragmentação, é isso que ele continua estendendo ou projetando (separação, rompimento e fragmentação).

Portanto, a primeira separação é a mente da Mente. A segunda separação ocorre dentro da mente que agora parece ser duas.

O Filho de Deus, como o tomador de decisões, então se une ao ego, acreditando que ele veio a ser esse ser – pecador, culpado e merecedor de ser punido. E isso justifica o seu medo.

É quando ocorre a terceira fragmentação ou terceira separação. Depois que a mente primeiro se separa da Mente e então se divide entre a mente errada e a mente certa, a própria mente errada agora se rompe. Essa é a terceira fragmentação e é extremamente importante que ela seja entendida.

Nós temos esse ser pecaminoso e separado. Esse é o Filho de Deus que se sente como o lar do pecado e da culpa, como uma criatura pecadora e culpada.

O ego diz ao Filho que ele pode escapar do pecado e da culpa dividindo-se em dois. Portanto, o ser se divide em dois: ele se divide para a ira de Deus. Esse é o nascimento do medo. O Filho começa como pecador e culpado e então se divide, projetando a culpa de forma que agora parece haver um corpo separado.

Onde antes havia apenas um ser na mente do ego – o ser pecaminoso e culpado – agora existem dois seres. Eles constituem o elenco de personagens no campo de batalha: o Filho pecador e culpado que agora acredita que está em guerra com o seu Pai colérico e insano. Na realidade, é claro, não existe um Pai insano e colérico – a coisa toda está inventada. É uma parte fragmentada da mente do Filho que parece estar fora dela.

Basicamente, isso é projeção. Simplesmente nós pegamos algo dentro de nós, colocamos fora de nós e então nós esquecemos o que nós fizemos. E o que parece estar fora de nós é, na realidade, ainda parte de nossas mentes.

Efeito e causa sempre permanecem unidos – as ideias nunca deixam a sua fonte.

Nós pensamos que há algo fora de nós, entretanto, é simplesmente uma projeção do que está dentro de nós. Esse ser culpado e pecaminoso do Filho se rompeu em dois e a parte do ser que ele odiava, o pecado e a culpa, agora parecem estar fora do ser, colocados em um ser que repentinamente veio à existência.

A culpa não está mais dentro do Filho. É projetada no Pai. E agora esse Pai – esse Deus colérico e vingativo – é “o vilão”. Ele é Aquele que ataca, Aquele que está cheio de vingança. Ele veio a ser o vitimizador.

Na realidade, o Filho acredita que ele é o vitimizador, porque acredita que vitimou Deus – Deus é realmente a vítima. É por isso que o Filho é pecador e se sente culpado. No entanto, uma vez que ele projeta o pecado e a culpa, Deus vem a ser o vilão. Deus vem a ser o vitimizador e o Filho agora é a vítima inocente.

Isso é o que se encontra no grande mito ocidental de Adão e Eva. No final dessa história Bíblica, Deus é o vilão. Ele é quem pune. E é um castigo infernal! Ele destrói os Seus próprios filhos. Ele diz a eles que eles morrerão e então os bane de Seu Reino. Obviamente, um Deus amoroso não age assim.

Essa história maravilhosa da Bíblia descreve em termos gráficos o sistema de pensamento do ego e como ele surgiu.

E Deus acaba tendo todos os atributos do Filho pecador e culpado. É claro que Ele tem todos os atributos do Filho pecador e culpado, porque Ele é o Filho pecador e culpado. Ele é simplesmente uma parte fragmentada da mente do Filho – a terceira divisão. Não há campo de batalha na mente do Filho. A coisa toda está inventada. E em outro nível, não há Filho pecador e culpado em primeiro lugar. Isso também é inventado.

O que começou como um único ser agora se dividiu em dois, assim como uma célula se divide por meio da mitose. O ego se separou e o Filho se esquece do que se separou. Uma das características de toda essa procissão de fragmentações é que, por causa do véu da negação, uma vez que o Filho tenha se fragmentado, ele se esquece de onde se fragmentou ou separou.

É importante ter em mente que realmente não há ninguém fora do Filho. O Deus que é visto como externo, que tem o poder de ferir e vitimar, literalmente não existe. Ele é simplesmente uma parte separada da mente do Filho. Da mesma forma, o ser pecaminoso e culpado não existe – a coisa toda é inventada.

O ego continua se dividindo. Aquilo de que se fragmenta é inventado e em que se fragmenta é inventado. Mas o que o Filho se divide vem a ser mais assustador do que aquilo de que ele se separou – cada passo sucessivo traz consigo um novo medo que requer uma nova defesa, que envolve outra divisão.

Isso nos leva à quarta e última fragmentação (separação).

Uma vez que o ego se dividiu em dois, com o Filho vítima-inocente agora à mercê do Pai vitimizadoresse Deus vitimador que o destruirá – tudo o que o Filho pode fazer é correr para salvar a sua vida. Então, agora vem a quarta e última fragmentação, onde a mente se separa de si mesma, fazendo com que um corpo se separe da mente.

Nessa divisão, nós encontramos uma explosão incrível, que é uma metáfora para o único Filho de Deus se fragmentando em bilhões e trilhões e zilhões de pedaços.

Não existe um número grande o suficiente para descrever e abranger o que essa divisão acarretou. Vejamos uma parte do Texto que trata disso, a seção chamada “A realidade substituta” (T-18.I.4:1-3). Essa seção é provavelmente o melhor relato do Curso sobre a origem do mundo. A última seção desse capítulo, “Os Dois Mundos” (T-18.IX), é provavelmente o melhor relato no Curso sobre o propósito do mundo: ocultar a nossa culpa.

“Tu, que acreditas que Deus é medo, fizeste apenas uma substituição.” (T-18.I.4:1)

Quando nós acreditamos que Deus é medo, que é o que o ego nos disse, nós fizemos apenas uma substituição – há apenas um erro. Nós substituímos o sistema de pensamento do ego pelo do Espírito Santo. Houve apenas um erro (um equívoco), uma substituição.

“…Deus não é medo, mas Amor.” (T-18.I.7:1)

Ela tomou muitas formas, porque foi a substituição da verdade pela ilusão; da totalidade pela fragmentação. Ela [essa substituição] veio tão partida, subdividida e de novo dividida, vezes e mais vezes, que agora é quase impossível perceber que alguma vez foi uma só e que ainda é o que era.

“Substituir é aceitar alguma coisa em lugar de outra. Se apenas considerasses exatamente o que isso acarreta, imediatamente perceberias o quanto essa atitude está em desacordo com a meta que o Espírito Santo te deu e quer realizar para ti. Substituir é escolher entre opções, renunciando a um aspecto da Filiação em favor de outro. Para esse propósito especial, alguém é julgado mais valioso e o outro é substituído por ele. O relacionamento no qual ocorreu a substituição é então fragmentado e o seu propósito divido de acordo com isso. Fragmentar é excluir e a substituição é a defesa mais forte que o ego tem para a separação.” (T-18.I.1:1-6)

Essa passagem muito importante está descrevendo a quarta e última fragmentação, a quarta e última separação, quando a mente se separa de si mesma e vem a ser um corpo, fragmentando-se continuamente.

É como se todo o inferno explodisse. Esse único pensamento do ego, aquele único Filho de Deus, fragmenta-se em bilhões e bilhões de pedaços.

O mundo resultante vem a ser um esconderijo muito eficaz, um dispositivo de distração e uma cortina de fumaça, porque nós acabamos com o que os Hindus chamam de “mundo da multiplicidade”.

Esse mundo vem a ser tão incrivelmente complicado, tão incrivelmente vasto, que é quase impossível conceber que o erro “uma vez foi um só e ainda é o que era” – nada mudou.

Houve apenas um erro – o Filho de Deus voltou-se para o ego em vez do Espírito Santo.

Esse erro está presente em cada mente fragmentada e em cada corpo fragmentado – cada um de nós carrega dentro de nós aquele único erro.

Cada um de nós também carrega dentro de nós a capacidade de fazer outra escolha.

Basicamente, o Curso vê a mente dividida, especialmente como a experienciamos aqui, como holográfica, embora Jesus nunca use esse termo. E uma das principais características de um holograma é que o todo é encontrado em todas as partes. Qualquer parte ou fragmento de uma imagem holográfica contém tudo isso. Você pode reproduzir uma imagem inteira de apenas um fragmento.

Dentro de cada minúsculo fragmento, que cada um de nós representa, está contido todo o sistema de pensamento do ego, o sistema de pensamento do Espírito Santo e a capacidade do tomador de decisão de escolher um ou outro.

Mas tudo vem desse processo de fragmentação, onde continuamente nós nos separamos um do outro.

Vamos repassar as separações (fragmentações) mais uma vez, para o nosso entendimento e profunda reflexão.

  • Primeiro a mente se separa da Mente e se esquece de onde veio.
  • Então a mente se divide em duas – o tomador de decisão escolhe o ego, ou a parte da mente errada e esquece o Espírito Santo, ou a parte da mente certa.
  • A mente errada, que consiste em pecado e culpa, então se divide em duas – um Filho pecador e culpado e um Pai irado. Mas o Pai irado assumiu os atributos do Filho pecador e culpado, de modo que o Filho se esquece de que realmente é culpado. O que era um só agora parece ser dois, exceto o que parece ser o outro ser, é simplesmente uma parte separada de um ser.
  • Finalmente, esses dois seres se separaram e a aparente realidade de um campo de batalha, em nossas mentes, agora toma forma fora de nós. E o mundo inteiro parece ser um campo de batalha. Mas se o campo de batalha em minha mente é um conflito entre dois seres que são realmente um ser só, aparentemente divididos em dois, isso significa que o campo de batalha que experiencio aqui no mundo, onde eu sou a vítima e você é o vitimizador, envolve simplesmente a fragmentação ou a separação de partes de mim mesmo.

Quando Jesus no Curso diz que o seu irmão é você mesmo, ele quer dizer isso literalmente.

Existem muitas passagens no Curso que devem ser tomadas metaforicamente, como Jesus dizendo que Deus está sozinho sem Seus filhos (T-2.III.5:11), que Ele chora por eles (T-5.VII.4:5) e que Deus nos deu o Espírito Santo em resposta à separação (T-5.II.2:5), por exemplo. Essas são metáforas, não devem ser interpretadas literalmente.

Mas quando Jesus diz que o seu irmão é parte de você, ele quer dizer isso literalmente. E as separações explicam por que isso acontece.

O Deus vingativo e colérico, que nós acreditamos ser o vitimizador, fazendo de nós as suas vítimas, é na verdade uma parte separada de nós mesmos.

Esse pensamento está enterrado na mente sob o véu da negação. Nós projetamos esse pensamento e fizemos um mundo. A divisão vítima-vitimizador na mente – o campo de batalha – é vista fora da mente.

Mas o princípio é exatamente o mesmo, porque nada mudou. O meu corpo vitimizado, que está fora da minha mente, parece uma presa do seu corpo vitimizador, que também está fora da minha mente. Mas ambos são partes do meu ser.

Então, basicamente, perdão significa que eu estou realmente perdoando o que nunca aconteceu: nós nunca nos separamos.

Quando o Curso fala sobre relacionamentos de cura [healing]mudar um relacionamento especial para um relacionamento santo com meu parceiro especial – significa que a pessoa especial em quem investi tanto ódio ou tanta necessidade é literalmente uma parte separada de mim mesmo.

Eu estou literalmente me unindo a mim mesmo – não ao ser que tem um nome – porque a pessoa com quem me identifico como vítima e a pessoa que me identifico como o vitimizador são, na verdade, partes separadas de um ser maior.

Toda a mensagem e todo o plano do Curso – em qualquer extensão que nós possamos falar de um plano, porque Jesus não tem um plano como tal – é que todos de quem nós nos separamos nos reunimos gradualmente. Esse é o círculo da Expiação. E é por isso que o Curso tem tanta ênfase na união uns com os outros. E essa união não ocorre no nível físico – não é uma união entre uma pessoa e outra. É lembrar que, na verdade, nós somos partes de um ser maior.

Ao me reunir com você – o que significa que não o vejo mais como o vitimizador – eu devo estar fazendo a mesma coisa com Deus, porque eu estou realmente fugindo do Deus dividido que eu criei.

Toda a dinâmica de projetar a minha culpa em outro ser que eu literalmente inventei – que eu acho que é Deus – é reprimida e então vista para fora.

Tem uma passagem denominada “O sonhador do sonho”, no capítulo 27.VII do Texto, que torna isso extremamente claro. No início do parágrafo quinze, Jesus diz:

“Sonhe suavemente com o teu irmão sem pecado, que se une a ti em santa inocência”. Então, no final, ele diz: “Ele [o seu irmão] representa o seu Pai [o seu irmão representa Deus], ​​que tu vês como Aquele Que oferece ambas, vida e morte.” (T-27.VII.15:1-7)

Ele parece estar oferecendo vida e morte para mim porque eu tenho uma mente dividida. O meu ego me diz que Deus está me oferecendo a morte; o Espírito Santo diz que Deus está me oferecendo vida. Visto que essa é a divisão em minha mente que tornei real no mundo, então qualquer pessoa com quem eu esteja me relacionando carregará as mesmas qualidades que eu tenho projetado em Deus.

Eu estou reencenando a fragmentação que todos nós fizemos quando nós nos separamos de nosso ser pecaminoso e culpado e o colocamos em Deus. Você então vem a ser a representação de Deus para mim. Visto que eu vejo Deus representando a vida ou a morte, é assim também que eu vejo você.

E então Jesus diz:

“Irmão, ele dá só a vida.” Deus apenas dá vida e esta é apenas outra declaração do princípio da Expiação. E ele continua: “Entretanto, o que vês como as dádivas que o teu irmão te oferece representa as dádivas que sonhas que o teu Pai te dá.” (T-27.VII.16:1-2)

Com essa passagem, nós somos capazes de começar a ver a conexão entre a metafísica do Curso e a sua ênfase muito prática em como nós vivemos uns com os outros – é tudo a mesma coisa. Nós somos capazes de começar a entender por que o perdão é tão central no Curso e por que é tão importante reconhecer o nosso ódio e todo o especialismo que nós sentimos uns pelos outros.

Eles são um reflexo do ódio original que eu tenho sentido por Deus. E eu não necessito entrar em contato com esse ódio original. Eu só tenho que reconhecer que, ao me sentir vitimado por você, eu estou reencenando a terceira divisão em que senti que eu estava sendo vitimado por Deus. Se eu puder curar [to heal] o meu relacionamento com você, o que significa simplesmente mudar de ideia, então eu estou realmente curando [healing] o meu relacionamento com Deus, porque é o mesmo problema.

Essa culpa é tão horrível que eu separo (fragmento) para que eu a veja fora de mim. Mas isso, por sua vez, vem a ser horrível porque significa que eu serei morto por Deus. Então, eu separo isso e finjo que isso nunca aconteceu [negação]. Eu invento um mundo e o habito com bilhões de corpos. E eu reencenarei com cada fragmento o mesmo problema que eu tenho com Deus: vejo-me como uma vítima inocente do que outra pessoa tenha feito. A forma do relacionamento ou é ódio especial ou é amor especial, no entanto, ela sempre termina da mesma forma.

Eu não necessito voltar em minha mente para o meu relacionamento com Deus. Eu simplesmente tenho que ser capaz de escolher deixar Jesus me ajudar a olhar para a divisão. Jesus me ajuda a entender que o problema não é você. O problema é que eu rompi ou separei algo em mim mesmo que eu não o quero olhar [negação]. Então, eu vejo isso em você [projeção]. Se eu posso dizer que o seu aparente pecado não tem efeito sobre mim, na verdade eu estou dizendo que você não existe fora de mim. E então eu estou realmente começando a me reunir comigo mesmo.

Alguns dos antigos textos Gnósticos apresentam Jesus falando sobre como ele está “recuperando a si mesmo” ou “reunindo-se consigo mesmo“, como ele está “coletando todos os fragmentos e reunindo-os dentro de si mesmo“. Essas foram maneiras muito brilhantes de descrever esse processo pelo qual todos nós acabaremos como um só.

O conceito do Curso da Segunda Vinda é que todos os fragmentos aparentemente separados da Filiação se reunirão como um Filho.

O processo começa onde quer que eu esteja, sempre que eu sinto que há alguém fora de mim que é capaz de me machucar ou me salvar – não importa, é o mesmo erro. Eu quero aprender que tudo o que vejo lá fora é uma parte separada de mim mesmo. Ao perdoar você e me unir a você, eu estou realmente me unindo a mim mesmo.

A Mestre Ascensionada Pursah, no livro “O Desaparecimento do Universo”, autor Gary R. Renard, em alinhamento com o sistema de pensamento do Curso disse:

“A morte é simbólica da sua separação ilusória de Deus. O que acontece quando alguém que você ama parece morrer? De repente, vocês estão separados. Você parece perdê-lo, exatamente como pareceu perder Deus. Mas isso não é verdade. Você realmente não pode perdê-lo mais do que pode perder Deus. Vocês são inseparáveis. Você chora quando um corpo que você ama parece morrer, no entanto, como o Curso ensina, é realmente da sua experiência de Deus e do Céu que você sente falta.”

Dr. Wapnick nos leva à seguinte reflexão:

“Tudo o que é real tem que ser uma causa e, portanto, ter um efeito. Se nós removemos o efeito nós estamos também eliminando a causa. Agora, se o maior efeito do pecado nesse mundo é a morte, ao demonstrar que a morte é uma ilusão nós estamos demonstrando simultaneamente que o pecado não existe. Isso também diz que a separação nunca ocorreu. Portanto, nós precisamos de alguém que nos mostre que a morte não existe. Por desfazer a morte, essa pessoa também desfará o pecado e nos mostrará simultaneamente que não há nenhuma separação, que a separação nunca ocorreu e que a única realidade, a única Causa verdadeira, é Deus. Essa pessoa foi Jesus. E a sua missão era nos mostrar que a morte não existe.”

Bibliografia da OREM3:

1) Livro “Um Curso em Milagres” – Livro Texto, Livro de Exercícios e Manual de Professores. Fundação para a Paz Interior. 2ª Edição –  copyright© 1994 da edição em língua portuguesa.

2) Artigo “Helen and Bill’s Joining: A Window Onto the Heart of A Course in Miracles” (tradução livre: A União de Helen e Bill: Uma Janela no Coração de Um Curso em Milagres”) – Robert Perry, site: https://circleofa.org/

3) E-book “What is A Course in Miracles” (tradução livre: O que é Um Curso em Milagres) – Robert Perry.

4) E-book “Autobiography – Helen Cohn Schucman, Ph.D.” – Foundation for Inner Peace (tradução livre: Autobiografia – Helen Cohn Schucman, Ph.D., Fundação para a Paz Interior).

5) Livro “Introdução Básica a Um Curso em Milagres”,  Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

6) Livro “O Desaparecimento do Universo”, Gary R. Renard.

7) Livro “Absence from Felicity: The Story of Helen Schucman and Her Scribing of A Course in Miracles” (tradução livre: “Ausência de Felicidade: A História de Helen Schucman e Sua Escriba de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

8) Artigo “A Short History of the Editing and Publishing of A Course in Miracles” (tradução livre: Uma Breve História da Edição e Publicação de Um Curso em Milagres” – Joe R. Jesseph, Ph.D. http://www.miraclestudies.net/history.html

9) E-book “Study Guide for A Course in Miracles”, Foundation for Inner Peace (tradução livre: Guia de Estudo para Um Curso em Milagres, Fundação para a Paz Interior).

10) Artigo “The Course’s Use of Language” (tradução livre: “O Uso da Linguagem do Curso”), extraído do livro “The Message of A Course in Miracles” (tradução livre: “A Mensagem de Um Curso em Milagres”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

11) Artigo Who Am I? (tradução livre: Quem Sou Eu?) – Beverly Hutchinson McNeff – Site: https://www.miraclecenter.org/wp/who-am-i/

12) Artigo “Jesus: The Manifestation of the Holy Spirit – Excerpts from the Workshop held at the Foundation for A Course in Miracles – Temecula CA” (tradução livre: Jesus: A Manifestação do Espírito Santo – Trechos da Oficina realizada na Fundação para Um Curso em Milagres – Temecula CA) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

13) Livro “Quantum Questions” (tradução livre: “Questões Quânticas”) – Ken Wilburn

14) Livro “Um Retorno ao Amor” – Marianne Williamson.

15) Glossário do site Foundation for A Course in Miracles (tradução livre: Fundação para Um Curso em Milagres), do Dr. Kenneth Wapnick, https://facim.org/glossary/

16) Livro “The Message of A Course in Miracles – A translation of the Text in plain language” – Elizabeth A. Cronkhite

17) Livro Um Curso em Milagres – Esclarecimento de Termos.

18) Artigo “The Metaphysics of Separation and Forgiveness” (tradução livre: “A Metafísica da Separação e do Perdão”) – Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D.

19) Livro “Os Ensinamentos Místicos de Jesus” – Compilado por David Hoffmeister – 2016 Living Miracles Publications.

20) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – A Canção da Oração” – Helen Schucman – Fundação para a Paz Interior.

21) Livro “Suplementos de Um Curso em Milagres UCEM – Psicoterapia: Propósito, Processo e Prática.

22) Workshop “O que significa ser um professor de Deus”, proferido pelo Dr. Kenneth Wapnick, Ph.D..

23) Artigo escrito pelo escritor Paul West, autor do livro “I Am Love” (tradução livre: “Eu Sou Amor”), blog https://www.voiceforgod.net/.

24) Artigo “The Beginning Of The World” (tradução livre: “O Começo do Mundo”) – Dr Kenneth Wapnick.

Imagem greg-rakozy-oMpAz-DN-9I-unsplash.jpg

Um milagre é uma correção. Ele não cria e realmente não muda nada. Apenas olha para a devastação e lembra à mente que o que ela vê é falso. Desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem superar a função do perdão. Assim, permanece nos limites do tempo. LE.II.13

Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus.
T.In.2:2-4
Autor

Graduação: Engenharia Operacional Química. Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Pós-Graduação: Marketing PUC/RS. Pós-Graduação: Administração de Materiais, Negociações e Compras FGV/SP. Blog Projeto OREM® - Oficinas de Reprogramação Emocional e Mental que aborda os temas em categorias: 1) Psicofilosofia Huna e Ho’oponopono. 2) A Profecia Celestina. 3) Um Curso em Milagres (UCEM). 4) Espiritualidade no Ambiente de Trabalho (EAT); A Organização Baseada na Espiritualidade (OBE). Pesquisador Independente sobre a Espiritualidade Não-Dualista como Proposta de Filosofia de Vida para os Padrões Ocidentais de Pensamento e Comportamento (Pessoais e Profissionais). Certificação: “The Self I-Dentity Through Ho’oponopono® - SITH® - Business Ho’oponopono” - 2022.

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